12/12/2016
AS ILUSTRAÇÕES I
Na semana passada o Brasil quase parou por causa do presidente do Senado, Renan Calheiros, PMDB-AL. Ele mandou a Justiça se ajoelhar para ele. Ai se isso não acontecesse! Haveria, segundo Renan mandou os seus capitães do mato espalhar, uma crise institucional. O Brasil quebraria. Michel Temer seria destronado e o PMDB, perderia a bocarra que engole verbas. Meu Deus! Antes, entretanto, naquelas cenas patéticas e de constrangimento público, Renan mandou um Oficial de Justiça plantar batatas. Tudo para não cumprir uma ordem judicial. Cínico, depois de tudo isso e da Justiça realizar o que ele pautou para ela, afirmou que “decisão judicial não se discute, cumpre-se”.
AS ILUSTRAÇÕES II
Essa zombaria veio contra o Supremo, a mais alta corte do país, só depois que o STF se diminuiu naquilo que é obrigação dele e permitiu a continuação da cara sujeira dos políticos no poder de plantão. Tudo para o “bem do Brasil”. A decisão não se fundamentou exatamente na lei, mas um suposto patriotismo. Esse “patriotismo” une os poderosos; enfraquece a Constituição. Esse “gesto patriótico” como classificou o próprio Renan em nota escrita para comemorar mais uma de suas vitórias contra a Justiça, diz hermeneuticamente que a lei só serve para os adversários, pobres, pretos e putas, esta casta de cidadãos que atrapalham a vida dos poderosos porque exige deles, decência e igualdade de tratamento aos demais cidadãos.
AS ILUSTRAÇÕES III
Para completar, na sexta-feira, sábado e domingo, pela imprensa, o Brasil conheceu a dimensão mais ampliada da podridão de partidos, políticos, empresários, gestores públicos, nos vazamentos das propostas de delação premiada. Todos, unidos, como “patriotas” sacaneando o futuro dos idiotas – os brasileiros pagadores de pesados impostos - e do país. Deflagrou-se sem pudor a bandeira: corrupção não possui partido, mas sua gênese é insaciável e dignifica a política partidária, dirigentes e políticos. Como diria um promotor conhecido: Nojo! Em homenagem, devido ter mais o que escrever, e não repetir nesta edição sobre os dois fatos – Renan e vazamentos -, resolvi expor uma coleção de ilustrações desses dos cenários na coluna desta terça-feira. Os artistas, penso, exprimem melhor o sentimento do esgotamento desse modelo de sobrevivência do poder de plantão, seja ele ocupado por qual partido for, os quais mais parecem facções criminosas disputando pontos e territórios fora das cadeias, onde todos deveriam estar se houvesse uma consciência cidadã e o exercício da lei por quem é pago para nos representar. E por derradeiro: você acha que isso é só em Brasília? Nos grotões as vezes é até pior diante da proximidade, das pressões e falta de imprensa livre.
O ANO DA ENCRUZILHADA
O jornalista, escritor e ex-político ativista (PV), Fernando Gabeira, ao encerrar o seu artigo na edição de domingo do jornal O Globo, sob o título acima, escreveu: “Está tudo ficando cristalino e esta é uma das grandes qualidades de crises profundas. Se o Congresso quiser marchar contra a vontade popular, que marche. Se o Supremo continuar essa enganação para proteger políticos, que continue. Importante é a sociedade compreender isto com clareza. E convenhamos: se quiser tolerar tudo, que tolere. A chance de dar uma virada e construir instituições democráticas está ao alcance das mãos. Com um décimo da audácia dos bandidos, as pessoas bem-intencionadas resolvem essa parada”.
FAXINA NA CÂMARA I
Voltemos a Gaspar e Ilhota, os retratos do Brasil. Faxina na Câmara de Gaspar? Calma! Não me refiro à reeleição de apenas dois dos 13 vereadores – é verdade que nem todos foram à reeleição. Esclarecendo: os vereadores - convocados pela mesa diretora - que representam a atual Câmara fizeram na semana passada uma reunião para “acertar” a pauta desta terça-feira. Foi, na verdade, a última tentativa de golpe do PT pois está acostumado a tratorar a política na cidade; tudo nos seus interesses de mando e poder. O PT queria preparar o ambiente que ele já sabia por antecipação – por tudo que aconteceu nas eleições de outubro - ser hostil. E por que? É que o PT voltou ao tamanho dele: quatro vereadores e sem a ajuda do PP e PSD nos arranjos que tinha, não possui mais a maioria para impor. Diante desse novo quadro, o PT não conseguiu manobrar, chantagear, fazer àquelas votações polêmicas, rápidas, e de goela abaixo da última sessão do ano, como acontecia quando José Hilário Melato, PP e Marcelo de Souza Brick, PSD, eram presidentes num arranjo de submissão ao PT. E na semana passada o presidente do PT e líder do governo de Pedro Celso Zuchi, José Amarildo Rampelotti, esperneou. Em vão. Percebeu que o PT além de perder humilhantemente nas eleições, perdeu o poder, o mando na Câmara. Teve sorte de eleger três (novos e não reconduzir nenhum, numa rejeição absoluta) vereadores.
FAXINA NA CÂMARA II
Voltando. A convocação daquela reunião foi do presidente da mesa, Giovânio Borges, PSB. Mas, ele, espertamente, lavou as mãos; nem apareceu. Giovânio deve o cargo ao PT e não ficaria bem se desgastar durante reunião nas armações do PT. Amarildo tentou dar as cartas. Foi contido. Suas argumentações, discursos em alto som e raiva não assustaram mais ninguém. Quem praticamente armou o jogo foi Luiz Carlos Spengler Filho, o Lu, PP e que foi eleito vice-prefeito para os próximos quatro anos. Evitou a tranca. O curioso, foi o silêncio do mais longevo, o mais esperto e entendido – de verdade – vereador da Casa, José Hilário Melatto, PP, e que vai para o Samae na nova administração PMDB/PP. Também como ex-presidente quase eterno, estava numa sinuca de bico diante de dois senhores: a coligação que elegeu com Kleber Edson Wan Dall e a quem serviu quase durante oito anos, Pedro Celso Zuchi, PT.
FAXINA NA CÂMARA III
Resumo da reunião: onze projetos foram para o “arquivo” por diversos motivos e apenas seis serão apreciados ainda este ano. Escrevo a coluna antes da apresentação da pauta da sessão de hoje, apesar do combinado, ainda poderá haver surpresas. Ela tem saído em cima do laço ou por falta de assunto ou para não gerar polêmica antecipada aqui nesta coluna. Os Projetos de Lei ou os Projetos de Lei complementares que foram arquivados, se não tiverem vícios constitucionais, a maioria poderá voltar à pauta na próxima legislatura.
FAXINA NA CÂMARA IV
O que se combinou não mais apreciar este ano ou então arquivar? O Projeto de Lei Complementar 01. Ele trata do Regime Próprio de Previdência dos Servidores. Era mais um presente de grego que o PT queria dar ao PMDB e PP. Por que de grego? O PT passou longe desse assunto polêmico durante oito anos e no último dia de governo resolveu dá-lo como prioritário. Tudo sem uma discussão ampla. E ainda quer colocar a culpa do seu adiamento nos outros. Brincadeira. Esse PLC poderia criar dificuldades para o próximo governo. Por isso, o quer negociar e reestruturá-lo, ganhar os bônus políticos – se tiver nesse ambiente de crise econômica - antes de enviar à Câmara. Além disso, está em curso no Congresso um novo regime de previdência pública no Brasil. O PLC 07 ao Plano Diretor. Ele institui o Fundo Municipal de Proteção ao Patrimônio é outro que foi ao arquivo. Não pode ser votado porque cria despesa e não é permitido em ano de eleição. O PLC 09 ao Plano Diretor e que é o Código de Posturas teve o mesmo destino. É que a próxima administração quer olhar a matéria e para piorar, como é do feitio da administração petista que faz tudo entre os seus nos gabinetes, os fiscais não foram consultados e querem fazer sugestões. O mesmo aconteceu com PLC 11 ao Plano Diretor trata do Código de Obras.
FAXINA NA CÂMARA V
Foram ainda para os arquivos e não devem ser apresentados na sessão desta terça-feira, os Projetos de Lei 56/2014, do vereador José Hilário Melato PP. Ele padronização às calçadas. É inconstitucional, pois dá atribuição ao Executivo. O PL 25 de Luiz Carlos Spengler Filho, PP também foi ao arquivo por ser inconstitucional. Tratava da proibição da prestação de serviços de vigilância de cães de guarda com fins lucrativos. O PL 66: ele institui a Família Acolhedora. Este é um assunto delicado. Tem cheiro de desmonte dos abrigos e a próxima administração quer gerenciar este assunto numa retaliação à política adotada pela juíza que passou por aqui, Ana Paula Amaro da Silveira. Ao arquivo o PL 67. Ele cria o Manual de Ocupações dos Cargos de Provimento Efetivo. Estranho: o Sintraspug não participou das discussões. O PT é assim: se o sindicato for do aparelho, ele cala e se não for, ignora-o. Queria-se velocidade na sua tramitação para dar lições aos servidores. E alguns diziam ser ele mais um pacote de maldades para atingir algumas pessoas. Outro que foi ao arquivo é o PL 68. Trata-se do Plano Municipal de Saneamento Básico. São mais de 500 páginas. Ufa! E por conta disso, não houve tempo para discuti-lo nas comissões, com os vereadores, com técnicos e a com sociedade. Aliás, o saneamento básico em Gaspar só existe no papel, nos discursos e na folha de pagamento. Vergonha.
FAXINA NA CÂMARA VI
Mas nos projetos arquivados há dois que chamam a atenção. O primeiro deles é PL 71, de autoria dos vereadores Giovânio Borges, PSB e Marcelo de Souza Brick. É que já há federal regulamentando de quem é a competência original sobre este assunto. Mas aqui, sem ideia melhor, ambos resolveram criar regras fora das suas alçadas. Faltaram, no mínimo pesquisa, conhecimento e assessoramento. Trata sobre a obrigação da expedição de receitas médicas e odontológicas digitadas em computador, datilografadas ou manualmente em letra de forma. Datilografadas e em letra de forma? Jovens esses vereadores com temas ultrapassados? Datilografia? Já é peça de museu. Hum!
FAXINA NA CÂMARA VI
A outra proposta do governo do PT, PDT, Pedro Celso Zuchi e que foi para o arquivo é um deboche com a história e desenvolvimento econômico da cidade. Aliás, isso é próprio dos petistas não apenas os de Gaspar ou os de Blumenau que mandam nos daqui. Eles teimam em construir as suas narrativas e contar a história segundo a sua ótica, desprezando valores e passado. Uma vergonha. Foi assim quando quiseram banir o nome do Belchior para transformá-lo em Distrito. Pior vergonha – no Belchior não aconteceu isso -, é a falta de reação por parte das lideranças que diante do medo e dos interesses, mancham a sua própria história. Já tinha escrito sobre isto aqui, mas todos da imprensa ficaram quietinhos para não desagradar políticos vingativos e sem noção ainda no poder. Trata-se do PL 73. Ele denomina a praça onde era o antigo posto de saúde – derrubado na calada de um sábado e até hoje sem motivos esclarecidos -, na Rua São José, como empresário Leopoldo Theodoro Schmalz, o fundador das Linhas Círculo. O PT vetou à época à sugestão do nome dele levada à Câmara pelo PMDB para a ponte do Vale. Um bafafá, danado. Desrespeito. O PT, “guardava” nos arranjos políticos, o nome e aguardava a morte (23 de julho de 2014, aos 92 anos) do ex-prefeito Dorval Rodolfo Pamplona (1956 a 1961), UDN, para homenageá-lo. Nada contra o nome, mas às circunstâncias provocadas pelo PT para a disputa política partidária e de poder enfraquecendo os legados de agentes da história gasparense. Agora, diante da derrota nas urnas e da afronta do PT com o empreendedor visionário para a época, a maioria dos vereadores reconheceu que se trata de uma humilhação a proposta petista para Schmalz, segundo o que se ouviu na reunião da semana passada. “Trata-se de homenagem sem relevância a uma pessoa tão importante”, comentaram. Pior. Para completar o desleixo, segundo os analistas da Câmara, faltou à prefeitura anexar documentos mínimos e necessários para o PL ir adiante. É preciso comentar mais alguma coisa? Acorda, Gaspar!
CANALHAS I
Na terça-feira da semana passada, fiz um comentário sob este título, mostrando o quanto o governo do presidente da Bolívia, o bolivariano Evo Morales, era culpado na queda do avião da delegação da Chapecoense. Como sempre, a esquerda do atraso, devolveu-me as pedras em dobro. É próprio de quem mata, mas culpa os outros e ao mesmo tempo lava as mãos. Pois bem. Ainda recebia os pedradas, quando surgiu a notícia de que funcionária de tráfego aéreo Celia Castedo Monasteiro, em Santa Cruz de la Sierra que, segundo as autoridades bolivianas, autorizou a decolagem do avião da companhia Lamia, pedia asilo às autoridades brasileiras via a Polícia Federal e ao Ministério Público em Corumbá, no Mato Grosso. Ela é procurada pela Promotoria boliviana sob a acusação de “descumprimento de deveres e atentado contra a segurança de voo”. Ai, ai, ai.
CANALHAS II
O dito popular se fez mais uma vez: a corda sempre estoura no lado dos mais fracos quando os interesses de poderosos estão em jogo, quando o poder é centralizador, corrupto e se estabelece no tráfico de influências aos amigos, apoiadores da causa e partidários. O que os agentes do governo boliviano queriam sob ameaças contra Célia e ela resistiu? Que a funcionária mudasse o relatório que fez apontando erros no plano de voo da Chapecoense. Ela tentava impedir o voo sem o mínimo de segurança. E por que as autoridades caçam Célia? Para livrar o governo de Evo da responsabilidade que teve pela Aasana (Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares da Navegação Aérea) similar a Anac no Brasil. A Aasana é quem em última instância devia impedir o voo com base no relatório de Célia e evitar o acidente de repercussão mundial. A Aasana não acatou o relatório da funcionária e autorizou o voo da morte. Sabia de todos os riscos envolvidos em tal autorização. Preferiu atender os amigos, os poderosos, nos infiltrados no poder. Agora, quer apagar essas impressões digitais. Quer transferir a culpa para uma pessoa, livrar-se da responsabilidade e puni-la, deixar a única na cadeia, em algo que aparentemente, parece não ter culpa inteira. Célia, jura e está sendo apurado, que foi impedida por seus superiores para decidir naquilo que lhe pareceu óbvio, mas que feria os interesses de poderosos entrelaçados no poder estatal boliviano, do obedece quem tem juízo.
PRIMEIRO O MEU PIRÃO I
Na edição de sexta-feira, escrevi estas duas pequenas notas no “Trapiche” da coluna impressa do jornal Cruzeiro do Vale, o de maior circulação por aqui, inclusive em Ilhota. E lá, depois que o atual prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, resolveu boicotar o jornal porque não escondeu as mazelas políticas administrativas. Não deu certo. A circulação do jornal aumentou. E o boicote veio por recomendação do então secretário de Administração de lá e morador de Gaspar, coordenador de campanha de Daniel, Fernando Neves. Então vamos primeira nota da sexta: “Ilhota em chamas. O futuro prefeito Érico Oliveira, PMDB, mandou vetar o projeto de lei do vereador Luiz Fischer, PMDB, que dava as sobras anuais do duodécimo da Câmara para Saúde, a exemplo do que fez a Assembleia Legislativa”. A segunda nota: “Ilhota em chamas. O futuro prefeito quer as sobras da Câmara para comprar um caminhão de coleta de lixo. E a maioria dos vereadores concorda, apesar da saúde pública também estar um lixo e ter a obrigação de colocar nela 15% do orçamento anual”.
PRIMEIRO O MEU PIRÃO II
Thiago de Souza, morador de Gaspar, mas filiado ao PMDB vencedor do próximo governo de Ilhota, não gostou das notas. Um direito dele. E nisto não tiro a razão dele: eu não tenho a verdade e porque Thiago na associação com o PP possui interesse nesse pirão. Ele aguarda uma nomeação na teta do novo governo de Ilhota. Na rede social, em diálogo público, com o amigo dele, o advogado Aurélio Marcos de Souza, Thiago, fez o papel de garoto de recado. “Apenas gostaria de dizer que o Senhor Herculano deveria meter-se com sua cidade caro amigo Dr. Aurélio Marcos. Tem muita coisa em Gaspar e que ele não noticia em sua coluna pois não é de seu interesse anuviar a imagem de uma pessoa ou entidade. Essa em questão citada por vossa pessoa é uma questão de contexto e bem sabes. Temos ainda uma administração pública em Ilhota, incompetente, omissa e outros termos que você e eu pode definir, e a próxima ninguém pode dizer como será. Mas o povo de Ilhota apostou ser melhor. E quando se trata de saúde ter caminhões decentes coletando os resíduos da cidade é também tratar de saúde pública, chama-se saúde ambiental. Nesta discussão não irei entrar em como o direito deve ser usado, no entanto saliento que as duas ideias têm meu apoio, pois são boas ideias. E avise ao Herculano se tiveres contato com ele, antes de tentar deturpar a imagem de pessoas cuide de sua imagem e história. Aliás vamos ver o orçamento do jornal para qual ele escreve com colunista, dentro das prefeituras de nossa região. Então ele me aguarde. Meu amigo Dr. Aurélio Marcos gostaria de salientar que minhas considerações são em desfavor do colunista e não sua pessoa”.
PRIMEIRO O MEU PIRÃO III
O Thiago talvez não me conheça, mas sugiro perguntar antes ao seu sogro Silvio Rangel de Figueiredo, PDT. Sugiro ainda que Silvio e mostre a coleção da sua ex Gazeta do Vale ao seu genro, e o que ele escreveu sobre o ex-prefeito Luiz Fernando Poli, então no PFL, e que ao final da vida política, Poli e sem poder, juntou-se ao PDT de Sílvio, que agora se juntou ao PT de Pedro Celso Zuchi. Que mostra as edições em que denunciava as perseguições de Poli aos servidores, especialmente ao seu contador Odir Barni, fundador do Sintraspug. A Gazeta não existe mais. Silvio preferiu o conforto do alto vencimento do vogal sindical na Justiça do Trabalho.
PRIMEIRO O MEU PIRÃO IV
Feito este preâmbulo sobre os contextos digo que Thiago, de pronto, está desafiado a dizer o que eu não noticio por interesses pessoais ou de uma entidade em Gaspar. Se não fizer isso, estará desmoralizado. Ponto final. E não vale confundir os interesses do jornal e os meus e mais uma vez invoco uma conversa com Silvio Rangel de Figueiredo sobre esse assunto pela experiência dele em ter sido dono de um jornal. Sobre a ameaça explicita de Thiago contra o jornal Cruzeiro do Vale não ter verba oficial da prefeitura de Ilhota, é assunto grave. Chantagem. Irresponsabilidade. O jornal já não tem verbas públicas de Ilhota. E quem moveu essa perseguição como sugere Thiago em nome da nova administração, está saindo com a pior desaprovação e o próprio Thiago reconhece em seu texto. Enquanto o jornal perdeu as assinaturas da prefeitura, ganhou várias vezes mais na cidade. São números. É realidade. Isso, mostra que antes de começar a governar, o PMDB de Ilhota precisa intimidar para não ter as ruas roupas sujas exibidas na praça. E não vou nem me esforçar para isso, vou apenas esperar o Ministério Público agir. E não será tão longe assim. E para encerrar dois esclarecimentos: o primeiro é de que Thiago confirma na integra a decisão do próximo governo de não aprovar a matéria na Câmara que dá as sobras para a Saúde. Vai trocá-las na compra de um caminhão de lixo como noticiei. E por último: penso que Thiago foi um útil e usado como um garoto de recado, nada mais. E começou mal.
ACABOU A FARRA DOS ACTs I
Ainda sobre a coluna da sexta-feira. Rendeu. Com o título, “Acabou a farra dos ACTs” escrevi que o Ministério Público e a Justiça enquadraram o município de Gaspar. E que por isso, iria sobrar para a administração de Kleber Edson Wan Dall, PMDB. Aí, uma leitora, que diz se chamar Fabiana e presumo ser uma professora ACT, escreveu-me na área de comentários da coluna na internet e eu a aprovei: “Herculano não gostei do jeito que você denominou ‘farra dos ACT's’. Sou professora ACT e não vejo farra alguma. Também não vejo possibilidade de não existir mais os ACT's, levando em conta a quantidade de professores afastados por motivo de doenças. Não tem como efetivar outra pessoa no lugar sendo que a pessoa afastada pode voltar a qualquer momento. Não entendo suas críticas”.
ACABOU A FARRA DOS ACTs II
Escreve-se pensando que está sendo claro, que os leitores conhecem o assunto exposto e de que a interpretação do texto seja algo linear. Mas, não é. Primeiro quem disse que ACTs é sinônimo de professor? Muitos professores, entende assim. Errado. E é isso que esconde os que muitos professores talvez não conheçam. Então Fabiana, vou desenhar: quando me referi a” farra” remeti à uma prática generalizada utilizada por políticos e gestores públicos. Eles burlam a atual lei. É uma modalidade de contratação irregular. Só devia acontecer em casos excepcionais e emergenciais. Outra. Quem diz que há ilegalidade e abuso nesse processo é o Ministério Público. Não eu. Apenas reportei. Então, Fabiana é a ela que você deve se dirigir e contestar – se os gestores públicos não o fizerem -, bem como a Justiça, que acatou as argumentações do MP.
ACABOU AS FARRAS DOS ACTs III
E para deixar claro e encerrar este assunto: a farra a que me referi é a dos gestores públicos, dos políticos cheios de saídas heterodoxas e espertas. Essa brecha de ACTs, no fundo, trabalha contra os concursos de professores efetivos. Com o concurso público - como determina a Lei - eles estariam mais confortáveis e seguros. Desta forma, o professorado não precisaria a cada final ou início de ano, correr atrás de testes – que não se sabe bem como são feitos, elaborados e corrigidos -, vagas e escolhas que lhes prejudicam e beneficiam os amigos do rei, esquemas políticos ou amigos de plantões. Agora, quanto ao alto número de afastados, ele vem da consciência de cada um, é fruto também da ausência do poder público em um problema crucial e repetitivo. O poder público não verifica e não vai atrás das soluções. Se colocasse uma legislação que premiasse metas, produtividade e inibidora - dentro dos limites legais - às ausências, estaria se corrigindo parte dessa anomalia. Mas os próprios professores e principalmente os sindicados são contra.
Afinal que é o dono do Brasil? A Odebrech! É ela quem rouba o dinheiro dos brasileiros e os repassa aos políticos corruptos e ladrões. Ela deveria ser banida. O acordo de leniência é outro crime premiado prática criminosas e criminosos. Wake up, Brazil!
Não tem jeito. A Petrobrás anunciou duas quedas nos preços dos combustíveis. Nada de chegar aos postos. Esta semana elevou. Em menos de dez horas tinha preço novo na praça e com estoque velho. E isso em plena crise de consumo.
Ilhota em Chamas. Aquela curva fechada para o acesso a ponte de Ilhota, ainda vai ser cenários para muitos acidentes graves. Isto já foi relatado aqui quando da inauguração. O guardrail já está praticamente destruído.
Ilhota em Chamas. Premonição? Nada. Estava na cara. Só os projetistas que não viram. Só os experts em segurança não construíram soluções preventivas para a redução de velocidade no local. Todos apostavam na consciência dos motoristas. Eu, heim!
A prioridade do PT de Gaspar de Gaspar nunca foi a mobilidade. O que ele está programando para o próximo governo: R$4.500,00 para implantação de ciclovias. Ria Macaco.
Para a implantação de faixas elevadas R$50.000,00, compra de equipamento, R$2.082; ampliação e reforma da sede R$2.000,00, Educação de Trânsito, R$28.000 e R$245.000,00 para a Manutenção do Sistema de Monitoramento (hum!).
Agora pasmem. No orçamento reservaram R$1.000.000,00 para a manutenção da área azul, ou seja, de algo que deveria dar lucro e ser autossustentável e R$8.000.000,00 para a manutenção da Ditran. Uma pergunta básica: quanto de multas vão arrecadas? Acorda, Gaspar!
Acima com os títulos “Faxina na Câmara”, escrevi sobre os Projeto que foram ao arquivo da Câmara e não serão mais analisados este ano. Mas, seis vão à pauta – não tenho tanta certeza porque quando escrevo ainda não havia sido divulgada a pauta da sessão de hoje.
Entre eles, está o Projeto da mesa diretora que dá cabide marcado e permanente de assessor para vereador, mesmo ele opte em se licenciar da Câmara para trabalhar em outro órgão público como é o caso do José Hilário Melato, PP, que vai para o Samae, ou por doença, como foi o caso de Ivete Mafra Hammes, PMDB.
Ele já tem o parecer pela inconstitucionalidade. Mas, os políticos donos da Câmara insistem. E para burlar esta alegada inconstitucionalidade, duas emendas deverão aparecer a de que quem assume cargo executivo em outro órgão não deixa assessor cativo na Câmara e que quem pede licença médica, se não voltar em três meses, perde o seu assessor.
Um mau estar tomou conta da reunião quando se analisou o PL 72 e que dá o nome de prefeito Francisco Hostins à Arena Multiuso. É que o município não é dono daquela área. Então a prefeitura e o PT estão dando nome àquilo que não é de Gaspar. Combinou-se que vão fechar os olhos. Estes são os políticos de Gaspar.
A outra é da denominação daquele novo CDI do Distrito do Belchior de “Tempos de Infância”, para impedir que o futuro governo de o nome de alguém a ele. O Engraçado que a matéria vai ser votada nesta terça-feira, mas a inauguração aconteceu ontem com placa e tudo. Acorda, Gaspar!
O resto é praticamente a denominação de ruas para regulariza para sair ou não deixar clandestino ou irregular. Fecha a casa.
Perguntar não ofende: qual mesmo é a diferença do PMDB que se enrola na Lava Jato e o PMDB de Gaspar e Ilhota?
Bola de cristal. O PMDB de Gaspar vai ser o melhor cabo eleitoral da volta PT em 2020, como aconteceu com Adilson Luiz Schmitt em 2008, eleito pelo PMDB e hoje sem partido. A receita do desastre é a mesma.
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