Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

11/12/2017

ÁUDIO 1



ÁUDIO 2

ÁUDIO 3

ÁUDIO 4

CORONÉ WANDO DEU UM PASSO ATRÁS. ISSO É BOM!


O vereador Evandro Carlos Andrietti, PMDB, já sabe que errou, ou deu um passo em falso, digamos assim; sabe que o buraco é mais em baixo; e apesar do xororô, fingiu entender o valor das redes sociais e desta coluna. Fingiu. Num parágrafo abaixo esclareço os laços eternos do poder e a razão pela qual exerce. Ponto para ele, apesar do fingimento.

Ou Andrietti foi urgente e bem orientado porque estava carregando no rolo junto com ele o prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, ou, demonstrou grandeza em perceber que os votos dele para vereador são para o mandato de representação na Câmara, e não para fazer o que bem lhe der na telha na cidade, para seus amigos, cabos eleitorais, contra o que está explícito na legislação ou com quem ele não concorde.

O assunto foi amplamente exposto aqui na coluna de segunda-feira passada - releia. Não vou repeti-lo nos detalhes. Em síntese: Andrietti quis mostrar a força de um novo coronel político ao botar, na marra, contra o regulamento e o resultado da eleição no CDI Thereza Beduschi, no Barracão, com a intervenção do prefeito Kleber, e do próprio PMDB, a sua candidata derrotada nas urnas da comunidade escolar, Rute Bernardes Correia, a Rutinha. Vergonhoso.

E Andrietti só se deu mal, porque, de cabeça quente e querendo mostrar poder, influência e vaidade aos seus e contra os detratores, tratou publicamente do assunto no whatsapp. Quis, com isso, deixar claro a marca de quem é o dono da cocada preta no Barracão e no “novo” velho PMDB de Gaspar. E as suas “ordens” foram parar nas redes sociais. Essas provas, se bem usadas, podem lhe complicar até no mandato e por tabela, o próprio padrinho avalista nesta aventura, o prefeito Kleber. “Estava de cabeça quente”, justificou num discurso sereno, espontâneo, de duas partes e estruturado na sessão de terça-feira na Câmara. Ou seja, está pedindo água fria para o miolo mole.

O outro assunto de Andrietti, com a mesma tentativa intervenção na Escola Luiz de Franzoi, acabou ficando em segundo plano, exatamente por falta de provas tão contundentes e explícitas como a do CDI. Por isso, não foi explorado. Contudo, possui a mesma gravidade do CDI.

Andrietti tomou a lição e não pode dizer que era invenção da imprensa, como tenta para amenizar a sua única culpa que possui neste e outros assunto. Andrietti se viu fraco diante da ampla rede social, com a qual não pode brigar, como se fazia antigamente com a imprensa que tem dono com endereço conhecido, para se montar o cabresto do “sabe com que está falando”, comprar opiniões ou então enfrentar, no melhor estilo dos coronéis: os donos das razões, interesses e negócios.

O discurso de Andrietti na Câmara, em tom quase delicado, assumindo o erro, mas culpando as redes sociais (que apenas reproduziram, a voz dele, o que ele falou ou comentaram sobre os seus atos impróprios aos quais ele se achava imune; mas o linguajar livre das redes, não é o comedido da imprensa...), a que fiscalizou, a que interagiu, acabou desarmando os ânimos na Câmara que estavam pilhados. Estava tudo armado para ser um cavalo de batalha. Não foi. Andrietti foi o primeiro a se desarmar. Mas, todo o cuidado é pouco. Explico abaixo.

A berçarista licenciada, ex-vice-prefeita e vereadora, Mariluci Deschamps Rosa, PT, foi a que mais se exacerbou contra o fato, como se no tempo do PT isso nunca tivesse acontecido. Falou em perseguição aos que não se dobram ao atual governo, como se essa não tivesse sido a principal marca dos governos do PT, tendo eu, inclusive, como um dos alvos principais, experimentado, o bafo, a perseguição e a injustiça por coragem, provas e opinião, ter rompido o silêncio dos jogos de bastidores do poder de plantão contra a sociedade. E pago por isso até hoje. Mariluci fala certo, mas sem o crédito para tal.

E no governo de Kleber, Luiz Carlos e Carlos Roberto Pereira, o qual se beneficiou silenciosa e malandramente das minhas ações no desmascaramento do governo do PT, não é diferente. Estão tontos à procura da vingança para me calar. No balaio, de verdade, são todos iguais. E por que? São políticos. Cada um com um enredo particular do seu “House of Cards”. Como na ficção, no final da história, terão o desastre como a glória inglória.

Andrietti até quis dizer que a comunidade (pais dos alunos) estava com a sua preferida, ao contrário dos professores e funcionários, sabe-se lá a razão pela qual, rejeitaram-na no voto (13 a 10).

Até isso é falso como uma nota de R$3. Um bilhete feito e distribuído intencionalmente às vésperas aos pais dos alunos, pedia explicitamente, voto na preferida do vereador. Não houve concorrência. Falseou a argumentação.
Outro que entrou na dança das acertadas críticas, foi o servidor público retirado da sua função no Samae por dupla jornada por incompatibilidade de horário e que não reconhece, ainda, isso como uma afronta à lei, foi Cícero Giovane Amaro, PSD: “o senhor descumpriu a lei”. A conclusão técnica é óbvia: os dois padecem do mesmo pecado contra o que reza a lei. Entretanto ao defenderem os seus e o pirão que aprontaram, ambos discordam. O erro só está no outro.

E para encerrar e mostrar que tudo isso é falso e arquitetado para estancar o que ainda pode se complicar. Não satisfeito com a lição, o vereador Evandro Carlos Andrietti, para exibir proximidade e força, publicou na mesma rede social que o defenestrou e o deixou exposto, fotos do aniversário do seu irmão neste final de semana. Quem estava lá prestigiando o evento? Os dois prefeitos: Kleber e Carlos Roberto Pereira, este presidente do PMDB de Gaspar. Então... Acorda, Gaspar!

INFLAÇÃO ANUAL 2,5%. AUMENTO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA EM GASPAR NO ANO QUE VEM 40%, DE UMA VEZ SÓ E PARA MAIS OS POBRES

Está na Câmara, em regime de urgência - um artifício técnico que os governos de plantão usam para evitar a discussão pública, cortar os exageros e se ter a chamada participação popular nos assuntos da sociedade -, o aumento da Cosip – Contribuição da Iluminação Pública e que vem compulsoriamente debitada na conta da Celesc, todos os meses. É para pagar a iluminação das ruas e praças, fazer a manutenção e ampliar as áreas iluminadas da cidade.

Esses assuntos com urgência e cabeludos sempre acontecem no fechar do ano, de afogadilho e sob a distração ou ausência intencional da imprensa e outros órgãos de fiscalização da comunidade. Era assim com o governo petista de Pedro Celso Zuchi, prática que tanto o PMDB e o PP condenavam. Por incrível que pareça, contrariando o discurso de ontem, é assim também no governo de Kleber Edson Wan Dall e Luiz Carlos Spengler Filho, PP. Basta olhar o quantos projetos de lei entraram na Câmara em regime de urgência nos últimos dias. Um desrespeito à autonomia da própria Câmara, que está, providencialmente, calada neste quesito.

Se a Cosip precisa aumentar? Não sei! Pode ser até que sim! Mas, quanto? E por que? Esta é a questão central! Não há estudos técnicos que provam que numa inflação de 2,5% ao ano, este aumento no ano que vem, venha numa só paulada de 40%. Há muito blá,blá,blá e vejam só, para os mais pobres. Nas classes mais abastadas, o impacto é proporcionalmente menor (tabela abaixo). Pior: os paços (prefeitura, seus penduricalhos, escolas) municipais da Administração Direta, Autárquica e Fundacional estão livres dessa taxa. Ela é obrigada, pela lei, apenas aos outros gasparenses: os que estão nas residências, comércio e indústrias. Discriminação? Um incentivo ao desperdício de consumo, muito próprio nos ambientes públicos.

O problema existe? Mais uma vez o prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, o vice-prefeito Luiz Carlos Spengler Filho, PP, e principalmente o prefeito de fato, o secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, Carlos Roberto Pereira, e presidente do PMDB, levaram 11 meses para descobrir isso. Inacreditável! Onze meses de sangria na Cosip e nenhuma solução racional, técnica, atualizada com a modernidade da iluminação foi proposta?

E olha que o chefe de gabinete de Gaspar, Pedro Inácio Bornhausen, PP, é um engenheiro eletricista e já foi até afamado superintendente regional da Celesc. Ou seja, pressupõe que entende do riscado, ao menos para fundamentar tecnicamente o pedido que a administração fez à Câmara e quer colocar goela abaixo da população em prazos curtos recordes, e com as espertezas de técnicas legislativas de praxe.

Este ato, é mais uma demonstração de como é velha a jovem, feita por jovens, a administração de Gaspar. Antes de aumentar a Cosip, Kleber, Luiz Carlos, Pereira e Pedro deveriam apresentar projetos para diminuir o dinheiro gasto no consumo público e iluminar ainda mais a cidade. Há uma revolução em curso nesse setor no mundo e no Brasil, com custos cada vez mais baixos na iluminação. Mais: há linhas de crédito especiais de longo prazo e até, em fundos perdidos, para essas mudanças no sistema de iluminação.

O aumento da taxa da Cosip em Gaspar, se provada a necessidade, deveria ser parte de um grande projeto técnico de modernização da iluminação pública e economia no município. Mas, não! Preferiram o atalho: o de colocar a mão no bolso do povo, via lei aprovada na Câmara de um dia para o outro.

Resumindo: vão aprovar esse projeto 98/2017 na marra, apesar do esperneio do PT, PDT e do Cícero no PSD. É que Kleber possui votos para isso. É dinheiro bom e escasso da mão dos cidadãos e empreendedores, para coisa velha.

Quer um exemplo para que se possa compreender popularmente a tamanha burrice e atraso que o governo Kleber faz no fechar do ano com os gasparenses? Estão aprovando dinheiro para pagar a gasolina consumida por um carro velho que bebe um litro para fazer apenas seis quilômetros, quando hoje no mercado, um automóvel de idêntica potência, maior conforto, segurança e atualidade tecnológica, principalmente, faz 18 quilômetros com o mesmo litro de combustível.

E depois a administração de Kleber propaga por aqui que seu lema de governo é o de ser eficiente! Há alguma dúvida? Eficiente até agora foi trabalhar para ampliar a estrutura legal para aumentar os impostos a partir do ano que vem, criar uma despesa de R$600 mil ao ano para pagar comissionados e funções gratificadas... Kleber, Luiz Carlos, Pereira e Pedro ficam dodóis quando expostos a esse tipo de incoerência ou incapacidade, todos de lavra “estratégica”, do novo governo.

Aliás, este assunto, como revelei na coluna de sexta-feira, começou errado com um PLC, o de número 11, e que agora virou um PL, o de número 98, exatamente para ter a aprovação simples e rápida pela escassa base do governo, tudo sob as barbas da oposição e a ajuda técnica da Câmara. Acorda, Gaspar!

Abaixo a tabela proposta pelo prefeito Kleber.
Contribuintes Residenciais e Rurais
FAIXAS DE CONSUMO (kwh) VALOR (R$)
0 até 50 3,00
51 até 100 6,00
101 até 200 8,00
201 até 400 11,00
401 até 500 13,00
501 até 800 18,00
801 até 1.000 20,00
1.001 até 1.500 22,00
1.500 24,00
Contribuintes Comerciais - Industriais - Prestadores de Serviços - Órgãos Públicos
FAIXAS DE CONSUMO (kwh) VALOR (R$)
0 até 50 8,00
51 até 100 18,00
101 até 200 22,00
201 até 400 29,00
401 até 500 31,00
501 ate 800 36,00
801 até 1.000 38,00
1.001 até 1.500 54,00
1.500 60,00
Contribuintes Primários
FAIXAS DE CONSUMO (kwh)VALOR (R$)
0 até 2.000 90,00
2.001 até 5.000 125,00
5.001 até 10.000 215,00
10.001 até 25.000 320,00
25.001 até 50.000 340,00
50.000 360,00

A DUPLA JORNADA DE CÍCERO E OUTROS

O vereador Cícero Giovani Amaro, PSD, é uma das vozes oposicionistas na Câmara mais contundentes na atual legislatura em Gaspar. Mais, na minha opinião, do que a tarimbada ex-vice-prefeita Mariluci Deschamps Rosa, PT, (que deveria ser por questões óbvias) e dos novatos Roberto Procópio de Souza, PDT (que foi par do governo do PT) e Dionísio Luiz Bertoldi, PT (cujo irmão Lovídio Carlos, foi uma das caras petistas mais expressivas do governo de Pedro Celso Zuchi, a tal ponto de ser o candidato derrotado a prefeito nas últimas eleições). Todavia, isso não dá o direito ao Cícero de romper, desdenhar ou ter leituras hermenêuticas, à sua maneira da lei, só para favorecer a si mesmo.

Ao contrário, como vereador de oposição, crítico e fiscalista, coloca-o sob o exemplo e exposição, para ser exigido como referência na cobrança do que faz.

Cícero está choramingando pelos cantos. Está discursando de que a sua forçada licença do Samae, imposta pelo presidente da autarquia, coincidentemente, o mais longevo vereador de Gaspar, José Hilário Melato, PP, licenciado, matreiro como poucos, é perseguição. Pode ser.

E eu que sou perseguido pelos políticos no poder de plantão por não bajulá-los ou então não ficar quieto naquilo que erram, posso dizer, que a vingança não se descarta. Uma hora ela viria. E veio, de forma legal, amparada na legislação. Os poderosos não admitem opinião diferente, transparência, prestação de contas e gente que os vigie ou aponte seus erros. É um pecado. É coisa de inimigo, antes de ser um ato de cidadania e dialética. E Melato é acostumado a servir e fazer o serviço no lugar dos outros. Fez isso comigo e para o PT. Então...

Volto. Mas, no caso do vereador Cícero, antes de ser uma perseguição, repito o que já expressei na coluna anterior, é uma obrigação do poder público, do Melato e do próprio prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, tomar a atitude que tomou. Ah! Mas, por que não se fez com tantos outros, entre eles, o atual vice-prefeito Luiz Carlos Spengler Filho, PP. Uma boa pergunta! E ao mesmo tempo, um bom caminho para pegar essa gente do PT de calças curtas, mesmo com tanto tempo de atraso.

Entretanto, uma das respostas, pode ser a falta de fiscalização da sociedade, incluindo a imprensa que não faz perguntas, que não investiga, não desconfia, que prefere a amizade barata e ser citada por todos os vereadores na sessão da Câmara como uma massagem de ego. Prefere não ir atrás de assuntos controversos, do que exercer o seu papel. Faltou também o interesse ou a denúncia ao Ministério Público.

A outra conclusão, é de que a “perseguição” do PT foi seletiva; não foi tão dura assim como seria desejável naquilo que afrontava o dispositivo legal, ainda mais para o PP de Melato, aliado incondicional do PT. E assim, por tabela, o ex-vereador e hoje vice-prefeito Luiz Carlos, safou-se. Houve trocas, jeitinhos e até esquecimentos para alguns. Entenderam como funciona o jogo político? Afinal, o PT estava em minoria na Câmara.

Cícero: veja o que acontece com os vereadores de Ilhota que estão na mesma situação da sua. O Ministério Público da Comarca e que cuida da Moralidade Pública acabou (16/11) de tascar um inquérito (06.2017.00006785-8) contra Almir Aníbal de Souza, PMDB, presidente da Casa, protetor do prefeito Érico de Oliveira, PMDB, e o vereador Juarez Antônio da Cunha, PSD. E por que? A promotora Andreza Borinelli, quer exatamente apurar como podem eles estarem exercendo o cargo de vereadores nos horários onde deveriam estar trabalhando na prefeitura para o qual foram contratados e recebem.

Entendidos, ainda acham que Andreza esqueceu o Francisco Domingos (o Chico Caroço), PMDB, que estaria na mesma situação.

Cícero! Melhor ser licenciado na marra, como o vereador acabou de ser por portaria feita exatamente por falta de iniciativa e desconfiômetro do próprio vereador, do que estar respondendo à inquérito no MP, onde vai ter que devolver o que ganhou e se provou indevidamente. Uma Ação Civil Pública desmoralizaria o seu melhor ativo e à liberdade para exercer o mandato, bem como a cobrança de erros no Executivo como um opositor isento e que não possui os mesmos defeitos de quem cobra ou acusa.

Cicero! Sinceramente? Agradeça ao Melato. Além disso, um vereador colega seu, de Rio do Sul, em mesma queixa de injustiça contra ato semelhante pelo Executivo, lá em 2008 na Justiça catarinense, perdeu a causa que você quer empunhá-la na mesma Justiça. Quando se candidatou, Cícero e outros, já sabiam que teriam que fazer escolhas. Então qual a razão de tanto esperneio? Não deviam se candidatar, então. Coerência é algo essencial para quem pede coerência dos outros. Então...

Um vereador não é um vereador de algumas pouquíssimas horas na sessão por semana, sessões que podem até acontecer depois do seu expediente na repartição pública. Há reuniões de comissões. Há contatos, o dia inteiro com o eleitorado e assessores. Há fofocas. Há intrigas. Há jogo pesado. Isso prejudica o seu trabalho na repartição. Há contatos para averiguações, com agentes políticos, viagens, atendimento a telefonemas (longos), whatsapp, redes sociais que viraram tormentos e desvios de funções nos locais de trabalho etc.
Ou o exercício da vereança é um bico feito na própria repartição que lhe remunera com os pesados impostos dos munícipes? Em que tempo o vereador Cícero está? Acorda, Gaspar!

 

Edição 1831

Comentários

Vamos Desdenhar.
12/12/2017 23:04
Povo gasparense ou alguns alienados vamos desdenhar nesta coluna,que é sem dúvida o espaço mais democrático do nosso município.Criticamos Lula,Dilma,PT,Partidos de Esquerdas,mais não esquezamos do Michel,Merelles,Cunha,Aésio,Moureira Franco,Sérgio Cabral, e por ai a fora....
Erva Doce
12/12/2017 21:29
Oi, Herculano

Fiquei tão empolgado com o que li, que esqueci dos créditos, portanto, lá vai:

"Sidnei Luis Reinert
12/12/2017 12:18 Lula é condenado a não ser candidato

Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net"
Periquito Australiano
12/12/2017 21:24
JULGAMENTO DE LULA ESTÁ MARCADO PARA O DIA 24 DE JANEIRO, por Mônica Bérgamo, no jornal Folha de S. Paulo

Herculano, que tal marcarmos na folhinha como, o DIA QUE O LADRÃO FOI PRESO.

Será dia de festa!!!
Erva Doce
12/12/2017 20:24
Oi, Herculano

Por favor, releia e vê se isto não é lindo:

"Lula é simplesmente um ator canastrão que ainda atrai uma expressiva parcela de idiotas "estadodependentes" e amantes do populismo. Lula é apenas um mito decadente que agora não será suportado pelo Judiciário e pelas Forças Armadas."

Chupa petezada idiota!!!
Herculano
12/12/2017 20:08
JULGAMENTO DE LULA ESTÁ MARCADO PARA O DIA 24 DE JANEIRO, por Mônica Bérgamo, no jornal Folha de S. Paulo

O Tribunal Federal Regional da 4ª Região marcou o julgamento do ex-presidente Lula, no caso do tríplex, para o dia 24 de janeiro.

Nesta terça (12) o desembargador Leandro Paulsen, que integra a corte, tinha pedido à secretaria da 8ª Turma que marcasse a data para o julgamento.

Paulsen, que é o revisor do voto do desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do caso, levou seis dias úteis para avisar que o processo já poderia entrar em pauta.

O caso de Lula tem tramitado em tempo recorde no tribunal, segundo reportagem da Folha. Foram 42 dias entre a condenação e o início da tramitação do recurso na segunda instância.

O relator Gebran Neto, por exemplo, levou 36 dia úteis para finalizar seu voto.

Foi o trâmite mais rápido entre todas as apelações da Operação Lava Jato com origem em Curitiba.

Os advogados de Lula pediram ao tribunal a ordem cronológica dos recursos de apelação desde a data da entrada até da apelação do petista.

"Pelo levantamento que fizemos, foi uma tramitação recorde. O que está em discussão é a isonomia de tratamento dada a Lula. Ele deveria ser tratado como todos os outros réus", diz Cristiano Zanin, advogado de Lula.

A coluna confirmou a informação no gabinete do desembargador Paulsen.

Segundo a assessoria do magistrado, ele de fato já pediu data para o julgamento. Seu voto, no entanto, pode mudar até o dia da sessão, esclareceu a equipe do desembargador.
Sidnei Luis Reinert
12/12/2017 12:18
Lula é condenado a não ser candidato


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

É hora de meter a mala e falar a verdade, mesmo que ela doa como uma afta. Luiz Inácio Lula da Silva já está condenado a não ser candidato a Presidente da República. Além da maioria da população, a cúpula do Judiciário e os militares não aceitam que um condenado por crimes ligados à corrupção possa disputar o Palácio do Planalto em 2018. Não adianta aliança secreta com o Diabo ou a cúpula corrupta do PMDB ?" o que dá no mesmo. A candidatura Lula é classificada como "um golpe inaceitável".
A Petelândia promoverá uma megarevolta social se o seu líder máximo for impedido de concorrer por ordem judicial? Com certeza, não fará nada. Do mesmo jeito como nada fez com a saída de Dilma Rousseff pelo "golpe" (legítimo ou não) promovido pela aliança entre Michel Temer, uma base aliada traidora e os tucanos agora mais perdidos que uma noviça que aceita fazer um bico em um puteiro de luxo. Lula não será candidato e não haverá reação dos petralhas e seus tentáculos criminosos. PT saudações...
O companheiro $talinácio está no papel dele. Segue a máxima de Machado de Assis ?" segundo a qual não está morto quem peleja. Por isso, ele encena uma inútil resistência, esculachando a Lava Jato: o juiz Sérgio Moro e a Força Tarefa do Ministério Público Federal. Lula não tem projeto para o Brasil. Nem o tão decantado socialismo bolivariano faz parte, de verdade, do repertório dele. Lula é simplesmente um ator canastrão que ainda atrai uma expressiva parcela de idiotas "estadodependentes" e amantes do populismo. Lula é apenas um mito decadente que agora não será suportado pelo Judiciário e pelas Forças Armadas.
O Brasil não vai embarcar na "aventura Lula" porque nossas zelites são conscientes. Lula não vai adiante ?" e ainda pode acabar condenado em várias outras ações e até preso -, caso represente uma ameaça a um regime criminoso que cai de tão podre. Além disso, os "deuses" do mercado não aceitam Lula. Já derrubaram a Dilma com um sopro. Preparam-se para colocar no Palácio do Planalto alguém que não ameace o sistema real de poder. É preciso cuidado com qualquer força de "esperança eleitoral", porque os controladores globais apostam em todos os candidatos, inclusive os escalados para fingir que são seus inimigos.
Eleição é encenação. Trata-se de um mero mecanismo de escolha. Torna-se enganação, ainda mais, quando teatralizada com urnas eletrônicas inseguras e que não permitem recontagem de votos pela via impressa. O resultado final do pleito, no Cassino do Al Capone, será sempre aquele que interessar ao sistema de poder real. Quem contrariar os interesses dos patrões globalitários perde, rapidinho, o emprego de Presidente. A sabotagem dos controladores costuma ser fatal. É tão gigantesca quanto o poder de cooptação deles. O jogo é sujo e bruto.
Alguns militares corajosos têm consciente de como funciona o sistema do Poder Real Mundial. É o caso do General Mourão (recém-transformado pela covardia burocrática em um combatente na escrivaninha até passar para a reserva em 31 de março do 2018 eleitoreiro). Mourão representa uma ameaça ao sistema globalitário que controla o Brasil com a ajuda de traidores da Pátria. Alguns são tão dissimulados e próximos que fingem ser "amigos da Onça". Não são... Outros estão em fase adiantada de cooptação...
O esquema globalitário não tem interesse e fará de tudo para sabotar e impedir que ocorra uma inédita Intervenção Institucional que permita a soberania e o pleno desenvolvimento do Brasil. Apesar da crescente insatisfação popular, a máquina do Estado-Ladrão continua intacta e pronta para influir, como sempre ou como nunca, na eleição 2018. O cassino eletrônico do Al Capone está prontíssimo para as escolhas em ritmo de caça-níquel. A galera inocente, nas redes sociais, já entra no ritmo do Fla-Flu eleitoreiro.
"Aftas ardem e doem" ?" como diria o alemão do morro dominado pelas facções. A verdade também dói no Brasil sob hegemonia do Crime Institucionalizado. A única chance de acabar com tanta sacanagem é a inédita Intervenção Institucional. Se perdermos o timming para realizá-la, o Brasil vai consolidar como aquela eterna colônia de exploração global.
Não dá mais para discutir o sexo do pinto (o filho daquela galinha que sempre ensaia um vôo de mentirinha). É hora de decisão! O General Mourão e alguns outros já entenderam a dimensão do problema. Intervenção é a única solução. O resto é pura ilusão. Os esquemas do poder real sabem disso. Por isso, investem bilhõe$ na "ilu$ão"...
As malas estão rodando por aí... Comprando e cooptando quem se vende ou se ilude facilmente... Se os guardiões da Nação aceitarem este jogo, aí sim o Brasil estará irremediavelmente perdido. Será uma sacanagem de lesa-pátria se isto acontecer... novamente... O Brasil já está em guerra... Combatente não tem o direito de se fingir de morto...
Miguel José Teixeira
12/12/2017 11:16
Senhores,

Se "lobo não come lobo", como diz o adágio, então estamos diante de um típico episódio "o desespero toma conta". . .

Em 2018, NÃO REELEJA"!!!

Lembrem-se:

"Vassoura nova sempre varre bem"!!!
Herculano
12/12/2017 10:44
está é a nota a que o leitor brasiliense da coluna, Miguel José Teixeira, publicou a abaixo.

O deputado Federal João Rodrigues virou de uma hora para a outra, candidato a governador do estado pelo PSD, alimentado pelo ex-deputado Júlio Garcia, que acaba de deixar o cargo vitalício de conselheiro do Tribunal de Contas.

Tudo para diminuir o ímpeto, personalíssimo, do ex-presidente da Assembleia, Gelson Merísio, que está em aberta campanha para tal, se expondo inclusive ao ridículo como mostra a própria mídia social dele.

Detalhe: João Rodrigues e Gelson Merísio vem do mesmo berço, a região de Chapecó. Um inviabiliza o outro na própria área de força deles. Com esse problema, ressurgido logo agora, é fruto de pauszinhos mexidos por quem defende Merísio.

A notícia do Diário do Poder

A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu a "prisão imediata" do deputado federal João Rodrigues (PSD-SC) para cumprimento dos 5 anos e 3 meses a que foi condenado. O pedido da PGR foi em resposta à solicitação de manifestação feita pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o caso.
No despacho, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, requer "a imediata expedição do mandado de prisão do deputado federal João Rodrigues" por entender que a proximidade da prescrição da condenação torna imperativo o cumprimento da sentença.

Rodrigues foi condenado por realizar, em 1999 quando era prefeito de Pinhalzinho-SC, a compra de uma retroescavadeira de R$ 60 mil, mas a empresa vencedora recebeu R$ 95,2 mil mais uma retroescavadeira usada, avaliada em R$ 23 mil. A defesa do deputado informou que pedirá o mesmo prazo dado à PGR (48h) para manifestação.
Miguel José Teixeira
12/12/2017 10:26
Senhores,

Deu no Diário do Poder:

"PGR pede "prisão imediata" do deputado João Rodrigues"

E. . .sabem que é o gajo???

Elegeu-se em reduto PeTralha pelo DEM e depois debandou-se para o tal PSD, do mega-suspeito colombão, que pretende ser Senador da República.

Em 2018 NÃO REELEJA!!!

Lembrem-se:

"Vassoura nova sempre varre bem"!!!



Herculano
12/12/2017 09:38
SERÁ QUE FOI Só UMA BRINCADEIRINHA MESMO? por Mírima Goldenberg, antropóloga, para o jornal Folha de S. Paulo

Uma queixa frequente dos meus pesquisados está relacionada a alguns comentários "inofensivos" e "brincadeirinhas" que são muito comuns entre os casais.

Uma figurinista de 42 anos disse que o namorado tem a mania de dizer que "todas as mulheres bonitas que namorou só provocaram sofrimento."

"Ficava incomodada com o jeito que ele fala das ex-namoradas. Até que conheci uma delas: uma loira fake de cabelos alisados até a cintura. O que mais me chocou foi o shortinho minúsculo, apesar de ela ter mais de 50 anos e as pernas gordas, flácidas e esburacadas. Bem do tipo que se acha gostosa e quer se fazer de garotinha, mas é brega, ridícula e vulgar".

Quando o namorado falou mais uma vez das ex-namoradas bonitas, ela perguntou: "Isso significa que eu não sou bonita?".

Ele respondeu: "Você está sensível demais. Não foi isso que eu quis dizer, não tive a intenção de ofender. Em vez de dizer bonita, devia ter dito exuberante, aquela mulher que todo homem olha e me deixa inseguro".

A emenda saiu pior que o soneto. Sentindo-se diminuída, ela questionou: "Quer dizer que ninguém me olha? Sou invisível?".

Homens também reclamam de comentários que ferem "sem intenção".

Um engenheiro de 57 anos contou que a esposa não trabalha. Ele sempre pagou todas as despesas da casa, além de dar muitos presentes para ela: carro novo, celulares, roupas etc. Em um passeio no shopping, logo após ele ter comprado uma bolsa para a esposa, ela perguntou: "Você vai me dar o sapato de presente?". Ele disse que não, pois precisava controlar os gastos.

Ela reclamou: "pão duro, muquirana". Ele ficou perplexo, mas nada disse. Ela insistiu: "muquirana, mão de vaca". Ele, então, explodiu e disse que achava um absurdo ela não reconhecer tudo o que ele fazia.

Ela reagiu: "Nossa, que exagero, como você é mal-humorado. Foi só uma brincadeirinha".

É curioso perceber como a pessoa que se sente magoada com esses comentários ou "brincadeirinhas" é frequentemente acusada de ser sensível demais, exagerada, louca, histérica, neurótica, mal-humorada etc. E aquele que ofende costuma usar a desculpa de que foi só uma "brincadeirinha".

Mas, se fosse realmente só uma "brincadeirinha", todos deveriam achar graça, não é verdade?
Herculano
12/12/2017 09:33
LULA IR PARA A CADEIA NÃO TEM NADA A VER COM PREFERÊNCIA, por Lucas Berlanza, no Instituto Liberal

Sim, sabemos que a pusilanimidade e as indecisões crônicas do PSDB já torraram a paciência mais do que o suficiente. Porém, caros leitores, são ossos do ofício; ainda estamos falando de um dos maiores partidos políticos do país. No sábado, dia 9, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi eleito presidente da sigla na convenção nacional de maneira quase unânime. Sinal de que sua candidatura à presidência vai se materializar. O suposto fenômeno João Doria, como se diz hoje em dia, "flopou" ?" e discursou em apoio enfático à escolha.

O que nos chama a atenção não é isso. É que, de novo, Fernando Henrique Cardoso, o homem-símbolo da representatividade do PSDB, pegou o microfone para dizer que, se não fosse pela idade, gostaria de vencer Lula pela terceira vez. E frisou: "Eu prefiro combatê-lo na urna a vê-lo na cadeia". Alguns comentários são capazes de expressar, com perfeição, o surrealismo reinante no Brasil contemporâneo. Esta é uma delas. Tanto quanto o fato de ainda haver quem cogite eleger Lula presidente da República, a ponto de ele figurar em destaque nas ?" duvidosas ?" pesquisas, é inacreditável que sequer faça sentido alguém dizer que prefere enfrentar um criminoso em um pleito eleitoral a ver a justiça ser feita.

Já se tornou repetitivo um famoso ditado: se errar é humano, insistir no erro é burrice. O PSDB já se portou dessa forma ao tempo do mensalão; se nos perguntarem se acreditamos, pessoalmente, que Lula conseguiria o mesmo resultado que obteve em sua reeleição ?" quando os tucanos preferiram "deixá-lo sangrar" e vencê-lo (que piada!) na disputa eleitoral a iniciar o processo de impeachment ?" após os últimos tormentosos acontecimentos, nossa aposta hoje seria negativa. A realidade do país não é mais a mesma. Porém, isso não justifica que, depois de tanta coisa mudar, inclusive a situação do PT, o PSDB seja a única peça do jogo que parece não sair do lugar. Até o candidato tucano é o mesmo de 2006!

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O grande absurdo, ainda assim, é moral. Compreendemos que é grande a possibilidade de os petistas explorarem a prisão de Lula como narrativa, para se apresentarem em seguida como as sofridas vítimas que nunca foram. É uma imagem forte a de um injustiçado preso político, oportuna para se somar à da "presidenta" que sofreu um "golpe". De todo modo, para citar mais um famoso ditado, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Liberais e conservadores também precisam trabalhar para fortalecer a sua posição na dimensão narrativa, registrando e confrontando a deformada versão da esquerda. Isso por um ditame inescapável: novamente, um suposto utilitarismo não pode se sobrepor aos ditames da lei, bem como à importância do exemplo da sua aplicação contra quem for culpado, sob pena de alimentarmos seu descrédito e a empurrarmos para a insignificância.

A prisão de Lula não é uma questão de preferência pessoal. É uma questão de um tríplex no Guarujá pago e reformado pela OAS como propina. É uma questão de uma reforma no sítio em Atibaia, com direito a pedalinhos com os nomes de seus netos grafados. É uma questão do prédio do Instituto Lula pago pela Odebrecht. É uma questão de pagamentos escandalosos a palestras fajutas. É uma questão de justiça a um povo que não suporta a ideia de que alguns cidadãos desfrutem de privilégios perante o sistema jurídico só porque são, como disse Olavo de Carvalho, uma espécie de "povo honorário" vítima dos "golpistas neoliberais", enquanto o restante dos pobres coitados é a "elite".

Às vezes temos a sensação de escrever apenas o óbvio, mas infelizmente no Brasil o óbvio goza de um status peculiar de fenômeno inacreditável. Portanto, FHC, a sua preferência é irrelevante. Lula ir ou não para a cadeia não é algo que dependa da sua opinião, da do Alckmin ou da minha. Um criminoso ser punido, por mais que doa no seu coração, é algo inevitável ?" se o Brasil quiser se tornar um país sério.
Herculano
12/12/2017 09:31
CRISTINA KIRCHNER, OS PETISTAS E A JUSTIÇA, por Roberto Rachewsky, no Instituto Liberal

Que o atentado contra a sede da AMIA em Buenos Aires era coisa do Irã, todo mundo já sabia.

Que o governo de Cristina Kirchner havia manobrado para encobrir os culpados, tornando-se cúmplice daquele ato de terrorismo, um crime absolutamente hediondo, também já se sabia.

Que Cristina Kirchner seria eleita senadora, mesmo depois de todos os seus crimes e escândalos, também era previsível. Afinal, lá também é América Latina.

O que não se sabia, e me parece surpreendente, é que o caso contra ela tenha evoluído. Ela pode enfrentar a destituição do cargo para a qual foi eleita, como pode também vir a ser condenada e presa, junto com todos os pulhas que a acompanhavam no governo.

Parece que nem tudo está perdido por estas bandas. Ainda tem muita gente que deveria estar atrás das grades mas está a solta por aí. Só de petistas me faltam dedos nas mãos para contar.

Quando não se espera mais que a justiça venha e ela aparece, o reconforto parece ser maior.
Herculano
12/12/2017 09:28
Só PARA LEMBRAR. AMANHÃ VOCÊ TEM OPINIÃO PARA LER E CONFRONTAR COM A SUA OU À MANIPULADA PELOS GRUPOS DE INTERESSES DA CIDADE. AMANHÃ É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA. ACORDA, GASPAR!
Herculano
12/12/2017 09:25
ECONOMIA-1: QUANDO O PESSIMISMO É Só EXPRESSÃO DA COVARDIA. OU: COMPAREI UM BOLETIM FOCUS DE JANEIRO COM O DE AGORA... por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Já tratei aqui do mau humor de setores da imprensa com o governo de Michel Temer. Trata-se de um misto de ideologia, vício e ignorância. A depender do vivente, um desses componentes se sobressai mais. E há, sim, os que dominam instrumental técnico para reconhecer os avanços que estão em curso, mas são pessimistas por covardia. Eis aí. O pessimismo costuma ser uma atitude prudencial, parente do realismo. Não são poucas, com efeito, as pessoas que desprezam, vamos dizer, os fatores de atrito e de risco. É sempre bom ouvir, então, a voz da prudência. Mas o pessimismo por covardia é outra coisa: a pessoa se nega a reconhecer evidências que estão à sua frente porque isso as obrigaria a enfrentar a maré influente de opiniões ou, pior ainda, os juízos coletivos - e, bem, seria desnecessário dizer que um jornalista deveria fugir do alarido como o diabo foge da cruz.

Por capricho, fui reler o Boletim Focus da última semana de janeiro deste ano. Para lembrar: trata-se do relatório semanal divulgado pelo Banco Central com as expectativas sobre indicadores econômicos. Participam da consulta 120 entes de mercado (bancos, corretoras, gestores de recursos) etc. Confrontei, então, aqueles dados com os divulgados pelo Focus nesta segunda.

Os agentes econômicos esperavam que a taxa de juros encerrasse o ano em 9,5%. Nota: o ano começou com essa expectativa em 10,25%. A taxa está em 7%. Apostava-se, no fim de janeiro, que a economia cresceria neste ano apenas 0,5%. No boletim divulgado nesta segunda, a expectativa de expansão do PIB subiu de 0,89% para 0,91%. No caso, da inflação, contava-se que o ano terminasse com a taxa a 4,7%. Na mais recente previsão, fala-se em 2,88%, abaixo do próprio piso da meta, que é de 3% ?" e o Ministério da Fazenda passou a ser patrulhado por isso, o que, se querem saber, dado o conjunto dos números e de práticas do governo, não faz o menor sentido. Para 2018, projetava-se um crescimento de 2,2%; agora, 2,62%. Nesta segunda, o Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas, também revisou suas projeções sobre o PIB: está ainda mais otimista do que o Focus: acha que a expansão chegará a 1% neste ano e a 2,8% no ano que vem.

Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, está sendo patrulhado, especialmente pelas vozes à esquerda, porque a inflação deve ficar, sim, abaixo do piso da meta. A dita-cuja é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O que isso estaria a indicar, segundo o mau humor influente? O governo teria exagerado na política recessiva e administrado um remédio amargo demais. A inflação abaixo do piso estaria a indicar que o Ministério da Fazenda foi excessivamente restritivo e teria desestimulado os agentes econômicos.

O raciocínio tem coerência interna, mas vai contra os fatos. A realidade aponta no sentido oposto. Para que a crítica procedesse, forçoso seria que, com a inflação abaixo do piso da meta, também o crescimento estivesse abaixo das expectativas. Mas não! Percentualmente, caminha-se para o dobro do que se previa: de 0,5% para 1%.

Mais: sabe-se que a taxa de juros ainda é o remédio mais eficaz para esfriar processos inflacionários quando ligados à demanda. Ora, a taxa é de 7%, bem abaixo do 9,5% esperados. Restaria, então, acusar um governo que teria conduzido o Brasil à paralisia em razão de um brutal corte de gastos. Bem, isso é apenas mentira grotesca no país que elevou o rombo fiscal para R$ 159 bilhões. O teto de gastos pôs um freio na loucura. O corte draconiano é uma fantasia que alimenta os palanques de esquerda. De resto, o crescimento da economia está muito acima da expectativa, não abaixo, com a balança comercial batendo recorde: US$ 63 bilhões de superávit no acumulado do ano.

Eis o que chamo de pessimismo como uma expressão da covardia. Os números estão na cara e nos fatos.
Herculano
12/12/2017 09:19
ECONOMIA 2: QUEM SABE O PAÍS POSSA CONTAR COM O REALISMO DOS OTIMISTAS PARA RECONHECER QUE O GOVERNO TEMER FUNCIONA, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Por que é tão difícil admitir que temos um governo que, dadas as circunstâncias, é surpreendentemente eficaz?

Porque isso desmonta as falácias criadas pela extrema-direita e pela esquerda, cada uma delas acendendo vela ao capeta alheio achando que homenageia o seu próprio Deus. A imprensa, infelizmente, tem sido refém desse jogo perverso.

A esquerda não poderá jamais admitir que o governo Michel Temer não apenas livrou o país da rota do desastre como conseguiu, mesmo em meio a duas tentativas de golpe, aprovar medidas de caráter estruturante, de longo prazo. Querem o quê? Até setores do tucanato se negam a reconhecer o que é uma obviedade. O discurso do lulismo e assemelhados periféricos (PSOL ou Ciro Gomes) usará os efeitos da herança maldita deixada pelo próprio PT para tentar desqualificar as virtudes óbvias, evidentes, incontestáveis do governo em curso.

E a extrema-direita, embalada pelo lava-jatismo doidivanas, não pode admitir que o governo que sobreviveu a duas tentativas de golpe - desfechadas pelo MPF, com o auxílio de bolsões do STF e da própria imprensa - aprendeu a andar de bicicleta. Vale dizer: se o processo de reformas não parar, existe, sim, um caminho, uma saída, uma vereda rumo ao crescimento sustentável. Mas não pode parar de pedalar - não, Dilma, não é o que você está pensando?

Temer estava havia pouco mais de seis meses à frente da Presidência, e escrevi que ele tinha tudo para ser o presidente mais injustiçado da história. Ainda não mudei a minha avaliação. Mas torço, confesso, para que os brasileiros comecem a lhe fazer justiça. Se depender dos covardes que se fingem de pessimistas, não vai acontecer. Quem sabe a gente possa apostar um pouco na coragem dos realistas
Herculano
12/12/2017 07:42
PARA REDUZIR O TEMPO DE CADEIA, CABRAL ESTUDA E CUNHA LÊ, por Álvaro Costa Filho, no jornal Folha de S. Paulo

Sérgio Cabral e a ex-primeira dama Adriana Ancelmo vão cursar a mesma faculdade na qual o traficante Fernandinho Beira-Mar está quase se formando. A Fabapar (Faculdade Batista do Paraná) oferece curso a distância para presos que buscam redução de pena. Cabral (condenado no total a 72 anos e quatro meses de reclusão), Adriana (18 anos e três meses) e Beira-Mar (mais de 300 anos) optaram por estudar teologia. Tempo para ocupar-se com Deus não lhes faltará.

Espero estar enganado, mas o esquema me parece aquele do pagou-passou. O valor do semestre na faculdade é de R$ 2.664, podendo ser pagos em seis parcelas de R$ 444. O ex-governador, em seus tempos de estudante de jornalismo, era menos visto nas salas de aula do que nos campinhos de pelada, envergando a gloriosa camisa do Bonecas Forever (o cantor Toni Platão, craque do time, está aí para não me deixar mentir).

Em todo caso, para graduar-se em teologia, Sérgio Cabral terá de ler ao menos as "Confissões" de Santo Agostinho. Livro raro: uma autobiografia sincera. Escrita em 397, aborda a trajetória desse vaidoso professor de retórica que, antes da conversão, dedicou-se à busca mundana da projeção política, dos negócios escusos e do prazer.

Em outra cela de cadeia, Eduardo Cunha (condenado a 14 anos e meio) aderiu ao programa de remição de pena pela leitura. Até agora, ele garante ter lido nove livros, ou seja, 36 dias a menos na prisão. Entre as obras, que devem ser obrigatoriamente resenhadas pelo detento, estão três romances de Moacyr Scliar; "O Pagador de Promessas", de Dias Gomes; "Tufão", de Joseph Conrad; e "O Estrangeiro", de Albert Camus.

Gostaria de saber o que pensa Cunha de Meursault, o personagem de Camus que cometeu um crime absurdo. E de sua atitude diante do mundo, de pouco se importar pelo que fez
Herculano
12/12/2017 07:38
O CHEFE DO CRIME ORGANIZADO TIRA A MÁSCARA DE O MAIS HONESTO DO MUNDO

Roda as redes sociais (e não na imprensa) o vídeo com as próprias palavras de Luiz Inácio Lula da Silva, PT, acompanhado do senador Lindeberg Faria, em comício no Rio de Janeiro e se divulga nas redes, e também não estranhamente na imprensa, uma dele fala onde Lula se superou Dilma na estultice.

Diz Lula que o Rio não merece que ex-governadores (Cabral, Garotinho e sua mulher Rosinha) eleitos pelo povo mas ladrão não devem estar na cadeia.

E diz mais depois que não acredita que eles roubaram.

O que mostra isso? Que o chefe da quadrilha está defendendo os seus membros ladrões e corruptos, sem a menor cerimônia e na frente de todos, para voltar a ser presidente e comandar o roubo e a corrução, pois sabe que a maioria dos eleitores além de trouxas, pagadores de pesados impostos para sustentar essa bandalheira, são analfabetos, ignorantes e desinformados.

Chegamos ao ponto de dizer que o país pode ser governado por uma quadrilha bem intencionada, pois já não disfarça e esconde o desejo de saquear e sacanear
Herculano
12/12/2017 07:12
Só CONSIGO CONDENAR UMA PESSOA DEPOIS DE ELA FALAR, NUNCA ANTES, por João Pereira Coutinho, sociólogo e escritor português, no jornal Folha de S. Paulo

Liberdade de expressão é tema que nunca cansa. Mas é raro encontrar uma cabeça pensante que possa ir além dos clichês sobre o assunto. Teresa M. Bejan, professora em Oxford, assinou um ensaio na revista "The Atlantic" que merece análise ?"e uma leve discordância minha. Mas vamos aos argumentos.

Diz a professora Bejan que, nas polêmicas contemporâneas sobre liberdade de expressão ?"exemplo óbvio: alunos progressistas censurando palestrantes conservadores em universidades?", encontramos dois conceitos de liberdade de expressão com raízes assaz antigas ?"e consequências distintas. "Isegoria" e "parrésia", eis os conceitos.

Qualquer aluno de filosofia antiga os conhece. "Isegoria" designa o direito do cidadão grego a participar no debate público (leia-se: na "eclésia", na assembleia democrática). "Parrésia" é um termo mais amplo: significa liberdade para dizermos o que pensamos no espaço público (ágora) e, lógico, assumir as consequências pelas palavras.

Sabemos como essas consequências podiam ser fatais: Sócrates foi condenado à morte por desrespeitar os deuses da cidade e corromper a juventude ateniense.

Diz a dra. Bejan, com razão, que os dois conceitos tiveram evoluções distintas depois da queda de Atenas. "Isegoria" praticamente desapareceu da paisagem ?"até ressurgir, depois da Revolução Gloriosa de 1688. Na "Bill of Rights" de 1689, era garantida a liberdade de expressão para participar nos debates do Parlamento.

Um século depois, a "isegoria" grega casou bem com o Iluminismo continental: para Kant, a liberdade de expressão não significava a liberdade para dizermos o que pensamos. Significava liberdade para dizermos o que pensamos racionalmente ?"uma importante distinção.

Evolução diferente teve o conceito de "parrésia". No Renascimento, essa liberdade, que tantas vezes resvalava para a "licenciosidade", enformou textos vários de crítica ou aconselhamento dos príncipes (Maquiavel, Erasmo etc.).

Mas um acontecimento sísmico, há precisamente 500 anos, mostrou a força dessa liberdade subversiva, que se faz ouvir fora da ortodoxia vigente: a Reforma Protestante, claro, que fundiu a unidade da fé cristã.

E hoje?

Defende Teresa M. Bejan, em tom acusatório, que aqueles que procuram silenciar vozes conservadoras nas universidades "liberais" americanas defendem um conceito de "isegoria" contra um conceito de "parrésia". Sem dúvida ?"e confesso que nunca tinha pensado no assunto dessa forma.

Porém não subscrevo a tese da prof. Bejan de que "isegoria", para muitas almas progressistas, significa igualdade de acesso à opinião ?"um "direito cívico" que implica silenciar as vozes do "privilégio" em nome daqueles que nunca tiveram espaço para falar (negros, gays, mulheres etc.).

Com a devida vênia, não é isso que está em causa. E, mesmo que fosse, não vejo de que forma a censura de uns significaria o engrandecimento de outros. Nem tudo na vida é um jogo de soma zero.

Retomando a feliz distinção entre uma "liberdade de expressão" (iluminada) e uma "liberdade de expressão" (desregrada), o que existe nos novos censores é a noção ?"bem kantiana, aliás?" de que a "liberdade de expressão" só é possível dentro de um código pré-estabelecido de verdades fundamentais e inquestionáveis.

No limite, essa concepção de "liberdade de expressão" não enfrenta os "privilégios". Pelo contrário: defende os privilégios de uma suposta elite contra qualquer voz potencialmente subversiva ?"e, por causa disso, acusada de ser ilógica, obscurantista, irracional etc.

É um caminho perigoso. Às vezes, é preciso escutar o que não gostamos para encontrar a verdade ?"ou, então, confirmar as nossas verdades. Será preciso lembrar que, para muitos filósofos "iluministas", a solução política preferida não era a democracia pluralista ?"mas o "despotismo iluminado"?

Entre os dois conceitos de liberdade de expressão, fico com os parresiastas. Não porque eles têm razão. Mas porque eles podem ter razão (ou não) ?"duas alternativas que contribuem para o meu conhecimento.

E, se eles ultrapassarem os limites da decência e até da lei, nenhum problema: que assumam as consequências -sociais ou penais - dos seus atos.

Pode ser mania minha. Mas só consigo condenar uma pessoa depois de ela falar, nunca antes.
Herculano
12/12/2017 07:09
SE VOLTAR A DEFENDER GOLPE, MOURÃO PODE SER PRESO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A paciência se esgotou com o general Hamilton Mourão, que há meses vem pregando "intervenção militar", na verdade um golpe, e criticando o governo ao qual tem a obrigação profissional de prestar continência. Se fizer de novo, pode até ser preso, segundo especialistas no tema. Até quem o apoia lamenta a insubordinação, desafiando o paciente general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército. Leigos não entendem como militar da ativa pode defender golpe sem receber voz de prisão.

EM CAMPANHA
Na caserna, dá-se como certa a candidatura de Mourão a deputado, em 2018. Ele deve vestir o pijama em março, aos 64 anos.

ESCADAS E CORREDORES
No fim de semana, Villas Bôas decidiu punir Mourão deixando-o sem ter o que fazer, como noticiou em primeira mão o site Diário do Poder.

PELA ESTABILIDADE
O general Villas Bôas rejeita a tese de "intervenção militar" porque tem compromisso com as instituições democráticas e a estabilidade política.

NITROGLICERINA FAKE
A suposta prisão de Mourão, ontem, criou clima de tensão em Brasília. Era boato. "Seria nitroglicerina", resume um militar de alto escalão.

TEMER 'PISCA' E ENFRAQUECE REFORMA AINDA ESTE ANO
Representou um balde de gelo sobre os próprios aliados na Câmara dos Deputados a declaração do presidente Michel Temer, em Buenos Aires, admitindo dificuldades na aprovação da reforma da Previdência ainda este ano. Mesmo prometendo a reforma para "o início de 2018", ao "piscar" Temer deixou na mão os líderes partidários que garimpam votos em suas próprias bancadas para viabilizar os 308 necessários.

AVIAÇÃO DE RISCO
Temer avaliou que seria melhor adiar a votação do que correr o risco de uma derrota que pode ser muito prejudicial ao País.

OPORTUNISMO
Até os partidos cujos programas estão comprometidos com a reforma da Previdência, como PSDB, embarcaram no oportunismo pré-eleitoral.

CONVERSA A BORDO
O presidente decidiu admitir o adiamento após conversar com aliados, inclusive o futuro ministro Carlos Marun, a caminho de Buenos Aires.

APOIO À MEIA-BOCA
O ainda líder tucano na Câmara, deputado Ricardo Trípoli (SP), afirmou em entrevista à rádio Bandeirantes que no máximo 60% dos deputados do PSDB votarão favoravelmente à reforma da Previdência.

ELOGIO À RACIONALIZAÇÃO
À frente os professores Paulo Lucon e Osmar Paixão, o Instituto Brasileiro de Direito Processual realizou nesta segunda (11), no STJ, importante evento sobre recursos repetitivos, com os ministros Laurita Vaz, João Otavio de Noronha, Mauro Campbell, Luis Felipe Salomão, Paulo Sanseverino, Ricardo Cueva e Assusete Magalhães.

BANCADA MAIOR
A bancada de deputados da Papuda tem tudo para crescer, após a PGR pedir a "prisão imediata" de João Rodrigues (PSD-SC). Ele pode se juntar a Celso "queijo na cueca" Jacob (RJ) e Natan Donadon (RO).

MINISTRO ATÉ O FIM
Anunciado neste sábado (9) como novo ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun tomará posse na quinta (14). E pretende permanecer no cargo até o fim do governo de Michel Temer.

TEM GOSTO PRA TUDO
O diplomata Francisco Mauro Holanda chefia a nossa representação em Ramallah, Palestina, mas mora em Jerusalém oriental. Ofereceram-lhe um consulado na Europa, mas ele deve curtir o som de bombas.

NÃO PASSA DE PRETEXTO
Resolução do Congresso, no governo Clinton, transferiu a embaixada dos EUA em Israel para Jerusalém, mas dá poderes à Casa Branca para adiá-la por 6 meses. Os presidentes têm adiado a transferência indefinidamente. Donald Trump resolveu cumpri-la. Aí o mundo caiu.

BOA NOTÍCIA
O presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Júnior, já anunciou que deve ser realizada até o fim do primeiro semestre de 2018 a privatização da estatal. Deve render R$ 12 bilhões aos cofres públicos.

PARECE QUE FOI ONTEM
Agripino Maia (PFL-RN) ironizou a cidadania italiana de Antônio Palocci revelada pela coluna. "Burati, Poleto, Barquette, Palocci italiano, quanta coincidência." (Nota aqui publicada em 9 de dezembro de 2005).

PENSANDO BEM...
...contar com tucano em votações polêmicas, na véspera de eleição, é como palmeirense acreditar na torcida de um corintiano pelo Verdão
Herculano
12/12/2017 07:07
ESADO BRASILEIRO CRIA E PERPETUA ELITE, por Joel Pinheiro da Fonseca, economista, no jornal Folha de S. Paulo

Dilma sereelegeu acusando seus adversários de pretenderem fazer um odioso ajuste fiscal. Uma vez reeleita, contemplando a catástrofe econômica e social que ela mesma criara, sua primeira providência foi fazer o ajuste fiscal. A história desse fracasso nós já conhecemos, e até hoje estamos às voltas com um ajuste que não sai -o governo Temer prevê deficit primário de R$ 159 bilhões neste ano.

É difícil cortar gasto público no Brasil, especialmente em tempos de crise, pois quem costuma sentir os efeitos do corte são os mais vulneráveis. A alternativa, que seria aumentar impostos, também não dá: já pagamos demais, recebemos de menos e isso travaria a economia, que precisa crescer.

Assim, o grande desafio para o próximo governo será fazer ajuste fiscal sem sacrificar gastos sociais e sem aumentar impostos. Parecia uma missão impossível. Mas o relatório do Banco Mundial "Um Ajuste Justo", feito por encomenda do então ministro da Fazenda, Joaquim Levy (ou seja, ainda no governo Dilma), publicado em 21 de novembro, mostra que dá sim; é só identificar corretamente a origem do enrosco: um Estado tão profundamente disfuncional que, além de erguer os obstáculos ao crescimento econômico que já conhecemos, é também uma máquina de desigualdade.

O Estado brasileiro promove a desigualdade, por exemplo, ao transferir renda das classes mais baixas para as mais altas: é o caso de isenções fiscais para grandes empresas e curso superior gratuito em universidades públicas para quem poderia pagar. Em outros casos, contudo, os recursos arrecadados e mal gastos vão para dentro do próprio Estado. Temos um funcionalismo sobre-remunerado (o Brasil gasta em salários do funcionalismo uma porcentagem do PIB maior do que a da França), estável e com aposentadoria obscenamente generosa. Quem paga é quem ficou de fora da festa.

O Estado não apenas transfere renda para a elite; ele cria e perpetua uma elite. Seis das dez profissões mais bem pagas do Brasil estão no funcionalismo. Ainda mais espantoso: a proporção dos funcionários públicos federais civis que integram a chamada "alta classe alta" (os mais ricos do país) é maior do que a proporção dos empregadores (ou seja, empresários) que integram essa classe, conforme estudo do Instituto Mercado Popular. Ou seja: prestar concurso é meio mais seguro de se chegar à elite do que ter uma empresa.

Um dos resultados mais lamentáveis desse quadro é o concurso público como grande aspiração nacional. Muitos de nossos melhores cérebros se deixam atrair pelo sonho de ingressar nessa classe. Ao fazê-lo, aprofundam a desigualdade no país e consomem nossos recursos. Por algum motivo misterioso, esses privilégios (como a aposentadoria integral) são pintados como "conquista social".

Professores, estudantes, empreendedores, trabalhadores, desempregados, donas de casa, todos são devidamente arregimentados para defender sistemas ineficientes e mantidos sob a desculpa de que "falta gasto", como se o Brasil já não fosse um país taxado à exaustão. No final das contas, todos saem perdendo. Acima deles, um grupo ganha consistentemente; para esses não existe crise, não existe rombo, não existe ajuste, só aumentos. Eles é que comandam a real luta de classes que emperra o Brasil: a do Estado contra o resto da sociedade. E ela também pode levar a uma revolução
Herculano
12/12/2017 07:05
FOME DE DECÊNCIA PODE MINAR ALIANÇAS DE 2018, por Josias de Souza

Graças à epidemia de corrupção, o Brasil vive tempos extraordinários. Há cadáveres demais no noticiário político. Em consequência, uma fome de limpeza paira no ar. Alheios à demanda por decência, os partidos se equipam para a sucessão de 2018 de forma ordinária. Costuram-se coligações partidárias sem levar em conta o risco de as candidaturas trançadas de maneira convencional se espatifarem. Considerando-se o prontuário de certos articuladores, espatifar é o termo mais adequado.

Como ocorre às vésperas de toda eleição, o espírito de bazar baixou na política brasileira. Partidos sujos negociam seu tempo de propaganda no rádio e na tevê à luz do dia, na frente das crianças. Há cenas constrangedoras, como a disputa mal disfarçada que Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (PSD) travam pelas vitrines eletrônicas do PMDB e do rebotalho do centrão ?"PP, PR, PRB, PTB, SD e etc. (Leia aqui notícia do repórter Ranier Bragon sobre o tempo de que dispõe cada legenda.)

Na sucessão de 2014, o grosso dos partidos que orbitam ao redor do governo Temer estavam com Dilma Rousseff. A pupila de Lula tinha a campanha com o maior tempo de propaganda, com mais dinheiro e com mais marquetagem. A megaestrutura foi utilizada para desconstruir adversários, especialmente Marina Silva, não para construir Dilma. O resultado foi um estelionato eleitoral. Reeleita, Dilma adotou o programa econômico de Aécio Neves. Criticada, tornou-se uma gestora caótica. O ciclismo fiscal, a gestão empregocida e a ruína moral custaram-lhe o cargo.

Repete-se agora a mesma pantomima. Um paradoxo aprisiona os candidatos: antes de se venderem no horário eleitoral como protótipos do avanço, eles entregam a alma ao atraso em troca de alguns minutos adicionais de propaganda eleitoral. Com isso, o Brasil vive sob uma crise eterna de compostura. A sociedade é incapaz de enxergar ética nos políticos. E os políticos são incapazes de demonstrá-la.

Alguns candidatos ainda não se deram conta, mas na eleição de 2018 a aversão aos partidos, que leva o eleitorado a buscar novidades, pode transformar as máquinas partidárias e tudo o que elas representam num elemento tóxico. Por mal dos pecados, a grande surpresa da pré-temporada eleitoral chama-se Jair Bolsonaro, cuja estrutura partidária é, por ora, nenhuma. A ascensão de Bolsonaro como alternativa a Lula, um candidato condenado criminalmente, demonstra que, se não for saciada adequadamente, a fome de decência pode levar o eleitorado a mastigar a racionalidade.
Herculano
12/12/2017 07:01
CANDIDATO DE TEMER PODE TER 40% DE TEMPO DE TV

Conteúdo e principal manchete do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Rainier Bragon, da sucursal de Brasília. Caso se concretize a união de partidos governistas em torno de um candidato comum à Presidência, o nome apoiado por Michel Temer terá um importante trunfo em 2018, a maior fatia da propaganda eleitoral na TV e rádio.

A dez meses das eleições, Temer tem o governo reprovado por 71% da população, segundo o Datafolha, mas tenta construir uma candidatura que defenda a sua gestão.

O mais cotado para a missão, por ora, é seu ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), embora ele tenha conseguido apenas 2% das intenções de voto na pesquisa, em seu melhor cenário.

Temer tem hoje como principal sustentáculo ao seu governo os partidos do chamado "centrão", siglas médias lideradas por PP, PSD, PR, PTB e PRB.

Na hipótese de elas não migrarem para nenhuma coligação concorrente, o candidato oficial do governo ficará com 39% do tempo total de propaganda na TV e rádio -quase 5 minutos em cada bloco de 12 minutos e 30 segundos.

O PT de Lula o PSDB de Geraldo Alckmin que abandonou recentemente a base de apoio ao Palácio do Planalto- terão, respectivamente, 13% (1min35s) e 10% (1min18s) se não conseguirem promover alianças. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) ficaria com 4% (33s).

Por entrarem na disputa abrigados em legendas nanicas, Jair Bolsonaro (deve ser lançar pelo Patriota) e Marina Silva (Rede) terão tempo ínfimo se não convencerem outras legendas a ingressas em suas chapas -10 e 12 segundos, respectivamente.

Apesar de pontuarem bem nas pesquisas, os dois por enquanto têm baixas perspectivas de fechar alianças relevantes na disputa de 2018.

Embora o PSDB esteja em processo de desembarque, Alckmin tenta manter pontes de olho em possível apoio do PMDB e de outras siglas governistas à sua candidatura. Se tiver sucesso, pode dominar quase a metade do tempo de propaganda na TV.

O cenário de sonhos do PT seria liderar novamente uma frente de partidos de esquerda, o que renderia ao seu candidato cerca de 25% do tempo. No momento, porém, até o aliado histórico PC do B já lançou oficialmente um pré-candidato, a deputada estadual Manuela D'Ávila (RS).

REGRAS

O tempo da propaganda é dividido, em sua maior parte, de acordo com o tamanho dos partidos da aliança.

O "palanque" na TV para os candidatos a presidente é formado por dois blocos de 12min30s cada um, à tarde e à noite, nas terças, quintas e sábados. Começa em 31 de agosto e vai até 4 de outubro, três dias antes do primeiro turno das eleições, no dia 7. São, ao todo, 35 dias.

Há ainda as "inserções", que são peças curtas veiculadas nos intervalos comerciais das TVs.

Por alcançarem até os eleitores que não assistem à propaganda em horário fixo, são consideradas mais importantes. Serão 14 minutos diários, por emissora, também divididas de acordo com o peso partidário de cada coligação -e no mesmo período, de 31 de agosto a 4 de outubro.

A propaganda na TV tem influência decisiva nas campanhas, mesmo com a popularização da internet.

Em 2002, por exemplo, Ciro Gomes (então no PPS) foi abatido pela campanha negativa tucana, que veiculou, entre outros ataques, cena em que ele chamava de "burro", durante entrevista, um ouvinte de uma emissora de rádio.

Em 2014, Marina Silva chegou a empatar na liderança das pesquisas com Dilma Rousseff (PT), mas acabou derretendo após ser alvo de fortes ataques da propaganda petista, comandada pelo marqueteiro João Santana.

Em uma das peças o PT atacava autonomia do Banco Central defendida por Marina -pratos de comida sumiam da mesa de uma família, enquanto banqueiros sorriam.

Das 7 eleições presidenciais do atual período democrático, em 4 o vitorioso foi aquele que teve o maior tempo de propaganda na TV (FHC em 1994 e 1998, Dilma em 2010 e 2014). Em 2 o vitorioso foi o que teve o segundo maior tempo (Lula em 2002 e 2006). O ponto fora da curva ocorreu na primeira disputa, em 1989 -Ulysses Guimarães (PMDB) teve o maior tempo mas ficou em sétimo.

No artigo "Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral e a Formação da Opinião Pública", os cientistas políticos Felipe Borba e Alessandra Aldé afirmam, com base em análise de pesquisas do Datafolha entre 1989 e 2014, que o interesse na propaganda televisiva cresce na reta final e "aumenta o nível de conhecimento dos eleitores sobre os candidatos e os temas debatidos na campanha."
Biroco
11/12/2017 22:15
Herculano

Claro que não há perseguição à Cicero, claro o PMDB e PP de Gaspar aplicam a lei pra todos.
O Lu quando vereador, nunca na história de Gaspar houve coincidência em sua escala de trabalho que fosse incompatível com a edilidade.
Entra governo e sai governo e Só a muda a mosca.
Patifaria exarcebada. Políticos de carreira....
Herculano
11/12/2017 20:30
DUPLA JORNADA

Daniel: como escrevi, o poder de plantão, seja qual o partido ou as pessoas que estão nelas, sempre aplicam a lei, quando não perseguem, aos adversários, aos que fiscalizam e aos que divergem, e escrevo isso, porque fui e sou um deles.

Já aos seus, a lei é letra morta. Uma boa pergunta: e o médico Silvio Cleffi, PSC, que vive com a faca no pescoço do governo para lhe dar maioria apertada, possui horários especiais ou não coincidentes como aconteceu com o ex-vereador Luiz Carlos Spengler Filho, PP, agente de trânsito?
Daniel cardoso
11/12/2017 19:57
Caro Herculano,
Deixo aqui meu relato sobre meu parceiro de trabalho que já conheço há 10 anos, Cícero. Sem dúvidas ele não precisa de advogado e vai cumprir aquilo que a Lei manda, será julgado, mas não posso me furtar de registrar a veemência com que ele cumpre seu trabalho como servidor, sou testemunha.
Sua obstinação em fazer o melhor à população gasparense é exemplo para alguns semi analfabetos que pleiteiam uma vaga de vereador sem ter qualquer preparo.
Os relatos de seus familiares mostram claramente o quanto ele se esforça fora do horário de trabalho, mas repito, cumpra se a Lei, inclusive ao médico também vereador que é servidor.
Vão torna lo um mártir.
Mandela foi peeseguido e ficou preso por 27 anos pra se tornar o primeiro presidente eleito da África, resguardadas as proporções, jogaram lenha na fogueira.
De minha parte, restou mais trabalho e a resposta que posso dar é mostrar que quem toca o serviço público, são os concursados, ele como eu passamos por 2 concursos e nosso amor por essa profissão é compartilhado.
Boa semana a todos.
Sebastião Cruz
11/12/2017 19:54
Sr. Herculano;

Se eu escrevesse, "A Câmara de Gaspar é uma das mais enxutas da região, demonstrando responsabilidade no uso do dinheiro público".

Das duas uma: seria mentiroso ou recebendo algo em troca.

E a palavra enxuta, também tem outra conotação, a Câmara é enxuta por que é seca de ideias.
Mariazinha Beata
11/12/2017 19:28
Seu Herculano;

O que postou Sidnei Luis Reinert

"Só existe o plano "I" de INTERVENÇÃO INSTITUCIONAL!!!

Senhores Generais, Príncipes da República, salvem o seu povo do governo do crime, vamos limpar o Estado e libertar os brasileiros. Vamos fazer a hora!!!"

Com o banditismo a correr solto pelo Brasil, o povo não terá outra saída a não ser clamar por INTERVENÇÃO INSTITUCIONAL!!!

Bye, bye!
Ana Amélia que não é Lemos
11/12/2017 15:02
Sr. Herculano:

"A Petrobras quer que Gleise Hoffmann devolva R$ 1 milhão".
A informação é da revista Época.

A estatal encaminhou ao STF um "documento em que afirma esperar as condenações da presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e de seu marido, Paulo Bernardo.

Gleisi tem que devolver e ir para a cadeia.
Esta galega sebosa é do mesmo partido da galega sebosa Mariluci, que poderiam ser irmãs gêmeas.
Na brancura e na feiura.
Maria de Fátima Albino
11/12/2017 14:20
Caro Herculano

"SALDO DO PALHAÇO
Desde que tomou posse, em fevereiro de 2011, o saldo dos mandatos do deputado Tiririca (PR-SP) é de 17 projetos (um a cada cinco meses), 16 relatados e 1 discurso, o de despedida, no plenário vazio."
Coluna Cláudio Humberto, às 10:24Hs.

Como se diz por aqui, "Bem Feito!" pra quem votou nele.
Belchior do Meio
11/12/2017 14:12
Sr. Herculano:

Não tenho iluminação pública na rua em que moro, como fica o aumento da COSIP que pago embutido na conta de energia elétrica?

"O aumento da taxa da COSIP em Gaspar, se provada a necessidade, deveria ser parte de um grande projeto técnico de modernização da iluminação pública e economia no município".

O Sr. não estaria exigindo demais de um governo tacanho? Quando se tem uma dupla sertaneja que deveria governar um grotão e não cidade, se "possa compreender popularmente a tamanha burrice e atraso que o governo Kleber faz no fechar do ano com os gasparenses".
Erva doce
11/12/2017 13:52
Oi, Herculano

"Mariluci fala certo, mas sem o crédito para tal."

Primeiro, o que petista fala não se escreve.
Segundo, petista sabe três coisas: mentir, mentir, mentir.
Terceiro, os amigos dela (EI), foram dizimados e a companheira terrorista DilmANTA está desapontada. Só isso!

Ridículas, feias, sujas e cafonas ...
Sujiru Fuji
11/12/2017 13:42
Também "Estava de cabeça quente" quando escolheu um caco para homenagear?
Sidnei Luis Reinert
11/12/2017 12:26
Poder Real e Secreto


Artigo no Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Antônio José Ribas Paiva

OS PATIFES DA POLÍTICA, inclusive os novatos, não mandam nada. O PODER REAL é invisível aos olhos, como diria o Pequeno Príncipe.

Quem manda nos políticos é o CONTROLADOR, que faz o serviço sujo para os bucaneiros internacionais. A técnica é de governo indireto, que o IMPÉRIO BRITÂNICO sempre usou. Basta pagar os políticos para explorar o BRASIL e escravizar as pessoas.

A última artimanha do CONTROLADOR EXTERNO, que manda nos políticos, é o PROCESSO ELEITORAL, cenoura do burro, para manter a escravidão do povo brasileiro e continuar rapinando nossas riquezas e o nosso futuro.

Combatentes não se enganem, os candidatos e quem defende o processo eleitoral do crime,estão traindo o BRASIL.

Só existe o plano "I" de INTERVENÇÃO INSTITUCIONAL!!!

Senhores Generais, Príncipes da República, salvem o seu povo do governo do crime, vamos limpar o Estado e libertar os brasileiros. Vamos fazer a hora!!!

BRASIL! ACIMA DE TUDO!!!


Antônio José Ribas Paiva, Jurista, é Presidente do Nacional Club.
Herculano
11/12/2017 10:56
AUSÊNCIA VIRA ARMA ANTI-REFORMA DA PREVIDÊNCIA, por Josias de Souza

O governo precisa de 308 votos para aprovar a reforma da Previdência na Câmara. Pode-se evitar que o número mágico seja atingido de duas maneiras: votando contra a proposta - o que expõe o deputado ao risco de retaliação- ou simplesmente ausentado-se do plenário no dia votação. Cresce o número de deputados que tramam não dar as caras.

Utiliza-se contra Michel Temer a mesma feitiçaria usada pelo presidente para enterrar duas denúncias criminais. A continuidade das investigações contra o presidente e os ministros palacianos Moreira Franco e Eliseu Padilha exigia o aval de 342 do 513 deputados. No vale-tudo adotado para evitar que a marca fosse alcançada, o Planalto pressionou deputados que não tinham coragem de se expor à sanha das redes sociais para que sumissem do plenário na hora de a onça beber água.

O movimento pela ausência cresce na proporção direta do aumento da pressão governamental para que os partidos recorram ao "fechamento de questão", como é chamada a ferramenta estatutária que permite a punição de filiados rebeldes. Avalia-se que as legendas terão mais dificuldade para tratar a ferro e fogo os deputados que faltarem à votação. Sob pena de sofrerem uma debandada em março, quando se abre uma janela legal para a migração partidária.

Por ora, três partidos fecharam questão para forçar seus deputados a aprovarem a emenda constitucional que mexe na Previdência: PMDB, PTB e PPS. Alçado no sábado à presidência do PSDB, Geraldo Alckmin declara-se a favor de que os tucanos adotem a mesma providência. Arrisca-se a virar um presidente minoritário no alvorecer de sua gestão à frente do ninho.

Neste domingo, de passagem por Buenos Aires, Michel Temer declarou: ''Falei com presidentes do PP, PSB e PRB. E todos estão entusiasmados com eventual fechamento de questão''. Indagou-se a Temer se está otimista com a possibilidade de aprovação da refoma ainda em 2017. E ele: ''Suponho que talvez seja possível, mas, se não for, essa matéria da Previdência não vai parar.'' Deve-se a cautela à ausência de votos.

Por decisão de Rodrigo Maia, presidente da Câmara, abre-se na quarta-feira, a fase de discussão da proposta previdenciária no plenário. Mas a inanição de votos permanece. ''Quem sabe, a gente consiga fechar na terça-feira", declarou Temer, referindo-se à meta de aprovar a matéria até o dia 19. Se não der, fica para o ano eleitoral de 2018. Ou para as calendas.
Herculano
11/12/2017 10:55
PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRÁS JUNTO COM A ELEIÇÃO NÃO ASSUSTA INVESTIDOR, DIZ PRESIDENTE

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto e entrevista de Maria Cristina Frias, na coluna Mercado Aberto, com a colaboração de Felipe Gutierrez, Igor Utsumi e Ivan Martinez. Uma das maiores operações do gênero na história do país, a privatização da Eletrobras vai ocorrer entre setembro e dezembro de 2018, diz Wilson Ferreira Júnior, presidente da estatal, à coluna. A coincidência com as eleições para presidente no Brasil não prejudicará a atratividade da emissão de ações, afirma.

"Nem investidores estrangeiros, nem brasileiros veem problema. Se tem uma oportunidade em um negócio de 30 anos, não tem nada a ver com eleição. Não tenho dúvida de que há interesse, porque são as últimas [usinas] no país. Depois delas, o mapa fica quase completo."

A privatização encontra resistência na Câmara e no Senado, inclusive de membros da base do governo.

"Se ela não ocorrer, vende-se usina a usina. A Eletrobras ficaria com todos os custos e perderia a capacidade instalada de 14 mil megawatt-hora (MWh), uma Itaipu. A Eletrobras aguenta? Duvido."

A troca de mãos da empresa será feita por aumento de capital. O governo não colocará recursos, sua fatia na companhia diminuirá, e ele perderá o controle societário.

A União terá uma "golden share", que lhe dará o voto decisivo em temas estratégicos. A desestatização vai incluir Chesf e Furnas, frisa.

O projeto de lei será encaminhado na semana que vem, diz. "Essa é a agenda do ministro [Fernando Coelho Filho, das Minas e Energia.]

*

Folha - Quanto a privatização vai levantar?
Wilson Ferreira Jr. - O valor vai depender das condições que vão colocar para as cotas. O que o governo colocou no Orçamento, e não é necessariamente só a descotização, foram R$ 12 bilhões. Aí pode ter a perspectiva de que outras usinas que vão vencer lá na frente, por exemplo, Tucuruí, possam também ser antecipadas, mas é mera especulação. Não posso saber disso. Vou ser quem, ao preço que eles derem, terá de calcular se ele será bom ou não para a companhia.

Como o meu "equity" [ativo] é a descotização, eu vou pagar para ter um direito, e quem vai ceder esse direito é o governo, que não vota na assembleia. Se eu colocar R$ 200 [MWh], vou ter de vender acima disso. Duvido, deve colocar mais baixo...

Folha -Quanto?
Não sei, R$ 150, R$ 140, mais baixo, que seja factível colocar no mercado livre, em condições de satisfazer o negócio e não aumentar a tarifa.

Folha - Qual será o ritmo da descotização de 14 das hidrelétricas?
Haverá, provavelmente, um prazo para descotizar, já ouvi de três a cinco anos. Se tirar de uma hora para outra todas as cotas, não será bom para o mercado. Hoje há nas distribuidoras alguma sobrecontratação. Então, fazendo a um ritmo ponderado, permitirá que elas se beneficiem porque vão reduzir a sua sobrecontratação [há uma compra de cotas obrigatória, para garantir que haja energia para atender ao mercado, com alguma reserva].

Folha - Quando no segundo semestre vai ocorrer a operação?
Emissão é feita não quando você quer, mas quando quer quem compra. Será feita numa janela dos investidores no segundo semestre, na volta das férias americanas. Entre setembro e dezembro...

Folha - Época de eleição não preocupa o investidor externo?
Nem o estrangeiro e nem o brasileiro. Se tem uma oportunidade de um negócio em uma companhia, não tem nada a ver com eleição.

Folha - Mas podem querer alegar insegurança para baixar preço?
O negócio de infraestrutura é de 30 anos. Não tenho dúvida de que haverá interesse porque são as últimas [usinas]. Depois delas, o mapa fica quase completo.

Folha - Se houver um candidato considerado extremista pelo mercado na liderança, poderá prejudicar a transação?
Você me responda: e se não fizer? Você vende usina a usina. Se vender uma a uma, o que ocorre com a Eletrobras? Perde 14 usinas, quase 1/4 da nossa capacidade e fica com todos os custos e os problemas, os financiamentos, as discussões judiciais... [A Eletrobras] aguenta? Duvido.

Folha - E a dificuldade política?
Entendo que os grupos de interesses estejam articulados, faz parte da democracia. O sindicato deve ter os deputados que se alinham com as posições dele. Deputados ou governadores que entendem que têm direito extrapatrimonial na companhia, se não tem ação na companhia. Entendo que é uma empresa importante em algumas regiões e que queiram ter posição diferente.

Mas e os 200 milhões de brasileiros que teoricamente são donos da companhia? Que no ano passado viram que o Estado teve de aportar R$ 3 bilhões na companhia para ela não quebrasse? Que saíram da conta de saúde, educação. Poderiam estar lá, e não conosco. O governo tem 60% da companhia, que não paga dividendo e nenhum centavo de imposto.

A AES Tietê, a Tractebel, fazem a mesma coisa, têm lucro, pagam dividendo aos acionistas, e Imposto de Renda para o governo. A Oi entrou em recuperação judicial com 6,2 vezes o Ebitda. Estávamos em 9 vezes, reduzi para 4,1 no último trimestre.

Folha - A venda de seis distribuidoras nas regiões Norte e Nordeste vai ficar para depois de abril?
Não, saem em abril. A Eletrobras vai ter de assumir o patrimônio líquido negativo delas para cada uma das seis valer R$ 50 mil. O investidor que se comprometer a cobrar menos levará. No dia, o vencedor terá de depositar 30% do investimento a ser feito em cinco anos.

Folha - Chesf e Furnas ficarão de fora?
Nada fica de fora. A empresa que faz sentido existir é uma holding com suas quatro principais operações: Chesf, Eletronorte, Eletrosul e Furnas. É a sinergia da holding e o tamanho dela que fazem sentido. Já vamos ter de tirar Eletronuclear e Itaipu.

O projeto será muito importante. Algo que não se vê: o rio São Francisco nos últimos 20 anos perdeu muita água. Só se consegue recuperá-lo se investir entre R$ 300 milhões e R$ 500 milhões ao ano.

Folha - O governo esperará a decisão do STF sobre valores com que geradoras arcam ao não entregar a energia contratada?
Não sei de onde veio essa notícia, e nenhum ministro sabe. Mesmo se o governo quisesse aguardar a decisão do STF, o preço da privatização não mudaria.

ENTENDA O ENTRAVE

A cotização é um tipo de maneira de remunerar algumas usinas hidrelétricas. Implantada no governo Dilma, a ideia era baixar o valor da tarifa. Por ela, paga-se só custos operacionais das geradoras.

Para tornar a Eletrobras atraente para investidores, é preciso tirá-la desse regime e transformá-la em produtora independente que concorre em leilões para vender para distribuidoras ou no mercado livre.
Herculano
11/12/2017 10:47
NEM UM, NEM OUTRO, por Mário Vitor Rodrigues, na revista Isto É

Enquanto elaboro esse texto, a semana apenas começa, jogando luz sobre dois momentos fundamentais para o destino do País. Primeiro, as derradeiras articulações visando a aprovação da reforma da Previdência ainda esse ano. Depois, o caminho escolhido pelo PSDB quanto ao seu próprio comando, a possível indicação para disputar o Planalto no ano que vem e até o desembarque do governo.

Fundamentais, sim, pois o simples ato de contemplar o futuro passa pela reforma do sistema previdenciário. Quanto aos tucanos, são a única alternativa eleitoralmente viável ao radicalismo institucionalizado. Contudo, embora a importância desses assuntos seja inquestionável, pelas esquinas e redes sociais o tema em voga é outro: um hipotético confronto entre Lula e Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais.

Deixando de lado um óbvio fetiche pela morbidez, a importância que se dá a tal cenário não poderia ser mais desanimadora. Especialmente em se tratando de uma sociedade que passou a última década sendo embalada por um discurso raivoso, separatista, determinado a dividir para conquistar, propalado pelo PT. Como é possível, então, que, após mergulhar na crise política, econômica e ética mais grave em sua história, e dela tampouco ter saído por completo, ainda sejamos capazes de absorver com tamanha facilidade essa mesmíssima narrativa?

De que maneira pode ser concebível levar Luiz Inácio a sério, e, não só, mas também abraçar a causa de um pateta exemplar como Jair Bolsonaro?

Bem, quanto aos idólatras do grande responsável pelo maior assalto organizado aos cofres públicos desde a fundação da República, a resposta não é difícil: ideologia definida, militância de verdade e fábulas para vender só quem tem mesmo é a esquerda. Por outro lado, é sintomático o comportamento daqueles que se identificam com a direita. Está claro que mal percebem, mas, sufocados pela sanha de confrontar o PT e a esquerda em todos os aspectos, acabaram adotado discursos e comportamentos típicos dos seus adversários.

Não há outra saída, resta apenas esperar que a massa de eleitores ainda indecisos revelada pelas pesquisas continue rejeitando qualquer um dos lados já posicionados. Que tenham bem vivo na memória o amargor causado por essa ladainha agora conjunta.E que não hesitem em optar pelo meio.

Pelas esquinas e redes sociais o tema em voga é outro: um hipotético confronto entre Lula e Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais
Herculano
11/12/2017 10:28
da série: até os economistas intelectuais da esquerda do atraso, acham que o discurso de Lula é frágil e ultrapassado diante de tantos erros que o PT cometeu nessa área no governo e que levou o Brasil ao buraco, inflação alta e mais de 13 milhões de desempregados. Então é precisa enganar como fez Dilma na ultima campanha aos analfabetos, ignorantes e desinformados.

DISCURSO DA ESQUERDA NÃO DÁ A LULA A MENOR CHANCE DE FAZER UM BOM GOVERNO, por Celso Rocha de Barros, sociólogo, para o jornal Folha de S. Paulo

Líder nas pesquisas com o dobro das intenções de voto do segundo colocado, Lula vem discursando em um tom que parece perfeitamente adequado para quem acha que será impedido pela Justiça de disputar a eleição presidencial.

Seus últimos pronunciamentos parecem perfeitamente calculados para oferecer aos candidatos do PT uma plataforma anti-Temer e anti-reforma que, a esta altura, é bastante popular. Um discurso mais à esquerda também parece uma boa ideia para manter o PT na briga pela liderança da esquerda brasileira, atualmente em disputa. A virada à esquerda de Lula faz sentido estrategicamente, e é o que eu faria no lugar dele, se achasse que não poderia concorrer.

O problema é o seguinte: e se puder concorrer? E se ganhar?

Aí o discurso atual será um problema. Vai ser muito difícil governar repetindo lemas recentes da esquerda como "não há deficit na Previdência". As contas públicas precisam ser ajustadas, a Previdência precisa ser reformada. Há uma recuperação bastante tímida em curso na economia, e ela não pode ser posta em risco. O jogo político brasileiro precisa ser normalizado, o que se conseguirá com mais moderação, não com menos.

Era até de se esperar que a queda da esquerda, após treze anos no governo, fosse seguida de um período de declínio no nível de seu discurso. Picaretagens ideológicas que rastejavam ali pelas margens do discurso, sempre protegidas do teste da prática por sua inviabilidade política, ganharam espaço na conversa. Também há mais moderados do que radicais entre os petistas acusados de corrupção, o que favorece a retórica bastante sectária dos últimos documentos do partido. Uma certa crise de identidade era previsível.

Mas o impeachment foi uma operação tão desastrada que há uma possibilidade real da esquerda vencer agora, logo quando está começando a gostar de ser oposição. Se o plano for ganhar, é hora de interromper a terapia de grupo e voltar a pensar como governo.

Ninguém precisa pedir desculpas por ter defendido o mandato de Dilma, ou por ter feito oposição a Temer ?"eu não peço. Mas é preciso adotar um discurso sobre economia que reúna o companheiro lé com o companheiro cré. O outro lado foi burro o suficiente para levar o MBL a sério; nós não devemos fazer o mesmo com nossos próprios MBLs.

Lula governou o Brasil por oito anos como moderado, e governou bem. Tem 35% das intenções de voto porque os pobres viveram muito melhor durante seu governo sem que o sistema passasse por maiores turbulências. Fora da bolha do comentariado, ninguém acredita que esteja à mesma distância do centro que Jair Bolsonaro.

Mas o discurso atual da esquerda não dá a Lula a menor chance de fazer um bom governo. Se a esquerda preferir perder a mudar esse discurso, eu sugiro que lance um candidato que não tenha 35% das intenções de voto.

Pela primeira vez na vida, não devo votar em Lula, ao menos no primeiro turno. Mas isso não será por achá-lo radical. É porque não acho correto apoiar um presidente que quer acabar com a Lava Jato só porque ele implementaria as políticas públicas de minha preferência. Isso é coisa de quem apoiou o impeachment.

Não fosse por isso, votaria em um Lula moderado sem piscar. É uma pena que uma alternativa assim ainda não tenha se apresentado ao eleitorado para 2018.
Herculano
11/12/2017 10:24
PLANOS QUEREM MUDAR A LEI QUE NÃO LHES INTERESSA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Entidades que defendem clientes prejudicados pelos planos de saúde acham que está equivocado, para dizer o mínimo, o relator do projeto da nova lei, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), quando afirma que um objetivo é estabelecer um "marco regulatório". Lorota. O tal "marco regulatório" já existe, é a lei 9656, de 1998. E não precisa de outra. O problema é que a lei atual não interessa à ganância das operadoras.

AGÊNCIA CAPTURADA
O projeto dificulta até a emissão de multas. A "agência reguladora" ANS só emitiu cerca de 800 multas relativas a 47 milhões de contratos.

DESFAÇATEZ
Outra gentileza do projeto da nova lei é reduzir a exigência de garantias patrimoniais das empresas de plano de saúde, previstas na lei 9656/98.

EXPLORAÇÃO ILIMITADA
Até parece que o projeto é obra dos planos de saúde: legaliza o assalto ao idoso e não impõe limites às mensalidades ou a aumentos abusivos.

'BOA VONTADE'
O deputado Celso Russomano (PP-SP), integrante da comissão que discute o projeto, avaliza o trabalho do relator: "Ele tem boa vontade".

IMPORTAÇÃO DE ETANOL FAZ O BRASIL PERDER R$ 2,2 BILHÕES
A importação de etanol podre e poluente do Estados Unidos, com zero de impostos, fez o Brasil perder em divisas, em 2017, mais de 2 bilhões e 230 milhões de reais (680 milhões de dólares) segundo dados oficiais. Somente este ano foram importados quase 1,8 bilhão de litros de etanol poluente, à base de milho, sendo 1,6 bilhão de litros destinados ao Nordeste, com o objetivo de prejudicar os produtores.

COMO AVES DE RAPINA
A estratégia dos distribuidores (grupos do Sudeste também produtores de etanol) é fragilizar destilarias do Nordeste para comprá-las a preço de banana, como o fizeram em São Paulo e Minas.

IMPORTAÇÃO CRIMINOSA
A importação é desnecessária porque a produção nacional de etanol é suficiente para abastecer o País, seja anidro ou hidratado.

SUFOCAMENTO
Destinada 90% ao Nordeste, onde a produção de etanol gera 400 mil empregos paga impostos, a importação criminosa provoca superoferta.

SEM IMBASSAHY, MAIS VOTOS
A expectativa entre aliados do governo na Câmara é obter mais votos pela reforma da Previdência após a saída de Antônio Imbassahy do governo. "Só quem ganha é o governo", dizem línguas maldosas.

SALDO DO PALHAÇO
Desde que tomou posse, em fevereiro de 2011, o saldo dos mandatos do deputado Tiririca (PR-SP) é de 17 projetos (um a cada cinco meses), 16 relatados e 1 discurso, o de despedida, no plenário vazio.

DIRETO DOS BÁLCÃS
Brasília receberá a visita do presidente da Macedônia, Gjorge Ivanov. Nesta terça (12), o presidente Michel Temer e o visitante ilustre inauguram a primeira embaixada daquele país na América Latina.

LIMITE PARA CARTóRIOS
A Comissão do Teto Remuneratório de Cartórios marcou votar nesta terça (12) parecer que fixa o teto do servidor público para funcionários de cartórios em todo o País: salários não passariam de R$ 33,7 mil.

ONDE JÁ SE VIU?
Nem criminosos se fazem mais como antigamente. O Bandidão 157 foi preso de unhas pintadas, tipo metrossexual. Alguém imaginaria Cara de Cavalo, Lúcio Flávio ou Escadinha de unhas pintadas?

CUBA JÁ FOI MAIS ATRAENTE
Completa 30 anos nesta segunda (11) a primeira linha aérea entre Brasil e Cuba, operada pela Vasp. Hoje nenhuma aérea brasileira faz o trecho. O voo mais barato, com conexão, custa R$ 2,5 mil. Só a ida.

COITADINHOS
A comissão da Câmara do Estatuto da Criança e Adolescente discute aumentar para 10 anos a internação de menor infrator envolvido em crime de morte. Mas só para criancinhas de 17 e 18 anos incompletos.

DE OLHO NA CADEIRA
Hélio José (Pros-DF) vai tentar ser eleito deputado federal, em 2018. Ele não tem votos para se manter no Senado, onde chegou por ser suplente de Rodrigo Rollemberg, eleito em 2010 governador do DF.

PERGUNTA NA CEIA
Lula vai usar seus R$63 mil desbloqueados para comprar presentes de Natal ou vai guardar para eventual fiança?
Herculano
11/12/2017 10:22
SOCIEDADE DO FUTURO SERÁ DERIVAÇÃO DO SISTEMA DE MULTAS DE TRÂNSITO ATUAL, por Luiz Felipe Pondé, filósofo, no jornal Folha de S. Paulo

Não acredito em evolução social. Suspeito que andamos em círculos, indo pra lugar nenhum.

Com isso não quero negar que "ganhamos algum terreno" em relação a situações desagradáveis aqui e ali (aumento de longevidade, eliminação em grande escala da escravidão e coisas semelhantes) nem que sejamos absolutamente dominados pela contingência cega.

Conseguimos controlar várias dimensões da vida. E são exatamente estas formas de controle que apontam para o "futuro da democracia".

A condição humana é tal que combatemos constantemente a contingência e a nós mesmos, em nossa infinita capacidade de criar sofrimentos. Mas a democracia, evidentemente, pode acabar um dia, inclusive pelas mãos de gente que a "defende", principalmente porque o termo "democracia" pode significar coisas opostas.

Quer ver um exemplo banal dessa "instabilidade semântica" do termo "democracia"?

Tem partidos políticos por aí que pretendem, em nome da democracia, intervir na mídia para garantir igualdade de oportunidades, por exemplo, destruir pessoas e grupos na mídia para colocar seus parceiros ideológicos no lugar dessas pessoas e grupos. O argumento é "democratizar a mídia".

Por outro lado, deixar a mídia inteiramente livre (portanto, democrática) pode significar, por exemplo, a geração de discursos de ódio e a exclusão social de quem não conseguiu alcançar a posição de trabalho num desses grandes grupos de mídia.

Independente dessa questão "escolástica" (se não conhecer o termo, olhe no Google), de onde está a verdadeira democracia na mídia e em outros níveis, acho que o futuro nos reserva a sociedade mais controladora que o mundo já viu e, portanto, num sentido comum do termo, menos democrática.

Dito de forma direta: marchamos para um mundo totalitário, com controle cada vez mais maior dos comportamentos, mesmo que pessoas trans possam ser o que quiserem (dou esse exemplo como mero clichê de "liberdade individual") ou você possa ter o perfil que quiser no Face ou odiar livremente quem você quiser nas redes.

O modelo de sociedade do futuro está mais para o sistema de multas de trânsito atual do que para o debate sobre "o que é a verdadeira democracia".

O que é este sistema de multas de trânsito atual? Ele é o paradigma do controle em nome do "bem científico e social". Existem quatro instâncias nesse sistema que fazem dele paradigmático da sociedade de controle do futuro.

A primeira é a participação do mercado faturando muita grana na venda de equipamentos de controle dos comportamentos. Empresas as mais variadas venderão equipamentos e formarão pessoal treinado para oferecer ao Estado e a sociedades esses "serviços".

A segunda é a pesquisa e instalação cada vez maior de "inteligência algorítmica" no controle audiovisual e de localização espacial das pessoas, seus veículos e instrumentos cotidianos de uso.

A medida que a pesquisa nessa área avançar, mais dinheiro se ganhará com o avanço técnico e efetivo do controle.

A terceira é o esquema gigantesco de arrecadação que isso significará para o Estado, em parceria com o mercado.

Quando finalmente não dirigirmos acima de 50 km por hora, seremos obrigados a dirigir abaixo de 30 km por hora em toda parte. E assim até a imobilidade total...

A quarta é o ganho civilizador: a diminuição dos acidentes de trânsito. Não ache que esta é a menos importante. Pelo contrário, esta instância é a essencial em todo o paradigma. Ela é a razão "científica e social" da instalação crescente e inevitável do controle: a melhoria da qualidade do trânsito e, por tabela, da vida.

Esta contradição é inerente ao processo modernizador. Modernidade implica controle da contingência a serviço da melhoria da qualidade dos materiais e códigos envolvidos na vida em sociedade.

Controle de comportamentos, instituições, bens, menor custo e maior benefício nas transações. Dane-se o que quer dizer "a verdadeira democracia". Eu apostaria que este será o nome de algum jogo idiota que pessoas com cabelos azuis e indefinição sexual jogarão nas redes
Herculano
11/12/2017 10:19
NÃO ACEITO CORRUPÇÃO NEM A PAUTA AUTORITÁRIA DO "NÃO ACEITO CORRUPÇÃO", por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Existe um instituto chamado "Não Aceito Corrupção". Reúne alguns nomes que conheço. Não falta diversidade. Lá estão supostos liberais, esquerdistas, alguns mais ou menos e gente de que nunca ouvi falar, mas que deve ser importante? Talvez essa pluralidade seja boa. Talvez não. Acho que não. A diversidade larga é uma virtude na sociedade. Num grupo de pressão que pretende intervir na política, o risco é as pessoas se unirem em torno do que não querem ?" vale dizer: de uma agenda negativa, já que os quereres e estares não estão sempre a fim do que nelas é delas tão desigual, para mudar a pessoa dos versos de "Quereres", de Caetano Veloso. Esse é outro que não aceita na corrupção, mas canta para o MTST. O MTST é aquele movimento que queima pneus e fecha vias e avenidas em nome da tolerância? Santo Deus! Já volto ao ponto. Agora quero falar do "Não Aceito Corrupção". Que queima fundamentos da democracia de direito. Em nome do combate à corrupção.

Muito bem. No dia em que esse grupo resolver protestar contra os mais de 61 mil assassinatos por ano no Brasil, seu manifesto vai se chamar "Não Aceito Homicídio". Também é possível lançar as correntes "Não Aceito Estupro", "Não Aceito Pedofilia", "Não Aceito Varar Sinal Vermelho", "Não Aceito ser Obrigado a Tomar Chicabon".

Fosse só uma declaração de princípios, seria uma rematada tolice. Afinal, quem aceita corrupção? A rigor, nem os corruptos. É farta a literatura na criminologia, dizem-me estudiosos, dando conta de que boa parte dos criminosos têm como ídolos pessoas que consideram honestas. E muitos deles nem mesmo se reconhecem como indivíduos fora da lei. Mas é evidente que o "Não Aceito Corrupção", financiado por alguns pesos-pesados da economia, tem uma pauta que vai além dessa declaração meio bisonha. Acreditem: Fernandinho Beira-Mar e Marcola também não aceitam corrupção, a exemplo de Bento 16, do Dalai Lama e daquele seu vizinho que leva o Totó pra passear, mas não cata o seu cocô.

Ocorre que Isso quer dizer que o "Não Aceito Corrupção" tem uma pauta. E, é inescapável constatar, se a não-aceitação da corrupção passa por aquela agenda, algo está sendo dito pelo avesso: quem dela discorda ou aceita a corrupção - e, por óbvio, trata-se de um raciocínio falacioso - ou, quando menos, não a está combatendo com o vigor que se espera dos decentes.

Ocorre que a pauta do "Não Aceito Corrupção" é ruim. Eu não aceito corrupção, por óbvio, mas também não aceito a pauta do "Não Aceito Corrupção"
Herculano
11/12/2017 10:16
TEMER NUNCA ESTEVE TÃO PERTO E NEM TÃO LONGE DE APROVAR REFORMA, por Leandro Colon,diretor da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo

Há uma sensação estranha em Brasília: a de que o governo nunca esteve tão perto e ao mesmo tempo tão longe de aprovar a reforma da Previdência na Câmara.

A apenas duas semanas do início do recesso parlamentar, o presidente Michel Temer mexe as últimas peças para votá-la entre os dias 18 e 20.

O novo lance do Planalto foi anunciado sábado (9) à noite, após encontro entre Temer e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A ideia é antecipar para a próxima quinta-feira (14) o começo da discussão da proposta no plenário.

A estratégia não tem muito segredo. Servirá para que os líderes dos partidos da base governista, sob pressão para convencer seus deputados a votar pela reforma, usem o microfone para intensificar o apelo.

O governo vai aproveitar para tentar sentir no plenário a temperatura mais precisa do cenário ?"embora, como se sabe, a quinta-feira não seja dia de frequência assídua.

O outro movimento em curso é a nomeação do "cão de guarda" Carlos Marun (PMDB-RS) para a articulação política. O amigo de Eduardo Cunha virou ministro de Temer menos pela biografia e mais pela fidelidade ao Planalto e pelo bom trânsito entre deputados do baixo clero que não suportavam o seu antecessor, Antonio Imbassahy (PSDB-BA).

Marun será capaz de virar votos? Antecipar a discussão para quinta-feira ajudará o governo de alguma forma a reverter um quadro desfavorável para aprovar a reforma?

Há respostas convenientes para os dois lados. Nos bastidores, há quem aposte que o Planalto tem força para dar um "sprint final" nos poucos dias que tem pela frente e superar os 308 votos necessários para que a proposta enfim avance.

Pessoas próximas de Temer avaliam, no entanto, que os recentes esforços de fato ajudaram a recolocar a Previdência na agenda do país, após a crise causada pela JBS, mas o prazo exíguo para negociá-la prejudica a sua apreciação ainda em 2017.

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