15/05/2021
No dia 31 de maio toma posse o novo presidente da longeva centenária – pioneira em SC em 1901 - ACIB – Associação Empresarial de Blumenau -, o que foi – reconhecidamente - o motor do desenvolvimento de lá. Renato Medeiros não carrega sobrenome dos que fizeram a cidade ser até hoje modelo. É passado. É história. O mundo mudou e é outro. Adaptação, superação como o das enchentes, e preparada para novos desafios, ainda movem a cidade e seus atuais líderes, mesmo quando divididos. E lá, a imprensa teve e ainda possui um papel importante nisso tudo. Mas, o que quero escrever muito brevemente é sobre a face de um novo tempo. Ele por aqui ainda não chegou, ao contrário: estamos ainda embicados para o fundo do poço. Sabe o que o Renato colocou entre as prioridades da sua gestão de dois anos? Melhorar o Ideb – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – das crianças e adolescentes de lá. E para isso, já procurou o prefeito Mário Hildebrandt, Podemos, para ver como pode se dar essa parceria entre o público, incluindo o governo do estado, e o privado.
Além de ser uma mudança de postura considerável para uma entidade empresarial, e que pioneiramente com Bernardo Wolfgang Werner foi atrás da formação de mão-de-obra qualificada, nada mais faz agora senão o que já fez e deu certo: tratar de futuro, de suprimentos de qualidade para suas demandas intelectuais, laborais e de resultados. “Precisamos de um ensino de qualidade”, justifica primariamente Renato. No fundo, ele sabe que essa preocupação, e possivelmente a ação, irradiará consequências positivas, inclusive na inclusão, cidadania e perspectivas de vida, bem como na segurança comunitária. Renato, e qualquer ser minimamente antenado sabe, que se Blumenau quiser se diferenciar no polo da informática, não será com gente malformada nos primeiros anos da escola ou de mente tacanha para ser domada ou dominada.
Em Gaspar, dirigente da Acig se licencia para se empregar na prefeitura e assim nada cobrar ou avançar. E tudo se resume ao DELL; na prática não passa diagnósticos com indicadores e que são ignorados pela gestão do município. Em Gaspar, o Ideb do prefeito reeleito Kleber Edson Wan Dall, MDB, regrediu vergonhosamente e bem antes da pandemia. Agora, naturalmente, será um desastre sem par, pois há estudos em São Paulo, por exemplo, sinalizando um atraso de dez anos. Em Gaspar, o prefeito entrevistado na NSC ontem, aproveitou à falta de questionamentos e amontou abobrinhas sem nexo. Em Gaspar, a educadora responsável por esse desastroso Ideb – numa premiação inominável -, Zilma Mônica Sansão Benevenutti, foi eleita vereadora pela máquina do poder de plantão e do MDB de Kleber. E quando se pensava ser isso apenas um capítulo errático e a ser superado, apostou-se dobrado no desastre contra crianças e adolescentes: nomeou-se um curioso na área, vindo de Blumenau, o jornalista Emerson Antunes. Ele ocupou a cota política do deputado estadual e líder evangélico pentecostal, Ismael dos Santos, PSD.
Enquanto as lideranças de Blumenau, mesmo com suas diferenças, vão encontrando pontos comuns para se salvarem mutuamente, e com isso, ao mesmo tempo, fortalecerem a cidade, em Gaspar, essas diferenças são pontos claros de exclusão e enfraquecimentos mútuos. E quem paga um preço alto é o futuro. Ele exclui a Educação como base da formação, o maior orçamento formal do município. Acorda, Gaspar!
UM - Depois do crime bárbaro no CDI municipal de Saudades, a propaganda oficial de Gaspar mandou dizer que as escolas CDI daqui estão protegidas. Professores dizem que alguns portões nem cadeados existem, muito menos protocolos.
DOIS - Pode até não ser, mas a cidade inteira entendeu como perseguição política a suspensão de 30 dias do Agente Silva (Pedro Silva). Ele já vinha de molho há muito tempo. Penou no pátio de carros apreendidos e estava agora à disposição da PM. Silva se recusava a fazer 11 horas de trabalho diário.
TRÊS - No blog www.olhandoamare.com.br e que você pode acessar e interagir do seu smartphone, contei como o presidente da Câmara, Francisco Solano Anhaia, MDB, passou um pito no vereador Dionísio Luiz Bertoldi, PT, numa tentativa de constrangê-lo na liberdade que possui para ocupar e se expressar na Tribuna. Tempos estranhos estes.
QUATRO - Já informei que o MDB regional mandou avisar que Gaspar não terá vaga de candidato a deputado Estadual, nem de Federal. Então o vice de Kleber Edson Wan Dall, MDB, Marcelo de Souza Brick, PSD, está avisado de que não será prefeito antes de 2024 como arrota por aí.
CINCO - O poder de plantão mandou cercar e avaliar os movimentos do ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido, mas eleito pelo MDB, bem como os do engenheiro, professor universitário e ex-candidato a prefeito, Rodrigo Boeing Althoff, PL. Ele está de malas prontas para sair do partido. Só não me diga que a máquina que controla tudo está com medo de uma concorrência?
SEIS - E por falar em concorrência, o MDB que está no poder de plantão de Gaspar, depois de subjugar adversários e aliados, agora está de olho na ala histórica do próprio partido. Se esticar a corda e insistir, o enfraquecimento será intestinal. Avisado, já foi.
Está em curso mais uma manobra do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e seu importado secretário da Educação, Emerson Antunes, afilhado do deputado Ismael dos Santos, PSD. Primeiro para diminuir as filas nas creches, usaram a lei e com aval do ministério Público, obrigando as trabalhadoras e desempregadas a procura de emprego, a meio período nos CDIs.
Agora, com a pandemia, e a invenção da creche “on line”, no modelo híbrido, os pais levam os filhos uma semana na creche em meio período e na outra semana, ficam “on line” em casa. Ora, como precisam trabalhar, como não possuem pessoas para cuidar de seus filhos em casa, sacrificados, estão colocando-os em “creches improvisadas”, vizinhos, parentes e até mesmo, em particulares.
A secretaria de Educação orientou os CDIs para eles fazerem um pente fino nesta situação. A secretaria do Emerson Antunes entende, que se os pais possuem condições para pagar creches aos seus filhos naquilo que o município não pode ou não quer atender, eles também não precisam do serviço e por isso, devem ser excluídos. O secretário e os “çabios” de plantão querem “criar magicamente” vagas a outros que estão na fila sem aumentar locais próprios ou terceirizados de atendimento. Acorda, Gaspar!
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