14/06/2017
UMA PONTE PELA METADE I
A ponte do Vale está reaberta. E o bom reflexo dela no trânsito em Gaspar já é visível em alguns gargalos tradicionais de anos, principalmente nos horários de pico da manhã e à tarde. A cidade está mais “aliviada”. Isto mostra que a mobilidade urbana é um fator crucial para a cidade se comunicar, se integrar, atrair e se expandir com qualidade. Em compensação, por conta da mudança, já começam a aparecer outros pontos críticos, um deles é a própria entrada e saída com a BR 470 da ponte do Vale e na rótula no ginásio de esportes prefeito João dos Santos. Por outro lado, estampou-se o perfeito retrato de como a administração de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, anda a reboque dos fatos e necessidades. Ou seja, foi uma oportunidade perdida para impactar outra mudança essencial à cidade: à retirada dos caminhões de longo percurso do Centro de Gaspar pela ponte Hercílio Deecke. E olha que prefeito Kleber e a sua equipe tiveram seis meses para estudar o assunto, discutir com a cidade e os técnicos, programarem-se e mudar. Quem mesmo cuida da estratégia, imagem e comunicação do atual governo daqui?
UMA PONTE PELA METADE II
Resumindo: a ponte do Vale é usada pela metade na real utilidade para a mobilidade urbana. É apenas uma ponte. Nada mais. Inacreditável. Primeiro fato: transformar a ponte do Vale como a principal entrada e saída de Gaspar pela BR 470. O que foi feito para que isso ficasse claro na mobilidade urbana regional? Segundo fato: impedir à entrada e à saída de caminhões (limitar o peso) pela ponte Hercílio Deecke, para diminuir os perigos e os congestionamentos que eles provocam na passagem no contorno do pequeno trecho da Rua Aristiliano Ramos para alcançar a Avenida das Comunidades e ir a Brusque ou o inverso, por exemplo? Este segundo fato também está relacionado à preservação da própria ponte Hercílio Deecke, contra o excesso de carga – cada vez mais altas ou extensão das carrocerias dos caminhões –, bem como na estreita e antiga ponte do ribeirão Gaspar Grande. E olha que Gaspar possui como secretário de Planejamento, Meio Ambiente e Defesa Civil, Alexandre Gevaerd, oriundo do PT, e que entre as suas especialidades, está exatamente à mobilidade urbana. Neste assunto, Gevaerd deixou marcas reconhecidas em Blumenau e Brusque. Em Gaspar, por enquanto, nada. Como se vê, a mobilidade urbana ainda não parece ser a prioridade do chefe, o governo de Kleber. Acorda, Gaspar!
ILHOTA EM CHAMAS
Escrever o quê? Esta é a Estrada Geral do Baú (entre o Baixo e o Central. Ela foi calçada há pouco mais de um ano no governo do ex-prefeito Daniel Christian Bosi, PSD. Dinheiro federal e do PAC, de Dilma Vana Roussef, PT. Nosso na verdade! Tudo posto na lama. Vergonha. As pedras estão sumindo e sendo tomadas pelo barro onde foram assentadas. O atual prefeito, Érico de Oliveira, PMDB, está torcendo para o circo se enlamear ainda mais naquilo que já é um atoleiro, o ex-prefeito Daniel. Enquanto isso, o povo do Baú, pelo mal feito e o irresponsavelmente descuidado, sofre. E o dinheiro dos pesados impostos dos brasileiros no barro.
Correndo atrás. Divulguei aqui que era impossível saber no site oficial de Gaspar, e que trata da Transparência, o quanto ganham alguns comissionados do governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB.
Pior, há uma determinação judicial para que isso não aconteça, promovida a partir do Ministério Público, o que cuida da Moralidade Pública.
Pois bem! A prefeitura abriu licitação na modalidade de inexigibilidade para corrigir esse “defeito”, até então, “não notado” pela área de comunicação e a que cuida da Transparência.
Ou seja, uma amostra clara da falta eficácia, competência e respeito ao pagador de pesados impostos. A licitação 43. O servicinho no módulo “Consulta de Salário dos Servidores” vai custar R$ 10.920,00.
Já o site da Transparência da Câmara de Gaspar é um exemplo de abuso e afronta. Abuso, pois nada se acha lá. É confuso. De difícil navegação. Nada amigável. E é proposital: tudo tem que ser pedido por escrito e deve ter anuência do presidente da Câmara, Ciro André Quintino, PMDB. Vergonha.
É mais: uma afronta. Existe determinação judicial exatamente no sentido contrário. O Ministério Público sabedor do problema não tomou até agora nenhuma medida coercitiva via o Judiciário para fazer valer a sentença que já foi exarada.
Pior: Ciro está enganando o povo, o judiciário e o Ministério Público. Ele vai melhorar o site da Câmara para em duplicidade (com o da prefeitura) colocar leis já aprovadas. Enquanto que o site da Transparência...
Você sabe quanto o governo de Raimundo Colombo, PSD, deve na Saúde Pública e principalmente aos hospitais? R$768 milhões.
Pior que isso: o governo não sabia desse montante. Meu Deus! Flanava num número que era a metade disso. Imagina-se o que se esconde num governo que não conhece os seus próprios números e isso depois de sete anos administrando-os.
Poço sem fundo. Quem está na UTI é o Hospital de Gaspar. A prefeitura acaba de liberar R$ 1.373.248,58 só para bancar as contas de maio e junho. O repasse está sob a rubrica “contratação de serviços hospitalares”.
O que a prefeitura vai “pagar”? A “prestação de serviços de assistência à saúde para atendimento ambulatorial (urgência/emergência, diagnóstico e tratamento) e para internações hospitalares ao usuário do Sistema Único de Saúde”.
Não faz muito tempo, e foi isso que motivou a intervenção, a prefeitura repassava ao Hospital em torno de R$200 mil por mês, comprando os mesmos serviços.
Na época, os políticos do PT e Pedro Celso Zuchi achavam aquele valor era exagerado e chegaram sugerir que alguém roubada. Nunca provaram. Experimentaram do próprio veneno.
Nada como um dia após o outro e desmentir os jogos dos políticos e que se dizem administradores públicos para o povo analfabeto. Kleber prova e alimenta o mesmo veneno.
Para encerrar. Quem está sem fundos é o próprio Orçamento da Saúde de Gaspar. Até maio, 44% dele já tinham ido para o saco.
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