18/09/2017
Depois sou eu, o implicante. O que estava sob o título “Quem é o pai?” na coluna Chumbo, da edição impressa de sexta-feira, do jornal Cruzeiro do Vale, e assinada pelo editor Gilberto Schmitt, proprietário do mais antigo e acreditado, jornal de Gaspar e Ilhota? Isto:
“O Coreto Municipal está passando por reformas, fato que chamou a atenção da equipe de redação do Cruzeiro do Vale e também de quem transita pelo centro de Gaspar. O mais curioso é que o Executivo parece não ter conhecimento do que está sendo feito no local. Ninguém sabe de nada, ou quem sabe está escondido. Ligamos para a Secretaria de Planejamento, ninguém sabia sobre a obra. Contatamos o setor de Administração, nada. Procuramos pela Educação, mas estavam em reunião e quem atendeu não sabia de nada também. No final da tarde, pediram para que fossemos até a Câmara de Vereadores, onde o pessoal da Educação estava em uma reunião, para que alguém pudesse dar uma resposta sobre o que procurávamos. Que rolo... Meu Deus. Agora, ficam as perguntas: quem autorizou essa obra? Qual o setor responsável? Quanto vai custar? E que venha a resposta o mais rápido possível”.
Nem para se fazer uma reportagem a favor - e a quem tem feito a promoção com frequência - esse pessoal do poder de plantão se presta para dar informações, do e sobre o atual governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB. E olha que Kleber, o eleito, possui um prefeito de fato do seu lado, o super-secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, o que coordenou a campanha de Kleber, a reforma administrativa que elevou o custo da folha em quase R$600 mil por ano, o presidente do partido e advogado, o que não tinha votos, Carlos Roberto Pereira.
E por que não se sabe quem é o pai dessa “obra” (fico imaginando sobre às dezenas de outras)? Porque não possui essas informações? Porque está desorganizado e resiste à organização mínima? Porque falta liderança? Ou está querendo esconder alguma coisa, tão podre quanto o telhado do coreto que está sendo substituído e que não se tornou público? Ai, ai, ai. Depois reclama! Os leitores e as leitoras da minha coluna já sabiam, ao menos, que a “obrinha” vai custar R$41.700,30 dos pesados impostos dos gasparenses. A tomada de preços foi a 05/2017. Acorda, Gaspar!
Eu desde o primeiro dia do atual governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, venho escrevendo que ele tomou o pior caminho e ficou refém de uma armadilha, bem armada pela administração de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, ambos do PT, que foi a intervenção do Hospital de Gaspar, que ninguém sabe de quem é, mas todos tiram uma casquinha.
A secretaria da Saúde ao invés de comprar serviços específicos de que necessita na área da saúde, como e principalmente o atendimento ambulatorial noturno, feriados e finais de semana, obriga-se a tampar os milionários buracos da má gestão atual e a do passado além de sustentar uma estrutura (incluindo os impostos de toda a sorte e obrigações trabalhistas) que não é sua, com o orçamento próprio da Saúde e que deveria estar atendendo os mais pobres, a massa eleitora (do prefeito, vice e vereadores da base eleitos), nos postinhos, policlínica e farmácia básica.
Então não é só o dinheiro da Saúde que o Hospital de Gaspar está “comendo brutalmente”. Já levou recursos rubricados na Câmara, na secretaria de Obras, na Fundação Municipal de Esportes... E não é e não será suficiente. A necessidade e gula são maiores que se possa medir, estancar, controlar e gerenciar.
Saúde e Hospital não são locais de lucros, mas não são sugadouros descontrolados de verbas vindas dos pesados impostos, para anteder curiosos, interesses corporativos e políticos partidários e pior do que isso, deixar gente doente sem o atendimento mínimo e técnico, como acontece em Gaspar,
A atual administração de Gaspar preferiu demitir a secretária de Saúde, Dilene Jahn dos Santos, uma técnica indicada por um patrocinador de campanha (até nisso fingiram) e fazer daí arranjos com o improviso, com os médicos que fazem do Hospital a alavanca de seus ganhos, os políticos de sempre que precisam do Hospital para tê-lo como mercadoria de seus votos. Lobby.
Preferiu adiar um problema grave ao invés de resolvê-lo nos primeiros meses de governo. Preferiu não mudar. Preferiu não se desgastar por causa dessa mudança. Preferiu não enfrentar o antigo e o atraso. Agora, vai se complicar, pois o tempo da mudança parece ter passado.
Enquanto isso, o povo sofre aos olhos de todos. E a imprensa, a exceção desta coluna, escondendo os fatos. Mas há uma hora que a coisa não é possível mais abafar. Veja o que escreveu sob o título “Cada dia pior”, o editor e proprietário do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo e acreditado de Gaspar e Ilhota, solidário do governo Kleber, e que conhece essa história há anos como eu, Gilberto Schmitt, na sua coluna Chumbo:
“Uma chuva de granizo aportou na redação do Cruzeiro do Vale sobre as reclamações de falta de médico em postos de saúde, como também no Hospital de Gaspar. Além disso falta muito remédio na Farmácia Básica. Entra ano, sai ano, e parece que a coisa cada vez piora mais. Os enfermos não sabem mais para qual santo apelar. Isso é uma vergonha. A saúde de Gaspar é um poço sem fundo, quando mais se investe, pior fica. A solução é investir no Plano da DLCor Convênios, para, ao menos se ter um funeral digno. Ui, ui, ui.”
E pode ficar pior. O médico vereador, Silvio Cleffi, PSC, que faz refém o governo de Kleber e Luiz Carlos, um dos articuladores da derrubada da ex-secretária-técnica, o que quer montar uma UTI para gerar mais prejuízos sem antes de tirar a própria Saúde pública de Gaspar da UTI, finalmente foi levado ao olho desse furacão. Ele integrou uma “comissão” para encontrar uma solução, vejam só, naquilo que não se tinha até então como um problema.
E na Câmara, o dr. Silvio, anunciou, depois de 65 dias de “estudos” com o diretor técnico do Hospital, o médico Ricardo de Freitas, o vereador, e ex-secretário de Saúde de parte da administração do PT, o advogado Francisco Hostins Júnior, PMDB e o próprio super-secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, o advogado Carlos Roberto Pereira, que uma das medidas é a reciclagem do pessoal de Saúde, criando-se padrões no protocolo de atendimento. É pracabar.
Então quer dizer que os médicos e os técnicos estavam atendendo de forma inadequada? E isso é o que gerou o prejuízo? Estratégia, gestão e foco não contam? É isso, a implantação de protocolos, que finalmente vai solucionar todo o caos construídos por interesses, num passe de mágica e com isso se pagará todas as contas, vai ter controle dos gastos e vai se atender os que estão sem esperanças nas filas? Afinal, onde está a tal vocação do Hospital? Por enquanto só a vocação dos médicos. Onde está o dinheiro que deveria estar prioritariamente nos postinhos e policlínica? Conta outra!
Tratam os pobres, doentes, desamparados como beócios e deles ainda pedem votos para permanecer no poder e se protegerem corporativamente. O Hospital está falido, mendigando. Os que vivem dele, ou usam ele, estão muito bem, obrigado. Os que precisam dele se contorcem de dores. Acabar com o sugadouro de verbas públicas, nada! Mudar para melhorar e garantir atendimento aos mais fracos, nada! Acorda, Gaspar!
Aos jovens (e aos velhos. sem vergonha na cara). Este vídeo é dos Titãs. No final dos anos 1980 ele foi censurado. Mesmo depois de 37 anos, parece que o vídeo foi feito para o que se descobriu nas últimas semanas em Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro, Florianópolis, Salvador, Natal...
O que mudou de ontem para hoje? Nada! Ele prova que não aprendemos a votar, escolher, fiscalizar e mudar. Há uma chance no ano que vem. Afinal quem sustenta isso? Nós com os votos livres e os pesados impostos, os quais não retornam para a sociedade, aos fracos, como benefício em nome do que ele é cobrado compulsoriamente e criado pelos próprios políticos que elegemos. Wake up, Brazil!
Começou a campanha política e os políticos não se deram conta que precisam mudar os discursos, as desculpas e as promessas. O deputado Federal Mauro Mariani, presidente PMDB de Santa Catarina, foi a Chapecó neste final de semana. E lá “reforçou à necessidade de buscar eficiência na Saúde e outras áreas’, pois segundo ele, “o uso dos recursos exige gestão de resultados”.
Blablabá de pré-candidato a governador. Se a “receita” de Mariani é viável, antes dela ser óbvia, qual a razão para não aplicá-la com Eduardo Pinho Moreira, vice atuante do PMDB no governo de Raimundo Colombo, PSD, onde ambos são sócios do mesmo desastre?
A Saúde Pública catarinense está um caos. E só ficou exposta depois que a RBS foi embora de Santa Catarina. Nem o controle do Orçamento, o governo Colombo-Pinho Moreira foi capaz de fazê-lo. Anunciou um rombo. Agora, sabe-se que ele é simplesmente o dobro (perto de R$600 milhões) do apurado anteriormente.
Mauro Mariani se mal orienta, pois é um político afeito a não aceitar observações dos entendidos. E como um político à moda antiga, continua achando que os eleitores são analfabetos, ignorantes e desinformados aos seus discursos distantes da realidade. Tudo isso na era das redes sociais, onde a imprensa tem papel secundário para esconder as mazelas administrativas dos políticos. E se o PMDB possui a solução, por que erra em Gaspar?
Depois do coreto, vem aí a reforma da cobertura e implantação da marquise do prédio da prefeitura de Gaspar. Já notaram que todo governo que entra lá, a primeira coisa que faz é reformar o telhado?
Será por que ele é de “vidro”? Agora inventaram outra: marquise! A licitação será no dia 11 de outubro. No dia seguinte é feriado e dia de Senhora Aparecida. Ela que nos proteja! Acorda, Gaspar!
A caneta do prefeito Kleber Edson Wan Dall continua firme para alcançar a meta de gastar a mais novos R$600 mil por ano cargos comissionados e funções gratificadas. A servidora efetiva Jussara da Costa Miranda saiu de Encarregado-Geral de Contratos, Nível II, para Supervisora de Compras, Nível I.
Já Luísa Tenfen Ferreira, deixa de ser Encarregada de Controle Interno, Nível III, para ser para exercício de função gratificada de Encarregada de Serviços Administrativos, Nível III da secretaria da Fazenda e Gestão administrativa.
No mesmo instante em que anuncia a continuidade do improviso do transporte coletivo em Gaspar, Barbara Soares foi nomeada comissionada como Diretora de Transporte Coletivo, da Secretaria da Fazenda e Gestão Administrativa. Então...
Enquanto isso Raquel Marshall Gadea, foi nomeada para o cargo em comissão de Assessora de Gestão Pública, da Secretaria da Fazenda e Gestão Administrativa e o servidor efetivo Carlos Francisco Bornhausen, agora é comissionado como Superintendente de Planejamento Territorial, da Secretaria de Planejamento Territorial.
A sede e o descontrole são tão grandes, que se descobriu depois de um mês que Rubiana Azambuja Proença Becker foi nomeada Diretora-Geral de Atenção em Saúde Especial e Programas Estratégicos” quando na verdade devia ser, onde está, “Diretora-Geral de Controle, Avaliação, Regulação e Auditoria”. Ai, ai, ai.
Depenada. Foi instaurada sindicância para apurar a responsabilidade por suposto furto de peças da motocicleta (Twister CBX 250, placa MCR 0934) de propriedade da prefeitura de Gaspar, que de acordo com a Superintendência de Trânsito, a Ditran, estava na Secretaria de Obras aguardando a efetivação do procedimento de leilão. Meu Deus!
Como funciona e demora. Uma portaria diz que se prorrogou por mais 60 dias, a partir de dia quatro de setembro, o prazo do afastamento cautelar de um servidor em relação ao Processo Administrativo Disciplinar que ele responde perante uma comissão.
Ele está afastado preventivamente, mas está ganhando enquanto se coletam provas, dão prazos para o contraditório e não chegam à conclusão nenhuma naquela comissão. Aliás, esses eventos se arrastam por meses e até por anos. Impressionante.
Ilhota em chamas I. Na coluna de sexta-feira, mostrei o inchamento da estrutura formal da prefeitura de Ilhota, como se não houvesse crise econômica, ética e de gestão no ambiente público como um todo, ou que não fosse necessário apertar os cintos no uso dos pesados impostos dos ilhotenses.
Ilhota em chamas II. Do outro lado, a administração de Érico de Oliveira, PMDB, autorizada pela Câmara, está parcelando dívidas com fornecedores de serviços, naquilo que contratou e deveria pagá-los de uma só vez. Um fornecedor me telefonou assustado.
A NSC tenta esconder que colocou à negociação, o que já foi ícone catarinense da vanguarda técnica e do jornalismo catarinense e hoje, o frágil editorialmente, sem foco e um poço de prejuízos, Jornal de Santa Catarina, de Blumenau. Este é mais um retrato da destrambelhada administração da RBS SC que sugou e enganou a sociedade barriga-verde.
Não há, de verdade, interessados.
Esse é o grande problema que tenta se esconder. Um ex-empresário da área de Educação chegou até realizar um “due delligence”, mas ao ver os números e saber por amigos de que se incomodaria com os que se acham donos da imprensa, mas não a tem como um veículo de comunicação para seus produtos e serviços, desistiu. Nem mais, nem menos.
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