19/10/2017
OUTUBRO POUCO ROSA I
Discursos. Só discursos. Muitos discursos. Os políticos de Gaspar estão discursando no e sobre o Outubro Rosa, uma campanha no Brasil para sensibilizar as mulheres à prevenção e combater o câncer de mama. Mas, iniciativas, ações e exemplos verdadeiros são escassos. Politicagem. Aqui não há mamógrafos. As mulheres gasparenses que estão na fila do SUS para o preventivo ou pior, com alguma desconfiança de algo mais grave, têm que ir a Pomerode, quando autorizadas pelo Sistema regulado na prefeitura. Que Outubro Rosa é esse? Comemorar o que? Conscientizar se não há meios efetivos para prevenir ou remediar o que é dramático na vida da mulher e seus familiares, antes que seja tarde? Triste! Vale o voluntariado da Rede Feminina de Combate ao Câncer. Da prefeitura ela recebe R$ 18.370,43, conforme renovação recente, para fazer o que faz.
OUTUBRO POUCO ROSA II
O ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, rejeitou à oferta de um mamógrafo usado. Além de criar uma equipe cara e especializada pendurada na folha da prefeitura, segundo argumentou Mariluci Deschamps Rosa, PT, sua ex-vice-prefeita e hoje vereadora, por ser usado, ou velho, ou sucateado, a manutenção do mamógrafo “seria cara”, além de “possivelmente” interromper o atendimento deixando o governo do PT exposto às críticas. Hum! Verdade nas alegações. Falso na decisão. Rejeitou-se porque foi um encaminhamento da ex-secretária de Saúde, ex-vereadora (e sua adversária) Ivete Mafra Hammes, PMDB. Ela já sofreu na própria carne com o câncer. Logo o PT, o que se estabelece no estatismo e empreguismos aos seus, rejeitaria à oportunidade de criar mais boquinhas aos seus e ampliar as vagas públicas? Do nada, o PT e Zuchi teriam um surto de eficiência, lucidez e liberalismo?
OUTUBRO POUCO ROSA III
O candidato Kleber Edson Wan Dall, PMDB, o do “Gaspar Eficiente”, prometeu um mamógrafo durante a campanha. Chegou outubro, dez meses de governo, e nada. Só o Outubro Rosa. Agora, vai terceirizar o mamógrafo. Sinceramente? É uma boa solução. Uma clínica de imagens que está se instalando em Gaspar vai disponibilizar esses serviços ao preço referência do SUS. Se tudo der certo, superado os entraves burocráticos autorizativos, até o final do ano, o governo municipal promete este tipo de exame em Gaspar para as mulheres na fila da mamografia. Uma solução que Kleber não criou, mas que o ocaso lhe ofereceu. Portanto... O governo do estado até ensaiou disponibilizar um mamógrafo novo para Gaspar. E todos – governo do estado e o de Gaspar - foram salvos pelo gongo. Sorte deles, mais uma vez!
OUTUBRO POUCO ROSA IV
Os contatos para a doação foram feitos pela vereadora Franciele Daine Back, PSDB, com o secretário da Saúde, Vicente Caropreso, PSDB, o que passa um perrengue numa desastrada área de Raimundo Colombo, PSD, atolada em dívidas e dúvidas, devidamente escondidas pelo governador durante anos. Entretanto, a equipe de Kleber, pelo mesmo motivo da equipe de Zuchi, resistiu à ideia e à oferta do mamógrafo (que poderia também demorar e causar mais desgastes). Mesmo novo, ele iria aumentar os custos com pessoas especializadas para cuidar da saúde das pessoas. Ai, ai, ai. Entretanto, isso não foi problema na Reforma Administrativa. Aumentou-se quase R$600 mil por ano para empregos-boquinhas. Então, é falso esse discurso dos políticos pelo Outubro Rosa, quando tudo está sob densa névoa sobre os verdadeiros m motivos. E para completar. Teve médico-político que disse que parte da culpa é das próprias mulheres que não fazem o autodiagnóstico quando tomam banho. Está gravado. Meu Deus! Acorda, Gaspar!
TRAPICHE
O fedor do lixo. O Tribunal de Justiça de Santa Catarina confirmou unânimemente, a decisão liminar do juiz da Comarca de Gaspar, Rafael Germer Condé, de bloquear os bens da Recicle Catarinense de Resíduos, e de seu dono, Adalberto da Silva e do ex-prefeito Adilson Luiz Schmit até o valor de R$ 1.118.892,00.
Condé atendeu a um pedido feito pela então promotora que cuidava da Moralidade Pública, Chimelly Louise de Resenes Marcon (hoje em Navegantes). Numa Ação Civil Pública ela questionou os aumentos concedidos pelo ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, na época no PMDB, para um contrato com a Recicle.
Temporariamente (efeito suspensivo), Adalberto e a Recicle conseguiram derrubar a liminar de Condé numa decisão monocrática do desembargador Arthur Jenichen Filho. A confirmação de Condé veio com o relator desembargador Júlio César Knoll, acompanhado no voto por Ronei Danieli que presidiu o julgamento e Pedro Manoel Abreu. A Recicle cobriu a totalidade indisponibilidade e assim às indisponibilidades de Adilson e Adalberto. Cabe recurso.
Segundo os desembargadores, “no presente momento processual, não cabe discutir sobre a prática ou não do ato ímprobo, matéria que tem relação com o mérito da causa, ainda discutido em primeiro grau”. É preciso garantir, todavia, desde logo, à satisfação dos pedidos numa eventual condenação dos estabelecidos como réus na Ação.
Só para lembrar este caso. Em três de outubro de 2005, pelo Contrato SAF-211/2005, com vigência até 31 de outubro 2007, Adilson contratou a Recicle para executar "serviços de coleta, transporte, tratamento e destinação final de resíduos sólidos e compactáveis e lixo hospitalar", pelo valor global de R$ 2.304.000,00.
No entanto, em 18 de abril de 2007, a Recicle pediu reajustes e acréscimos de valores, objetivando a adequação financeira contratual, em razão do aumento das despesas operacionais. Adilson firmou o Primeiro Termo Aditivo ao Contrato, aplicando o solicitado reajuste inflacionário, acrescendo mensalmente ao acordo, R$ 19.231,90, de modo a aumentar seu valor global para R$ 2.613.964,07.
Em 29 outubro 2007, pactuou-se o Segundo Aditivo, sob a justificativa de necessidade de continuidade dos respectivos serviços, estendendo a validade do contrato para 31 de dezembro de 2007. Não obstante, nessa mesma data, foi firmado o Terceiro Aditivo, prorrogando o acordo até 30 de junho de 2008, ou até a realização de nova licitação, elevando o valor global contratual para R$ 3.724.063,20.
Respectivamente, em 15 de abril de 2008, pactuaram o Quarto Aditivo, aumentando o montante para R$ 3.753.203,28. Por fim, em 18 junho de 2008 firmaram o Quinto Aditivo, estendendo o prazo de vigência até 30 de novembro de 2008, concomitantemente com a licitação já em andamento, majorando o valor do contrato para R$ 4.198.630,59.
Adilson diz que tudo foi normal e dentro da lei. O procurador do município à época era Aurélio Marcos de Souza. Ele validou a sucessão de pedidos e aditivos. Hoje quem defende Adilson na Justiça é Amilton Souza Filho. “O MP não provou o que alega”, resume.
Fica a advertência aos governantes de plantão na sua sanha de aditivar contratos e principalmente, de se estabelecerem provisórios em concessões públicas, alegando-se emergência.
Os vereadores mirins de Gaspar, Ana Luiza Nicoletti, Lucas Lourenço Oneda, Manoela Ferreira e Nycoli Stella de Souza, ontem e hoje participam na Câmara dos Deputados, em Brasília, do “Plenarinho”. Todos devidamente acompanhados de José Carlos Spengler, o eterno coordenador do programa e indicado pelo mais longevo dos vereadores, José Hilário Melato, PP. O custo disso? Superior a R$9 mil.
Um avanço louvável do governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB e Luiz Carlos Spengler Filho, PP. Aboliu-se os pontos facultativos que criavam os tais feriadões na prefeitura. Faltam os funcionários e os comissionados – pagos com os pesados impostos do povo a quem servem – acostumarem-se. Vício. Sexta-feira, nem tudo funcionava a pleno nos órgãos municipais. Acorda, Gaspar!
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