19/03/2021
Faltou prato na mesa I
Diferente do que acontece com os políticos, o fio do bigode aqui tem valor. Em novembro do ano passado, saí do ar neste Cruzeiro do Vale – o mais antigo e de maior circulação em Gaspar e Ilhota – para o meu intencional sabático dos quase 16 anos sem “férias”. Em dezembro, jurei para o Gilberto Schmitt que voltaria exatamente hoje, dia 19 de março. E, por isso mesmo, quero voltar ao que fizeram os políticos e a novembro do ano passado.
Faltou prato na mesa II
Lá, quando o PSD com Marcelo de Souza Brick, o sempre ávido por uma boquinha pública, “casou” com o MDB de Kleber Edson Wan Dall, para ser o seu vice e viver na flauta, obrigou o PP, do vice Luiz Carlos Spengler Filho, a se posicionar. O líder do clã, o médico João Leopoldino Spengler, tio de Luiz Carlos, colocou as cartas na mesa. O PP trocou a vice pela secretaria de Obras e Serviços Urbanos, se Kleber vencesse as eleições, e mais tantas secretarias quantos vereadores a legenda elegesse. O MDB nem ousou desonrar este acordo. Vai, agora, minar os titulares no ofício onde eles estão instalados nas secretarias.
Faltou prato na mesa III
O trato do MDB com PSD de Marcelo foi o mesmo. E a secretaria da Educação era a joia da coroa prometida, além da vice, se Kleber fosse eleito. E foi. O que o MDB subestimou foi a eleição de três vereadores pelo PP e que de cara comeram quatro secretarias de Kleber e o deixou pendurado no pincel. Pior do que isso, por influência da mulher de Kleber, a Leila, O MDB teve que entregar a secretaria de Saúde – a mais importante de todas para eles pelo orçamento - à Silvania Jonoelo dos Santos. Até quando, não se sabe.
Faltou prato na mesa IV
A Saúde estava alinhavada para o advogado e vereador reeleito Francisco Hostins Júnior, MDB, já titular nela ao tempo de Pedro Celso Zuchi, PT. Como “compensação” pela perda dela, Kleber “ofereceu” a Hostins e só para consumo público a Educação, a prometida ao PSD e não exatamente a Marcelo, que deixou Antônio Mercês a ver navios. Hostins a “recusou”. Agradeceu no seu programa de rádio diante de Kleber e Leila. Encenação. Hostins, de verdade, abriu espaço a Kleber, Leila e a igreja deles ao deputado Ismael dos Santos. A Educação foi dada a um curioso, vindo de Blumenau, o jornalista Emerson Antunes. Já é o jogo da campanha eleitoral do ano que vem. E fizeram isso logo contra crianças e adolescentes que tiveram a piora no Ideb em 2019 e um ano precário de ensino como foi 2020. Impressionante os nossos políticos!
Faltou prato na mesa V
Como se vê, sobraram bigodes. Os “çabios” do MDB de Gaspar, na ânsia de ganhar as eleições, calcularam mal a ocupação dos seus próprios espaços e não contavam o efeito Leila. “Convidaram” muitos para o jantar e agora faltaram espaços, pratos e talheres na mesma mesa. Espera-se que não falte comida até as eleições de outubro do no que vem. Acorda, Gaspar!
Rachadinha I
Diariamente você pode ler as minhas opiniões (e até informações que você não encontra na imprensa local) no blog Olhando a Maré. O prefeito, seus “çabios” e outros políticos não gostam delas. Você pode acessá-lo pelo portal do Cruzeiro do Vale ou diretamente em www.olhandoamare.com.br. Ele pode ser lido no seu smartphone. Não uso ferramentas de impulsionamento e alertas. Respeito à sua vontade cidadã.
Rachadinha II
Depois de inchar máquina com comissionados, depois capar via a Bancada do Amém na Câmara 400 vagas de efetivos para preencher por terceirização, depois de mudar a Lei que exigia a qualificação na contratação de estagiários, outro assunto ainda ronda os gabinetes dos “çabios” da prefeitura: como dar aumento real a prefeito, vice, secretários e vereadores. Gente corajosa!
Rachadinha IV
O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, tornou-se presidente da AMMVI no pior momento da pandemia. Está escondido. A imprensa de Blumenau reclamando e percebendo que não possui conteúdo e liderança. Em outra manobra, tentou mexer no quadro administrativo da AMMVI. Recuou. E muitos enxergaram o dedo do deputado Ismael dos Santos, PSD.
Rachadinha V
Fedor do lixo. Na quarta-feira, véspera de feriado de ontem, foi o pregão que vai escolher a nova empresa que recolherá e transportará o lixo urbano de Gaspar. São mais de R$6,1 milhões em jogo. Hoje, isso está sob sucessivos contratos emergenciais pouco transparentes. Acorda, Gaspar!
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