21/07/2017
SEM RUMO E MAL ARRUMADOS I
A vereadora tucana, a adolescente Franciele Daiana Back, acaba de ser abocanhada pela máquina de poder do PMDB e PP e Gaspar. Falta de sucessivos avisos, não foi. Eles a usam para seus objetivos; não a respeitam e nem retribuem à fundamental ajuda que ela dá para governabilidade e sustentabilidade mínimas ao governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB. Kleber possui uma minoria frágil na Câmara. O presidente Ciro André Quintino, PMDB, usa isso com frequência contra o governo, que diz defendê-lo. Silvio Cleffi, PSC, é outro que já precificou essa fragilidade, mandando e desmandando na saúde que está na UTI financeira e dela, quer afundar ainda mais com uma UTI de verdade, antes do saneamento do setor. Feita, de boba, sem assessoramento (que já trocou) e distante do PSDB onde possui o seu próprio grupo, Franciele agora está amarrada ao próprio dilema.
SEM RUMO E MAL ARRUMADOS II
Veja o requerimento 46, que Franciele, a eleita como representante do recém-criado Distrito do Belchior protocolou na Câmara antes das suas férias de julho. Ela quer saber do prefeito, seu amigo do peito (imagina se não fosse!)“quais serviços competem à intendência do Belchior? Qual o valor anual que a referida Intendência dispõe para execução dos trabalhos? Qual o valor já investido? No que foi investido (especificar/detalhar)? Há um cronograma diário de execução dos trabalhos? Caso contrário, por qual motivo não há? Em períodos de chuva, quando os serviços de patrolamento e macadamização das ruas não podem ser feitos, quais os trabalhos executados no Distrito do Belchior? Qual a periodicidade dos serviços de roçadas?”. Entenderam? Mandou bem. E por que? Porque finalmente a moça não está aguentando às cobranças dos moradores do Blechior e às evidências de Kleber e sua equipe contra o seu reduto eleitoral, o Distrito Belchior. Antes tarde, do que nunca.
SEM RUMO E MAL ARRUMADOS III
E quem esclarece, explica, deixa sem ação a adolescente Franciele? O adversário e o vereador Rui Carlos Deschamps, PT, o aposentado, que por quase seis anos foi o superintendente do Belchior no governo Pedro Celso Zuchi. Primeiro: três números clareiam o desleixo de Kleber, Luiz Carlos Spengler Filho, PP, e o secretário Carlos Roberto Pereira, presidente do PMDB e prefeito de fato. O Belchior tinha um orçamento na época do PT e de Rui em torno de R$650 mil e era pouco; foi projetado para R$680 para este ano; continuava pouco. Mas Kleber está cortando para vergonhosamente a algo próximo a R$400 mil. Lembra Rui, com conhecimento da causa, que o Belchior é 26% de Gaspar e nele estão 130 ruas para serem cuidadas. Sem o voto de Franciele na Câmara, não há como Ciro e Silvio colocaram a faca no pescoço de Kleber, como fazem. Só Franciele não percebeu isso até agora. Quando perceber não terá credibilidade, votos para sua carreira solo sem o PSDB como vem fazendo até agora.
SEM RUMO E MAL INTENCIONADOS IV
O PSDB não está no governo de Kleber. Franciele está. E a troca é alguns cargos para amigos, mas principalmente para ela ser presidente da Câmara no ano que vem. Vaidade pessoal. Jogo do PMDB, PP e Kleber para deixa-la mansa neste primeiro ano. Estão cozinhando essa situação em banho-maria para enfraquece-la e principalmente o PSDB que quer voos não atrelados ao PMDB onde sempre foi abafado propositadamente. Franciele na sua sede de poder já foi ludibriada duas vezes. Ela pode experimentar o mesmo veneno que fez contra o seu ex-chefe quando foi assessora, o ex-vereador Jaime Kirschner, PMDB. Primeiro Kleber colocou o ex-vereador sem votos no Figueira, Raul Schiller, PMDB, para administrar o Distrito do Belchior. Segundo, para completar o serviço, nas “barbas” de Franciele, nomeou outro vereador sem votos da Lagoa, Norberto de Souza (Betinho do Tamandaré), PMDB, como o homem de obras do Belchior. Agora, para “matá-la”, como política, diminuíram o Orçamento do Belchior, deixando-a exposta apesar da fidelidade cega a Kleber, mais até do que dos demais vereadores da própria base de Kleber e PMDB. O que escrevi há quatro meses falando sobre o uso da vereadora pelo PMDB, confirma-se cada vez mais. Mas, sair desse balaio de cobras será uma tarefa quase impossível para quem se diz autossuficiente neste assunto e tem gurus como e Claudionor da Cruz Souza e Luciano Coradini. Acorda, Gaspar!
Mais uma. No dia nove de setembro de 2010, o ex-prefeito de Gaspar, Pedro Celso Zuchi, PT, propôs uma Ação Penal contra este colunista. Era para me punir sobre uma nota que publiquei no dia 14 de julho de 2010 no blog “Olhando a Maré”, e na época, coincidentemente invadido por crackers para retirar, entre outras no disfarce, as explicações que dei posteriormente sobre esse assunto.
Ganhei a Ação aqui na Comarca. A sentença foi exarada no 28 de abril (aniversário do meu casamento que dura 38 anos) de 2014 pelo magistrado Clayton César Wanderscher (e que não está mais aqui). Ele atuava na antiga 3ª Vara. O promotor do caso foi Henrique da Rosa Ziesemer (também não está mais aqui).
Zuchi, seus advogados Anderson Schramm e Rodnei Thomé, inconformados e no papel deles, recorreram ao Tribunal de Justiça. Agora, no dia 23 de maio, quase sete anos depois da proposição – Justiça que tarda, falha, penso -, por unanimidade na terceira Câmara Criminal do TJ, acatou o relatório do desembargador Leopoldo Augusto Brüggemann e deu razão no mérito, à sentença que me inocentou em 2014 no juízo de Gaspar.
Os meus advogados nesta causa foram os gasparenses Aurélio Marcos de Souza e Ênio César Muller. Zuchi, desta vez, não recorreu. Esta Ação, devido o prazo que se expirou, está para ser arquivada como transitada em julgada.
A Ação é decorrente de uma notícia dada no blog e fruto de um erro interpretativo sobre dívidas municipais. Ela, em horas, foi devidamente esclarecida no próprio blog e por minha antecipada e própria iniciativa (O PT e o ex-prefeito, nunca pediram ou ofereceram o esclarecimento a respeito).
O juiz Glayton acentuou a minha iniciativa, a reposição dos fatos e os esclarecimentos. E por causa dela, considerou ser retaliação a Ação proposta contra este colunista, porque o prefeito, o PT, os políticos e partidos alvos não suportarem o meu viés crítico. Mesmo com o erro corrigido e esclarecido, o PT e Zuchi tentaram dar “uma lição”, na Jurisdição.
Se eu estou aliviado? Estou! Mas, esta não foi a primeira e nem será a última Ação no âmbito civil ou criminal que sofri ou sofrerei só ou junto com o jornal Cruzeiro do Vale (nesta, especialmente, ele não foi envolvido).
Todas as Ações propostas, até agora e retirando as que ainda estão ainda sob julgamento aqui ou Florianópolis -, tiveram desfecho favorável ao colunista, ao editor e proprietário do jornal Gilberto Schmitt, ou a empresa jornalística Cruzeiro do Vale.
O viés da humilhação, intimidação, submissão, constrangimento e punição é sempre o condutor de todas elas para me ver calado ou a imprensa com medo, constrangida, enfraquecida para nada investigar e continuar atrelada aos poderosos de plantão, para perpetuar às suas versões, verdades e interesses particulares que armam sobre os coletivos ou à sociedade. Acorda, Gaspar!
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