21/08/2021
Na terça-feira à noite - sim porque é atualizado todos os dias - no blog www.olhandoamare.com.br, líder em acessos, sem ferramentas e grana de impulsionamentos, o qual pode ser lido no seu smartphone ou no link desta coluna no site do Cruzeiro do Vale, fiz este título: Nem Lula, Dilma, Temer ou Bolsonaro. Quem está viabilizando a duplicação dos trechos I e II é Moisés. Nem preciso explicar sobre o porquê da pantomima que os políticos de Brasília e de Santa Catarina - por questões simples de birra e poder - criaram sobre algo tão necessário para nós. Ele é um eterno criminoso palanque eleitoral contra uma região, a qual apesar dos seus políticos divididos, teima em se desenvolver e arrecadar uma montanha de impostos para o Planalto Central.
Não vou me estender sobre o que já comentei naquele artigo e que pode ser revistado, mas apenas espichar o quanto uma comunidade perde, ao se lançar cegamente ao jogo manipulador de poder de seus representantes políticos, negando-se ao olhar crítico de resultados apartidários. Diante da realidade e de uma unanimidade que unia até os adversários, não restou outra alternativa ao presidente Jair Messias Bolsonaro, sem partido, ao seu ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, do que se dobrar - ou fingir - e aceitar o acordo com mais outros R$100 milhões - agora são R$300 milhões, além dos R$50 milhões para BR- 163 e outros para a BR-280 - dos pesados impostos dos catarinenses para uma obra Federal. Ela teve seu orçamento cortado, mais uma vez por Brasília - e agora sob a desculpa da prioridade para o combate da Covid.
No fundo o que estava em jogo? O embate do bolsonarismo contra o governador Carlos Moisés da Silva, sem partido. Ele centralizou a ideia nascida de consensos, algo raro hoje em dia onde o MDB teve papel decisivo. Como Moisés não é mais do mesmo time bolsonarista e sobrevivente de dois impeachments, tinha que se combater a ideia, o porta-voz e o resultado claro dela para o povo. A Assembleia Legislativa cumpriu a parte plural. Todavia, a Lei foi vetada pela vice no exercício de mando como titular no estado, Daniela Cristina Reinehr, sem partido, uma bolsonarista raiz. De volta ao poder, Carlos Moisés sugeriu à derrubada do veto. A Alesc assim fez e promulgou a Lei. Quando tudo se pensava resolvido, o “dono” do DNIT em Santa Catarina, o senador Jorginho Mello, PL, ex-residente de Gaspar, e que quer a vaga de Carlos Moisés com apoio de Bolsonaro, melou tudo. Fez-se de surdo às lideranças do Vale do Itajaí, onde esteve para cooptar contra a região. Incrível! História longa e conhecida. E junto o deputado de Blumenau, Ivan Naatz, PL. Meu Deus!
Na audiência de terça-feira em Brasília, diante de pressões e muito desgastes, os burocratas e políticos do contra, sem alternativas, anunciaram uma paz em favor dos catarinenses do Vale do Itajaí. Aparente, acentuo. Porque Brasília trabalha para criar dificuldades de aprovação da verba extra de R$100 milhões na Alesc. Para piorar e antecipadamente justificar possíveis atrasos, se não conseguir melar o assunto na Alesc, está se “descobrindo” terras moles no trecho que receberá a verba estadual para se findar o que já devia estar entregue há muitos anos entre Navegantes e a divisa de Blumenau, ali no Belchior Baixo, em Gaspar. Esses políticos nos tratam como miolos moles. Eles não recuam, nem mesmo com as lições que receberam até agora de suas aventuras de poder a qualquer custo, inclusive contra seus próprios eleitores e eleitoras, os que os sustentam nos seus altos salários, benesses e poder. São capazes até de irem a Brasília com o nosso dinheiro para ser contra os cidadãos e cidadãs que juram representar. Impressionante! Outubro do ano que vem está chegando.
De alma lavada, mais uma vez. Sempre escrevi no blog - pois este é um assunto proibido na mídia de Gaspar - de que o gesto da Bancada do Amém na Câmara de protelar à votação de uma simples Moção era um erro com resultado pior à tentativa de humilhar um vereador da própria base de apoio. Bingo!
A Moção do vereador Amauri Bornhausen, PDT, que repudiou à fala desconectada e irresponsável do secretário da Educação, Emerson Antunes, um curioso da área, e que pedia ao prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, a sua exoneração, serviu apenas para mostrar a gravidade do erro, as incoerências e a jogada mal sucedida de abafamento. Aprendizes!
Sem argumentos e liderança, os “çabios” da patacoada se lançaram às citações bíblicas e se fundamentaram num suposto no perdão do pecado. Incrível a ladainha rezada para um defunto onde o próprio governo reconheceu que errou e se excedeu.
“Perdôo o pecador, mas não o pecado”, resumiu o discordante Amauri, derrotado por nove a três. O presidente Francisco Solano Anhaia, MDB não vota, mas se votasse, fez questão de dizer que seria contra a Moção.
“Até o Afeganistão em quase guerra civil está anistiando e perdoando”, mal comparou o presidente Anhaia, para justificar seu impossível voto.
Só por esta citação e diante da realidade que se dá no Afeganistão onde o governo religioso em nome de Alá, aos olhos de todos nós, por décadas mata os discordantes e pune sem piedade mulheres, dá-se o tamanho da falta de argumentação do governo de Kleber, para este caso.
Sem exemplos e depois de alimentar um desgaste no seu próprio seio por pura barbeiragem estratégica e para impor humilhações a um próprio aliado, como no Afeganistão, fez-se de tudo para deixar o dito pelo não dito e provar que o deputado Ismael dos Santos, PSD, de Blumenau, manda no governo de Kleber.
Dois ex-presidentes da Casa deixaram à sua marca nesta votação. Ciro André Quintino, MDB, experimentado, votou com Amauri. Ao ver e cobrado, alegou engano. Pediu para reverter o voto já consignado eletronicamente. Foi aceito. Pode?
Enquanto, isso, Giovano Borges, PSD, abriu outra frente de polêmica, ao dar uma interpretação toda própria para a palavra mediocridade. Para ele, é Amauri é um medíocre ao repisar neste assunto.
Rebatido duramente por Amauri, Giovano alegou ter sido mal interpretado. Giovano parece ter ido na mesma aula e escola do secretário Emerson, Kleber, Anhaia, Melato... Acorda, Gaspar!
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