22/06/2017
ILHOTA EM CHAMAS I
Os políticos não tomam jeito, mesmo. Gostam de entreter analfabetos, ignorantes e desinformados, o qual chamam de povo, eleitores, cidadãos, enquanto desfrutam e distribuem benesses entre os seus e financiadores. Os políticos e seus amigos que usufruem do poder de plantão, repudiam os esclarecidos, os que fiscalizam, os que cobram, os que desmascaram, a imprensa livre, investigativa ou a que não dobra por medo e migalhas. Isto não me referi somente aqui, mas o Brasil que está nas manchetes das páginas de política, faz inveja às páginas policiais. Veja mais esta.
ILHOTA EM CHAMAS II
O prefeito de Ilhota, Érico de Oliveira, PMDB, que agora virou pensador, escreveu na noite do dia 13, terça-feira da semana passada, na sua rede social: “costumo falar que nenhum prefeito gosta de enterrar tubo, porque a população não vê e eles ficam enterrados, penso diferente, sei que é uma necessidade e que por exemplo a muitos anos os moradores da rua Luiz Leal, reivindicavam à referida obra, que começou com a tubulação nova, retirada da curva e macadamização de toda a via, além das vias do Baú Baixo que ainda faltam, sabemos que o défice em saneamento básico em Ilhota é muito grande e aos poucos vamos zerar esta necessidade”. E publicou a foto do serviço realizado lá na rua Luiz Leal e que a republico acima. Mas, agora, caros leitores e leitoras, vamos por partes, como diria Jack, o Estripador.
ILHOTA EM CHAMAS III
Primeiro: o prefeito Erico vendeu uma coisa, mas na verdade o que moveu a fazer a obra foi bem outra. Não foi exatamente o povo, a população, mas um fato, um acidente e bem localizado. As fotos estão aí, abaixo. Um caminhão com 30 mil quilos de carnes, de um amigo e poderoso da rua, tombou naquela curva poucos dias antes. Incômodo antigo. Queixa antiga; até o estrago no caminhão e na carga. Uma conversinha de pé-de-ouvido entre poucos, resolveu tudo em questão de minutos. Rápido como uma flecha. Então Erico não ouviu o povo, está apenas usando o povo como escape. Viu apenas que vale a pena, neste caso, enterrar tubos, e dos grandes. O povo...
ILHOTA EM CHAMAS IV
Segundo: é preciso ver onde termina a Rua Luiz Leal e onde foram feitas estas obras de canalização e “desentortamento” da rua. Não custa nada o Ministério Público conferir na Lei que criou a Rua, as medidas da extensão dela. Outra: foi retirada a curva da rua para proteger os caminhões, diz Erico? Hum! Onde está a Lei de doação do terreno de particular naquela curva para o município e assim de propriedade dela, o Município de Ilhota torná-la “mais reta”?
ILHOTA EM CHAMAS V
Terceiro: o prefeito Érico de Oliveira escreve que está aproveitando para macadamizar as partes sem calçamento da via principal do Baú Baixo onde está a Rua Luiz Leal. Faz isso, só para aliviar o peso da consciência. Excelente! É dever. É manutenção. Ao mesmo tempo, disfarça e embrulha tudo num mesmo pacote: o que fez para um, distribui para todos. Não é favor algum como insinua. Entretanto, as partes da Estrada Geral que possuem recém-calçamento, estão se tornando um lodaçal (ou poeirento) só, como mostrei, com fotos, na coluna de duas sextas-feiras passadas. Quarto: o prefeito escreve que “o défice em saneamento básico em Ilhota é muito grande e aos poucos vamos zerar essa necessidade”.
ILHOTA EM CHAMAS VI
Como é que é? O déficit em saneamento básico em Ilhota é muito grande? Que se saiba, ele é quase total. Ou o prefeito está mal informado ou desconhece do assunto. Ou se conhece e foi informado, está brincando com coisa muito séria. Quantos metros há enterrados (e que o povo não vê), ou à mostra (que o povo vê), de tubulação para a coleta de esgoto na cidade da Moda Íntima? Zero! Quantos litros são tratados de esgoto em Ilhota? Zero! Recolhimento de lixo está no improviso. Tratamento e distribuição de água sob batalha judicial. E a canalização das águas fluviais, algumas misturadas com esgotos residenciais, industriais e comerciais, sob dúvidas.
ILHOTA EM CHAMAS VII
Então de que déficit o prefeito Érico está escrevendo na sua rede social e tentando-se promover? “Aos poucos vamos zerar essa necessidade”? Como assim? Onde estão os projetos, incluindo os dos esgotos? Quem os aprovou? Como e quando foram discutidos? Onde está o dinheiro? Onde estão as licitações? Onde estão os prazos? Não se está falando apenas escoamento pluvial? E mesmo assim. Resumindo: de básico, falta ainda muita coisa como a coleta, destinação e conscientização de lixo orgânico e reciclável; coleta, tratamento, reservação e distribuição de água tratada, além do esgoto. Até mesmo, a produção de água é vista e tratada, no emaranhado de jogos para se criar mais um local público de empregos com o dinheiro do povo aos cabos e amigos dos políticos e dos partidos no poder de plantão e não para atender uma necessidade. De avançado, só mesmos os loteamentos que demandam esses serviços (coleta e tratamento de esgoto, escoamento das águas das chuvas, coleta de lixo orgânico e reciclável e água tratada) e que a prefeitura de Ilhota não os estruturam na sua sustentabilidade.
ILHOTA EM CHAMAS VIII
De hilário, depois desta nova jogada de comunicação onde o povo é um escudo para ações entre poucos, só a queixa que o prefeito Érico filosofou e plantou na sua rede social. Fotografado pelas costas andando solitariamente por um caminho malcuidado (como a maioria das estradas municipais), escreveu para justificar a estranha imagem postada: “Com coragem todo dia, dou as costas ao fracasso e sigo o meu caminho, sabendo que cada passo que dou não traz uma vitória minha, mas uma vitória de todos”. Resumindo e concluindo: não foi isso exatamente o que se viu na Rua Luiz Leal.
OS FANTASMAS DE LUIZ ALVES I
Quem é o secretário de Obras, de Ilhota? Viland Bork, PMDB, ex-prefeito de Luiz Alves. É uma área sensível, muito sensível. O que está acontecendo? Viland está sendo investigado porque como prefeito de Luiz Alves, empregou ou não conseguiu controlar o emprego de fantasmas na prefeitura, numa prefeitura muito pequena, onde tudo pode ser controlada a partir dos olhos, e as planilhas não tem mais que uma página para se verificar dados, números e disfunções. Veja esta reportagem no jornal Diarinho, de Itajaí. Sintomática. É por isso, que os políticos não toleram a imprensa livre, investigativa, e as vezes, a Polícia que faz os inquéritos, o Ministério Público que denuncia e até o judiciário quando não lhes favorece no julgamento.
OS FANTASMAS DE LUIZ ALVES II
“Israel Fernando da Costa, 45 anos, e Suzane de Oliveira da Costa, 32, foram presos preventivamente hoje pela polícia Civil de Navegantes. Eles são acusados de desviarem mais de R$ 228 mil de recursos públicos na prefeitura de Luiz Alves, onde trampavam como servidores, através de fraude no sistema. Os desvios teriam ocorrido nos últimos cinco anos envolvendo o cadastro de dois funcionários fantasmas. O rombo pode ser ainda maior. A polícia ainda aguarda o recebimento de novos extratos bancários.
O casal vai responder pelos crimes de peculato e de inserção de dados falsos em sistema de informações. De acordo com o delegado Rodrigo Coronha, responsável pelo inquérito, Israel é servidor concursado há cinco anos. Ele chefiava o setor de Recursos Humanos e também trabalhava na tesouraria. Já a mulher era contratada e trampou na tesouraria entre 2013 e 2015, chegando a atuar no setor de imprensa. O contrato dela não foi renovado após o término. Por ser funcionário de carreira, Israel é alvo de um processo administrativo e tá afastado das funções”.
Coisa de cartas marcadas? Ontem, quarta-feira, foi dia 21. O que apareceu no Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet e não tem hora para sair - e ontem, coo de costume, ele foi publicado no início da tarde?
Credenciamento 04/2017 para interessados em prestar serviço de restaurantes através de veículos do tipo “food truck”. E que hora começou o credenciamento? A partir das 8h de ontem.
Também começou ontem e vai até o dia 30 de junho, o credenciamento para serviços de restaurante e fornecimento de alimentos para quem quiser participar do III Festival Gastronômico da Tilápia nos dias sete, oito e nove de julho na Arena Multiuso.
Os comentários de ontem no paço municipal de Gaspar foi a barbeiragem da secretaria de Educação, chefia de gabinete, do secretário de Assistência Social, do próprio prefeito e seus assessores de comunicação no caso da professora Círia Cristina Amaro da Rocha. Mas, pelo jeito, o aprendizado foi zero. Então virá mais. Sabe quem é culpado: as pessoas que possuem sentimento e humanidade, e a imprensa desalmada. Os acessos da coluna bateram recordes. E nas salas, o conteúdo da coluna circulou impresso e repetido nas redes sociais. Acorda, Gaspar!
Samae inundado I. Ainda sobre as notas deste mesmo título na coluna Olhando a Maré, de ontem (agora ela não tem dia e hora para serem publicadas aqui no portal Cruzeiro do Vale), os funcionários do Samae e vereadores, Rui Carlos Deschamps, PT, e Cícero Giovane Amaro, PSD, se mostraram preocupados com o colapso eventual do Rio Itajaí Açú ser quase o único fornecedor de água para Gaspar.
Samae inundado II. O tema surgiu após aprovação, às pressas, amadoramente e até irresponsavelmente, pela Câmara, do Plano de Saneamento Básico, para unicamente se candidatar a recursos federais.
Samae inundado III. A princípio está claro que não se criou alternativas para uma eventual colapso e catástrofe. Também na fala de ambos, e principalmente de Rui que diz conhecer um levantamento neste sentido, não há mananciais alternativos no município que possam dar conta das exigências de abastecimento de hoje e do futuro.
Samae inundado IV. E concluo que não haverá alternativas, se não se investir tempo e recursos estudos, prevenção e interligações de redes, mais do que é hoje, à uma preocupação sensata de ambos e que conhecem o assunto por lidarem com ele.
Remédios: Só no dia três de julho a prefeitura de Gaspar vai fazer o pregão para registro de preços para futuras aquisições de medicamentos para dispensação gratuita na farmácia básica do Município.
Ilhota em chamas IX. Está marcado para o dia seis de julho, as duas horas da tarde, o leilão de bens inservíveis pelo maior lance e pertencentes ao município de Ilhota. A prefeitura não está nele. Se desfazendo.
Ilhota em chamas X. Dois presentes para os empresários. Foi aprovado a doação de R$88.500,00 para a Associação Comercial e Industrial de Ilhota – ACIIL. E virou lei o endurecimento nas exigências para aquelas feiras itinerantes que concorrem deslealmente com o comércio local.
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