23/08/2017
O deputado Federal Esperidião Amim Helou Filho, é o “novo” presidente do PP catarinense, até Silvio Dreveck deixar a presidência da Assembleia, em fevereiro do ano que vem. Um ajeitamento entre comadres em busca de espaços. Tudo para ganhar as manchetes. O PP ( e outros) vai precisar muito disso, um partido que já foi representativo em Santa Catarina, mas que não se renovou. Ele envelheceu aqui com o populismo decadente da família Amim (Ângela), bem como naquilo que próprio PP definhava nacionalmente com o fisiologismo desenfreado. O PP, na verdade, quis o papel para si secundário diante do mais estruturado, esperto e poderoso PMDB, PSDB e por último PT. No período petista, esteve fortemente envolvido no mensalão e lava jato.
Amim não queria assumir o papel galho para as macaquices do PSD, com o já vestido de candidato a governador, Gelson Merísio, deputado ex-presidente da Assembleia. Do outro lado, Silvio assim queria, por afinidades e compromissos parlamentares. Ficou no meio termo: o PP está, a princípio, apoiando o PSD. Jogo. Antes acompanhado do que só. Aliás todos temem a solidão neste jogo da vida política nacional.
Sozinho e com um governo medíocre de Raimundo Colombo, as chances do PSD, sabe o partido, são nulas. Tanto são, que Merísio é capaz de piruetas para analfabetos, ignorantes e desinformados, como a de prometer acabar com o cabideiro de empregos para políticos desocupados e ralo dos pesados impostos dos catarinenses, as Agências Regionais de Desenvolvimento. Colombo também prometeu o mesmo antes de ser candidato até encontrar o apoio de Luiz Henrique da Silveira, PMDB. Ao contrário. Com Colombo, esta excrecência administrativa pública só piorou. Os números são claros quanto a isto.
O PP catarinense que já teve como presidente o deputado João Alberto Pizzolatti Júnior, o réu, o mais envolvido de todos os catarinenses na Lava Jato. Então, Amim já se subordinou – não às falcatruas, é claro -, mas um comando duvidoso, pois sem o conheceu bem. Tanto que, um dia negou a secretaria da Fazenda ao deputado. Nas tifas e grotões ainda há gente antiga e fie ao PP; no serviço público, igualmente. Todavia, muita coisa mudou do tempo em que o hoje PP era o partido dos Amim, e não, uma legenda estruturada. Amim como Silvio ainda representam o velho, inclusive no jogo.
Para encurtar a conversa. Tudo isso é ensaio. Os políticos sabem que estão com a corda no pescoço diante das evidências, da mídia social que retirou a exclusividade da imprensa formal, onde manipulavam. Tanto que inventam de tudo para ficarem não só bem na foto, mas principalmente nas tetas e seus privilégios perpétuos. O debate no Congresso do modelo das eleições do ano que vem mostra bem isso. O distritão para garantir a reeleição e nada mudar, além de meter a mão no bolso dos nossos pesados impostos, os quais faltam para a saúde, segurança, educação, obras...
O PSD em Santa Catarina tem o que se preocupar, o PP também. Se errarem no jogo, podem ficar isolados e perderem a pouca massa que lhes resta. Nem deles, é o noivo desejado, mas podem ajudar.
Há uma tendência de não haver uma disputa de verdade em Santa Catarina, muito menos renovação de nomes, como por exemplo, o empresário e prefeito de Joinville Udo Döhler, para governador pelo PMDB. A tendência é de se criar um chapão, onde as grandes correntes vão lotear o que já está ocupado por elas próprias no Senado, no governo do Estado, na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa. Tanto que esta teoria da salvação completa estava na convenção do PP, uma segunda-feira à tarde, em Florianópolis. Estavam lá os dirigentes do PSD, PT, PSB, PRB, PR e PSDB.
Mas, supondo que o que se escreve e se diz na imprensa, plantado pelos próprios políticos para jogar e experimentar no público e nos bastidores, for verdadeiro, como ficará o jogo em Gaspar? O PP e o PMDB sempre foram muitos distantes (e continuam), mas 2004 se uniram porque não davam mais conta do recado separados depois de envelhecerem e errarem tanto. Agora, estão errando juntos, outra vez. O PP de José Hilário Melatto e do vice Luiz Carlos Spengler Filho vai apoiar o chapão que o PMDB arma e pretende encabeçar? Vai remar contra? Vai ficar quieto? Vai trair no escurinho como sempre fez? Muitas colunas ainda vão rolar. Acorda, Gaspar!
A reportagem da nova NSC (sucessora da RBS SC), na edição de ontem do Jornal do Almoço (e no NSC Notícias, à noite), sobre a grave crise na segurança pública catarinense (mas há outros setores no mesmo desastre), mostrou o que sempre escrevi, e que sempre se torceu o nariz: o jornalismo de negócio empreendido pela RBS SC (TV, jornais, portal e até rádios). Ela distanciou a sociedade barriga-verde dos seus problemas. A RBS SC fechou as portas da realidade aos catarinenses. Monopolizou. Comercialmene, sugou o que pode e foi embora. Descaracterizou até cultura (essencialmente construída da diversificação regional), quis impor uma alienígena; deixou marcas danosas que levará muito tempo para serem esquecidas.
O que a NSC faz, é apenas ratificar o que sempre escrevi sobre este escândalo que impediu o debate, destruiu identidades e até encurtou a vida de profissionais com opinião e capacidade jornalistica investigativa. E a NSC, por outro lado, não possui muita escolha se quiser sobreviver e se estabelecer na credibilidade como veículo de informação e comunicação dos catarinenses, pois não é de catarinenses e sim de investidores.
As redes sociais desmancham o que os veículos de comunicações formais negociam com os governos e os poderosos de plantão para esconder, mitificar e criminosamente se estabelecer na "ausência", apesar de ser um ente da comunidade.
Quando o estado fraco e acobertado pela imprensa formal, negocia no escurinho com os bandidos para eles baixarem a "bola", é porque o cidadão perdeu o valor para o estado e seus políticos, a não ser o de votar e de pagar os pesados impostos mal usados pelo poder público para poder e incúria.
Sem debate e pluralidade não haverá transparência, comunidades fortes, com suas peculiaridades próprias. E nesse particular, a imprensa, teoricamente, teria papel fundamental (reeditado às 14.09, de 23.08).
Vereador Roberto Procópio de Souza, PDT, mandou ver um requerimento de informações ao prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB. Quer números e informações para descobrir se é verdade o que se fala na cidade de que houve uma frouxidão na fiscalização da Área Azul.
Se o governo do PT de Pedro Celso Zuchi, a quem Roberto serviu, tivesse implantado o sistema de parquímetro, o uso político da Área Azul seria uma dúvida a menos. Mas, a teimosia...
O velho jogo sindical e corporativo. Os fisioterapeutas que trabalham para a prefeitura de Gaspar vão cumprir apenas 30 horas semanais e não as 40 horas para as quais foram contratados por concurso. Mas, seus salários não serão reduzidos na proporcionalidade, como seria em qualquer outro lugar. A lei impede: é a tal irredutibilidade.
É que eles ganharam uma ação na Justiça em primeira instância e a prefeitura nem recorreu. O limite de 30 horas semanais é uma lei nacional.
Primeiro: quem fez o concurso e os contratou, fez errado (e não vai ser cobrado pelo erro, prejuízos aos cofres e seus reflexos). Segundo: quando os candidatos a fisioterapeutas prestaram o concurso, sabiam que teriam que trabalhar 40 horas semanais (e não era permitido), mas ficaram todos quietos para o pulo do gato. Terceiro: o próximo passo é reaver à diferença ao que supostamente trabalharam a mais; o quarto e por último, são as demais categorias requererem a tal isonomia, ou seja, ao invés das 40 horas, trabalharem 30, com salário de 40 e buscarem também à diferença do passado.
Foi assim que aconteceu recentemente com vários funcionários e assessores da Câmara. Culparam o mais longevo dos vereadores, o ex-presidente José Hilário Melato, PP. Todos quietos. Farra.
Samae inundado I. A coisa continua feia para o lado do Samae, presidido pelo vereador José Hilário Melato, PP. Dois servidores da noite quase saíram no tapa na semana passada. Esta semana foi a vez de dois que trabalham no turno geral. Discutiram entre si e com seu chefe Zeca Caça Níquel. Resumo da história. Tudo foi parar na delegacia de Polícia e um dos servidores registrou um Boletim de Ocorrência.
Samae inundado II. Coisa de executivo. Só pode ser motim. Os funcionários estão falando por aí, e provando por fatos e fotos, não há mais ferramentas para trabalhar. Pá-de-juntar e cavar é artigo de luxo; lacre só dois para fazer um conserto no cavalete com taxa zero de erro; a camionete Montana não consegue subir o morro (motor não dá conta); ETA 4, sem lâmpadas, problema nos disjuntores... Ufa!
O deputado Federal e presidente do PMDB de Santa Catarina, Mauro Mariani, é agora cidadão gasparense honorário. Quem o indicou? O seu cabo eleitoral daqui, o presidente da Câmara, Ciro André Quintino, PMDB. E o que ele fez por Gaspar? Segundo Ciro, trouxe pouco mais de R$1 milhão em emendas.
Vamos lá. Mauro é pré-candidato a governador naquele jogo do blocão; é também um político ativo – o único que enfrentou, vejam só, o pai dos tais blocões, o ex-governador Luiz Henrique da Silveira. Mauro, naturalmente, precisa de palanque por aqui e seu cabo eleitoral acaba de dá-lo. Nada mais. Porque quanto às emendas, que são poucas, é um jogo. Foram elas, que ajudaram a eleger Ciro, por exemplo, e o próprio prefeito Kleber Edson Wan Dall, antes de beneficiar Gaspar.
Estas emendas são, na sua maioria, as impositivas e são feitas para isso mesmo: atender a interesses políticos (quando não os dos empreiteiros e fornecedores) dos deputados Federais nas suas bases e não, exatamente, às necessidades (tanto que a gente vê tanta coisa inacabada, malfeita e até, sem utilidade). É para o varejo.
Para encerrar e não polemizar mais: estas emendas são feitas dos pesados impostos dos gasparenses que vão para Brasília e voltam em forma de migalhas e uso político partidário (porque as emendas impositivas são para todos os parlamentares, independente do partido político). Agora, afinal, Mauro Mariani, é gasparense. Então está mais compromissado e então pode ser mais cobrado pela cidade. Acorda, Gaspar!
Os vereadores de Gaspar encontraram o caminho de Florianópolis; e das diárias também. O vereador Evandro Carlos Andrietti, PMDB, acompanhou o diretor de cemitérios públicos de Gaspar, Osvaldo Moreira, a Florianópolis.
Eles foram conversar na prefeitura da Capital e descobrir lá, como se faz para ter apenados do sistema prisional cuidando, ou zelando, nos cemitérios municipais, uma experiência, segundo eles, bem-sucedida por lá.
Agora, já marcaram outra ida para a Ilha da Magia (e ócio) para continuar o mesmo assunto. Vão falar com a secretária de Justiça e Cidadania, a deputada Ada Lili Faraco De Luca. Perguntar não ofende: para que serve mesmo a Agência Regional de Desenvolvimento de Blumenau? E os deputados estaduais para quem essa gente é cabo eleitoral e que deviam fazer esta interface economizando dinheiro, tempo e promovendo resultado para suas bases?
Aliás, o vereador Evandro precisa ser melhor informado por sua assessoria. Ele registrou que a secretária Ada De Luca foi a primeira deputada eleita de Santa Catarina. Não foi. Conhecedor da história, o vereador Cicero Giovani Amaro, PSD, negro, corrigiu na lata: a primeira deputada eleita de Santa Catarina, foi Antonieta de Barros, negra, e que dá nome ao principal auditório da Assembleia.
Resumo da Sessão Itinerante da Câmara de Vereadores no Distrito do Belchior: ele está mal administrado (ou esquecido pelo prefeito Kleber Edson Wan Dall). Este é o reflexo direto da indicação política que o alcaide fez para a superintendência de lá e seu assessor de obras para atender à gula do PMDB. Nenhum deles é de lá: Raul Schiller, veio da Figueira e Norberto dos Santos, veio da Lagoa.
O que aconteceu na sessão, segundo um local que a assistiu e acostumado com eleições no Distrito e que era um bairro isolado, é um aviso à vereadora do Distrito Franciele Daiane Back, PSDB. O seu partido jura que não está no governo de Kleber, mas ela, é um voto fiel em tudo o que Kleber quer, garantido a apertada maioria.
Franciele luta por duas grandes obras: a reurbanização da Rua Bonifácio Haendchen e o asfaltamento da parte faltante da Rua Vidal Flavio Dias. Está certa. Mas, vai demorar. Enquanto isso, os pequenos problemas não recebem às soluções.
Assim o acúmulo de pequenos problemas do dia-a-dia, como o que está acontecendo na atual gestão de Schiller e Kleber, torna-se um grande problema, gera desgastes políticos continuados e que não se superam na hora da eleição, mesmo que sejam parcialmente resolvidos. Foi isso que aconteceu com os vereadores que não se reelegeram pelo Belchior nas últimas eleições.
Um retrato perfeito e acabado da Câmara de Gaspar. Foi aprovada por unanimidade, a “Moção de Congratulações e Aplausos” a Edgar Schnaider, proprietário do Haras do Gagá, por ter o melhor Cavalo Castrado Marcha Picada, campeão nacional 2017 da 36° Exposição Nacional do Mangalarga Machador. Autor? Francisco Solano Anhaia, PMDB. Tudo a ver: gagá e castrado.
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).