Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

25/04/2016

SINAL DO ERRO I
Neste final de semana, o jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação e de maior credibilidade, trouxe uma reportagem com um Raio X das candidaturas a prefeitura de Gaspar. Entre tantas leituras sobre as eleições deste outubro feitas pela coluna, uma delas é confirmada pelo próprio partido. É a que se relata há tempos aqui e sempre negada: o vereador Marcelo de Souza Brick, PSD, caiu deste caminhão de mudanças e ainda não achou o rumo dela (a mudança).

SINAL DO ERRO II
O que o PSD disse ao jornal? “O partido deve fazer um evento de lançamento da pré-candidatura do vereador Marcelo Brick a prefeito. Recentemente, a legenda tem conversas mais adiantadas com o PSB, PCdoB e PPS”. Vamos lá. O que o partido disse, na verdade e claramente ao jornal foi o seguinte: ainda estamos procurando o nosso rumo, se é que ele ainda existe.

SINAL DO ERRO III
Se era para coligar com o PSB, não precisava dividir o próprio PDS, pois quem é o dono do PSB? O presidente da Câmara, Giovânio Borges, que ainda não saiu de fato do PDS. Coligar-se com o PCdoB a linha auxiliar do PT no plano nacional e aqui, o hegemônico, o que não admite adversários? Então o próprio PSD e o presidente da sigla por aqui, Marcelo de Souza Brick, confirma de própria voz, aquilo que sempre negou: ser uma linha auxiliar e de escape do PT de José Amarildo Rampelotti, Antônio Carlos Dalsochio e do prefeito Pedro Celso Zuchi. Pior mesmo foi o desmentido na lata do PCdoB na mesma reportagem, que vai a leilão a quem pagará a conta: “o diretório ainda não conversou com outros partidos sobre a disputa majoritária”. Quanto ao PPS, de Vitório Marquetti, é preciso encontrá-lo ainda como força política depois da saída do seu criador por aqui, o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, capaz de alavancar resultados diferenciais.

SINAL DO ERRO IV
Vamos ao que disse o PSD: “deve fazer um evento de lançamento...”. Então há dúvidas e está atrasado. “Recentemente teve conversas...”. Ou seja, não fechou nenhum acordo, nem mesmo com a parte do partido que ainda está unida sob disfarces ao PSD, o PSB. E por que? Porque está perdido, inseguro; porque esnobou, achou-se o dono da bola, se perdeu na coerência do discurso com a prática; porque não se estruturou, não trabalhou. Mais. Minimizou as mudanças políticas no cenário nacional, perdeu o tempo na negociação, do fortalecimento, das escolhas, do comando e se uniu ao velho de quem dizia ser um ente liberto. O PSD e o Marcelo de Souza Brick estão na estação esperando o trem que já partiu.

SINAL DO ERRO V
Marcelo de Souza Brick para ser presidente da Câmara vendeu o sonho de ser o novo ao PT. Destruiu o seu próprio discurso. Disfarçou e aceitou cargos para os seus no governo de Pedro Celso Zuchi (e quis esconder isto do distinto público). Marcelo de Souza Brick, para ser presidente da Câmara aceitou sê-lo de direito, pois terceirizou a presidência de fato para José Hilário Melato, PP, o qual fez questão de mostrar isso publicamente em vários momentos. Marcelo de Souza Brick, não fortaleceu o seu PSD. Ao contrário, viu-o diminuir e até ser dividido entre os seus. E dos quatro possíveis candidatos, é o único que não está “oficialmente” na praça ou escolhido por seu partido, mesmo ele sendo o “dono” do PSD em Gaspar.

SINAL DO ERRO VI
Marcelo de Souza Brick fez tudo ao seu jeito e não pode reclamar. A inexperiência como político e articulador engoliu os seus mega planos e sonhos. Vestiu o terno antes da hora. E os velhos políticos sabiam o que estavam fazendo com ele, o sonhador,, porque esta manha não é para neófitos, sós, ingênuos e arrogantes. Está pagando um preço caro. Ainda decadente e sem forças, sim porque vale a força que possui de fato ou exibe, botou banca. Ou era cabeça de chapa de puxadores de votos, ou nada. Blefou. Agora, Marcelo está com grandes problemas para resolver no âmbito político, no partidário e até pessoal. Mas tudo foi fruto das escolhas e associações que ele fez nestes quatro anos depois de ser o vereador mais votado em Gaspar.

O FEDOR DO LIXO DE GASPAR I
Estava escrito. Virou e mexeu, o Samae de Gaspar ganhou a alforria para contratar a seu bel prazer e emergencialmente uma empresa para recolher e dar destino final do lixo urbano. O Samae alegou que a Say Muller estava descumprindo o contrato em vigor e que os gasparenses poderiam ser prejudicados com isso etc e tal. Conversa mole. Jogo bruto. Há uma briga feia de interesses e de ex-compadres, os mesmos que inventaram uma empresa para fazer este serviço por aqui e combater a Recicle, que volta a ser a queridinha do poder e que já a demonizou. Este assunto não é novo e se desvenda na Justiça numa Ação Civil Pública. O autor? O Ministério Público, o que cuida da Moralidade Pública, com Chimelly Louise de Resenes Marcon. Ela, aliás, foi consultada pelo procurador do Samae, José Carlos Schramm, antes da decisão. Mas, o assunto pode pegar. Afinal de uma mera dispensa de licitação, tudo se transformou em um decreto para dar contornos eternos de legitimidade em algo que era apenas emergencial.

O FEDOR DO LIXO DE GASPAR II
Para que não restem dúvidas: este é o decreto que se publicou no Diário Oficial dos Municípios, aquele que se esconde na internet e não tem horário para ser publicado.

DECRETO Nº 6.928 DE 19 DE ABRIL DE 2016. DECLARA SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA NO MUNICÍPIO DE GASPAR E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

PEDRO CELSO ZUCHI, Prefeito Municipal de Gaspar, Estado de Santa Catarina, no uso de suas atribuições que lhe confere o art. 72 da Lei Orgânica do Município, CONSIDERANDO a descentralização dos serviços públicos do Município de Gaspar, com a atribuição de novas responsabilidades para o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto de Gaspar- SAMAE, autarquia municipal, pessoa jurídica de direito público interno, que por determinação da Lei Municipal n° 2.949/2007 – alterada pela Lei Municipal nº. 3.146, de 15 de outubro de 2009 -, passou a ter competência para a execução dos serviços públicos de coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos e compactáveis do Município de Gaspar; CONSIDERANDO que o encerramento da vigência de contrato existente com a empresa que executa a coleta e transporte de resíduos sólidos do Município de Gaspar, ocorreu em 18 de abril de 2016; CONSIDERANDO que o Juiz da 2ª Vara da Comarca de Gaspar, Estado de Santa Catarina, no procedimento judicial autuado sob nº. 0000484-38.2016.8.24.0025, em sede liminar, suspendeu o processo licitatório na modalidade Pregão Presencial nº. 1/2016, cujo objeto é a contratação de empresa especializada para a execução da coleta, transbordo, transporte, tratamento e destinação final de resíduos sólidos domiciliares, de estabelecimentos comerciais e industriais (com características domiciliares), das repartições públicas e da limpeza de áreas públicas do Município; CONSIDERANDO que não há tempo hábil para concluir o novo procedimento licitatório para a contratação dos serviços de coleta e transporte de resíduos sólidos domiciliares, de estabelecimentos comerciais e industriais (com características domiciliares), das repartições públicas e da limpeza de áreas públicas do Município, até a data do encerramento da vigência do contrato; CONSIDERANDO o caráter essencial desses serviços, e que a não contratação de empresa para prestar os serviços de coleta e transporte de resíduos sólidos domiciliares, de estabelecimentos comerciais e industriais (com características domiciliares), das repartições públicas e da limpeza de áreas públicas do Município gerará incalculável prejuízo e risco à saúde dos munícipes, visto que o lixo indevidamente administrado provoca mau cheiro, fornece a proliferação de animais nocivos e transmissores de doenças. DECRETA: Art. 1º Fica declarada SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA no âmbito do Município de Gaspar, pelo prazo máximo de cento e oitenta dias consecutivos e ininterruptos, em virtude da impossibilidade de aguardar a conclusão do procedimento licitatório destinado à contratação de empresa, tendo como objeto a coleta e o transporte de resíduos sólidos domiciliares, comerciais e industriais (com características de domiciliares), das repartições públicas e áreas públicas do Município de Gaspar. Art. 2º Em decorrência da declaração de situação de emergência deverá ser realizada contratação direta, com o fim de manter a prestação do serviço público essencial tratado neste Decreto, o que efetivamente evitará risco de dano à saúde da população de Gaspar. Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

CATARINENSES NO IMPEACHMENT
Na Câmara, a bancada catarinense foi coadjuvante no processo de admissibilidade do impeachment contra a presidente Dilma Vana Rousseff, PT. No Senado, Dário Berger, PMDB, nascido em Bom Retiro, ex-prefeito de São José e Florianópolis, é titular da Comissão Especial que vai analisar e pedir o afastamento da presidente. Paulo Roberto Bauer, PSDB, nascido em Blumenau, mas com base política em Jaraguá do Sul, é suplente na mesma comissão. Na história, Dirceu José Carneiro, PSDB, nascido em Caçador, ex-prefeito de Lages, como primeiro secretário do Senado foi quem entregou o afastamento no impeachment ex-presidente Fernando Collor de Mello. Na atual legislatura, nenhum senador catarinense é integrante da Mesa do Senado.

REDUTOR
O abaixo assinado dos moradores (loteamento das Casinhas de Plástico, inventado pela PT e que se tornou um assentamento precário) e comerciantes do perigoso KM 40 da BR 470 pedindo um redutor de velocidade, foi entregue pessoalmente nas mãos do superintendente do DNIT em Santa Catarina, Vissilar Pretto e do diretor geral, Valter Casimiro. Isto aconteceu no Fórum Parlamentar Catarinense, que se realizou em Jaraguá do Sul e onde se debateu a duplicação da também arrastada, da BR 280, a que liga a BR 101 ao porto de São Francisco do Sul. Quem entregou do abaixo-assinado em nome dos moradores do KM 40 da BR 470 foi a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB. Ela estava acompanhada do ex-vereador, empresário e morador do Belchior Baixo, Amadeu Mitterstein. O convite para ambos participarem do Fórum, foi do deputado Vicente Caropreso, PSDB, que também esteve aqui conversando com os moradores da região numa reunião marcada por Franciele Back.

UM RETRATO
Uma manchete do portal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, mais acessado, mais atualizado e de maior credibilidade dá bem as cores do governo de Pedro Celso Zuchi, PT: "Andarilhos, brigas, álcool e drogas: problemas em volta do Coreto Municipal". Então a pergunta que se faz é a seguinte: o que é feita da companheira, ligada as pastorais da Igreja Católica, a secretária de Desenvolvimento Social, Maristela Cizesky, PT? Onde está a casa de passagem? Qual a política de acolhimento que um governo que se diz popular possui para esta gente e a cidade? Vergonhoso quando isto se dá às portas da própria prefeitura e por anos afio e no Centro da cidade. A secretária alega que é um direito constitucional dos andarilhos andarem e ficarem nas ruas, como deve ser se drogarem. Para os outros cidadãos e cidadãs sobram apenas o dever constitucional de pagar os pesados impostos que deveriam ir para promover soluções ou mitigações para este grave problema social, de saúde pública e até policial. Um retrato perfeito da admninistração petista. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

E por onde anda a gasparense honorária Ideli Salvatti, PT, ex-senadora, líder do governo e ministra dos governos do PT?

Mais uma. O que está na Câmara de Vereadores para ser aprovado em regime de urgência (outra vez?)? O Projeto de Lei 14/2016. E do que ele trata? Cria o tal Programa Social de Incentivo e Fomento às Feiras Municipais da Agricultura Familiar e dá outras providências. Resumindo: este nome pomposo e disfarçado é para dar legalidade ao funcionamento das feiras livres de Gaspar em locais públicos e que pertençam ao município.

Mas isto já não tinha se resolvido? Tinha. Só nos discursos dos políticos do poder de plantão. Tudo de forma torta e na vontade do PT e da administração de Pedro Celso Zuchi, sempre ao seu jeito e mandando bananas para a lei e as autoridades.

E ambos, PT e Zuchi, forçaram o quanto puderam para fazer esta “regularização” à margem do que manda a lei, sem privilégios e do que recomendou o Ministério Público, o que cuida da Moralidade Pública, com a promotora Chimilly Louise de Resenes Marcon.

Insistiram. Só para que os seus erros tortos fossem adiante e prevalentes. Para isso, culparam adversários políticos (como é muito comum nos discursos que fazem para analfabetos, ignorantes, desinformados...), principalmente neste caso, o vereador Luiz Carlos Spengler Filho, PP.

Mais. Quando a coisa não funciona do jeito que querem, o PT e a prefeitura de Gaspar mandam os interessados (ou prejudicados por seus atos tortos) irem “falar” e se entenderem com a promotora, o juiz, o bispo, numa pressão para desqualificar e se fazer voltar atrás pelo “apelo” popular da burla à lei, ficando-se de joelhos para o PT e a sua glória hegemônica de interpretar direitos, leis e ética.

Agora com este projeto, os vereadores petistas e a administração municipal finalmente colocam o trem nos trilhos. Reconhecem, mais uma vez que erraram e que pode ser feito de outra forma para atender à legalidade. E quem perdeu com mais essa teimosia do prefeito Pedro Celso Zuchi, seu partido e assessores? Os feirantes, a com unidade e os agricultores.

Para que não fiquem dúvidas. Com o reajuste integral da inflação que concederam a si mesmos no mesmo dia em que negaram o reajuste integral e reservaram migalhas e promessas vagas para os servidores municipais, os vereadores de Gaspar passaram a ganhar bruto agora R$5.277,04 por mês.

O presidente da Câmara, ganha R$1.000 a mais. Outra. Os únicos que não concordaram com este aumento diferenciados foram os vereadores Andréia Symone Zimmermann Nagel, PSDB; Luiz Carlos Spengler Filho, PP; e o suplente Charles Roberto Petry, DEM. Todos são servidores municipais.

E os assessores dos vereadores? O do presidente Giovânio Borges, PSB, como Fernando Neves, PSD, R$3.746,10. Os que possuem ensino superior, salário igual. Os que só estudaram até o ensino médio, R$2.290.13. O assessor de imprensa R$2.676,47 (que não considera esta coluna um espaço de jornalismo) e o que cuida dos vereadores mirins, R$3.091,68.

Gasolina I. A Câmara de vereadores de Gaspar autorizou a compra emergencial 600 litros de gasolina até o valor máximo de R$3,80 o litro. Tinha uma dotação de R$2.280 para gastar. Foi na resolução 04/2016 no dia dois de fevereiro. Todos souberam a partir daqui. Um bafafá.

Gasolina II. No dia primeiro de março, na resolução 14, a presidência e a mesa diretora da Câmara resolveram dar transparência ao assunto: autorizaram “a abertura e o processamento de procedimento licitatório para a aquisição de combustível, tipo gasolina comum, com fornecimento contínuo e fracionado, conforme demanda, para atender as necessidades da frota de veículos da Câmara de Vereadores de Gaspar, de acordo com as condições e especificações estabelecidas no edital e seus anexos”. Nas parece que não deu certo.

Gasolina III. E o que foi publicado está publicado com data do dia hoje 26 de abril, mas que já estava decidida desde o dia 14? A resolução 24/2016. O que ela diz na primeira linha? “Autoriza a abertura e o processamento de procedimento de Dispensa de Licitação, para aquisição de combustível, tipo ‘gasolina comum’ para atender as necessidades da frota de veículos da Câmara de Vereadores Gaspar”. Uau!

Gasolina IV. O que alegam os nobres vereadores da mesa diretora da Câmara, liderados pelo presidente Giovânio Borges, PSB? “O ofício n° 56/2016 subscrito pelo servidor Jorge Luiz Matos de Oliveira, Presidente da Comissão de Pregão desta Edilidade; e o que prescreve o inciso V, do artigo 24, da Lei Federal n° 8.666/83 - “Art. 24. É dispensável a licitação: V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas”, uau, uau!

Gasolina V. E quanto de gasolina a Câmara vai se comprar sem licitação em ano de campanha e eleições, onde muitos dos vereadores são candidatos? Até R$25 mil. Volume? A resolução 24 não menciona. Uau, uau, uau!

Gasolina VI. O presidente da Câmara, Giovânio Borges, PSB, previu pagar no início de fevereiro quando autorizou a compra de emergência, até R$ 3,80 o litro da gasolina comum. Na semana passada o Procon de Gaspar divulgou a pesquisa dos preços de combustíveis praticados aqui. O preço máximo encontrado e em só posto foi de R$3,680; o mínimo foi de R$3,290 (também só em um), e na média R$3,516, ou seja, bem longe dos R$3,80 que projetou para três meses atrás. Acorda, Gaspar!

Uma frase: “O PT já não produz mais teoria. Não consegue engolir a democracia. Então cospe. Também os urubus vomitam quando se sentem ameaçados”, por Reinaldo Azevedo, de Veja. Jean Willys, PSOL, sem argumentos cuspiu. José de Abreu, também em nome da corrupção da esquerda.

 

 

Edição 1747

Comentários

Miro Sálvio Vila Nova FM 98,3
28/04/2016 17:44
? A DEMOCRACIA

O Repórter da Radio Vila Nova FM 98,3
foi escorraçado de dentro do PROCON no dia 28 de Abril 2016, as 09h30 da manhã pelo Seu Coordenador Geral Sr. Pedro Pereira, "Popular Geada" Disse o Diretor ao Repórter que não tinha nada para Declarar a Imprensa, então Ele tem Razão, quem não produz não tem o que comentar. Pedro Pereira ligou para a Redação
da Emissora para se Justificar, fez criticas e disse que temos que seguir as Regras igual as Duas Emissoras pagas para a Administração esconder as lambanças e ler Textos prontos, o Reporter Gil Dias, foi enfático, trabalho na Radio Vila Nova FM 98,3, o custo da emissora e do meu trabalho,Somos nós que pagamos, fizemos imprensa livre. A Diretora de Comunicação Chamou o Repórter Gil Dias, Sexta-Feira 29/04/2016 as 09h30 no Paço Municipal para Disciplina-lo Será??

Miro Sálvio
Radio Vila Nova FM 98,3
Gaspar - SC
Herculano
28/04/2016 16:09
da série: encardidos e sobreviventes da guerrilha permanente pela homogeneidade e poder permanente

NOBEL DA PAZ FALA EM "GOLPE" NO PLENÁRIO DO SENADO E REVOLTA OPOSIÇÃO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Leando Colon, Débora Álvares e Mariana Houbert, da sucursal de Brasília.O uso do microfone do plenário do Senado pelo argentino Adolfo Pérez Esquivel, Prêmio Nobel da Paz de 1980, causou revolta entre senadores da oposição nesta quinta-feira (28).

Esquivel falou em "possível golpe de Estado" sentado em uma cadeira da Mesa Diretora do plenário durante sessão presidida pelo senador petista Paulo Paim (RS). As palavras foram ditas ao lado de Paim e de outros senadores petistas, que cercaram o Nobel da Paz na hora do pronunciamento.

"Venho aqui ao Brasil trazendo a solidariedade e o apoio de muita gente da América Latina e a minha pessoal que se respeite a continuidade da Constituição e do direito do povo a viver em democracia", afirmou Esquivel. "Creio que neste momento há grande dificuldades (oriundas) de um possível golpe de Estado. E já se utilizou esse mecanismo de funcionamento em outros países do continente, como Honduras e Paraguai", ressaltou.

Pouco antes, Esquivel havia visitado a presidente Dilma Rousseff para apoiá-la contra o processo de impeachment que ela sofre no Congresso.

O líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), reagiu imediatamente e exigiu a retirada da palavra "golpe" dos registros das notas taquigráficas. "Não podemos ser surpreendido com essas montagens, não foi por acaso que esse senhor veio aqui fazer esse pronunciamento. Isso é uma estratégia que esse plenário não admite. Essa situação é inaceitável. Nunca vi, com 22 anos de Congresso Nacional, as autoridades que nos visitam, sem ter o consentimento de todos os líderes, usarem o microfone para fazer pronunciamento", afirmou Caiado.

Sob pressão, Paim concordou com o pedido para retirar a expressão "golpe".

"Em nenhum instante, o regimento autoriza que a sessão do Senado possa ser interrompida para conceder a palavra a um não-senador", afirmou o líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB).

O líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), respondeu: "Entendo que isso cause urticária naqueles que são oposição. Estão ai pesquisas de opinião de que a população não aceita que o conspirador mor assuma", disse o petista, em referência ao vice-presidente, Michel Temer, que assumirá a presidência interinamente no caso de o processo de impeachment de Dilma ser aberto pelo Senado
Sidnei Luis Reinert
28/04/2016 12:20
"Anistia para ex-Presidentes" é desespero para quem tem certeza de que será apanhado pela Lava Jato


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

No Dia Internacional do Sorriso, em Brasília, rolam um "sorriso amarelo" e um desespero básico. O Partido dos Trabalhadores não tem grana suficiente em caixa para custear caríssimos advogados para defender filiados que perderão o foro privilegiado, assim que forem exonerados dos ministérios, assim que for confirmado o inevitável afastamento de Dilma Rousseff da Presidência República. Ela ainda terá direito a um breve exílio de 180 dias no Palácio da Alvorada, até que o Senado sacramente o impeachment. Já quem virar réu na Lava Jato tem enormes chances de entrar, literalmente, em uma gelada, passando uma temporada no frio cárcere de "Sucuritiba" (novo apelido da capital paranaense, prontinha para receber a "Jararaca" e sua turma.

A cobra está fumando... E bebendo muito... Por enquanto, o PT segue com o discurso de "resistência". No entanto, já se prepara, claramente, uma providencial renúncia de Dilma Rousseff, antes que o caldo entorne completamente contra ela. Novamente, nos bastidores, fala-se de um absurdo "acordo" para que Dilma, aceitando o afastamento, conquiste uma espécie de "anistia". A intenção é que benefício semelhante tenha validade para o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A jogada seria tramada a partir do Congresso. O estranho negócio também interessa ao futuro Presidente Michel Temer, se ele eventualmente deixar de ser o titular do Palácio do Planalto, por qualquer motivo, antes de dezembro de 2018.

O problema prático é como emplacar qualquer tipo de "anistia" no momento em que a sociedade brasileira mais exige um efetivo combate à corrupção com a punição dos bandidos do desgoverno do crime organizado. O pavor maior de Lula é com o vexame de uma investigação, processo e condenação na Lava Jato - o que sepultaria o sonho de retorno à Presidência da República em 2018. O horror imediato de Dilma é que, com a perda do cargo, se transforme em alvo da Justiça dos EUA nas ações movidas por investidores contra a Petrobras. Dilma responderia por ter presidido o Conselho de Administração da petrolífera quando foram praticados vários crimes revelados pela Lava Jato.

Fora esta apavoramento básico, o Brasil segue na mesmice. Michel Temer e seu time articulam a lucrativa venda do que ainda resta de bom por aqui. Também preparam uma subidinha básica de impostos para sustentar o começo do novo desgoverno (no poder há 31 anos)... O Banco Central do Brasil até vende às velhinhas de Taubaté do mercado a promessa de que baixará os juros mais adiante... Claro, com a economia parada, temos a falsa impressão de que a tal "inflação" dá uma arrefecida... Pura ilusão: os preços relativos dos produtos e insumos no Brasil continuam desalinhados em relação ao resto do mundo. Quem consegue ainda fazer compra e quem consegue o milagre de vender sabe que a coisa anda mais preta que o Negão da Chatuba, primo pobre do Sobrenatural de Almeida.

Em São José dos Ausentes, em Santa Catarina, caiu a primeira nevadinha do ano. Em Brasília, cidade onde os políticos honestos costumam ficar ausentes, tem muita gente pronta para ficar ainda mais numa fria, ainda mais se terminar removida para Curitiba. A Lava Jato ainda não foi travada... Os próximos capítulos serão eletrizantes... A Petelândia parece moribunda, mas ainda não está morta e promete reagir. Será que vai?

O ensaio já começou. O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto promove várias manifestações com interrupção violenta de vias públicas, paralisando o sempre engarrafado trânsito de São Paulo. Eles botam fogo em pneus e pedaços de madeira, fechando as pistas de grandes avenidas e estradas. A guerra assimétrica começou... Dia 12 de maio "celebram-se" 10 anos do super ataque terrorista em São Paulo, atribuído ao PCC - na verdade organizado com toda tecnologia revolucionária esquerdista do Foro de São Paulo...
Luiz
28/04/2016 12:01
Herculano, tenho um filho na Escola Municipal Angelica da Costa e posso dizer que saí diretora e entra diretora e a má gestão continua, quando vão colocar alguém que tenha noção de administração escolar, pois esse diretores indicados são uma tristeza.
Herculano
28/04/2016 09:57
"NOS" CONTRA "ELES', por Marcelo Coelho, para o jornal Folha de S. Paulo

Deixo de lado as visões mais paranoicas, do tipo: "Dilma está aliada com a Venezuela para implantar uma ditadura bolivariana", ou "O PT ensina homossexualidade e marxismo para as criancinhas".

Também não é preciso insistir no óbvio, como o desastre econômico destes últimos anos e o escândalo da Petrobras.

Tento analisar alguns argumentos teóricos contra o PT, formulados ocasionalmente por seus adversários mais sofisticados.

Há uma espécie de convicção sincera, mas não sistematizada inteiramente, de que o PT se dá mal com a própria ideia de democracia.

Um exemplo corrente dessa visão é a de que os petistas levam para a política uma atitude nociva, a do "nós contra eles".

Seria, digamos, a tradução brasileira da teoria, claramente totalitária, de Carl Schmitt (1888-1985), que entendia a política a partir da dualidade "amigo-inimigo".

Essa teoria é muito errada, a meu ver. Mas também não acho o caso de considerar absurda qualquer divisão do tipo "nós contra eles". Em qualquer disputa, é natural que se pense nesses termos.

Além disso, há praticamente uma contradição lógica em condenar o "nós contra eles". Basta completar a frase: "Eles" estão errados porque pensam em termos de "nós contra eles". Evidente que, quando digo que "eles" estão errados, também estou dividindo o mundo entre "eles" e "nós".

Mesmo assim, a ideia de que o PT "divide" a política em dois campos parece convencer seus adversários.

É que o tucano, muitas vezes com passado de esquerda e horror à ditadura militar, sente-se incomodado quando vê o PT repetir uma atitude que foi a sua durante as décadas de 1960 e 1970.

A saber, a de colocar o debate num plano moral, e não estritamente político ou técnico. É mais ou menos assim: o não petista pode achar necessárias algumas medidas liberais, a favor do capital estrangeiro ou do agronegócio.

O petista irá criticá-lo porque encara tais propostas como uma simples defesa de interesses privados ?"enquanto vê a si mesmo como defensor das classes menos favorecidas.

O tucano se sente, desse modo, acuado moralmente. Ainda que um aumento dos juros seja ótimo para quem tem muito dinheiro no banco, ele acha que isso é o mais racional a fazer, dadas as circunstâncias da economia e do sistema capitalista.

Sente-se injustiçado se o petista sugerir (mesmo sem ser tão explícito) que ele não passa de um "lacaio do capital financeiro".

É fácil compreender a raiva do tucano quando, depois de sofrer tantas acusações morais, flagra o PT em casos de corrupção, sem contar os conluios com bancos, empreiteiras e capitalistas em geral.

Em todo caso, ainda que se entenda essa indignação, me parece duvidoso que o comportamento petista seja necessariamente antidemocrático por causa disso.

Aqui entra outro termo corrente no debate: o "projeto de poder". Outros partidos se esbaldaram em roubalheiras. A do PT é pior porque está a serviço de um "projeto de poder".

Mais uma vez, a caracterização me parece imprecisa. Todo partido tem seu "projeto de poder", e a emenda que garantiu a reeleição de Fernando Henrique Cardoso (olhe que fui a favor) se revestia, ademais, de um personalismo indisfarçável.

O continuísmo é desejo de todo governante. Ataque à democracia, sem dúvida, foi fazer pagamentos diretos a deputados, como ocorreu no mensalão. Distribuir cargos entre aliados, contudo, é algo que não distingue o PT de seus adversários.

Novamente, o que "pega" no PT é a sua arrogância. As queixas dos partidos menores, a começar pelo PTB de Roberto Jefferson, e mais ainda durante o governo Dilma, é que os petistas sempre encaram seus aliados como oportunistas e fisiológicos, enquanto se colocam num patamar histórico e doutrinário superior.

Talvez até por isso, quando se entregam à corrupção, encarem tudo como um pacto faustiano. Não digo Lula, que é menos ideológico nesse ponto. Mas outros petistas assumiram a propina do mesmo modo com que, antes, assumiram a luta armada: tratava-se de conjurar forças diabólicas, na certeza de uma incorruptibilidade moral própria.

Isso machuca os adversários, mas não chega a ser antidemocrático. E, quanto à democracia, não acho que defender o impeachment ao lado de Bolsonaro seja exemplo de tolerância com resultados eleitorais.
Herculano
28/04/2016 09:49
AMANHÃ É DIA DE COLUNA INÉDITA

Tempo frio. Coluna quente. Amanhã é dia coluna para a edição impressa do mais antigo, o de maior circulação, o mais comunitário e de maior credibilidade, o jornal Cruzeiro do Vale.
Herculano
28/04/2016 09:40
DILMA APONTA PECADO ORIGINAL, MAS OMITE NEGOCIAÇÕES QUE MANTEVE COM O PECADOR, por Josias de Souza

Em política, ninguém deve dizer uma mentira que não possa provar. No desespero, porém, muita gente repete tantas vezes uma mentira para si mesma que acaba se convencendo de que está diante de uma verdade irrefutável. Tome-se o caso de Dilma.

Em discurso para uma plateia companheira, a presidente disse que o processo de impeachment carrega um "pecado original". Chama-se Eduardo Cunha. "Vou explicar", prosseguiu a oradora, em timbre professoral:

"O senhor presidente da Câmara queria fazer um jogo escuso com o governo. Votem para impedir que eu seja julgado no Conselho de Ética, tirem os votos que o governo tem no Conselho de Ética. Eram três votos. E aí eu não entro com o processo de impeachment."

O relato de Dilma caminhava bem. Súbito, ela se entregou à fábula: "Um governo que aceita uma negociação dessas é um governo que entra em processo de apodrecimento. Por isso, nós recusamos essa negociação.''

Dilma esqueceu de mencionar que telefonou para o pecado, convidou o pecado para visitá-la no Planalto, recebeu o pecado no gabinete presidencial, Conversou longamente com o pecado. E colocou o prestígio de sua Presidência a serviço do pecado. A coisa aconteceu em setembro de 2015. Na época, foi noticiada aqui, sem contestações:

"A convite de Dilma, Eduardo Cunha esteve no Palácio do Planalto? Depois da audiência, relatou trechos da conversa a aliados. Um desses trechos soou inusitado. De acordo com o deputado, a presidente da República 'insinuou' que poderia ajudá-lo no Supremo Tribunal Federal."

Mais: "Em privado, Cunha disse ter depreendido que Dilma lhe ofereceu ajuda para lidar com o processo que corre contra ele no STF. O deputado foi acusado por um dos delatores da Lava Jato, o consultor Júlio Camargo, de ter cobrado propina de US$ 5 milhões num contrato de fornecimento de navios-sonda à Petrobras?"

Cunha duvidou da capacidade de Dilma de controlar votos no STF. Mas enxergou no Conselho de Ética da Câmara uma oportunidade para testar a disposição da interlocutora. Exigiu que os três votos do PT se integrassem aos de sua infantaria, para enterrar o processo que pede sua cabeça. Dilma topou, mas o PT, na última hora, roeu a corda. Com isso, o petismo transformou Cunha num feroz adversário.

Quer dizer: Dilma tem uma relação tormentosa com a verdade. Não é que ela seja propriamente mentirosa. O problema é que madame tem uma verdade múltipla. No instante em que aceitou negociar com Eduardo Cunha, já não havia mais nenhum pecado original. Seu governo já estava em estágio de putrefação.
Herculano
28/04/2016 09:33
DE VOLTA ÀS AULAS: NO XEROX APAGADO, FOI IMPOSSÍVEL VER AS FIGURAS, por Marcelo Coelho, do jornal Folha de S. Paulo

Colunistas da Folha retornam aos bancos escolares por algumas horas e acompanham um dia de aula entre adolescentes de três colégios da cidade de São Paulo.

*

Escolas em que não se aprende coisa nenhuma, com professores desmotivados e alunos ingovernáveis: é essa a imagem da rede pública de ensino.

Meu dia numa classe do sexto ano, numa escola municipal perto da Baixada do Glicério, zona central de São Paulo, confirmou, mas também desmentiu, esse lugar comum.

O professor de história apresenta o tema do dia: os deuses egípcios. Mostra aos alunos um xerox apagadíssimo, em papel A4, onde há seis ou oito imagens dos tais deuses, com um curto texto ao lado. É impossível ver qualquer coisa. "Se tivéssemos mais recursos...", diz ele.

A classe é pequena, menos de 20 alunos de 11 ou 12 anos, a maioria meninas. Elas trazem os cadernos, aliás, em perfeita ordem, com as canetinhas coloridas fazendo o trabalho que se conhece. Um garoto mais velho tem deficiência mental e hiperatividade; grita bastante, xinga as meninas com os piores palavrões, sobe em cima do armário. O jeito é pedir que faça desenhos; ele copia com capricho uma ilustração do livro de história.

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Pondé: Personagens se assemelham àqueles que vi nos anos 1970
Tati Bernardi: Já calibrou a lousa hoje?
Devido às novelas bíblicas, as meninas têm curiosidade sobre a crença dos faraós. "Quem era Hórus?", pergunta uma delas. O professor não parece saber. Pede aos alunos que juntem as mesas e leiam o texto das poucas cópias xerox à disposição. Uma menina se levanta e escolhe um deus qualquer; lê em voz alta, mas não entende nada ?"a atenção dos demais se dispersa. Determinado deus tem "cabeça de milhafre"; ninguém, incluindo este articulista, tem ideia nítida do que seja.

"Os egípcios tinham guerras?", pergunta outro aluno. "Sim", responde o professor, porque todo "império" busca expansão territorial. É a deixa para falar das guerras promovidas pelos Estados Unidos. A exposição, que envereda sobre a utilidade de se estudar tudo aquilo, culmina na afirmação de que a história é a história da luta de classes.

Aos 60 anos, o professor sofre de problemas na próstata e de psoríase nervosa. Dá aulas das 7h às 23h e considera que o ensino da disciplina deveria focar-se nos problemas reais da comunidade ?"há filhos de moradores de rua, há refugiados haitianos e sírios, três pais de crianças daquela classe estão na cadeia.

Outro professor aparece e não se queixa do salário: recebe cerca de R$ 5.500 por mês, por 40 horas semanais.

Entra a professora de ciências, com quase 70 anos. É a primeira a fazer chamada, não aceita "eu!" ou "aqui!" como resposta. Só "presente". Manda que as mesas sejam enfileiradas direitinho, exige que as crianças fiquem com as costas retas.

Fala sobre o Aedes aegypti. Por preciosos minutos, registrou-se algo inédito naquele dia: silêncio na classe. Ela explica o nome científico do inseto. Você sabe? "Aegypti" quer dizer "do Egito", claro. "Aedes" significa "insuportável". Retenho a palavra, enquanto o menino hiperativo atira bolinhas de papel em todo mundo
Herculano
28/04/2016 09:04
AS CONTAS DOS DESESPERADOS NA BUSCA DO MILAGRE PARA O PT PARA CONTINUAR NO PODER CENTRAL E COM ISSO DISTRIBUIR INCOMPETÊNCIA E DÚVIDAS CONTRA O POVO.

Apostavam que o pedido de Impeachment não fosse instalado pela mesa da Câmara diante das pressões, acusações (procedentes) e chantagens que faziam sobre o presidente Eduardo Cunha, PMDB RJ.

Foi instalado.Minimizaram. Apostaram de novo: que tinham votos para derrubá-lo, enquanto ensaiavam o discurso falso do golpe para construir a narrativa falsa, ou que não se sustenta por ser um processo legal, aos incautos.

Apostavam que a dita oposição golpista não teria votos para aprovar o impeachment a comissão de admissibilidade.

Aprovou-se com larga margem.

Ai apostaram que o impeachment não passaria no plenário, mas ao mesmo tempo tentavam melar no tapetão do Supremo Tribunal Federal. Ou seja, a prova de que falseavam mais uma vez na certeza e no discurso, uma marca do PT: blefar. Apostavam na ausência dos deputados para lhes servir e trair a consciência e os eleitores. Outra marca do PT, comprar consciências com sanduíches de mortadelas ou grossas propinas.

Foi aquela lavada que todos viram naquele espetáculo mesquinho dominical que a televisão mostrou. Os votos foram na proporção das demonstrações das ruas.

Agora na comissão especial do Senado, finalmente dão o pedido de impeachment como favas contadas, e que há um mês se tinha como uma aposta diferente. Mas não desistiram de sonhar e fantasiar. O Brasil está mudando. O desemprego, a inflação, a economia em fragalhos é a pedra na vidraça.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, o que tem a maior culpa neste cartório, ainda possui esperança de reverter o impeachment daqui a seis meses. O curto prazo já foi para o espaço.

Para isso, vai trabalhar para que 28 senados se ausentem ou votem contra o afastamento definitivo. Vai trabalhar naquilo que o PT mais sabe fazer comprar votos e armar traições para se manter no poder que delapida a nação.

A esperança é a última que morre e gato, tem sete vidas. Então... Se o PT tivesse cuidado mais de si, dos que chamou para deixá-lo ao seu lado no poder, se tivesse se envolvido menos em corrupção com seus sócios, se tivesse roubado menos, se tivesse cuidado da economia brasileira, se houvesse aparelhado menos o estado brasileiros e até as instituições, se houvesse honrado os contratos, se tivesse administrado a saúde pública, a educação, segurança e desenvolvimento, se tivesse mentido menos, perseguido menos, humilhado menos, constrangido menos, se tivesse sido um partido político e menos uma organização criminosa, não estaria agora, nesta agonia e dependente de gente que não quer ir e nem ficar no fundo do poço com o PT, nem por ideologia.

Aliás o PT deveria ser condenado inicialmente por ter colado o rótulo de ladra do dinheiro público e incompetente na gestão pública à esquerda. E isto não vai ser esquecido tão cedo. E as urnas vão roncar este ano, em 2018 e por mais de uma década...

Então vão faltar até os míseros 28 votos no Senado daqui a seis meses. Wake up, Brazil!
Herculano
28/04/2016 08:37
TEMER PROMETE FIM DA REELEIÇÃO PARA PRESIDENTE, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros.

O vice-presidente Michel Temer afirmou a interlocutores do Congresso que uma de suas primeiras providências, na eventualidade de assumir a presidência da República, será enviar ao Congresso uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) extinguindo a reeleição para cargos majoritários, inclusive o dele, já valendo para as eleições de 2018. Em qualquer quadro, Temer garante que não disputará qualquer cargo.

SEM CANDIDATURA
Michel Temer prevê pressões para preservar o "direito à reeleição" dos eleitos em 2014 e 2016. Nesse caso, ele promete não ser candidato.

DISCURSO NA POSSE
Para demonstrar seu compromisso, Temer garante que já no discurso de sua eventual posse anunciará o fim da reeleição no Brasil.

DECISÃO PEGOU BEM
A decisão de acabar a reeleição soou como música aos ouvidos da cúpula do PSDB, que não abre mão do projeto presidencial.

PROVIDÊNCIA CONSENSUAL
O fim da reeleição para cargos majoritários, e até para mesas diretoras no Poder Legislativo, é raro consenso no debate sobre reforma política.

LULA PEDIU AJUDA A RENAN PARA COOPTAR SENADORES
O ex-presidente Lula pediu "ajuda" ao presidente do Senado, Renan Calheiros, terça (26), para atuar junto a senadores "cooptáveis" pelo governo. Lula dá como certa a aprovação da admissibilidade do impeachment, prevista para o dia 11, com o consequente afastamento da presidente Dilma. Mas sua meta é atingir os 28 votos que o governo precisa para impedir a condenação de Dilma, no julgamento final.

APOSTA NO CAOS
Lula aposta no fracasso e na desestabilização do governo Temer, na qual o PT vai se empenhar, para fragilizar o impeachment definitivo.

ARITMÉTICA DO VOTO
Com os votos de dois terços (ou 54) dos 81 senadores, Dilma perderá o mandato, no julgamento. Para escapar, precisa de 28 votos contra.

ABSTENÇÃO PR?"-DILMA
Lula ficou animado com senadores "independentes" querendo "eleições já". Para ele, o grupo busca só um pretexto para se abster de votar.

MORDOMIA À BRASILEIRA
O governo de Minas pagou caro para homenagear o uruguaio Jose Mujica com a Medalha da Inconfidência, dia 21. Jatinho, carros e hotel custaram R$72.162, pagos pela empresa pública Codemig. Mujica se fez acompanhar da mulher, Lucía Topolansky. Ambos são senadores.

DECRETO NÃO AUTORIZA
O governo de Minas diz que o decreto 45.618/11 o autoriza a pagar o "deslocamento de autoridades internacionais", como Mujica. Não há isso nos 47 artigos do decreto do então governador Antonio Anastasia.

CORTE COSMÉTICO
Michel Temer já desistiu de cortar 12 ministérios, como pretendia e o País espera, em razão da dificuldade de acomodar os interesses dos partidos que o apoiam. Dos atuais 31, ele já fala em 24 ministérios.

O PESADELO DE ALCKMIN
Chama-se Paulo Skaf o pesadelo de Geraldo Alckmin. O governador paulista é contra o apoio do PSDB no governo Michel Temer, para não fortalecer eventual candidatura do presidente da Fiesp, pelo PMDB.

DANESE DECOLA
O embaixador Sérgio Danese entrou na lista de prováveis futuros ministros das Relações Exteriores. Michel Temer tem Danese, atual secretário-geral do Itamaraty, em alta conta.

PERDEU, MADAME
Dilma está cercada de sinais de fim de festa. Além do cafezinho servido frio, como é habitual nessas ocasiões, levaram 1h e 20 minutos para hastear a bandeira da Presidência no Alvorada, quando ela voltou da viagem a Nova York, sábado (23). Detalhe: a bandeira estava rasgada.

OPS, VOU ALI
Ao se deparar com Michel Temer conversando com Renan Calheiros na residência do Senado, o tucano Aécio Neves brincou: "Eu não fumo, mas vou fumar um cigarrinho na varanda enquanto vocês conversam..."

JULGAMENTO EM JULHO
A oposição prevê para julho, antes do início do recesso parlamentar, a conclusão do processo de impeachment de Dilma. Antes do julgamento de Dilma, deve ser votada a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

PENSANDO BEM...
...crise é tão grave, com o Brasil descendo a ladeira sem freios, que parece uma eternidade esperar 14 dias pela votação do impeachment, em 11 de maio.
Herculano
28/04/2016 08:30
da série: ideia de jerico não falta ao pessoal do PT, que não quer largar o osso. Depois de ter que voltar atrás no discurso da ONU para denunciar o golpe, já trabalham em outra... Estão se enterrando pela insistência na falta de argumento e excesso de terrorismo para analfabetos, ignorantes, desinformados, dependentes, entusiastas necessários e fanáticos.

EQUIPE DE DILMA PROPÕE QUE ELA VIAJE O MUNDO PARA DIZER QUE SOFRE UM "GOLPE", por Mônica Bérgamo, do jornal Folha de S. Paulo

A equipe de Dilma Rousseff já discute com ela a possibilidade de a presidente viajar pelo mundo para dizer que está sendo vítima de um "golpe". Ela começaria o périplo depois que o Senado votasse a admissibilidade do impeachment, em maio - o que a obrigará a deixar o cargo à espera do julgamento final da Casa.

MAPA
No roteiro imaginado por ministros entrariam países da América Latina comandados por governos de centro-esquerda, como Chile e Uruguai, além de França, Itália e Espanha, onde Dilma visitaria representantes de partidos de esquerda.

FREIO
E Dilma já concorda com a ideia de apresentar proposta antecipando as eleições presidenciais, abrindo mão de dois anos de mandato. Ela só não bateu ainda o martelo porque CUT e MST se manifestaram contra a proposta. As entidades acreditam que a iniciativa legitimaria o impeachment.

FREIO 2
A posição das entidades também empurra Lula para a dúvida. Ele teme que a proposta de "Diretas Já" caia no vazio se não tiver forte apoio "das ruas", ou ao menos dos movimentos sociais que sempre apoiaram o PT e o governo.

ACELERA, DILMA
Já os principais ministros de Dilma - Ricardo Berzoini, da Secretaria Geral, Jaques Wagner, da Casa Civil, e José Eduardo Cardozo, da Advocacia Geral da União?" são entusiastas da ideia e seguem tentando convencer Dilma a mandar a proposta ao Congresso Nacional.

ARCO
Berzoini, por exemplo, diz nos debates internos que, ainda que de difícil realização, as "Diretas Já", ao contrário de atrapalhar, reforçam o discurso do "golpe". E têm apoio até de partidos de oposição ao PT, como a Rede de Marina Silva.
Mardição
27/04/2016 22:21
Pro PT o desejo é que o Brasil e Gaspar se explodam.
Tem algum Bumbum aqui pra contratar? Não, mas tem muito bundão.
Roberto Sombrio
27/04/2016 22:15
Auxiliares da presidente defendem a ideia de que ela precisa sair do "imobilismo".
Pergunto: Então porque não dão uma tocha Olímpica para ela carregar?

Diante do governo peemedebista, a ordem de Lula e da cúpula do PT é "infernizar" Temer e não colaborar "de maneira nenhuma".
Digo: Graças a DEUS! Não colaborem, porque quero que o Brasil saia dessa merda. Qualquer ideia vinda do PT só serve para ser usada no banheiro depois de fazer o numero 2.
Herculano
27/04/2016 21:59
A DIFERENÇA

O vice presidente Michel Temer, PMDB, que é professor de Direito, está escolhendo o seu ministério para substituir Dilma Vana Rousseff, PT.

E para a Justiça, notícias davam conta de que Temer tinha escolhido o amigo famoso e experiente criminalista Antonio Claudio Mariz de Oliveira, coincidentemente com interesses na Lava Jato.

Temer não anunciou nada. Mariz, todavia, vestiu-se de futuro ministro e hoje deu uma entrevista esclarecedora no jornal Folha de S. Paulo. Ela foi tão esclarecedora que ficou claro de que ele poderia prejudicar o novo governo, sendo Ministro da Justiça a quem se subordina a Polícia Federal.

Segundo Mariz, delação de preso não tem valor, pois pode entregar o jogo, com a vontade de sair da enrascada o mais breve possível e com o menor dano permitido, além disso, a Polícia Federal deve esquecer um pouco dessa tal Lava Jato, pois tem outras coisas mais importantes para ela cuidar.

Resultado dessa opinião e que deve ser respeitada? Mariz caiu sem ser indicado. E por que caiu? Por que o futuro governo parece não concordar que delação seja uma bobagem e que apurar a corrupção no setor público sustentado com os nossos pesados impostos, é algo muito importante para controlar os nossos políticos faceiros.

Se este caso tivesse acontecido com um indicado do ou pelo PT, o possível nomeado estaria neste momento, não só indicado, mas, impregnado para sempre na administração petista, como prova de resistência e afronta a opinião contrária do povo, de adversários e da mídia golpista.

Aliás, o PT, indicou os dois últimos ministros da Justiça com clara intenção de amordaçar a Polícia Federal nas investigações da Lava Jato contra o PT e os políticos em geral, bem como as sacanagens com o setor privado.

Então, a opinião pública está sendo respeitada nas indicações do futuro governo. Por enquanto. Wake up, Brazil!
Herculano
27/04/2016 19:20
da série: a imprensa internacional até então tão amiga, agora é golpista também só porque faz perguntas óbvias e por serem óbvias, difíceis também de serem respondidas com a mesma obviedade.

DILMA ROUSSEFF CONTRA A PAREDE EM ENTREVISTA À CNN, por Natalia Viri, de Veja.

Dilma Rousseff não enfrentou tempo fácil na entrevista com a bam-bam-bam da CNN, Christiane Amanpour, gravada hoje e que vai ao ar na quinta-feira.

Uma amostra da conversa, divulgada no Twitter da repórter, mostra a presidente contra a parede. A pergunta, por si, é um cruzado de direita:

"Não há jeito fácil de fazer a pergunta: a senhora foi considerada uma das piores líderes do mundo, sua popularidade hoje está abaixo de 10% - e isso é muito, muito baixo -, o impeachment passou no Congresso por uma maioria ampla que surpreendeu até mesmo seus apoiadores, você não parece ter muitos amigos no Congresso. Você acha que vai sobreviver ao impeachment no Senado?"

Dilma ensaia uma resposta dizendo que popularidade não é razão para impeachment e que os líderes do processo na Câmara têm diversas acusações de corrupção, ao que é cortada:

"Eu entendo o que você está dizendo, mas você acha que vai sobreviver?"

Ao que parece, o clima entre a imprensa internacional não está tão favorável quanto o governo tenta fazer crer.
Ana Amélia que não é Lemos
27/04/2016 18:44
Alagoas livra-se da escumalha marxista e proíbe doutrinação política e religiosa nas escolas.
Do Blog do Políbio:

"O editor recebeu há pouco a informação,via WhaatsApp, segundo a qual em Alagoas estão proibidas a doutrinação política e religiosa nas escolas. A lei, de autoria do deputado estadual Ricardo Nezinho, do PMDB, foi aprovada ontem pela Assembleia Legislativa.

Falta apenas promulgar.

No artigo 2º, pode-se ler: "É vedada a prática de doutrinação política e ideológica em sala de aula, bem como a veiculação, em disciplina obrigatória, de conteúdos que possam induzir aos alunos a um único pensamento religioso, político e ideológico".

No artigo 3º, consta que o professor 'não abusará da inexperiência, da falta de conhecimento ou da imaturidade dos alunos, com o objetivo de cooptá-los para qualquer tipo de corrente específica de religião, ideologia ou político-partidária'.


Em relação às escolas confessionais, há artigos que as obrigam a deixar isso bem claro em contrato."

Depois é o nosso Nordeste que é povoado por analfabetos, ignorantes e desdentados.
Quem será o "macho" catarinense que imitará o deputado Ricardo Nezinho do PMDB, para colocar fim a essa ideologia retrógada?
Miguel
27/04/2016 17:38
EX PREFEITO!!!
Num dias desses, conversando com um ex prefeito de outra cidade sobre a atual situação da política e o papel da imprensa nisso tudo. Eis o que esse senhor comentou. Quando fui prefeito a mais de vinte anos, minha maior preocupação era deixar um legado, que pudesse dar orgulho para minha família e amigos, fazendo sempre o que era certo, sem esquema, sem propina. Arrumei muitos inimigos porque não aceitava o jogo politico. Na época, não tinha tanta imprensa, mídias sociais. Hoje, a imprensa séria, tem papel fundamental para a sociedade, desde que seja honesta, não se corrompa com políticos. A imprensa séria é uma ferramenta magnífica, ajuda a população a ter ideia do que acontece na cidade, ajuda a população a julgar seus candidatos eleitos. Como também, a imprensa vendida, consegue muitas vezes manipular a população ou boa parte dela. A mensagem que esse ex prefeito deixou pra mim foi que, apesar das dificuldades nos dias de hoje, ainda tem político bom e sério como também imprensa boa e séria, mas são a minoria. Por isso estamos passando uma das maiores crises política e econômica.
Paty Farias
27/04/2016 16:05
Oi, Herculano

Complemento das 15:31Hs. pelo jornalista Políbio
Braga:

"A presidente Dilma Roussef admitiu hoje que está fora do governo. O presidente do Senado, Renan Calheiros, que foi visitá-la, ontem, no Palácio do Planalto, confidenciou a assessorse e senadores, que viu caixotes com material que já está sendo empacotado pela presidente.

No dia 13, Dilma será afastada por decisão do plenário do Senado, devendo ficar fora até 180 dias, caso antes disto a Casa não julgá-la em definitivo. Neste período, ela poderá morar no Alvorada, mas não governará.

Depois da saída do governo, Dilma viajará para Porto Alegre, onde morará."

A doida varrida já vai tarde, mas antes tarde do que nunca.
Herculano
27/04/2016 15:31
DEPOIS DE ABUSAR NO ERRO, SACRIFICAR A POPULAÇÃO E MENTIR PARA JUSTIFICAR A PERMANÊNCIA NO PODER, DILMA ADMITE A ALIADOS QUE AFASTAMENTO SE TORNOU INEVITÁVEL

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Marina Dias, Gustavo Uribe e Valdo Cruz, da sucursal de Brasília. A presidente Dilma Rousseff admitiu a aliados que seu afastamento temporário da Presidência se tornou "inevitável" e decidiu traçar uma agenda para "defender seu mandato" e impedir que o vice Michel Temer "se aproprie" de projetos e medidas de seu governo.

Chancelada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a estratégia tem o objetivo de manter a mobilização da base social do PT e reproduzir o discurso de que Dilma é "vitima de um golpe" e que um eventual governo Michel Temer é "ilegítimo".

A presidente pediu à sua equipe para "apressar" tudo que estiver "pronto ou perto de ficar pronto" para ser anunciado antes de o Senado aprovar a admissibilidade do processo de seu impeachment, em votação prevista para o dia 11 de maio, o que vai resultar no seu afastamento do cargo por até 180 dias.

Segundo um assessor direto, Dilma não quer deixar para Temer ações e medidas elaboradas durante seu governo. Nesta lista, estão as licitações de mais quatro aeroportos (Porto Alegre, Fortaleza, Florianópolis e Salvador), concessões de portos e medidas tributárias como mudanças no Supersimples.

A ordem, de acordo com um auxiliar, "é limpar as gavetas" e promover um ritual de saída do governo. A petista determinou ainda resolver tudo o que for possível nestes próximos dias para evitar críticas da equipe de Temer de que assumiu um governo "desorganizado".

Neste ritmo de reta final, Dilma vai também instalar o CNPI (Conselho Nacional de Política Indigenista), anunciará a prorrogação da permanência de médicos estrangeiros no programa Mais Médicos, participará de Conferência Conjunta dos Direitos Humanos e deve entregar no Pará novas unidades do Minha Casa, Minha Vida.

Para a próxima semana, está prevista a cerimônia da tocha olímpica, com forte claque petista no Palácio do Planalto, e o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/2017.

Auxiliares da presidente defendem a ideia de que ela precisa sair do "imobilismo" e tentar mostrar que ainda tem algum apoio social. Dilma estuda ainda ir a São Paulo para evento das centrais sindicais em celebração ao 1º de Maio, Dia do Trabalho.

FATOR LULA

Na noite desta segunda-feira (25), por exemplo, Lula visitou rapidamente o terceiro andar do Planalto para cumprimentar os integrantes da Frente Brasil Popular, que teriam uma reunião com Dilma.

Segundo aliados, a aparição do ex-presidente, que durou cerca de dez minutos, foi um gesto para mostrar que o petista "está ali" e que é preciso "resistir até o fim".

No encontro, os movimentos de esquerda disseram a Dilma que se Michel Temer assumir, eles "não darão sossego" e farão protestos e paralisações nacionais.

Interlocutores de Lula e Dilma reconhecem que o governo não conseguirá impedir a admissibilidade do processo de impeachment pela comissão especial do Senado, mas ponderam que a mobilização social será fundamental nesse período.

A presidente acredita que pode ser inocentada ao fim do julgamento pelo Senado, podendo, assim, retomar seu mandato. Parlamentares do PT e o próprio ex-presidente Lula, porém, acreditam que, após o afastamento de Dilma, o quadro vai ficar "muito difícil" e, mesmo que ganhe no julgamento, ficará sem condições de governabilidade.

Isso porque, afirmam, Temer já articula o novo governo, inclusive com o anúncio informal de ministros em postos estratégicos, como Henrique Meirelles na Fazenda.

Diante do governo peemedebista, a ordem de Lula e da cúpula do PT é "infernizar" Temer e não colaborar "de maneira nenhuma".
Herculano
27/04/2016 15:24
INCONFORMADO E PREPARADO

O PT já sabe e se seu conta que perderá a presidência da República. E já assumiu que terá que fazer o que sempre soube fazer de melhor quando fora do poder: sabotar governos e denegrir gente decente.

Nos tempos antigos ele sempre usou a imprensa - que ele diz agora ser golpista - para parte desses planos e que om levaram ao poder onde se mostrou incompetente e padrinho da corrupção e da ladroagem. A dúvida é saber se esta mesma imprensa terá vergonha na cara para diferenciar o discurso palanqueiro malandro do da prática retórica ideológica. Wake up, Brazil!
Herculano
27/04/2016 15:09
ALÉM DO PSDB, TEMER INCLUI O DEM NO GOVERNO, por Josias de Souza

A caminho de completar 14 anos na oposição, os dois principais adversários políticos do PT estão prestes a retornar ao primeiro escalão do governo federal. Além do PSDB, Michel Temer decidiu incluir o DEM na sua equipe ministerial.

Pelos planos de Temer, o PSDB comandará dois ministérios. Inicialmente, reservaram-se para os tucanos as pastas da Educação e das Cidades. O desejo de Temer é o de que o senador José Serra assuma a primeira.

Para o DEM, será destinado um ministério, provavelmente o das Comunicações. Por ora, os nomes mais cotados são os de José Carlos Aleluia (BA) e Mendonça Filho (PE). Temer cogita também indicar Rodrigo Maia (RJ) para a função de líder do governo na Câmara.

Na noite desta terça-feira (26), Temer reuniu-se com os líderes do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), e no Senado, Cássio Cunha Lima (PB). Disse que chamará na semana que vem o presidente da legenda, Aécio Neves.

Temer entendeu que, para ter os tucanos em sua equipe, precisará negociar com a legenda, sem cooptações individuais. De resto, terá de se comprometer com um conjunto de propostas e princípios que o PSDB deitará sobre o papel.

Substituto constitucional de Dilma, Temer recebeu também na noite passada a visita do prefeito de Salvador, ACM Neto, principal estrela do DEM fora do Congresso. Conversaram sobre o retorno da legenda à Esplanada. E acertaram que o arremate da negociação será feito em reunião com a participação do senador Agripino Maia (RN), presidente do DEM federal.
Herculano
27/04/2016 13:33
LAVA JATO PRESERVADA. CORRUPÇÃO CONTINUARÁ SENDO INVESTIGADA PELA PF, MP E JULGADA PELA JUSTIÇA SEM A INTERFERÊNCIA DO POSSÍVEL NOVO GOVERNO.

ESTA FOI A RESPOSTA A DÚVIDA QUE SURGIU ESTA SEMANA. DEPOIS DE CRÍTICAS A DELAÇÕES, AMIGO DE TEMER É "DESCARTADO" POR VICE. SE FOSSE ALGUÉM DO PT, PCdoB, PDT, ESTARIA MAIS DO QUE GARANTIDO NO CARGO SO PARA AFRONTAR A SOCIEDADE E À REALIDADE.

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Valdo Cruz, da sucursal de Brasília. Depois de tomar conhecimento ainda na noite de terça-feira (26) da entrevista do advogado e amigo Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, em que ele fala praticamente como ministro, o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) avisou a assessores que o nome do criminalista está "descartado" para sua futura equipe caso o Senado aprove a admissibilidade do pedido de impeachment da presidente Dilma.

Segundo assessores, Temer considerou muito "ruim" e "errática" a entrevista do amigo Mariz, na qual ele critica o mecanismo das delações premiadas e diz que a Polícia Federal precisa ter outros focos além do combate à corrupção. Na avaliação do vice-presidente, este tipo de declaração, neste momento, é muito ruim porque dá munição aos que tentam acusá-lo de desejar parar a Operação Lava Jato.

Em reunião com sua equipe na noite de terça, Temer avaliou que Mariz, por ser seu amigo pessoal, terá de compreender que suas declarações o colocam em situação complicada. O vice comentou com assessores que não pode ter em sua equipe um ministro que tenha críticas à Operação Lava Jato, que tem desempenhado, na visão dele, papel importante e fundamental para combater a corrupção no país.

Um assessor lembrou ainda que o vice destaca que as pessoas foram para as ruas no país motivadas, inclusive, pelas descobertas da Lava Jato e ele não pode assumir com uma linha de quem iria contra a operação do Ministério Público e da Polícia Federal.

Um auxiliar do vice disse que Temer reconhece que sondou o advogado e realmente cogitava tê-lo em sua equipe, mas agora desistiu do nome por ele ter avançado o sinal. Amigos de Temer lembram que o vice-presidente tem insistido também na tecla de que ainda não é possível dar declarações oficiais sobre futura equipe e medidas por respeito ao Senado e Mariz acabou quebrando esta regra. O amigo destacou ainda que Mariz havia sido sondado, mas não havia convite oficial para ele.
A RAZÃO
27/04/2016 12:54
O sr. herculano, malhado, sempre diz que o Cruzeiro é jornal de maior circulação, mais credibilidade, o portal o mais acessado....

Os concorrentes torcem o bico.

Pois agora os concorrentes, que levaram grossas verbas oficiais e o Cruzeiro nem migalhas, estão imitando o líder de audiência. Descobriram que o PT e a administração petista de Gaspar faz e sempre fez foi censura e manipulação, nas tais "entrevistas" sem perguntas, nos espaços ocupados por pess releases da propaganda oficial para os ignorantes.

Então está explicada a qualidade do Cruzeiro. Ele não é contra o PT. É contra a sacanagem com a comunidade, porque o Gilberto é um cidadão daqui.

A história do Cruzeiro mostra que PMDB de Bernardo Spengler, o PFL de Fernando Poli, e o governo do Adilson Schmitt, do PMDB e PPS, não teve refresco.

Só o PT do Zuchi, do Décio, da Ana Paula, do Dalsoquio, do Rampelotti, do Odilon, do Melato, do Ivo, do Brick, da Mariluci,do Vanz, do Lovídio... não perceberam isso.

Agora, é tarde, minha gente... Lula e Dilma ajudaram no serviço daqui. Mas o Ministério Público fez o serviço para todos nós. Botou essa gente no pau de arara. Chupa que é de uva. Todos da mesma farinha e em vários sacos. Como diz o Gilberto, que não usa e se esconde e interinos para arrumar desculpas ou afinar às cobranças oficiais. ui, ui, ui.
Herculano
27/04/2016 12:18
O BRASIL DA TRANSIÇÃO. UM NOVO GOVERNO. DO OBVIO, DO PRAGMÁTICO, DAQUELE QUE SE INSERE DO MERCADO, SEM TEORIAS UTOPICAS.

NÃO SE COMBATE A POBREZA COM A TERRA ARRASADA, HUMILHAÇÃO, CONSTRANGIMENTO, DISCURSOS, CUSPARADAS, DESEMPREGO, INFLAÇÃO ALTA, SEM ASSISTÊNCIA À SAÚDE, COM GENTE FORA DA ESCOLA DE QUALIDADE MÍNIMA E PERSEGUIÇÕES A QUEM PRODUZ OU NÃO SE AJOELHA AO PODER DE PLANTÃO. O QUE ISTO TEM A VER COM GASPAR? TUDO.

TEMER DEFINE MEIRELLES PARA A FAZENDA, REVELA O JORNAL O ESTADO DE S. PAULO.

Com a ressalva de que não divulgará a nova equipe até a decisão do Senado sobre o afastamento da presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer admite que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles é o nome que tem para assumir o Ministério da Fazenda.

Temer já encaminhou o desenho do que espera para os principais ministérios e os nomes que melhor se adaptam ao perfil que traçou para seu governo.

O enfoque na Fazenda será a execução de um ajuste fiscal gradual capaz de garantir a retomada da confiança, que impulsionará o crescimento.

Meirelles se encaixa no diagnóstico feito ao vice-presidente pelo também ex-presidente do BC Armínio Fraga, de que o centro do problema da crise econômica do país é o desequilíbrio fiscal.

Em entrevista ao jornal "O Globo", Temer admitiu que, se tivesse de assumir hoje a Presidência, o ministro da Fazenda seria Meirelles: "Fiquei muito bem impressionado com a conversa que tive com ele".

Meirelles tem defendido o que batizou de "ajuste completo". O acerto das contas deve ser parte de um plano de desenvolvimento econômico que, embora contracionista no curto prazo, vise ao crescimento ao fim do processo, com aumento da renda e do emprego. O ex-BC compartilha da visão de que a carga tributária atual é "pesada" demais.

Banco Central
A escolha do novo ministro da Fazenda será preponderante na definição do nome do futuro presidente do Banco Central. No entanto, o comando dos bancos públicos deve ser definido pelo próprio vice nas negociações da composição de apoio partidário para seu governo no Congresso.

A presidência da Caixa deve ficar com o PP. O nome mais cotado é o do ex-ministro da Integração Nacional do governo Dilma Gilberto Occhi, que é funcionário do banco.

O grupo de Temer já rediscute a junção de várias Pastas num superministério de infraestrutura. A avaliação é de que a união dos ministérios não deu certo no governo Collor, na década de 90, e não faria sentido repetir a receita agora.

Planejamento
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) é o mais cotado para o Planejamento. Ele terá papel fundamental na articulação das medidas com o Congresso, em especial na solução da "armadilha fiscal" que espera Temer caso assuma a Presidência. Para a Casa Civil, já está certo o nome de Eliseu Padilha (PMDB-RS).

O senador José Serra (PSDB-SP) tem poucas chances de ser nomeado para a Fazenda. Assessores de Temer tentam convencer o tucano a aceitar o Ministério da Educação.

A resistência continua sendo de uma ala do PSDB que teme que um eventual bom desempenho de Serra no ministério o credencie como candidato do partido em 2018. O PSDB já tem dois presidenciáveis: o senador Aécio Neves e o governador Geraldo Alckmin.
Herculano
27/04/2016 09:09
FACES DO GOLPE, por Hélio Schwartsman, para o jornal Folha de S. Paulo

Michel Temer é a melhor prova de que o impeachment de Dilma Rousseff não é golpe. Nenhum conspirador racional escolheria o peemedebista para comandar o país. Ele tem pouco ou nenhum apelo popular, pertence a um partido tão enrolado quanto o PT nos casos de corrupção, já teve seu nome mencionado por delatores da Lava Jato e, na política, é mais afeito ao jogo pequeno de negociação de cargos do que à formulação de projetos e execução de programas.

Temer só está prestes a assumir o Planalto porque as regras constitucionais estão sendo observadas e ele, embora poucos se tenham dado conta na hora de votar, recebeu os mesmos 54 milhões de sufrágios dados a Dilma Rousseff. Mais, foi ela quem o escolheu para vice ?"no que pode ser interpretado como mais um dos muitos erros que Dilma impôs ao país.

A tese das eleições gerais antecipadas, à qual setores do próprio PT já aderem, é simpática, mas tem dois defeitos. É pouco realista e acende uma polêmica constitucional. Até consigo vislumbrar o Congresso destituindo Temer, dependendo de como a Lava Jato e a situação político-econômica evoluírem, mas não vejo muita chance de os parlamentares abreviarem seus próprios mandatos.

Quanto à constitucionalidade de uma PEC antecipando eleições, alguns entendem que tal medida é vedada pelo artigo 60, que estabelece as cláusulas pétreas. Eu não iria tão longe. Fico com uma leitura mais literal do 60, que bane emendas "tendentes a abolir" a periodicidade do voto, não as que apenas a alteram.

De todo modo, é forçoso reconhecer que a convocação de eleições gerais já em outubro embananaria um poucos as regras do jogo. Alguns dos prazos de desincompatibilização, por exemplo, já se esgotaram. Talvez seja demais qualificá-la como golpe, mas ela está mais perto de impor uma descontinuidade constitucional do que o impeachment de Dilma, eventualmente seguido pelo de Temer.
Herculano
27/04/2016 08:59
SO RESTOU A TRUCULÊNCIA, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

A presidente Dilma Rousseff sofreu mais uma significativa derrota na tramitação do processo de impeachment no Congresso. A comissão do Senado que avalia o caso escolheu como relator o tucano Antonio Anastasia (MG), ligado ao presidente do PSDB, Aécio Neves. Os governistas tentaram de todas as formas impedir que Anastasia fosse eleito, mas o colegiado foi implacável: seu nome foi avalizado com apenas 5 votos contrários entre os 21 membros titulares, placar que reitera a galopante desvantagem de Dilma na luta contra o impeachment.

Essa desvantagem tende a crescer, porque o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em quem o Palácio do Planalto depositava a esperança de manipular o processo em seu favor, demonstrou indisposição para interferir nas escolhas da comissão e no prazo para a conclusão dos trabalhos, que a maioria oposicionista pretende encurtar.

Os seguidos reveses de Dilma e do PT no campo institucional - na Câmara, no Senado e no Supremo Tribunal Federal, que avalizou todo o processo de impeachment até aqui - certamente explicam o destempero do chefão petista Luiz Inácio Lula da Silva, que chamou sua tropa para ir às ruas e desestabilizar um eventual governo de Michel Temer.

Sem argumentos legais ou políticos para derrubar o impeachment, já que o afastamento de Dilma é consenso entre os brasileiros e segue estritamente a previsão constitucional, Lula deixou de lado o pouco que lhe restava de responsabilidade e partiu para o ataque frontal às instituições.

Em encontro da Aliança Progressista, que reúne partidos de esquerda de várias partes do mundo, Lula disse que Dilma é vítima de "uma aliança oportunista entre a grande imprensa, os partidos de oposição e uma verdadeira quadrilha legislativa, que implantou a agenda do caos". Essa frase ?" que estava num discurso escrito, ou seja, não foi dita de forma impensada ?" resume o atentado que Lula da Silva e seus comparsas estão dispostos a cometer contra a democracia no Brasil.

Incapaz de reunir os votos necessários para impedir o impeachment, nem mesmo depois de tentar comprar deputados num quarto de hotel em Brasília, Lula agora desqualifica o mesmo Congresso que lhe foi tão útil nesses anos todos ?" e que, acima de qualquer consideração sobre sua qualidade, foi eleito pelo voto direto e, portanto, é legítima representação popular.

No discurso, Lula disse também que o impeachment é uma "farsa" que "envergonha o Brasil aos olhos do mundo", como se a grande vergonha brasileira não fosse a devastadora corrupção capitaneada pelo PT e seus acólitos, que gangrenou as estruturas do Estado, arruinou a Petrobrás e rebaixou a política nacional a um ordinário balcão de negócios.

O que se vê é Lula fazendo o possível para ampliar essa vergonha, lançando no exterior sua campanha para desacreditar as instituições democráticas. Àqueles dirigentes partidários estrangeiros, o chefão petista disse que "em todo o mundo há vozes responsáveis alertando para os riscos de um golpe de Estado no Brasil" e pediu aos colegas que "levem a seus países a mensagem de que a sociedade brasileira vai resistir ao golpe do impeachment".

O problema, para Lula, é que sua voz já não tem o vigor dos tempos em que se julgava um grande líder mundial. A campanha movida por ele e por Dilma para sensibilizar governos e entidades mundo afora contra o tal "golpe" tem sido um completo fracasso.

Nem mesmo a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), bloco de inspiração bolivariana, conseguiu aprovar alguma moção de repúdio ao impeachment.

Mas Lula não parece se importar com o vexame. "As ameaças à democracia no Brasil e na América Latina dizem respeito a toda a comunidade mundial. Dizem respeito à luta entre civilização e barbárie", disse o líder da tigrada. Ele tem razão: hoje, mais do que nunca, é preciso defender a civilização, calçada no respeito às leis, contra a barbárie, representada pela truculência daqueles que, por não terem mais um pingo de dignidade, não sabem perder.
Herculano
27/04/2016 08:55
CARTA FORA DO BARALHO, por Dora Kramer, para o jornal O Estado de S. Paulo

Além de anunciar medidas que possam dar um "choque de animação" na economia, se vier a assumir cargo de presidente para completar o mandato de Dilma Rousseff, Michel Temer deve comunicar ao público em geral e aos políticos em particular que encerra por aí sua carreira de candidato a quaisquer cargos eletivos.

Ele recebeu o conselho de abrir mão de pretensões futuras de Nelson Jobim. O ex-ministro da Justiça, da Defesa e do Supremo Tribunal Federal apresentou a Temer uma série de pré-requisitos para obter êxito no possível comando da transição entre o impeachment e uma nova eleição. Esse foi um deles e que tem sido examinado com seriedade, pois, segundo seus aliados, seria fundamental dar um sinal de desprendimento pessoal a fim de pacificar os ânimos na política e na sociedade.

Nessa percepção, tal desistência facilitaria as articulações tanto para a composição da equipe de governo quanto para a articulação de uma base parlamentar ampla, forte e fiel. Além de firmar diante do País uma boa impressão: a de que não pretenderia fazer uso eleitoral da Presidência.

Outros pontos do receituário de Jobim que foram aceitos com entusiasmo e, por isso, incorporados pelo vice e seu grupo, foram os seguintes: montar um ministério irretocável, não perseguir politicamente ninguém (leia-se PT) ?" retirando do dicionário a palavra "vingança" ?" e não tentar influenciar as eleições municipais e escolhas da candidatura presidencial em São Paulo, seu Estado de origem. Neste ponto, o ex-ministro Eliseu Padilha ?" cotado para a chefia da Casa Civil ?" vai mais longe adiantando que Temer não pode nem vai interferir em lugar algum, seja município ou Estado, para tentar favorecer o PMDB.

Não por altruísmo, mas por cálculo político. Levando em conta que vai precisar do apoio do maior número possível de partidos (fala-se numa base de 17 ou 18 legendas) Michel Temer não pode criar atrito com ninguém. Inclusive porque nem precisa. No PMDB tem gente de sobra para organizar as disputas eleitorais de forma favorável ao partido. Ainda no tema candidaturas, os pemedebistas mantém a ideia (na verdade, mais forte do que nunca) de concorrer à Presidência em 2018, coisa que não fazem há cerca de 20 anos.

Quanto ao programa de governo propriamente dito, a prioridade obviamente é a economia. A retomada da produção e, com isso geração de empregos. No grupo de Temer a isso dá-se o nome de "animação econômica". Todos os integrantes da turma sabem que viradas em prazo curto são impossíveis, mas acreditam conseguir pôr em prática ações para estancar a queda da atividade econômica, a fim de colocá-la em "viés de alta", e reunir apoio do Congresso para aprovar medidas necessárias ao ajuste fiscal.

Reformas estruturais (política e trabalhista), à exceção de alguma coisa na Previdência, ficam para um segundo momento ou para o próximo governo. Já uma reformulação na distribuição de receitas hoje concentradas na União, entre Estados e municípios está entre os assuntos considerados urgentes. Em resumo, serão três os eixos a serem enfrentados: economia, políticas sociais e infraestrutura.

No tocante aos nomes de prováveis integrantes do primeiro escalão pode até haver definições, mas são mantidas em sigilo. De realidade, o que existe é que hoje Romero Jucá seria o ministro do Planejamento; Henrique Meirelles da Fazenda; Temer preferindo José Serra na área social e decidido a consultar os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica antes de escolher o ministro da Defesa. Na Justiça, alguém que tenha especial sensibilidade para o tema dos Direitos Humanos. Carlos Ayres Britto, ex-ministro do STF, se encaixa no perfil e, embora não seja o único cogitado, é o preferido de gente influente junto a Michel Temer.
Herculano
27/04/2016 08:51
PT E A DEMOCRACIA, UMA RELAÇÃO DIFÍCIL, por Sérgio Fausto, para o jornal O Estado de S. Paulo

Parte 1

Derrotado por larga margem na Câmara, desaprovado pela maioria da sociedade brasileira, o governo refugia-se na narrativa do impeachment como golpe branco. A narrativa é frágil para tirar o lulopetismo da defensiva, mas é eficaz para arregimentar suas bases sociais e políticas mais fiéis com vista ao período pós-impeachment. Frágil porque, ao distorcer demasiadamente os fatos, não é capaz de persuadir senão quem já esteja de antemão convencido da tese do golpe branco. Eficaz porque recupera um espaço político simbólico em que o petismo se sente em casa. Evita assim que a militância se desorganize. No caso atual, a narrativa é facilitada pela presença de Eduardo Cunha na presidência da Câmara e de figuras execráveis como Jair Bolsonaro entre os favoráveis ao impeachment.

A divisão do campo político em dois lados opostos, segundo uma linha que demarca um plano moralmente elevado (o lugar do PT e seus satélites) e outro decaído (o lugar de todos os demais), é uma estrutura mental e retórica recorrente no petismo. Desde sua origem, em momentos críticos o partido apela a essa estratégia, com o auxílio lamentável de não poucos intelectuais petistas.

Em 1982 realizaram-se as primeiras eleições diretas para os governos estaduais depois que a ditadura militar as proibiu. Com Lula candidato, o PT atacou mais o candidato do PMDB, Franco Montoro, um dos líderes da oposição democrática ao regime autoritário, do que o candidato apoiado pelo malufismo e pelos militares. Eram ambos, para o petismo nascente, "farinha do mesmo saco". Na verdade, eram água e óleo: eleito, Montoro impulsionou a campanha das Diretas-Já, que pavimentou o trecho final da transição do autoritarismo para a democracia.

Em 1988 o PT votou contra a aprovação da Constituição e hesitou em assiná-la por ser "conservadora". Desconsiderou que ali estava o produto de um amplo processo de negociação do qual participou, sem restrições, o conjunto das forças políticas e sociais, como nunca antes na história brasileira. No momento que consagrou o retorno definitivo do Brasil à democracia, com eleições diretas para a Presidência, ampla liberdade de organização partidária, expansão dos direitos sociais, enfim, todas as principais bandeiras da oposição democrática ao regime autoritário, o PT preferiu reiterar o princípio da divisão entre "nós" e "eles".

Passaram-se vários anos, o PT ampliou seu leque de alianças e Lula finalmente venceu a eleição presidencial em outubro de 2002. O então presidente Fernando Henrique Cardoso organizou um processo de transição de governo raro de encontrar mesmo nas democracias mais maduras do mundo. Criavam-se, em tese, condições para uma convivência democrática construtiva e civilizada entre o novo governo e a oposição.
Herculano
27/04/2016 08:51
PT E A DEMOCRACIA, UMA RELAÇÃO DIFÍCIL, por Sérgio Fausto, para o jornal O Estado de S. Paulo

Parte 2

Ledo engano. Em resposta, uma vez instalado no poder, o PT escolheu o governo anterior e seu partido como alvo principal de uma campanha de destruição política. Ao mesmo tempo que se empenhava na denúncia da suposta "herança maldita", estimulava com dinheiro a transferência de parlamentares para legendas de aluguel e comprava na mesma moeda apoio no Congresso, no esquema que ficou conhecido como mensalão. O anátema da "herança maldita" repetia a caracterização do governo FHC como "neoliberal e entreguista".

Esse slogan, mais um, que não resiste ao exame minimamente isento dos fatos e hoje soa ainda mais ultrajante em face da destruição a que os governos petistas submeteram as maiores empresas estatais do País, em particular a Petrobrás, serviu de base não apenas para uma luta política feita de "bravatas" e mentiras, mas também para a montagem de uma indústria de ações populares visando a acossar juridicamente integrantes do governo FHC.

Em retrospectiva, vê-se a dificuldade do PT em estabelecer relações políticas que sejam propriamente democráticas. O partido só parece conhecer duas opções: submissão ou estigmatização. Para não falar na peculiar forma de parceria revelada pelo petrolão.

A democracia supõe que os adversários se legitimem mutuamente. O suposto é de que cada qual representa uma parte e uma perspectiva do interesse geral. Este é concretamente definido com base na disputa política travada dentro das regras do jogo. Nesse processo vale a regra da maioria, preservado os direitos da minoria, em particular o de vir a se tornar maioria. Daí, entre outras coisas, o governo de turno não poder se apoderar do Estado. A estigmatização do adversário é sempre um ataque à democracia. A cooptação dos aliados por dinheiro, também.

Argumenta o lulopetismo que o impeachment representa quebra das regras do jogo democrático. Quer fazer crer que todos os outros somos "golpistas": você, eu, os ministros do STF, que regulamentaram o rito do processo, cerca de 65% dos brasileiros ouvidos em diversas pesquisas de opinião, 367 deputados federais, representando 71,6% da Câmara.

É possível sustentar que o hábito petista de dividir a política em dois campos opostos e colocar-se em plano moralmente superior ao dos demais serviu para que o PT se consolidasse como expressão política de atores antes sub-representados na esfera política e na sociedade civil. Nesse sentido, apesar de negar avanços no processo de democratização, como a eleição de governadores de oposição em 1982 e a Constituição de 1988, o PT contraditória, mas efetivamente contribuiu para democratizar em maior profundidade a política e a sociedade brasileira.

Hoje, porém, o recurso à mesma surrada estrutura mental e retórica é pura farsa. No passado, o crescimento do PT teve aspectos inegavelmente positivos. No presente, a recuperação do lulopetismo implica a ruína política e moral do País. Isso não interessa a ninguém, nem aos petistas lúcidos e democráticos, de cuja contribuição o Brasil não pode prescindir.
Herculano
27/04/2016 08:46
BATE O DESESPERO, por Merval Pereira, de O Globo

A eleição ontem do presidente e do relator da comissão do impeachment no Senado serviu para confirmar que a oposição tem maioria esmagadora - o senador Antonio Anastasia, do PSD B, foi eleito por 15 a 5- eque os governistas, à falta do que fazer para evitar o afastamento da presidente Dilma dentro de 15 dias, tentam retardar decisões com expedientes simplesmente ridículos.

O senador petista Lindbergh Farias está de volta aos tempos de líder estudantil, com manobras regimentais as mais rasteiras, com o objetivo de provocar reações da oposição. O sentido desse comportamento dos senadores da situação não é outro senão ganhar tempo para que o julgamento da aceitação do processo do impeachment demore o mais possível.

Não que isso vá mudar o rumo dos acontecimentos, pois dificilmente essa maioria que já existe será desfeita, mas qualquer dia mais além dos 15 que lhe restam na presidência da República permite à presidente Dilma acham cede continuar dando vazão à sua obsessão, que é denunciar um suposto golpe de que estaria sendo vítima.

Ela e o PT estão montando uma narrativa que dará suporte, mais adiante, à campanha que a presidente tentará organizara partirdes eu exílio no Palácio Alvorada, onde permanecerá durantes eu afastamento do cargo, cuja decisão final pode se dar em até 180 dias após o impeachment ser admitido no Senado.

O projeto petista, por enquanto, é manter viva a chama da revolta contra o impeachment, mas, até mesmo antes da decisão do Senado, a presidente pode ser questionada no próprio Supremo por suas atitudes. Já existem parlamentares dispostos a pedir que ela seja proibida de acusara Câmara dos Deputados de golpista, depois que a decisão oficial foi tomada pela ampla maioria de seus membros.

Continuando nessa toada, ela estará infringindo a Constituição e cometendo novos crimes de responsabilidade por tentar impedira atuação dos poderes Legislativo e Judiciário.

Teremos então a tentativa petista de montar um governo paralelo a partir do Alvorada, apoiado pelos movimentos sociais. A presidente Dilma pretende inclusive ter acessoa aviões da FAB para deslocamentos pelo país, eé previsível que tenhamos uma disputa judicial em torno dos direitos e deveres de uma presidente afastada.

Provavelmente o Supremo Tribunal Federal será chamado a decidir, por exemplo, se Dilma poderá se manifestar publicamente sobre o governo do presidente em exercício Michel Temer. E se poderá criticá-lo livremente, usando imóveis do governo e utilizando- se de aviões oficiais para suas viagens políticas.

Outra questão que certamente o STF terá que enfrentar será a regulamentação das facilidades que serão colocadas à disposição da presidente afastada. Não há legislação a esse respeito, e caberá ao Supremo definir os limites de atuação da presidente nesse período de 180 dias, findos os quais ela poderia voltar ao cargo se o julgamento não estiver terminado.

Dificilmente, porém, o PT e seus cada vez menos associados partidários conseguirão retardar o processo aponto de não estar concluído em seis meses.

Se o parâmetro for o processo de Collor, como tem sido nos ritos do Congresso, assessores próximos do então presidente quando este foi impichado relembram que lhe foi negado um imóvel oficial - pensou-se inicialmente na cessão da Granja do Riacho Fundo - e o apoio de assessores.

Collor permaneceu na Casa da Dinda, e despachava de um escritório improvisado na garagem. O processo durou em torno de quatro meses. Um futuro governo de Michel Temer terá pela frente, portanto, uma oposição minoritária no Congresso, e movimentos sociais tentando conturbar o país.

Resta saber se a disposição desses movimentos se manterá sem as verbas oficiais que os alimentam, e mais ainda se o interesse político do PT será mesmo apoiar uma presidente afastada e em julgamento. Certamente o PT e os movimentos sociais que orbitam em torno dele terão que arcar com as consequências de suas ações, pois o país está ladeira abaixo.

Caberá ao novo governo manter o apoio da maioria do Congresso para não apenas aprovar as medidas necessárias à retomada do crescimento econômico, como também mostrar- se robusto politicamente para resistir às investidas da minoria barulhenta que tentará, por todas as maneiras, colocar- lhe obstáculos.

Para resistira esses previsíveis passos, o governo terá também que conquistar uma popularidade que hoje o vice Michel Temer não tem. Eque as medidas a serem adotadas não facilitarão.
Herculano
27/04/2016 08:35
TEMER NA PORTEIRA DA FAZENDA, por Vinicius Torres Freire, para o jornal Folha de S. Paulo

Nomear um ministro da Fazenda capaz de fazer um remendão básico nas contas públicas é tão inevitável que o assunto se torna quase conversa secundária na formação do governo virtual de Michel Temer.

Sim, é essencial, mas óbvio. Sem isso, Temer não dura um trio de meses. Sem isso, rebrota o caos financeiro, a recessão revida e reforçam-se as conversas sobre eleições antecipadas, outro impeachment ou processo no TSE, o que convier à gente da rapina do poder.

Na economia, mais interessante é saber quais serão planos e equipes que vão recolocar já em funcionamento o governo e regiões de um país arrasado por furacões de inépcia.

Na política, interessa saber: 1) A coalizão temerista vai dar votos para o arrocho? Essa gente que até o mês passado estourava as contas públicas? 2) Quanto vai custar comprar o Congresso, em termos de qualidade da administração? Nacos do governo serão entregues ao "centrinhão", bloco de mais de 200 deputados de partidos expertos em mensalagem e petrolagem.

As centrais sindicais foram a Temer se opor à reforma da Previdência e pedir mais rombo fiscal (redução do IR), para não mencionar disparates maiores.

Além de criar tensão social e econômica extras, Estados falidos podem tumultuar o Congresso. Aliviar essa ruína sem a contrapartida dura de colocar as contas estaduais nos trilhos, nos moldes dos acordos dos anos 1990, é apenas mudar o endereço do desastre (para a União).

Na economia, há incêndios sem controle em áreas essenciais:

1) A trapaça jurídica da redução da dívida estadual com a União;

2) A necessidade de relançar já concessões;

3) A ruína no setor de energia, da Petrobras ao setor elétrico;

4) A falta de crédito imobiliário e a limpeza do balanço da Caixa (Cunha e o PP disputam o banco!);

5) A inadimplência que está para explodir nas empresas;

6) A reconstrução das agências reguladoras e similares: de mineração a teles, quase nada anda devido ao desmonte regulatório e outras tolices.

Essas são apenas algumas emergências.

Quem vai dar jeito nas concessões, meio de relançar o investimento? Dadas a taxa de juros e as inseguranças jurídica, regulatória e política, as empresas vão cobrar os olhos da cara e as calças a fim de investir. Essa encrenca exige especialistas de peso (em leilões, finanças, planejamento). Isso é quase um ministério extraordinário.

A Petrobras, como está, prejudica o crédito e o investimento. Há risco até de a produção vir a cair. Quem será o papa da Petrobras? Para a Infraestrutura, aliás, não pode ser nomeado um desses tipos que se ocupa de "fechar a porteira" do ministério e ali espalhar suas vacas, mas alguém que faça uma limpa grande e rápida.

Quase nada vai andar no crédito se não for possível baixar juros em breve. Mas, isto posto, quem vai, por exemplo, lidar com a míngua do crédito imobiliário, por exemplo?

Quede essas equipes e planos?

Enfim, com essa conversa de não aumentar imposto, Temer vai se arrepender muito quando vir o caixa vazio e hordas atacando o arrocho fiscal no Congresso. Se não aproveitar o embalo agora, em 2017 será tarde.
Herculano
27/04/2016 08:31
EMBAIXADAS DO BRASIL NÃO APREGOAM 'GOLPE', por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nos jornais brasileiros

Perde força no exterior a alegação de "golpe" no impeachment da presidente Dilma. Nenhuma embaixada brasileira no exterior recebeu instruções para difundir a versão petista junto aos governos onde representam o Brasil, tampouco junto a veículos de comunicação desses países. O próprio ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) tem mantido silêncio sobre o tema, em conversações no exterior.

PROTOCOLAR
Na Unasul, entidade dos países do continente, sábado (23), em Quito, Mauro Vieira só abriu a boca para felicitar a presidência da entidade.

FALANDO SOZINHO
Apenas o aspone Marco Aurélio Top-Top Garcia tomou a palavra em Quito para "denunciar o golpe no Brasil". Ninguém lhe deu atenção.

BALÃO DE ENSAIO
Top-Top Garcia disse na Unasul que Dilma "cogita invocar a cláusula democrática". Foi avisado que se o Brasil fizesse isso, seria derrotado.

NÃO SE APLICA
A "cláusula democrática" pune países que sofram ruptura institucional. Não é o caso do Brasil, já rechaçou o Itamaraty por seu porta-voz.

MINISTRO DO SUPREMO NÃO TEM PASSADO, S?" FUTURO
Aos governistas que esperam "gratidão" de ministros do Supremo Tribunal Federal, para "salvar" Dilma, o professor Delfim Netto afirma haver aprendido, em sua longa vida pública, que "ministro do STF não tem passado, só tem futuro". Observa que eles estão preocupados em trabalhar direito e serem lembrados pela qualidade jurídica dos seus votos, nunca por haver agradecido a própria nomeação com a toga.

VOTO DE CONSCIÊNCIA
Têm sido recorrente críticas a ministros do STF que, para "decepção" do PT, votam de acordo com sua convicção e a consciência.

HOSTILIDADES
No caso do mensalão, o ministro-relator Joaquim Barbosa chegou a ser hostilizado por petistas por haver pedido a condenação dos meliantes.

INDEPENDÊNCIA
Mensaleiros foram condenados e, no impeachment, Dilma coleciona derrotas no tapetão no STF de maioria nomeada por ela ou por Lula.

QUINTA COLUNA
Como na Câmara, ex-senadores "independentes" que foram filiados ao PT mostram que no peito ainda bate o coração petista. No Rede, no PSB ou no PPS, comportam-se como linha auxiliar do governo.

JANELA OCUPADA, TCHÊ
O sociólogo gaúcho Denis Rosenfeld poderia estudar o fascínio das pessoas pelo poder, mas estava mais empenhado em se aproximar de Michel Temer. Quase desestabilizou a equipe do futuro presidente: entrou no ônibus agora e já queria sentar na janela da frente.

AGD IMPEDIDO
O advogado-geral de Dilma, José Eduardo Cardozo, não defenderá Dilma após seu afastamento. Primeiro porque ele será demitido, depois porque a proibição foi acatada pela comissão do impeachment.

CANTOU DE GALO
O lobista Fernando Baiano rodou a baiana no Conselho de Ética. Ele falou que só começaria a depor depois que todos que estavam de pé se retirassem. E os seguranças da Câmara proibiram imagens.

BAIXINHO EXTRAVAGANTE
Alessandro Teixeira (Turismo) adora extravagância. Foi exonerado em 2013 da secretaria-executiva do Ministério do Desenvolvimento, após flagrado usando carro oficial para levá-lo a uma academia em Brasília.

QUESTÃO DE ORDEM
O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) garante que o PMDB não fechará questão sobre o impeachment de Dilma. "Chance zero. Não há como engessar a consciência dos senadores do PMDB", diz ele.

PELA METADE
Os servidores da EBC, estatal de comunicações, estão revoltados com o governo Dilma, que decidiu cortar a hora-extra dos atuais funcionários, reduzindo-lhes os salários em até 60%.

REGALIAS DO PODER
Mesmo depois de concluído o processo de impeachment na Câmara, o relator, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO), ainda se faz acompanhar de quatro seguranças. Diz ter sido ameaçado quando foi relator.

PERGUNTA NA AV. DA ÉTICA
Como pode o presidente do Senado se reunir com Dilma enquanto uma comissão de senadores examina os crimes atribuídos a ela?
Herculano
27/04/2016 08:25
COM MEDO DOS QUESTIONAMENTOS, SECRETÁRIA CORREU DA SUA RESPONSABILIDADE

A secretária de Educação, Marlene de Almeida, PT, está marcada. Já escrevi aqui, que a ira da população não é bem contra ela, apesar da sua arrogância neste e principalmente outros assuntos técnicos, mas contra a administração de Pedro Celso Zuchi e do PT (e a pesquisa interna do próprio PT mostrou isto).

Ontem, Marlene, que queria ser candidata a vereadora e por isto foi posta pelo PT de José Amarildo Rampelotti lá na secretaria, marcou uma reunião com os pais do CDI Cachinhos de Ouro para dar explicações sobre o caso de pedofelia.

Na última hora ela cancelou a reunião. E por que? Porque foi avisada de que haveria manifestações, incluindo o pedido de saída dela da secretaria.

Isto é o PT, PDT, PCdoB. Vivem por ai pedindo para os adversários ou os inimigos que elegem para saírem dos cargos e postos públicos. Mas, quando chega a vez deles ouvirem tal pedido, fogem, cancelam reuniões, se escondem. Acorda, Gaspar!
Herculano
27/04/2016 08:17
ROUBOS. ICHAMENTO DE PROGRAMAS SOCIAIS AQUÉM DOS ORÇAMENTOS REAIS. FALTA DE GESTÃO DOS RECURSOS REAIS. DIMINUIÇÃO DA ARRECADAÇÃO DIANTE DA CRISE ECON?"MICA CRIADA PELO GOVERNO DO PT DE DILMA VANA ROUSSEFF. RESUMINDO O PR?"PRIO GOVERNO PETISTA, PROGRESSISTA E DE ESQUERDA É QUE ESTÁ ACABANDO COM A BANDEIRA DA PROTEÇÃO SOCIAL, O SEU ORGULHO QUE FALIRAM E VÃO DEIXAR COMO HERANÇA MALDITA A MICHEL TEMER OU A QUALQUER GOVERNO QUE SUCEDE-LA. LEIA AQUI A REPORTAGEM DE ONTEM DO JORNAL NACIONAL, DA REDE GLOBO. É UM BOM RESUMO

Cortes no orçamento afetam programas sociais

No Distrito Federal, 25 mil crianças aguardam vagas em creches.

Ministro da Fazenda diz que governo pode precisar fazer mais cortes.

O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse nesta terça-feira (26) que o governo pode precisar fazer mais cortes no orçamento. Com isso, os programas sociais, que já perderam dinheiro no ano passado, podem ser afetados.

Quem precisa de uma creche, sabe a dificuldade para conseguir uma vaga. No Distrito Federal, 25 mil crianças de zero a cinco anos de idade aguardam na fila. Uma espera traduzida em números.

Em 2014, o governo gastou R$ 884 milhões na construção de creches. Em 2015, R$ 324 milhões.

Não foi o único programa social que teve cortes.

Em 2014, o governo gastou com o Pronatec, programa de acesso ao ensino técnico R$ 4.358 bilhões. Em 2015, R$ 3.120 bilhões, uma redução de 28%.

Já o programa Minha Casa Melhor, uma linha de crédito para a compra de móveis e eletrodomésticos para participantes do Minha Casa Minha Vida lançado em 2013 está suspenso desde 2015. A Caixa Econômica Federal, que administra o programa, não diz quando ele volta a funcionar.

Alguns programas não tiveram cortes como o Fies. Em 2014, o governo liberou R$ 13,7 bilhões para o financiamento estudantil. E em 2015, pouco mais de R$ 14 bilhões.

O Bolsa Família, principal programa de transferência de renda do governo, também não foi cortado, mas os valores pagos não foram corrigidos pela inflação que, em 2015, foi de 10,67%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Gil Castelo Branco, economista de uma ONG especializada em contas públicas, traduz o que a falta de reajuste e os cortes significam no dia-a-dia de quem depende dos programas.

"O poder de compra daquelas pessoas que recebem o Bolsa Família está caindo sensivelmente. Na verdade, a discussão não é se este governo ou se o novo governo irá cortar programas sociais. Os programas sociais já estão sendo cortados efetivamente", explicou.

Para este ano o governo até prevê mais dinheiro para programas como Fies bolsa família creches só que o orçamento de 2016 já foi cortado duas vezes: R$ 44,6 bilhões a menos, e pode vir mais corte por aí. Quanto em cada programa o governo não diz.

Os ministérios do Planejamento e do Desenvolvimento Social também não quiseram falar sobre os cortes em alguns programas

Ao assumir o Ministério do Planejamento em dezembro de 2015, Valdir Simão disse que pretendia fazer uma avaliação profunda em todos os programas sociais do governo, que eles precisavam sair do piloto automático.

Nesta terça-feira (26) à noite, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, confirmou que o governo estuda um novo corte no orçamento, mas não deu detalhes.

"Vamos nos pronunciar sobre isso quando apresentarmos o decreto", disse.
Herculano
27/04/2016 08:10
EDUARDO PAES E SUA REALIDADE PROPRIA, por Elio Gaspari, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

A "ciclovia mais bonita do mundo" foi inaugurada em janeiro por um prefeito seguro de si, capaz de dizer que "todo governante tem inveja de mim". Parte da estrutura desabou na semana passada, duas pessoas morreram e, quando Eduardo Paes reuniu a imprensa para tratar do desastre, disse o seguinte:

-É óbvio que se essa ciclovia tivesse sido feita de forma perfeita nós não teríamos essa tragédia nem esse absurdo. Obviamente você tem problemas aí.

É óbvio que, se Kennedy não tivesse ido a Dallas, não teria morrido.

A manipulação do óbvio ululante é uma arma de dois gumes. No caso da tragédia da ciclovia, há outras obviedades, todas chocantes.

É óbvio que se funcionários da prefeitura de Paes tivessem colocado cones de trânsito nos acessos à ciclovia, interditando-a, ninguém teria morrido. Defeitos estruturais são coisa para especialistas, mas ressaca é um fenômeno visível a olho nu. Guarda-vidas interditam trechos de praias. A ponte Rio-Niterói fecha quando os ventos colocam em risco o trânsito.

Quem se revelou incapaz de perceber o óbvio não foi a audiência de Paes, mas sua prefeitura. Diante do óbvio, seu herdeiro presuntivo, o secretário Pedro Paulo Teixeira, espancou a lógica e disse o seguinte:

?"A ressaca não é um fenômeno novo, mas a incidência, naquele ponto, não há dúvida de que foi um evento novo. Ganha uma viagem a Saturno quem souber o que ele quis dizer. Talvez ache que nos eventos velhos a ressaca não atingia aquele ponto.

Deixem-se de lado detalhes da empreitada da ciclovia entregue à família de um outro secretário de Paes, com seus custos e aditivos. Pedro Paulo tornou-se nacionalmente conhecido por ter batido na mulher. É óbvio que era um assunto privado, apesar de ela ter dado queixa à polícia, uma instituição pública.

Não foi o primeiro astro da equipe de Paes a encrencar-se. O secretário da Ordem Pública, Rodrigo Bethlem, disse à ex-mulher que coletava R$ 100 mil mensais em propina. Ela gravou. O ex-"xerife do Rio" saiu de cena, e tempos depois Paes disse: "Se cruzar com ele, dou uma bordoada".

Ainda não cruzou, mas em 2013, acolitado por guarda-costas, meteu-se numa briga de restaurante com um mal-educado que o insultara. Talvez seja por isso que as pessoas que lidavam com seu nome numa planilha da empreiteira Odebrecht apelidaram-no "nervosinho".

Há um Eduardo Paes moderno e outro, arcaico. Juntos, formam um personagem com toques perigosamente trumpescos. O moderno resolveu multar os cariocas que jogam lixo no chão. O arcaico foi a um evento em Sepetiba, comeu uma fruta e atirou longe a sobra. Flagrado num vídeo, disse que jogou o lixo para um assessor, que estaria metros adiante. Acreditasse quem quisesse.

Recentemente, teve um piti num hospital público quando foi buscar atendimento para um filho. Teria dito o seguinte a uma médica: "A senhora está demitida. Não quero mais ouvir sua voz, aqui não estou falando como cidadão, mas como seu patrão. Não quero mais que você trabalhe para mim". Ele realmente acha que é patrão dos servidores e não empregado dos eleitores.

É óbvio que, em tese, Paes sabe se comportar. O problema é que às vezes, sob pressão, acha que pode se comportar como quiser. Ele diria que isso "é coisa de pobre".
jean leandro
26/04/2016 22:27
QUANTO EU PASSO EM FRENTE DE UM CDI OU ESCOLA DA CIDADE.LOGO PENSO, SAUDADES DO NEIVALDO COMO SECRETARIO DE EDUCAÇÃO DE GASPAR.
Herculano
26/04/2016 21:07
UMA DAS MANCHETE DO PORTAL MAIS ANTIGO, MAIS ACESSADO, MAIS ATUALIZADO E O DE MAIOR CREDIBILIDADE: FOTOS MOSTRAM FUNCIONÁRIOS DE LIMPEZA DESPEJANDO RESÍDUOS EM TERRENO BALDIO EM GASPAR

O que significa isto: que os políticos,os administradores públicos e o PT que é poder, continuam escondendo a sujeira debaixo do tapete, neste aso, no terreno dos outros.

Pior. Quem é que coordena a limpeza em Gaspar e para a administração do PT de Pedro Celso Zuchi, e José Amarildo Rampelotti? O secretário de Obras, Lovídio Carlos Bertoldi. E o que ele é? O escolhido por Zuchi e Rampelotti para ser o candidato a prefeito de Gaspar pelo PT. Então... Acorda, Gaspar!
Herculano
26/04/2016 20:36
NÃO TEM JEITO. EXPLODA-SE O POVO. O QUE VALE É O PODER A QUALQUER CUSTO E ENTRE POUCOS. LULA E RENAN DISCUTEM NOVA ELEIÇÃO. E SE DISCUTEM ISSO, É O RECONHECIMENTO TÁCITO DE QUE DILMA VANA ROUSSEFF, O POSTE FALHOU.

Parte 1

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Mariana Haubert, Marina Dias, Débora Álvares e Leandro Colon, da sucursal de Brasília. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), conversou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (26) sobre a viabilidade de realizar novas eleições presidenciais no país.

Os dois se reuniram por uma hora e meia na residência oficial da Presidência do Senado, em Brasília.

Segundo a Folha apurou, Renan disse a aliados que Lula está "muito realista" sobre a situação da presidente Dilma Rousseff. A comissão especial do Senado vai julgar a admissibilidade do processo de impeachment da petista na próxima segunda-feira (11) e, se aprovado, Dilma será afastada do cargo por até 180 dias.

A presidente tem feito consultas sobre a possibilidade de realizar novas eleições. O modelo, porém, ainda é bastante incerto e foi isso que Lula debateu com Renan.

O presidente do Senado defende o novo pleito mas acredita que Dilma não conseguirá fazê-lo via PEC (Proposta de Emenda Constitucional), pois o Congresso não aprovaria a medida.

A saída proposta por Renan seria um plebiscito, que pode ser feito nas eleições de outubro deste ano, regulamentado em 60 dias e, assim, as novas eleições presidenciais ficariam para o ano que vem.

Lula está bem posicionado nas últimas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República e, segundo aliados, ficou animado com o cenário.

Dilma também pediu uma reunião com Renan para esta terça, após o encontro do peemedebista com Lula.

Publicamente, Renan nega que tenha tratado com Lula sobre novas eleições.

DESDOBRAMENTOS POLÍTICOS

O ex-presidente Lula afirmou a Renan estar preocupado com o desdobramento do processo político em curso no país.

O peemedebista limitou a dizer que Lula falou de sua experiência como presidente do país e defendeu valores democráticos. "Ele disse que acredita muito no Brasil, que o Brasil é maior do que as suas crises, e que ele quer colaborar com saídas".

Em resposta, Renan afirmou que reforçou o papel histórico do Senado e o seu esforço pessoal para ampliar a previsibilidade política e constitucional para que a Casa julgue a presidente Dilma Rousseff. "Ao fim e ao cabo [disse] que seria uma decisão política, claro, mas que seria uma decisão de mérito com relação a saber se a presidente cometeu ou não crime de responsabilidade", afirmou.

A conversa com o petista foi a primeira de uma série de reuniões que Renan fará nesta terça e quarta. No fim da tarde, o peemedebista se encontrará com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Amanhã, ele irá ao Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência da República, para uma conversa com o vice-presidente Michel Temer. Segundo Renan, pela tarde ele receberá o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, em seu gabinete.

"Eu vou continuar conversando com todos. Conversar não arranca pedaço. [...] Acho que o papel do presidente do Senado é exatamente esse. É conversar com todo mundo para, em todos os momentos, demonstrar isenção e responsabilidade com o país. Conversar e trabalhar para construir convergências com todos os atores dessa crise política", disse.
Herculano
26/04/2016 20:36
NÃO TEM JEITO. EXPLODA-SE O POVO. O QUE VALE É O PODER A QUALQUER CUSTO E ENTRE POUCOS. LULA E RENAN DISCUTEM NOVA ELEIÇÃO. E SE DISCUTEM ISSO, É O RECONHECIMENTO TÁCITO DE QUE DILMA VANA ROUSSEFF, O POSTE FALHOU.

Parte 2

Temer tem realizado uma série de reuniões com economistas e políticos que podem integrar o seu eventual governo, caso o Senado aprove o afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Questionado sobre se considera que o vice está se apressando na definição do seu governo, Renan afirmou apenas que "não acha nada". "Eu sinceramente não acho nada e, cada vez mais para manter a isenção, eu devo achar menos para chegar ao final desse processo administrando essa convergência", disse.

MOVIMENTOS

Renan também recebeu durante a tarde representantes dos movimentos Povo Sem Medo e da Frente Brasil Popular, contrários ao impeachment de Dilma Rousseff e afirmou que não se deve "partidarizar" debate.

O peemedebista ouviu pedidos para que trate com isenção e assegure à petista o direito de defesa ao longo da tramitação do processo na Casa.

Enquanto Renan ainda recebia os integrantes dos movimentos sociais, Raimundo Lira (PMDB-PB) e Antonio Anastasia (PSDB-MG), respectivamente, eram confirmados na presidência e relatoria da comissão especial do impeachment.

Segundo o líder do MST (Movimento Sem Terra) João Pedro Stédile, o grupo entregou um "manifesto com milhares de assinaturas para dizer que somos contra o golpe".

"Estamos convencidos que o Senado, ao contrário da Câmara, que foi um tribunal de exceção comandado por um réu que pode ser preso a qualquer momento, vai recuperar a legalidade do processo".

Como tem afirmado publicamente, Renan repetiu ao grupo que vai garantir o rito democrático do processo, sempre agindo com isenção.
Sidnei Luis Reinert
26/04/2016 15:50
Alvaro Dias em Senado Federal.

O Governo não precisaria dar as "pedaladas" fiscais se não tivesse usado o BNDES para financiar ditaduras mundo a fora e privilegiar um grupo de amigos. Dilma repassou R$ 716 Bilhões de dinheiro do Tesouro Nacional, do FGTS e do FAT para o BNDES e depois utilizou-se das pedaladas fiscais para fechar as contas, um comportamento irresponsável, comprometedor e criminoso.

https://www.facebook.com/ad.alvarodias/videos/1147313978659182/
Sujiro Fuji
26/04/2016 15:33
Casinha de Plástico, você está cansado do blá, blá, blá vermelho? O azul é a solução!
Ana Amélia que não é Lemos
26/04/2016 13:03
Sr. Herculano:

Quando o PT não pode chamar de "ilegal" sem risco de ser desmascarado, ataca "legitimidade", que é a palavra mais vaga para enganar trouxas.

E quanto a foto, nada como contemplar pessoas asseadas.
Sidnei Luis Reinert
26/04/2016 12:15
Quem são as próximas "bolas da vez"?


Edição de São Jorge do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Enquanto Michel Temer articula para assumir o lugar de Dilma Rousseff com o impeachment quase certo, o PMDB fica apavorado com o altíssimo risco de sofrer duas grandes baixas. A primeira delas é Eduardo Cunha. Claramente, o presidente da Câmara é a bola da vez. Junto com ele, talvez pouco depois, quem dança é Renan Calheiros. A manutenção de ambos inviabiliza, politicamente, o próximo desgoverno.
Do lado da petelândia, quem corre hoje mais risco é Antônio Palocci Filho. O ex-ministro da Fazenda é apontado, também, como outra bola da vez bem previsível. Nos bastidores do judiciário, Palocci é apontado como um dos próximos altos das operações da Lava Jato. O desgaste dele será mais um programado para fechar o cerco sobre Luiz Inácio Lula da Silva - cabra marcado para se ferrar em algum momento, mais adiante.
Quem também corre perigo, por previsível pressão violenta da petelândia é Michel Temer. Se ele realmente tomar o lugar da Dilma, conforme constitucionalmente previsto, a petelândia com grande influência no Ministério Público e no Judiciário fará de tudo para que ele também seja alcançado por algum problema judicial. Delações premiadas na Lava Jato, onde Temer já foi alvo de quatro citações pelo menos, representam alto risco para o quase Presidente do Brasil.
As perguntas inevitáveis ficam no ar: Como Michel Temer vai combater essa corrupção generalizada, sobretudo a cometida pela tal Quadrilha Legislativa, mas não só ela? Como Michel Temer vai diminuir o tamanho deste poder público perdulário e corrupto que é a raiz verdadeira de QUASE TODOS OS MALES que nos afligem? Como Temer pretende lidar com a Lava Jato?
O Alerta Total insiste: Temer tem tudo para ser uma Dilma melhorada - o que não é suficiente para o Brasil como Nação. Ele e seu PMDB continuarão no poder, como fazem há 31 anos, desde 1985. Corremos alto risco de seguir sob a ditadura do crime organizado. Afinal, somos apenas um arremedo de democracia. Na verdade, operamos em um estado antidemocrático de suposto direito.
Por que o Brasil não é uma Democracia? Resposta objetiva: porque não temos segurança do Direito, porque não temos os cidadãos exercendo o controle social da máquina estatal, porque sofremos a influência direta de organizações criminosas, travestidas de políticas, na administração da coisa pública. Além disso, as eleições brasileiras são uma "caixa-preta", já que o moderno sistema eletrônico de votação não permite uma simples e honesta auditoria, via recontagem impressa de votos. Como também não temos um sistema distrital ou distrital misto para a escolha dos parlamentares, a dogmática urna eletrônica acaba escolhendo representantes sem legitimidade - o que se reflete na baixa qualidade do parlamento brasileiro.
Herculano
26/04/2016 08:22
GOVERNO E PT ATACAM O BRASIL NO EXTERIOR, por Rubens Barbosa, diplomata, ex-embaixador em Washington, no governo de Fernando Henrique Cardoso, PSDB, para jornal O Estado de S. Paulo

Parte 1

A radicalização da política interna, agravada com o pedido de impeachment da presidente da República, adquire contornos dramáticos com a decisão do PT de mobilizar forças internas e externas para denunciar um pretenso golpe contra a democracia no Brasil. Ministros do Supremo Tribunal Federal explicam que na discussão e votação do impeachment o devido processo legal vem sendo rigorosamente seguido e que é um grave equivoco insistir na tese do golpe e do retrocesso. Além da incitação interna ?" "não passarão", "vamos à luta" ?" dos movimentos sociais (CUT, MST, UNE e outros), o Palácio do Planalto estimula ações que vão além das nossas fronteiras.

O governo e o PT não hesitam em fazer uso da máquina pública para tentar desinformar governos estrangeiros, organizações internacionais e a mídia sobre o que está acontecendo no Brasil com o objetivo de deslegitimar o futuro governo e atingir a imagem presidencial. As conexões externas do PT e de seus principais líderes - dentro e fora do governo - estão sendo mobilizadas para uma forte campanha contra o Brasil e suas instituições, junto a pessoas em organizações internacionais e governos afins ideologicamente.

Felipe González e Ricardo Lagos assinaram documentos críticos ao processo de impeachment. O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) e o alto comissário de Direitos Humanos emitiram notas oficiais contra o processo de impeachment, acusando as oposições de golpe. Na longa e inaceitável nota da OEA, Luis Almagro investe contra o Judiciário e o Legislativo brasileiros, chegando a afirmar que não há prova contra a presidente, em clara interferência em assunto interno do Brasil. O secretário-geral da Unasul, a pedido do presidente do Uruguai, emitiu nota criticando a aprovação do início do processo de impeachment na Câmara de Deputados. Os presidentes bolivarianos da Venezuela e da Bolívia se pronunciaram em clara interferência nos assuntos internos brasileiros. O presidente do Equador fez graves afirmações ao qualificar a Operação Lava Jato de Plano Condor e atacar o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Federal. Raúl Castro também saiu em defesa de Dilma em comunicado oficial do governo cubano. A ministra do exterior de um dos países-membros do Mercosul chegou a afirmar que o Brasil deveria ser suspenso caso a presidente Dilma seja afastada, colocando o Brasil no mesmo pé do Paraguai.

O normalmente esquecido corpo diplomático em Brasília foi convidado a participar da reunião no Palácio do Planalto em que a chefe de Estado fez pronunciamento inflamado dizendo que não renunciaria e que iria lutar contra o golpe. A sede de governo transformou-se em palanque político onde puderam ser ouvidas seguidas manifestações de militantes e de alguns embaixadores que repetiam palavras de ordem e gestos de punhos cerrados e braços esticados. Em encontro com correspondentes estrangeiros, a presidente e Lula repetiram a narrativa do golpe e de crítica ao Ministério Público.
Herculano
26/04/2016 08:21
GOVERNO E PT ATACAM O BRASIL NO EXTERIOR, por Rubens Barbosa, diplomata, ex-embaixador em Washington, no governo de Fernando Henrique Cardoso, PSDB, para jornal O Estado de S. Paulo

Parte 2

A campanha no exterior adquiriu contornos de realismo mágico quando, depois de mencionar a grave situação e, contraditoriamente, afirmar ser o País uma democracia vigorosa, em evento da ONU sobre clima, a presidente da República pediu a aplicação da cláusula democrática pelo Mercosul e pela Unasul contra o Brasil, se for afastada. Sábado passado, o ministro de Relações Exteriores e o assessor internacional da Presidência visitaram o secretário-geral da Unasul e, em grave atentado contra a soberania do País, formalizaram pedido nesse sentido, em carta assinada por Marco Aurélio Garcia.

Essas demandas inusitadas ?" não me lembro de nenhum exemplo de chefe de Estado e de governo pedindo graves sanções contra seu próprio país ?" não levarão a nada, nem interna nem externamente. Com a possível exceção dos países bolivarianos (Venezuela, Equador e Bolívia), nenhum outro aceitará sequer examinar a aplicação da cláusula democrática contra o Brasil.

O que choca é a narrativa de golpe ser usada no exterior pelo governo e pelo PT contra o próprio país e suas instituições. O resultado é um desserviço ao Brasil, pois vai contra o interesse nacional e a imagem do País no exterior. Procura-se criar um clima venezuelano de confrontação e de instabilidade política que inexistem no Brasil. O futuro governo terá de executar uma estratégia de longo prazo para neutralizar essa campanha de lesa-pátria, construída para oferecer a narrativa do PT para as eleições de 2018.

Todos esses episódios contribuem para macular a percepção a respeito do trabalho sério e competente desenvolvido pelo Itamaraty, por representarem interferências indevidas no trabalho diplomático e em seus processos decisórios. Como ocorreu com a iniciativa de funcionário com notórias ligações com o PT de enviar a todas as embaixadas brasileiras instrução para que diplomatas fossem designados para transmitir aos governos locais a ameaça de golpe contra a presidente e, agora, com a presença do ministro do Exterior na Unasul.

A recuperação do prestígio do Itamaraty e de sua centralidade no processo de decisão e execução internas são condições necessárias para o Brasil voltar a exercer efetiva liderança e passar a influir de forma positiva no cenário regional e multilateral, deixando de lado a atitude de "anão diplomático" que hoje prevalece.

Neste momento crítico para a instituição, que deveria defender os interesses brasileiros no exterior, e deverá responder, com o novo governo, aos ataques contra o País, é importante relembrar a lição do patrono da diplomacia brasileira. Pouco antes de assumir o Itamaraty, no início do século 20, Rio Branco afirmou, sem meias-palavras, que não se devem confundir interesses partidários com os interesses maiores do País.
Herculano
26/04/2016 08:12
FREIO DE ARRUMAÇÃO, por José Casado, para o jornal O Globo

Vai aumentar a instabilidade no Congresso. Brasília e Curitiba programam novas ações, cujo desfecho deve ocorrer depois da decisão do Senado sobre Dilma

Delações e provas vão piorar clima no Congresso. Vai aumentar, e muito, o clima de instabilidade no Congresso. É o que preveem autoridades encarregadas dos inquéritos sobre corrupção na Petrobras e outras empresas estatais. Baseiam- se no conteúdo de novas delações e de farta documentação coletada no país e, também, recebida como resposta a 87 pedidos de cooperação enviados a 28 países.

Como o tempo do sistema de justiça raramente coincide com o calendário da política, mais provável é que o desfecho das ações em planejamento em Brasília e Curitiba ocorra no fim de maio, depois da decisão do Senado sobre o destino de Dilma Rousseff.

Sobram motivos para alguns aliados do atual e do eventual futuro governo adormecerem preocupados com quem vai bater à porta na manhã seguinte. Em dúvida, consulte- se Rodrigo Janot, procurador- geral da República.

Sexta- feira passada, em Boston, ele disse a pesquisadores das universidades de Harvard e MIT: "O mensalão foi brincadeira comparado à Lava- Jato. O olhar retroativo sobre os fatos de 2010 a 2012 revela essa origem criminosa. Estou convencido, com os fatos de hoje, de que é uma operação conjugada. O mensalão é parte do iceberg que depois veio a ser descoberto. Nem todo. Acho que esse iceberg ainda tem partes a serem descobertas. Hoje, temos certeza."

A procuradoria deve encerrar abril conduzindo 49 inquéritos contra políticos no Supremo Tribunal Federal, onde não cabem recursos. O deputado Eduardo Cunha ( PMDB- RJ) é o campeão em suspeitas de formação de quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro, entre outros crimes. Já foi denunciado duas vezes. O Supremo decidiu processá- lo num caso e, agora, vai resolver sobre o seu afastamento da presidência da Câmara. Será personagem em mais duas denúncias previstas para os próximos dias.

O ambiente vai piorar, e muito, antes de começar a melhorar. Uma boa definição para esse desastre político foi dada pelo poeta sergipano Carlos Ayres Britto, ex- presidente do Supremo. Ele recorreu à expressão típica do sertão para freadas bruscas como forma de organizar a carga nos paus de arara: "O momento é de freio de arrumação nas ideias, nos valores e nos métodos da sociedade brasileira. E quando esse freio de arrumação é dado, historicamente, quem não estiver com o cinto de segurança da decência, da transparência pública, do dever cumprido, vai se machucar seriamente."

São eloquentes as 93 sentenças do juiz Sérgio Moro, de Curitiba. As condenações já somam 999 anos. Dos réus, 65 fizeram acordos. Desses, 51 ( 78% do total) estavam em liberdade. Outros 14 preferiram delatar e voltar para casa usando tornozeleira eletrônica. É o caso de Fernando "Baiano" Soares, coletor de propinas do PMDB de Eduardo Cunha, que deve depor hoje na Comissão de Ética da Câmara.

O respaldo dos tribunais superiores a 96% dos procedimentos processuais tem ajudado o bom humor dos procuradores. Depois das inúmeras menções a Deus na votação do impeachment na Câmara, alguém teria procurado o chefe da procuradoria:

- O senhor vai ter de investigar Deus. É impossível que uma pessoa mencionada tantas vezes não mereça ser investigada.

- Eu respondi - conta Janot. - Olha, não provoque. Vai que Ele resolva fazer uma colaboração premiada. Esse Cara sabe tudo...
Herculano
26/04/2016 08:09
DILMA, REALIDADE E A FANTASIA, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Decerto aconselhada pelo diabo, aquele a quem ela recorreu em suas campanhas eleitorais, a presidente Dilma Rousseff decidiu adotar de vez a mentira como essência de seu discurso contra os adversários. A petista tem recorrido com desenvoltura e frequência ao engodo e cada vez mais parece acreditar nas fantasias que cria e conta.

Não contente em tentar enganar a opinião pública nacional, especialmente no que diz respeito à legalidade do processo de impeachment, por ela qualificado de "golpe", Dilma dedica-se agora a espalhar sua farsa mundo afora, conforme se verifica na impressionante entrevista que concedeu à imprensa estrangeira há uma semana. O aspecto mais importante dessa entrevista não foi a reiteração da denúncia do tal "golpe", algo que já era esperado. O mais importante foi a constatação de que Dilma está perdendo contato com a realidade, especialmente quando resolveu comentar a profunda crise econômica que ela tão cuidadosamente produziu para o Brasil.

Num dos momentos mais extravagantes da entrevista, Dilma declarou: "Nós não temos uma perda de 10 milhões de empregos, como alguns congressistas disseram. Nós não temos. Nós temos, infelizmente, uma perda de empregos, mas ela não tem esse montante, não monta a mais de 2,6 milhões de cargos. O que é uma lástima, o que é terrível".

Menos mal que a presidente tenha qualificado de "terrível" a perda de empregos, mas sua tentativa de minimizar a escalada do desemprego, apelando a um truque mambembe de contabilidade, soa como chacota para os milhões de brasileiros que perderam sua ocupação nos últimos tempos graças às lambanças do governo petista. Dois dias depois dessa entrevista, o IBGE informou que a desocupação havia chegado a 10,2% da força de trabalho no período entre dezembro e fevereiro, conforme a Pnad Contínua. Ou seja, 10,37 milhões de brasileiros estavam em busca de vagas naquele período, quase 3 milhões a mais do que no ano anterior. Para Dilma, esse aumento é o número que representa o fechamento de vagas ?" como se os outros 7 milhões de desempregados não existissem, o que obviamente é uma ofensa à inteligência.

Dilma também recorreu à fabulação quando explicou que não tinha nenhuma responsabilidade sobre a crise. "Muitos atribuem a mim a única responsabilidade, como se eu fosse responsável pelo fim do superciclo das commodities, como se eu fosse responsável pela brutal crise que afetou, a partir de 2009, os países desenvolvidos", disse a petista, incapaz de reconhecer seus erros, tão evidentes que a maioria absoluta dos brasileiros considera seu governo horroroso.

Mas Dilma foi além. Ela disse que a crise foi ampliada pela suposta inconsequência da oposição, que "se expressou nas pautas-bomba". Tentando ser didática para os jornalistas estrangeiros, a presidente explicou que pautas-bomba eram "a aceitação de medidas populistas que inviabilizavam, na prática, a rigidez fiscal, a responsabilidade fiscal, a robustez fiscal do País". Ou seja, na versão de Dilma, seu governo, que criou um rombo inédito nas contas públicas, era um exemplo de equilíbrio e responsabilidade e só sucumbiu porque foi vítima da sabotagem da oposição.

Mas a maior das fantasias de Dilma diz respeito à sua alegada probidade, reiterada, orgulhosamente, na entrevista. A presidente que reivindica uma medalha por idoneidade é a mesma sob cujo nariz bandidos rapinaram os cofres do Estado como nunca antes na história deste país e que teve sua própria campanha eleitoral financiada com o produto desse roubo, segundo evidências levantadas pela Lava Jato; é a mesma que se elegeu e se reelegeu fazendo uso de mentiras descaradas a respeito de si mesma e dos adversários; e é a mesma que continua a mentir a respeito do desastre de seu governo, a respeito das intenções da oposição e a respeito dela própria, apresentando-se como heroína da democracia desde os tempos da ditadura ?" época em que, todos sabem, ela defendia outra ditadura no lugar daquela. Mas o País, como provam os milhões que foram às ruas contra a desfaçatez de Dilma e do PT, já não se deixa mais enganar. Afinal, mentiras, mesmo aquelas contadas com muita convicção, têm pernas curtas.
Herculano
26/04/2016 08:06
BRIGA NA FEDERAÇÃO, Míriam Leitão, para o jornal O Globo

Em uma semana tensa, no auge da crise política, com os indicadores fiscais péssimos e a dívida pública escalando, o Supremo Tribunal Federal ( STF) decidirá sobre a briga dos estados com a União. De um lado, os estados dizem que vão quebrar se tiverem que pagar a dívida da maneira com que ela é cobrada. De outro, o governo calcula que a dívida que ontem chegou a R$ 2,8 trilhões vai aumentar mais R$ 300 bilhões.

É assunto complicado em hora difícil. O Supremo recebeu o ministro da Fazenda e alguns governadores dias atrás. Conversei com duas fontes que estiveram na audiência e ficaram com a impressão de que o Governo Federal não foi convincente, não deu as respostas pedidas pelos ministros. Há dúvidas no Supremo sobre o cálculo dos R$ 300 bilhões e houve quem não se deixasse convencer pelo argumento do ministro Nelson Barbosa de que a revisão dos contratos entre União e estados geraria precedente que poderia comprometer todo o sistema de crédito do país.

?" A verdade é que nós temos que decidir uma questão gravíssima, em momento muito delicado na economia e na política, o governo tem uma equipe econômica fraca e o advogado- geral da União está ausente porque tem outras preocupações ?" disse um dos ministros que votarão amanhã na questão da dívida dos estados com a União.

A tese do governo é de que se a União for forçada a adotar juros simples, em vez de juros compostos, na dívida dos estados, todos os devedores poderão requerer o mesmo tratamento. No Supremo se diz que mudança nos contratos envolvendo dinheiro público não gera precedente porque a natureza jurídica dos contratos privados é outra.

O governador Paulo Hartung, do Espírito Santo, é economista ?" e dos bons. Ele escreveu artigo afirmando que os estados não têm direito em sua queixa e que a mudança infringe a regra universal de crédito. No artigo publicado na "Folha de S. Paulo", Hartung disse que entre outras consequências previsíveis está o "risco de insolvência da dívida pública". E lembrou que 82% do abatimento dos saldos ?" decorrente dessa mudança na fórmula de cálculo dos juros ?" iria para quatro estados e justamente os mais ricos.

Hartung disse que, ao contrário do que os estados fazem crer, o processo de renegociação da dívida, feito em 1997, significou subsídio aos estados. A cobrança de juros não é, portanto, indevida e injusta, como dizem.

Por outro lado, erros do governo podem deixar os juízes da Suprema Corte com pouca margem de manobra. O governo Dilma aceitou pressão antiga dos estados para trocar o indexador e reduzir os juros. O governo fez isso, mas deixou pontas soltas. A redação da nova lei fala em juros, mas não fala que são "compostos". Além disso, regras contratuais não foram cumpridas, como a de recontratar em seis meses a partir de agosto do ano passado. Quando chegou no prazo ?" final de janeiro ?" e o Ministério da Fazenda não havia calculado os saldos devedores nem negociado com os estados, Santa Catarina entrou no STF alegando que os juros a pagar teriam que ser simples. Concedida a liminar, vários outros conseguiram a mesma coisa.

A liminar provoca prejuízos ao erário porque os estados foram autorizados a pagar menos e ficaram protegidos de retaliação por parte do governo federal.

Reabrir a questão explosiva das dívidas dos estados com a União foi uma decisão temerária do governo Dilma. Demorar- se na burocracia de fechar novos contratos foi uma insensatez. Nos últimos meses, o governo negociou com os estados uma proposta que inclui alongamento da dívida e redução do que se tem a pagar no curto prazo. Isso virou um projeto de lei que não é votado porque a crise paralisou tudo. Amanhã, a Suprema Corte decide o mérito. "Precisamos retomar a trajetória da racionalidade", disse Hartung no artigo. É isso.
Herculano
26/04/2016 07:18
PRESIDENTE DA COMISSÃO QUER SESSÃO DELIBERATIVA NA ESTREIA, por Severino Motta, de Veja

O presidente da comissão especial do impeachment no Senado, Raimundo Lira (PMDB-PB), quer que o colegiado analise e vote já em sua primeira sessão, nesta terça-feira, todos os requerimentos que serão apresentados por senadores, entre eles os de convocação de denunciantes e da defesa de Dilma Rousseff.

No Senado é dado como certo que Antonio Anastasia (PSDB-MG) não usará todo o prazo a que tem direito para elaborar seu relatório sobre o impeachment de Dilma Rousseff.

Com isso, a votação do afastamento da presidente pode acontecer dois ou três dias antes do previsto, por volta de 9 de maio
Herculano
26/04/2016 06:21
DEUS E O BRASIL, por Frei Betto (Carlos Alberto Libânio Christo), escritor e religioso dominicano, ligado a Pastoral Operária, amigo e conselheiro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, de quem foi assessor entre 2003 e 2004.

- Deus, o que o Senhor achou de tantos deputados acusados de corrupção invocarem seu santo nome em vão durante a votação do impeachment na Câmara?

- Pelo amor de Mim, um horror! Meu Filho se lembrou dos fariseus hipócritas, aquela raça de víboras.

- O Senhor não está sendo muito rigoroso? São todos cristãos!

- Cristãos eram também Hitler, Mussolini, Franco, Salazar e Pinochet. Posso não me intrometer muito nas mazelas humanas, mas uma coisa é certa: ninguém me engana. Não vejo cara nem coração. Fico de olho é na intenção.

- Mas, pelo menos neste mundo tão descrente, foi um sinal de que ainda há quem creia no Senhor.

- Creem da boca para fora e de olho no dinheiro para dentro do bolso, ou de algum paraíso fiscal. Muitos ali adoram o bezerro de ouro, o Deus do poder, da soberba e da demagogia. Falam em paz e apoiam a bancada da bala. Pregam o amor ao próximo e estimulam a homofobia.

Carregam a Bíblia debaixo do braço e escorraçam de suas terras, para espalhar o gado, índios e quilombolas, pescadores e lavradores.

- Homossexualidade então não é pecado?

- Pecado é a falta de amor. Onde há amor, aí Me faço presente.

- Mas há textos bíblicos que condenam a homossexualidade.

- Sim, como há outros que mandam passar ao fio da espada adeptos de outras religiões, como hoje faz o Estado Islâmico. Cada texto precisa ser lido dentro de seu contexto. É no mínimo desonestidade intelectual tirar pretextos preconceituosos de versículos bíblicos escolhidos segundo motivações que negam a qualquer ser humano a ontológica sacralidade de ter sido criado à Minha imagem e semelhança.

- Mas o Senhor não se sente lisonjeado com a bancada da Bíblia?

- Nunca deu certo a religião pretender monitorar a política. Por isso meu filho entrou em choque com Pilatos e o Sinédrio judaico. Há quem julgue que o cristianismo converteu o Império Romano no século 4º. Foi contrário: Constantino logrou tornar a igreja uma instituição imperial.

E isso resultou na Inquisição, que pretendeu impor a fé a ferro e fogo, e em rupturas que hoje o papa Francisco tenta costurar. Política, Estado e partidos devem ser laicos. Todo fundamentalismo é nocivo. Lembre-se que meu filho acolheu a mulher samaritana, considerada herege pelos judeus; a mulher fenícia, tida como idólatra; o centurião romano, adepto do paganismo. Sempre ressaltando a importância da tolerância religiosa.

- Deus, o Brasil tem jeito?

- Não enquanto houver estruturas injustas. Não importa quem venha a governá-lo. Podem até colocar remendos novos em pano velho, como esses programas sociais compensatórios. Aliviam, mas não emancipam. Coço minha longa barba e pergunto: como, após 13 anos de governo do Partido dos Trabalhadores, ainda há tantos sem-terra e sem-teto?

- E das pedaladas da Dilma, o que acha o Senhor?

- Ela faz muito bem de dar suas pedaladas matinais. Bicicleta não polui nem congestiona o trânsito. Quem atrapalha a República são aqueles que catam mosquitos no olho alheio e vivem engolindo camelos.

- Uma curiosidade, Senhor, já que És um ser onisciente: o Lula voltará à Presidência?

- O maior eleitor dele se chama Michel Temer.

- O que vai dar no Senado?

- Esse futuro, felizmente, a Mim não pertence! Respeito a liberdade de voto dos senadores. E que tenham presente que estarão votando também na moldura que haverá de enquadrar suas biografias nas páginas da história do Brasil.

- Deus é brasileiro?

- Também, e vota na justiça como fonte de paz.
Herculano
26/04/2016 06:09
LULA AGORA CHAMA SEUS EX-ALIADOS DE "QUADRILHA", por Josias de Souza

Mal comparando, Lula vive situação análoga à do sujeito que, desabituado de olhar-se no espelho, leva uma eternidade para perceber que a mulher casara-se com ele por dinheiro. Em sua primeira manifestação depois do Waterloo da Câmara, o sábio da tribo do PT declarou que "uma verdadeira quadrilha legislativa", unida à imprensa e à oposição, "implantou a agenda do caos" no país.

O pajé acrescentou que a quadrilha "foi comandada pelo presidente da Câmara dos Deputados, réu em dois processos por corrupção, investigado em quatro inquéritos e apanhado em flagrante ao mentir sobre suas contas escondidas no exterior."

Lula demorou quase 14 anos para notar que os companheiros do PP, PR, PTB, PMDB e assemelhados coligaram-se com os governos do PT não por amor, mas pelos mensalões e petrolões. Só agora, depois de arrombadas todas as arcas, Lula se deu conta de que seus aliados eram traidores que ainda não tinham reparado na sensualidade do Michel Temer. Mais um pouco e o morubixaba do petismo vai acabar percebendo que o dinheiro da Petrobras só saiu pelo ladrão porque o governo permitiu que o ladrão entrasse no cofre. Sem isso, não haveria Lava Jato nem dinheiro do Eduardo Cunha na Suíça.

Pobre Lula! Sem perceber, tornou-se um típico político brasileiro. Grosso modo falando. Demorou quase 14 anos para reconhecer que "base aliada" era apenas um eufemismo para "quadrilha". Antes, Lula dizia: "Falem-me de infidelidade que eu puxo logo o talão de cheques." Agora, com a Lava Jato a aquecer-lhes a nuca, os quadrilheiros exclamam: "Falem-nos de lealdade que puxamos logo o coro do impeachment: 'por minha família?', 'pelos meus filhos?', 'pelo papagaio?'.'' Noutros tempos, Lula exclamava: "falem-me em rebelião que eu puxo logo um bom discurso''. Agora, os aliados exclamam: "Falem-nos em lero-lero que nós puxamos logo um ronco".
Herculano
26/04/2016 05:59
PSDB DEVE INDICAR NOMES PARA O GOVERNO TEMER, DIZ FHC

Parte 1

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto e entrevista de Fábio Zanini, editor de "Poder" e Natuza Nery, editora da coluna Painel. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defende a entrada do PSDB num eventual governo Michel Temer, com indicação de cargos. Segundo ele, o partido tem "responsabilidade política" e não pode se recusar a participar.

O partido está rachado: FHC coloca-se ao lado do senador José Serra, cotado para o governo, na defesa de indicação de ministros. Do outro lado está o governador Geraldo Alckmin, que advoga apenas apoio congressual. O partido tomará uma decisão no próximo dia 3.

Apesar de defender o impeachment, FHC diz que a presidente Dilma não é "criminosa" e afirma que "é bom" que o PT se mantenha como força política. Otimista, diz que sua confiança de que Temer fará uma boa gestão atinge 7, numa escala de 0 a 10. "Mas sou realista também. [Temer] É o que tem".

Folha - O PSDB deve ter cargos em um governo Temer?

Fernando Henrique Cardoso - Não se pode colocar o carro adiante dos bois. Temer não é presidente ainda. Sendo presidente, tem que dizer o que quer. Na situação atual, tem que pensar no país. Tem que ver qual é o núcleo fundamental do governo, decidir quais são as áreas e qual o programa.

Folha -Esse programa do Temer, "Uma Ponte para o Futuro", tem corte liberal. O PSDB se sente confortável com ele?

FHC - É mais liberal. Mas depende de que venha outro da área social. Tem que ver como eles vão equilibrar isso aí. O PSDB tem responsabilidade política pelo que está acontecendo, porque apoiou o impeachment. Então não pode simplesmente dizer não entro [no governo]. Eu sou propenso a entrar desde que as condições sejam explicitadas. Entrar como partido, indicando nomes, porque a situação do Brasil é mais grave do que aparece.

Folha - Não é ruim ser sócio minoritário de um governo que não é seu, numa situação de crise?

FHC - A política é um jogo arriscado. Quem está nessa tem de estar sempre preparado para sair do governo. Se não for por um certo caminho, você não tem razão para continuar. Não pode, por exemplo, interferir na Lava Jato.

Folha - O senhor tem medo que algum acordão aconteça?

FHC - Não acredito que haja condição de acontecer.

Folha - Mas acha que vão tentar?

FHC - Que vão tentar, vão. Não por ser governo do PMDB, é porque abrange tanta gente que certamente vão tentar. O PSDB deve estar disposto a dizer: "nessa eu não entro".
Herculano
26/04/2016 05:58
PSDB DEVE INDICAR NOMES PARA O GOVERNO TEMER, DIZ FHC

Parte 2

Folha - É possível entrar num governo que promete corte de gastos, desvinculação orçamentária, talvez reduzir Bolsa Família?

FHC - Não se trata de cortar, se trata de dar um sentido mais realista e eficiente aos programas. Todos os programas do Brasil padecem da falta de avaliação. Isso não é ser de esquerda nem de direita, isso é ser racional. O governo, queira ou não, não tem mais de onde tirar dinheiro. Eu nem vou discutir aumento de imposto, porque vai haver.

Folha - É inevitável?

FHC - Inevitável. Basta olhar as contas. Se depender de mim, o PSDB apoiaria [aumento]. Depende de qual, né?

Folha - CPMF?

FHC - Não sei. CPMF é muito regressivo, eu fiz e depois defendi a queda dele. Precisa ver. Se eu fosse o presidente colocaria no Ministério da Fazenda alguém que entendesse de duas coisas: política fiscal e Congresso.

Folha - O sr. colocaria o Serra?

FHC - O Serra é um que poderia. Mas tem vários que podem.

Folha - Henrique Meirelles?

O Meirelles é mais política monetária do que fiscal. Nós não temos problema cambial neste momento. O Armínio também entende [da área fiscal], o Pedro Parente, tem várias pessoas.

Folha - Até que ponto pode atrapalhar o fato de Temer não ter a legitimidade de ter sido eleito como cabeça de chapa?

FHC - Isso é um fato. Ele tem a legitimidade democrática, porque teve tantos votos quanto a Dilma, embora muitas pessoas não saibam. Agora, como é que ele pode ter legitimidade, ser aceito? É pela realização, é pelo que fizer. Depende, em grande medida, da capacidade que tem em aglutinar.

Folha - O senhor se referiu a Dilma como uma mulher honesta.

FHC -Sempre.

Folha - Parece justo o impeachment de uma mulher honesta?

A Dilma não é criminosa. O processo é político. Com base jurídica, mas é político. Quando você perde a capacidade de agregar e de dar direção ao país, fica numa posição frágil. Infelizmente, o governo da presidente Dilma se desmilinguiu. Ela cometeu crime de responsabilidade fiscal e contra lei orçamentária, são ações concretas.

Folha - O sr. foi uma espécie de primeiro-ministro de Itamar. Temer deveria ter um também?

FHC - Se o Temer souber falar com o país, não precisa de primeiro-ministro nenhum.

Folha - Não parece ser o perfil dele...

FHC - As pessoas têm de usar a ocasião e mudar.

Folha - Se o Temer fizer uma gestão satisfatória, pode disputar a reeleição em 2018?

FHC - Se o povo quiser, não há o quer fazer. É bom para o PSDB? Não, o PSDB quer ir direto para o governo, mas se Temer for bom, e o Brasil quiser isso...

Folha - Como o sr. vê o futuro do PT?

FHC - O PT tem enraizamento, portanto ele vai permanecer. E é bom que permaneça. Erradicar o PT, criminalizar o PT não tem o meu apoio.

Folha - Numa escala de 0 a 10, qual o grau de confiança de que o governo Temer vai funcionar?

FHC - Sete.

Folha - Quanto otimismo, hein?

FHC - Eu sou otimista, pelo Brasil. Se não acreditarmos nas coisas, você não muda nada. E sou realista ao mesmo tempo. É o que tem. Não é minha escolha. A situação é essa
Herculano
26/04/2016 05:28
O ROSTO CUSPIDO E ESCARRADO DO PETISMO, por Kim Kataguiri, um dos coordenadores nacionais do Movimento Brasil Livre

Os petistas sabem que o governo já acabou. Criaram a fantasiosa narrativa do "golpe" já pensando na sobrevivência do partido no pós-Dilma. A militância precisava de um combustível, de um inimigo em comum, para se reunificar. Mas esse novo mito fundador não foi suficiente para conter o ódio, a intolerância e o fascismo dos simpatizantes do PT.

Logo depois de proferir seu voto sobre o processo de impeachment no plenário da Câmara dos Deputados, o deputado Jean Wyllys (RJ), do PSOL - partido que diz fazer "oposição à esquerda", mas que é mais subordinado ao governo do que a própria base aliada -, cuspiu em alguns de seus colegas que votaram "sim".

A atitude, além de caracterizar quebra de decoro parlamentar - o que pode dar início a um processo no Conselho de Ética e culminar na cassação do mandato do deputado -, também demonstra a revolta dos simpatizantes do petismo contra o resultado de um processo absolutamente democrático.

O ator José de Abreu, recentemente, cuspiu num casal numa discussão política em um restaurante em São Paulo. Em seu Twitter, disse que não se arrependeu e ainda chamou o casal de "covarde" e "fascista". No último domingo (24), falou sobre o caso no "Domingão do Faustão" e declarou que a cusparada "foi uma reação de um ser humano normal", claramente se colocando como vítima no incidente.

Não sei qual é a definição do ator para os termos "ser humano" e "normal", mas, com certeza, não é aquela que está no dicionário. Pessoas normais não cospem em quem discorda de suas posições políticas. E esse nem foi o caso: o casal apenas demonstrou sua indignação com a corrupção do partido que José de Abreu defende com unhas, dentes e mentiras. Apesar de o petismo alçar a corrupção ao patamar de categoria de pensamento, não é possível dizer que o episódio tenha se tratado de discordância ideológica.

No último sábado (23), no Masp, "artistas" cuspiram e vomitaram em fotos de parlamentares que votaram a favor da admissibilidade do processo de impeachment. Além do claro caráter antidemocrático do ato, que hostilizou a figura de políticos simplesmente por pura intolerância, também causa repulsa o fato de esse show de horrores ter sido chamado de "manifestação" por setores da imprensa.

Os defensores do governo não se satisfizeram em nos causar nojo ideológico com seu discurso hipócrita e autoritário. Decidiram nos causar nojo físico. A cusparada tornou-se símbolo máximo do pensamento petista. No lugar do diálogo e da tolerância, a ignorância e o rancor.

Essa nova maneira de expressar o petismo demonstra uma mentalidade que não é só doentia, mas perigosa. A ditadura da propina acabou, e a militância do PT terá de aceitar isso. Foi-se o tempo daqueles que apenas defendiam a democracia quando ela lhe convinha. O fim do governo Dilma dará início a um novo tempo para a nossa República. E não há cuspe que impeça isso.
Herculano
26/04/2016 05:19
STF IMPEDIRÁ LULA NA CASA CIVIL, AVALIA O PLANALTO, por Claudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Em conversa com a presidente Dilma Rousseff, seus ministros mais leais passaram-lhe a avaliação de que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve acatar alegações do ministro-relator Gilmar Mendes e do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para barrar a nomeação de Lula para a Casa Civil por considerar que ficou configurado o "desvio de finalidade", com a clara intenção de dificultar a investigação.

SALVO CONDUTO
A tendência do STF, avalia o Planalto, é considerar que a nomeação objetivou dar a Lula foro privilegiado como se fora "salvo conduto".

PROVAS DE OBSTRUÇÃO
O governo soube que provas obtidas pelo MPF, levando Janot a mudar de atitude, indicam que a nomeação de Lula era para obstruir a Justiça.

MAU PRESSÁGIO
O adiamento do julgamento da nomeação e o parecer contrário da Procuradoria-Geral da República acionaram o alarme do Planalto.

MELHOR DESISTIR
Jaques Wagner fez prognóstico pessimista, ontem: melhor não contar com Lula na Casa Civil. O ex-presidente pode até desistir.

ANTECIPAR ELEIÇÃO É JOGADA CONTRA IMPEACHMENT
A proposta de antecipar eleições, defendida até por Dilma, representa no governo a admissão de derrota no Senado, no impeachment, e uma jogada para reforçar o discurso favorável a "eleições gerais" de senadores "independentes" que têm em comum o fato de serem ex-petistas, na maioria. O objetivo é manter Dilma no cargo por mais um ano, porque as regras de eleição só podem ser alteradas no ano anterior, e dar a Lula a última chance de ganhar foro privilegiado.

ARMADILHA
Alguns senadores caíram na jogada. Até o independente Lasier Martins (PDT-RS) passou a defender "eleições gerais", como queria o Planalto.

FUTURO INCERTO
Se a eleição ficar para 2018, como está previsto, Lula pode estar preso ou inelegível, em razão de condenações dadas como certas.

JOGADA PETISTA
Petistas querem incluir Michel Temer no impeachment porque se ambos forem cassados nos primeiros dois anos, haverá nova eleição.

GRANA FARTA
A Concremat, responsável pela construção da ciclovia Tim Maia, que desabou no Rio quinta-feira (21), já recebeu só neste ano mais de R$ 12,6 milhões do governo federal por "obras e consultorias". Humm...

KÁTIA COM MEDO DE VAIA
A ministra Kátia Abreu (Agricultura) se recusou a participar da maior feira de agronegócio do Brasil, a Agrishow, em São Paulo. Isolada no PMDB e na Confederação da Agricultura (CNA), ela teme ser vaiada.

NEM PENSAR
Em conversa com empresários, Michel Temer tem recusado a ideia de retorno da CPMF em seu eventual governo. Faz questão de lembrar que não apoiou Dilma na decisão de tentar recriar o imposto.

PSD CONTRA DILMA
Gilberto Kassab, dono do PSD, esteve com Michel Temer e avalia que que a bancada do seu partido no Senado não deve destoar da votação na Câmara, quando 29 dos 37 deputados apoiaram o impeachment.

ELE QUER É GASTAR
Nelson Barbosa (Fazenda) pediu ao presidente do Senado, Renan Calheiros, para pautar projeto que reduz a meta fiscal deste ano. Diz o ministro que, sem a folga, a máquina do governo pode parar.

PRESENTE ANTECIPADO
O PT-RS discutiu o veto às coligações com PP e PMDB, nas eleições municipais, como se houvesse partidos dispostos a isso. Para o deputado Jerônimo Goergen (PP), o fim dessa relação "é um presente".

REPETECO
Quatro senadores devem participar pela segunda vez de um processo de impeachment: Agripino Maia (DEM-RN) e Edison Lobão (MA), Raimundo Lira (PB) e Garibaldi Alves Filho (RN), todos do PMDB.

SALTO ALTO
Os apoiadores do impeachment acreditam que o governo está mais articulado no Senado. Após acachapante vitória da Câmara, a avaliação é que a oposição deu uma relaxada na busca por votos.

PENSANDO BEM...
...depois de 5 anos e meio, o Brasil terá finalmente um governo Dilma: ela promete criar "governo paralelo", se for mesmo afastada.
Herculano
26/04/2016 05:13
da série: não parece algo que acontece em Gaspar?

O ÚLTIMO A TRAIR, por Bernardo Mello Franco

Ao anunciar a criação do PSD, Gilberto Kassab informou que o partido não seria "nem de direita, nem de esquerda, nem de centro". Parecia piada, mas era uma declaração de princípios -ou da total ausência deles. Desde que registrou a sigla, o ex-prefeito fornece apoio a todo tipo de candidato, sem distinguir ideologia ou cor da camisa.

Em 2012, ele se aliou ao tucano José Serra na eleição paulistana. Em 2014, abraçou a petista Dilma Rousseff na corrida presidencial. Fracassou ao tentar uma cadeira no Senado, mas foi recompensado com um cargo mais valioso: o Ministério das Cidades, que controla repasses para obras de saneamento e habitação.

O ex-prefeito não se contentou em comandar um orçamento bilionário e voar nos jatinhos da FAB. No início do novo governo, apresentou ao Planalto o projeto de criar mais uma legenda amorfa. A ideia encantou o ministro Aloizio Mercadante, que pontificava como o principal articulador político da presidente. Assim nasceria o novo PL, com a missão de filiar o maior número possível de parlamentares e esvaziar o velho PMDB.

O sonho durou pouco. A dupla Michel Temer e Eduardo Cunha farejou o risco e aprovou mudanças na lei eleitoral, abatendo o avião de Kassab antes da decolagem. O episódio desgastou Dilma com o maior partido do Congresso e deu um pretexto para o vice-presidente e o chefe da Câmara tramarem sua derrubada.

Enquanto o impeachment avançava, o ministro se reaproximou discretamente dos políticos que havia tentado sabotar. A poucos dias da votação decisiva, perguntei a um antigo aliado de Temer como ele se comportaria. "O Kassab? Este vai ser o último a trair", respondeu o peemedebista.

O dono do PSD pediu demissão na noite de sexta (15). No domingo (17), seu partido deu 29 votos "sim" e garantiu a aprovação do impeachment na Câmara. No feriadão de Tiradentes, o ex-prefeito foi visto no Palácio do Jaburu, onde o vice negocia a distribuição de cargos no futuro governo
Herculano
25/04/2016 21:44
NA COMISSÃO DO SENADO, DILMA SO TEM 6 VOTOS, por Josias de Souza.

O plenário do Senado ratificou nesta segunda-feira os nomes indicados pelos blocos partidários para compor a comissão que analisará se a Câmara acertou ou errou ao abrir um processo de impeachment contra Dilma Rousseff. No momento, apenas seis dos 21 membros titulares do colegiado apoiam a presidente. Repetindo: apenas 28,5% dos membros da comissão são contrários ao impeachment.

A lista dos membros da comissão está disponível abaixo. Os senadores pró-Dilma são, por ora, os seguintes:

Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR), José Pimentel (PT-CE), Telmário Mota (PDT-RR), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Wellington Fagundes (PR-MT).

A oposição ainda não perdeu as esperanças de seduzir Fagundes para a causa do impedimento. Nessa hipótese, restariam do lado de Dilma cinco senadores - a lotação de um fusca.

- PMDB - 5 vagas: Raimundo Lira (PMDB-PB), Rose de Freitas (PMDB-ES), Simone Tebet (PMDB-MS), Dário Berger (PMDB-SC) e Waldemir Moka (PMDB-MS).

- Bloco da oposição (PSDB-DEM-PV) - 4 vagas: Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Ronaldo Caiado (DEM-GO).

- Bloco de apoio ao governo (PT-PDT) - 4 vagas: Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lindbergh Farias (PT-RJ), José Pimentel (PT-CE) e Telmário Mota (PDT-RR).

- Bloco Socialismo e Democracia (PSB-PPS-PCDOB-REDE) - 3 vagas: Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), Romário (PSB-RJ), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

- Bloco Parlamentar Democracia Progressista (PP-PSD) - 3 vagas: Ana Amélia (PP-RS), José Medeiros (PSD-MT) e Gladson Cameli (PP-AC).

- Bloco Moderador (PTB-PR-PSC-PRB-PTC) - 2 vagas: Wellington Fagundes (PR-MT) e Zezé Perrella (PTB-MG).
Mario Pera
25/04/2016 21:06
Pra registro. Santa Catarina também teve representante na Comissão de Impeachment na Câmara ,o deputado Mauro Mariani, do PMDB.
Herculano
25/04/2016 20:11
FREUD ESTARÁ MORTO? por Luiz Felipe Pondé, filósofo, para o jornal Folha de S. Paulo

No futuro, sexo será coisa de pobre. Diz, de repente, meu amigo esquisito, que anda meio deprimido com o Brasil "inteligente", que insiste em amar o populismo brega do PT. Mas, voltemos à hipótese acima. Por que no futuro sexo será coisa de pobre?

Vamos desenvolver essa intuição desesperadora. Simples: porque os mais ricos e instruídos farão sexo sustentável consigo mesmos. O acúmulo de riqueza está deixando a moçadinha mais instruída brocha. A vida sexual nessa camada social será uma grande punheta. Faça um teste: entre os mais jovens, só os pobres ainda acreditam na "diferença sexual". Dito de forma direta: só os mais pobres acreditam que existam homens e mulheres entre nós.

E qual a razão "filosófica" pra isso? Simples, de novo. A histeria (aquela que deixava as mulheres do tempo de Freud paralisadas diante do gozo) hoje se fez laço político utópico. A utopia política é histérica porque toda utopia é histérica.

Limpinha, perfeita, imaculada, paralisada diante da realidade suja. A histeria teme o gozo porque tem horror ao sexo, sujo em sua natureza íntima. E os inteligentinhos (histéricos de carteirinha) determinaram que o sexo é político.

Para gozar, temos que ser sujos e injustos. Imagine uma histérica de hoje, toda limpinha, fazendo um boquete num cara? A exigência será que o esperma seja orgânico e igual para todos.

Os heterossexuais serão visto andando em bandos na periferia, mergulhados em sua ignorância, acreditando na fábula da "diferença entre os sexos". Os mais ricos terão aderido ao movimento "transnada". Mesmo os gays já serão um fenômeno de classe C. O chique mesmo será visto nas ruas da zona oeste, passeando com seu golden retriever: o "transnada". Figura eclética, criada pela sociologia "progressista".

Nosso "transnada" frequentará consultórios de psicanalistas e se cortará diante de sua analista, procurando sentir alguma coisa, já que a sociologia de gênero terá provado que seu "corpo é uma representação social". Como sentir alguma coisa se seu corpo é uma representação social? Como um fantasma, nosso "transnada" vagará pelo mundo das representações sociais.

Detalhe: a cegueira contemporânea é não perceber que a agressão ao desejo agora não vem do "cristianismo", mas do sexo como representação social. É a utopia do sexo correto que aniquilará o desejo pelo corpo.

Acreditar que o corpo seja uma representação social é como crer em almas penadas: uma vez tendo caído na rede, você fica bobo e o próximo passo será a crença em duendes.

Aprofundemos um pouco mais. Como pensar em sexo sem pensar na pulsão de morte? Conceito problemático para um mundo rico que localizou o mal na opressão social. Só o capital carrega a "letra escarlate" da pulsão de morte. E sem pulsão de morte, o sujeito está morto. Por isso, só os mais pobres farão sexo.

Porque estes ainda gozarão com o "mal" em si mesmos. Sem pulsão de morte não há sexo nem gozo.

Vou contar um fato que presenciei recentemente, que parece não ter nada a ver com isso, mas que tem tudo a ver.

Estava eu observando um grupo de monitores conversando com um grupo de crianças de uns quatro ou cinco anos, num ambiente de classe A em São Paulo. Um dos meninos chuta uma árvore. Parece irritado. O monitor, carregado daquela bondade perigosa e adocicada, diz para ele em forma de repreensão, mas fingindo ser uma forma de amor ao portador:

"Joãozinho!" (vamos chama-lo de Joãozinho para prestar uma homenagem a esse personagem já perdido no tempo, um tempo sem a melação de hoje em dia).

"Você não lembra do desenho que acabamos de ver?". Joãozinho para, assustado. "Você não lembra que o desenho mostra que se maltratarmos a natureza isso fará mal para nós mesmos?" Joãozinho permanecia imóvel diante de "tanto amor à natureza".

Os idiotas do bem esqueceram do ensinamento do grande Nelson Rodrigues, nosso maior especialista em sexo, desejo e pulsão de morte: "Só os neuróticos verão a Deus". No futuro, só os sujos terão corpo. Só os pobres de espírito farão sexo. Só os injustos gozarão. Freud estará de fato morto.
Herculano
25/04/2016 20:09
A COLUNA DE TERÇA

Excepcionalmente, a coluna inédita Olhando a Maré desta terça-feira, foi antecipada em algumas horas para os leitores e leitoras que a tornaram líder de acesso no portal mais antigo, mais acessado, mais atualizado e de maior credibilidade, o Cruzeiro do Vale.

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