26/10/2017
JOGO OU SEM PALAVRA? I
O prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB e seu vice, Luiz Carlos Spengler Filho, PP, servidor público, prometeram reajustar na inflação do período, o “subsídio alimentação” de R$400,00 dos servidores. Isso se até este outubro, a folha de pagamento da prefeitura não chegasse a 48% do Orçamento. Até setembro não chegou. Os interlocutores do prefeito com o Sindicato e os servidores iniciaram um jogo perigoso e gols contra para não cumprir a palavra dada. O prefeito de verdade, Carlos Roberto Pereira, advogado (deve saber o que faz nesse assunto que peitou), secretário da Fazenda e da Gestão Administrativa, presidente reeleito do PMDB e coordenador da campanha de Kleber, com Pedro Bornhausen, estão a dizer três coisas: o índice de outubro não foi apurado; o ano não terminou; e querem mudar o subsídio por tickets.
JOGO OU SEM PALAVRA? II
Realmente, outubro não terminou. Mas, daí dizer que o ano ainda não acabou para esticar um prazo que não se contratou na palavra, é esperteza perigosa, rasteira à espera do índice inflado pela Reforma Administrativa. Este jogo não serve a gestores públicos e complica a relação num ambiente já conflagrado. Os servidores se reuniram numa assembleia concorridíssima e ameaçam uma greve a partir desta terça-feira. E não exatamente por causa da falta de reajuste do “subsídio alimentação” parado há três e um dos mais altos do estado, como são os salários de prefeito e secretários. Mas porque são contra a substituição do tal “subsídio” por tickets refeição ou alimentação, como acontece em qualquer lugar, inclusive no próprio Sindicato. Este esperto “subsídio”, criado na Lei 1491/94 e mal aplicado pelos prefeitos desde então, na verdade, é um salário disfarçado. Está “incorporado”, cria direitos e é inclusive, base para fins de aposentaria. Inflou-se os vencimentos dos servidores. Quem fez isso? Políticos na sanha corporativa ou na busca de votos fáceis, privilégios com o dinheiro dos impostos de todos e que falta ao básico da administração.
JOGO OU SEM PALAVRA? III
O secretário Pereira há muito tem se revelado autoritário e pouco dado às negociações. Tanto que quando soube da resistência do Sintraspug e à movimentação dos servidores, foi à sua rede social para esculachar. Não aguentou o tranco e apagou o que escreveu e os petardos (injustos ou não) que recebeu. Correu do debate. Negou-se à transparência, mas já era tarde. “Ser gestor público implica em ter coragem”, escreveu o doutor Pereira. É verdade, mas essa postura é exceção. Antes da coragem, é preciso inteligência, capacidade de negociação, articulação e plano B. Ninguém vai a uma guerra apenas com a coragem. E sem preparo e quebra da palavra, Pereira está colocando em risco uma boa causa. “Não são mentiras e movimentos políticos da oposição que irão nos fazer parar”. Como assim? No mínimo falta respeito com um ponto de vista diferente. “Gaspar e o Brasil não aceitam mais regalias e privilégios no setor público. Gaspar vivia no atraso. Chegou a hora da mudança”.
JOGO OU SEM PALAVRA? IV
O contribuinte está realmente cansado com os privilégios corporativos. E esse do “subsídio alimentação”, é um das muitas distorções e vantagens que se conseguem com amparo dos políticos. Entretanto, o doutor Pereira e o prefeito Kleber, a quem representa na interlocução, não possuem autoridade para escrever o que se escreveu. Quem articulou a Reforma Administrativa e criou uma despesa de mais de R$600 mil por ano com comissionados e gratificações para os gasparenses pagarem? O doutor Pereira! E onde estava o Sindicato que não mobilizou os servidores para impedir tais privilégios à uma casta de amigos e correligionários? E a dita oposição oportunista que agora cai de pau contra Kleber? O PT com Rui Carlos Deschamps e o PSD, com Wilson Luiz Lemfers deram até votos que não eram precisos nesta matéria. E sabe-se bem a razão disso. Exagero meu? Serão estes R$600 mil que alterarão até o fim do ano, no prazo esperto que se estica, os mágicos 48% apalavrados e que retirarão o reajuste do “subsídio alimentação”. Então. Os dois lados estão errados, armados para a guerra. E quem vai pagar mais uma vez? Os pagadores de pesados impostos com o acerto entre os políticos. Acorda, Gaspar!
Ilhota em chamas I. O prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall e o de Ilhota, Érico de Oliveira, ambos do PMDB, estiveram reunidos. Assunto: uma política comum de ocupação de empreendimentos à beira da BR 470 duplicada. Vão esfolar juntos os empreendedores.
Ilhota em chamas II. Operação abafa. Está devidamente escondido, mas o caso foi parar no Conselho Tutelar, pode dar zebra e notícia nacional. Um professor passou em sala de aula da oitava série, um filme pornográfico gay. Tudo para suportar nas cenas reais, aulas de prevenção à Aids.
Ilhota em chamas III. Fica a advertência. O Tribunal de Contas do Estado aplicou uma multa de R$1.136,52 ao ex-prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, por empenhar despesas sem autorização e previsão legal no Ilhotaprev nos anos de 2014 e 2015. A denúncia foi feita pelo vereador Almir Aníbal de Souza, PMDB.
Muitos insistem para que eu comente sobre as mudanças no trânsito de Gaspar e que foi manchete esta semana para esconder os verdadeiros problemas da Saúde, creches, assistência social.... Eu continuo sem opinião. É preciso ver antes o que de prático vai acontecer na implantação e nas reações. É um assunto técnico. É polêmico e penso, necessário.
Como escrevi na sessão Trapiche da coluna de segunda-feira e que está disponível no portal do Cruzeiro do Vale, o mais acessado, tudo vai depender do comportamento do prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, diante das pressões paroquiais e que não serão poucas.
Como é Gaspar e a tal gestão eficiente de Kleber Edson Wan Dall, PMDB. A cada detonação de rochas na BR 470 para a sua duplicação, os moradores da Rua Vidal Flávio Dias passam um perrengue devido à falta de planejamento da Superintendência do Distrito do Belchior. Normal.
Mas, podia ser bem diferente. Os passantes da rodovia, com a interdição dela encontram na Vidal Flávio Dias, sem calçamento, no Belchior Baixo, uma alternativa para superar o bloqueio. Em dias de sol, a poeira come solta. A velocidade também.
As detonações são avisadas com antecedência pela empreiteira. Então qual a razão para o caminhão pipa da prefeitura e orientado pelo intendente do Distrito não passar por lá para baixar a poeira? Qual a razão para um agente de trânsito não monitorar o fluxo, ou então, colocar um radar móvel para “educar” os maleducados?
O vereador Rui Carlos Deschamps, PT, que já foi superintendente do Belchior, ensina e não entende quais os motivos do atual intendente, Raul Schiller, PMDB, que não possui intimidade com o Distrito (foi vereador na Figueira), não ter essa articulação para o previsível, o bom senso e o povo do Belchior Baixo.
Raul com a sua “ausência” não trabalha apenas contra os moradores da Vidal Flávio Dias, mas contra si próprio e principalmente contra a imagem de Kleber, seu padrinho político neste cargo comissionado. A ira é contra a administração, e pela tangente contra os vereadores do Distrito, como a vereadora Franciele Daiane Back, PSDB. Acorda, Gaspar!
O melhor discurso feito até agora na Câmara de Gaspar foi à submissão de todos os vereadores ao silêncio de dois minutos imposto pelo líder do PMDB, Evandro Luiz Andrietti, na última sessão. E o presidente Ciro André Quintino, PMDB, disse “amém” ao que não se soube da razão do gesto inusitado.
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