26/03/2021
Tratam-nos como patos I
Quando a pandemia começava no ano passado, ainda havia parte da programação da comemoração de emancipação de Gaspar. E uma atividade na Praça Getúlio Vargas - agora ocupada por lixo reciclável que dizem ser um jardim -, deu o tom da organização: havia meia dúzia de políticos, puxa-sacos e pitbulls em início de campanha eleitoral, à espera do público. Os jovens estavam em outra vibe. A cena patética correu a cidade pelas redes sociais.
Tratam-nos como patos II
Este ano, a pandemia, definitivamente cortou o barato de todos os políticos que estão como o diabo gosta depois da reeleição de lavada que conseguiram. Oposição? Nem se ouve falar dela. Muito menos se sabe se ela existe. No ano passado, ano de eleição, inaugurações, discursos, entrevistas sem perguntas, comemorações. Este ano, a pandemia escondeu o que prometeram e ainda não entregaram, ou então, está tão mal feito, que estão agradecendo à proibição da fake de aglomerações. Quando querem fazem, disfarçam e avalizam
Tratam-nos como patos III
Cadê aquele trecho de menos de um quilômetro do Anel de Contorno de Kleber, caríssimo, em pista simples, que provocou a troca de sucessivos fiscais da obra? Ela liga as avenidas Frei Godofredo e Francisco Mastella. Se não tivesse pandemia, haveria festa neste 18 de março. Mas...
Tratam-nos como patos IV
E o que falar daquela obra toda retalhada, cheia de problemas de todos os tipos e que resolveram chamá-la “de reurbanização da Avenida Rio Branco”, no bairro Santa Terezinha? Se não tivesse pandemia haveria festa, discurso, entrevistas sem perguntas e festa neste 18 de março.
Tratam-nos como patos V
E o que falar do Mirante que já desabou quando se colocava o cimento na laje? Se não tivesse a pandemia, estavam todos lá testando o que já se afundou antes mesmo de ser inaugurado. E o “porto dos riquinhos” de Gaspar projetado para exibir suas lanchas, iates, veleiros e moto-aquáticas em manobras radicais? No mínimo, uma visita ao “canteiro de obras” se programaria neste 18 de março com discursos, entrevistas sem perguntas e inundações de fotos nas redes sociais.
Tratam-nos como patos VI
Tudo ficará para o ano que vem. E por quê? Ano de eleições; ano de pedir votos, de farrear, de zombar, de prometer, de discursar, de dar entrevistas sem perguntas. Até aumento real para o funcionalismo planejaram para valer só ano que vem, ano de eleições. Mas, recuaram. Ora se há dinheiro para o aumento do funcionalismo, qual a razão para estar esmolando em Florianópolis e Brasília? "A esperteza quando é demais, ela come o dono" (Tancredo Neves).
Tratam-nos como patos VII
Se a pandemia favorece os políticos para eles esconderem à incompetência a mais de uma centena de mortos decorrente de três das ondas, uma delas da campanha eleitoral, como demonstrei aqui, serem eles descobertos na esperteza os incomoda, mas não os desanima não. Mostro isso diariamente no blog que você pode acessá-lo pelo site do jornal Cruzeiro do Vale, ou pelo www.olhandoamare.com.br no seu próprio smartphone.
Tratam-nos como patos VIII
Essa gente falha no mínimo e no básico, porque quem está na coordenação não entende do riscado, nem à importância do cidadão nesse processo e não é cobrada devidamente pela sociedade. Simples assim! Quer um exemplo de centenas e para não fugir da atualidade?
Tratam-nos como patos IX
O relato é de um leitor. Morador do Poço Grande, segunda-feira passada, esposa e a filha, com supostos sintomas de Covid foram ao Ginásio João dos Santos. A lista de barbaridades testemunhada é longa. Em nenhum momento ela viu alguém passando álcool nas cadeiras (de espera e que se trocavam de pessoas nelas), viu médico atendendo sem luva, médico que baixou a máscara para assoar o nariz e não lavou as mãos, várias profissionais de saúde usando o mesmo teclado do computador sem luva ou higienização dele, não se viu ninguém higienizar as canetas que corriam soltas aos que preenchiam formulários, havia falta de distanciamento na hora de esperar o resultado do exame etc e tal.
Tratam-nos como patos X
A mulher e a filha do meu leitor voltaram para a casa com mais medo do que aliviadas quando receberam o resultado negativo do teste para Covid. Se estavam boas, correram o sério risco de se contaminarem na triagem. E para encerrar. No como aconteceu com os nossos idosos de 75 anos no domingo. Kleber e seus "çabios", incluindo a curiosa leitora de versículos e que está secretária da Saúde, Silvânia Jonoelo dos Santos, ficaram putos, aos invés de reconhecerem que colocaram em risco pessoas vulneráveis.
Tratam-nos como patos XI
Na verdade essa gente - que vive e precisa disso - confia na marquetagem profissional com o dinheiro dos pesados impostos de todos nós e na memória curta dos eleitores. No ano que vem, além das obras necessárias que se enrolam agora para liberá-las à comunidade, sobrarão festas, inaugurações, discursos, entrevistas sem perguntas. Até entrada particular de garagem será feita com a presença de candidato a deputado e seu vereador cabo eleitoral. É para se ter apoio e voto da família, dos amigos dos.... E para que mesmo? Para tudo ficar pior do que está. Acorda, Gaspar!
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