24/04/2021
Está o maior bafafá na cidade diante da decisão do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, do vice Marcelo de Souza Brick, PDS, e de seus “çábios”, em terceirizar o pessoal do SAMU de Gaspar.
Vou assistir de camarote.
Os que gritam agora e me pedem para ampliar o bafafá, são os mesmos que estão caladinhos há muito tempo em Gaspar. E a vez deles está chegando.
Ou eles estão usufruindo das beiradas do poder, ou estão defendendo o corporativismo supostamente não alcançável pelo poder, ou acham que o que o poder de plantão faz orquestradamente para ser ainda mais poderoso não é da conta dos reclamantes, ou porque possuem fundado medo do esquemão que intimida e constrange quem não concorda com os supostos opositores, ou simples divergentes.
Os que gritam agora, batem palmas para a coluna. Divertem-se porque não é com eles, mas a favor deles. O que essa gente não percebeu ainda é que está sendo engolida na razão, na voz e na capacidade de ser até, ela própria ser uma alternativa a tudo que está dominado, e cada vez mais difícil de se sair desse enrosco.
Se é mais caro ou mais barato o SAMU terceirizado, é irrelevante. O que é relevante é à falta de transparência, de discussão e à reafirmação do que é melhor à cidade e aos cidadãos.
As ambulâncias do SAMU já estavam terceirizadas. Por falta de fiscalização da sociedade e convivência do poder público contratante, uma delas, por exemplo, mesmo recebendo recursos públicos, a MME2085, até o fechamento desta coluna, continuava com o licenciamento atrasado desde 2019 e acumulava R$1.264,63 em multas.
Nem a Ditran, nem PM, nem ninguém foi capaz de colocá-la no pátio terceirizado para a mínima regularização. E quando fizer isso, será um escândalo a favor do errado. Vai se alegar – e a imprensa vai colaborar - que pode morrer gente sem socorro. E tudo continuará torto como está. Acorda, Gaspar!
Esta foto é do final do ano do ano de 2018. Ali, o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, com a sua cúpula política e técnica, prometeu aos empresários e moradores da Rua Vidal Flávio Dias, no Belchior Baixo, que longo no início de 2019 asfaltaria aquele trecho entre a BR-470 e a capela Santa Catarina.
Como um dos porta-vozes do grupo era o vereador Rui Carlos Deschamps, PT, oposição, e que não se dobrou ao governo, mas aprovou o financiamento que a obra necessitava, quem sofreu foram as pessoas e os investidores. Estes até prometeram colocar uma parte do dinheiro deles nas obras para tudo se acelerar. Rui nem concorreu à reeleição.
Na semana passada, três anos depois, foi "criada" uma comissão para o “asfaltamento da Rua Vidal Flávio Dias”. Quem lidera a comissão? A Franciele Daiane Back, PSDB, da Bancada do Amém na Câmara. Ela estava naquela reunião de 2018 junto com o atual secretário de Obras e Serviços Urbanos, Luiz Carlos Spengler Filho, PP, então vice-prefeito.
Até aí, é do jogo da vingança, onde outros pagam o pato. Sabe quem estava lá para garantir que agora o asfalto vai sair? O prefeito Kleber. É muita cara-de-pau.
Esta semana contei no blog www.olhandoamare.com.br - e que você pode acessar daqui do portal ou do seu smartphone, como um pequeno empresário não simpatizante do poder de plantão e com licença ambiental expedida regularmente pela prefeitura de Gaspar foi pego no flagra. A prefeitura mandou o assunto para o Ministério Público. É um truque para lavar as suas mãos daquilo que armou.
Primeiro, o Plano Diretor não permite a atividade de estamparia em mais de 30m2 nas ruas transversais da Pedro Simon e BR 470, na Margem Esquerda.
Segundo, há dezenas de empresas na mesma situação do flagrado. Tem o mesmo tipo de licença e as atividades são feitas até em espaços quase três vezes maior do empresário autuado.
Se o Ministério Público resolver seguir a linha e a norma, todos vão fechar. Resumindo: a prefeitura atirou no que viu e acertou no que não viu. E a maioria desses empresários são eleitores e cabos do poder de plantão. E agora, “çabios” da prefeitura de Gaspar?
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