31/07/2021
Estes jovens políticos de Gaspar e que hoje vivem apenas de marketing, muita rede social, assessores até para penteados e muito blá, blá, blá, enganam. E de forma torta. Gaspar já foi muito mais avançada naquilo que pensava para os seus meio século atrás. Essa gente do presente se perde na amnésia e na falta de visão. Há inúmeros exemplos. Um deles: quando o prefeito de Gaspar era Osvaldo Schneider (1973-1977), o Paca, histórico e bajulado presidente de honra do MDB daqui, mas que os próprios jovens do MDB teimam em desmerecê-lo, o ex-açougeiro de Ilhota, hoje um reconhecido e bem sucedido empreendedor do ramo imobiliário, foi muito, mas bota muito, mais ousado para a cidade do que o prefeito eleito Kleber Edson Wan Dall, MDB, e o prefeito de fato, o presidente do partido, o secretário que talhou a secretaria da Fazenda e Gestão Administrativa para si na cara Reforma Administrativa de 2017, Carlos Roberto Pereira, os que se vendem como modernos.
A Gaspar dos políticos de ontem e incrivelmente os de hoje, vivem de gargalos. Pior. Na maioria dos casos apenas para atender interesses pequenos, privados, de cumpadres, apoiadores eleitorais, supostos donos da cidade, ou até, à falta de interesse. Até fechar rua, fecharam e não há Justiça que faça retomar o que está na lei expressa há décadas. O interesse comum da cidade, dos cidadãos e do futuro estampa-se múltiplos gargalos e vielas. Retomando. Foi o ex-prefeito Osvaldo, por exemplo que projetou e executou a Avenida das Comunidades atrás do morro da Igreja, com pista dupla. Hoje ela até está saturada. Mas, ela teima em dar num gargalo: a velha Avenida Duque de Caxias, que já possui até áreas desapropriadas para o alargamento - e desperdiçadas como estacionamento de particulares. Nem a velha, estreita e curtíssima ponte sobre o ribeirão Gasparinho se conseguiu naquilo que é obvio há 50 anos se alargar, para nos ajudar na mobilidade urbana. Pois dali, renasce outra vez a Avenida das Comunidade com sentido duplo até a Rio Branco. Meu Deus!
Foram os empresários do ramo imobiliário de Gaspar que deram um baile nos jovens políticos do atraso. Eles se dizem no marketing que falsamente propagam por ai, serem os do tal que Avança. Não se sabe bem no quê. Porque, enquanto esses empresários entregavam uma parte do Anel de Contorno com pista dupla e qualidade de fazer inveja à cidade numa permuta com a prefeitura, Kleber, na mais importante ligação desse contorno unindo as Avenidas Francisco Mastella e a Frei Godofredo, num pasto, ou seja sem adensamento imobiliário algum, construiu e inaugurou outro gargalo, depois de muita demora, de pista simples - e estreita - e sob sérias dúvidas nas técnicas construtivas ali empregadas. O tempo será o senhor da razão. Entenderam?
E para não me alongar muito pois aqui o espaço é restrito, quando se pensava que Kleber e seus “çabios” teriam um momento de lucidez, eles iniciaram um movimento de bastidores para interferir no projeto da duplicação da rodovia vai daqui a Brusque, exatamente na região que mais cresce e se teima em não se desenvolver. Os jovens políticos que estão no poder de plantão daqui não querem, porque meia dúzia de apoiadores seus não a quer duplicada. Supostamente o que o governo de Carlos Moisés da Silva, sem partido, projetou para uma necessidade do futuro, desfavorecerá seus negócios no presente. Caracas! Querem uma nova Avenida Duque de Caxias? E para piorar, Kleber e os seus estão comemorando a informação de que o Deinfra vai re-asfaltar a Avenida Francisco Mastella. Na na verdade, ela deveria, também ser duplicada. Na década de 1970 do Paca, o tal Avança Gaspar tinha alguma praticidade e razão de ser, já os dos jovens de hoje... Acorda, Gaspar!
Nem tudo está perdido. Depois de apanhar como um torturado, o prefeito eleito Kleber Edson Wan Dall, MDB, e prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, MDB, tomaram tento.
Com o fiasco da concorrência para encher as burras da prefeitura de dinheiro com o transporte coletivo urbano e ter por causa do erro milionariamente tirar dinheiro do caixa para subsidiar este serviço, anunciou-se à criação da linha troncal ligando o Barracão ao Bela Vista. Essa gente da prefeitura jura que não me dá audiência, mas quantas vezes escrevi isso e fui tachado de metido, invejoso e perdedor?
Estava na cara de todos que o sistema precisa mudar, integrar e se adaptar à cidade e principalmente às necessidades dos cidadãos.
Com a “novidade”, também fica claro que há uma “guerra” declarada à Verde Vale. Ela faz uma concorrência desleal neste tipo de transporte. Sempre denunciada pela Viação do Vale e a Caturani. Elas foram embora cuspindo maribondos. Essa disfarçada linha intermunicipal até Blumenau, conspira contra o equilíbrio econômico da concessão local. Provava-se por planilhas.
Três fatos estão claros: Kleber e seus “çabios” definitivamente perderam esse cabo de guerra para a realidade; foram os ex-amigos da Safira (leia-se Verde Vale) que abriram os olhos quando deixaram os do poder de plantão e os gasparenses na mão; esta decisão abre espaço para um terminal no Bela Vista, no Barracão, além deste do que há no Centro.
O próximo passo é se integrar com o sistema coletivo de Blumenau. É difícil? É! A legislação e interesses trabalham contra? Trabalham.
Entretanto, nem governo e nem empresários de ônibus terão chances de sobrevivência se o modelo não for revisto tanto na Agência Reguladora do AMMVI, no Tribunal de Contas e no Ministério Público, lugares onde nenhum dos que trabalham lá, anda de ônibus para estudar, lazer, procurar empregos ou ganhar o pão nosso de cada dia. Isto sem falar da contaminação da tal uberização. Acorda, Gaspar!
Edição 2013
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