Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

30/11/2017

POLITICALHA E PODER NAS ESCOLAS I
Na coluna de quarta-feira, líder de acesso no portal do Cruzeiro do Vale, escrevi: qual a escola particular chama os professores, funcionários, pais, alunos e elege o seu diretor? A escolha, que as vezes até se disfarça em uma eleição num conselho interno, preserva a imagem da instituição, a que verdadeiramente está em jogo. Isso é feito com objetivos claros: liderança, conhecimento e capacidade de entregar resultados, ou seja, uma comunidade eficaz naquilo que se propõe (cobra e promete), técnica com os alunos estimulados, preparados e competitivos (e orgulhosos disso).

POLITICALHA E PODER NAS ESCOLAS II
Referia-me ao sistema de escolha dos diretores de CDIs e escolas municipais em Gaspar. Ela foi na sexta-feira passada. A ideia central, implantada na gestão do PT, é a tal “democracia participativa”. O objetivo, no fundo, é o aparelhamento, o controle ideológico e poder. Esta proposta, no meu entender, desmerece à meritocracia, a pedagogia e principalmente, a formação competitiva dos alunos. Vale o jogo político, rasteiro. Bingo! Isso ficou claro em alguns educandários na primeira eleição sob a tutela da administração de Kleber Edson Wan Dall, PMDB. Houve flagrante campanha política partidária. PT e PMDB disputaram espaços. Educação? Comprometida! Ofereceram-se vantagens e sobraram ameaças. Os áudios gravados no whatsapp rodam à cidade. Vergonha! No caso do CDI Thereza Beduschi, o vereador Evandro Carlos Andriettti, PMDB, defendeu-se: “eu só pedi voto para o meu candidato”. Mas perguntar não ofende: com a máquina de benefícios ou perseguição da prefeitura?

POLITICALHA E PODER NAS ESCOLAS III
Este episódio, somado ao da escola, cuja diretora orientada fazia reserva de vagas para os da sua turma, revelam, que falta transparência nos processos que deveriam ser unicamente técnicos. Sobra a politicalha. Ela substitui à meritocracia, que curiosamente o líder do governo, Francisco Hostins Júnior, PMDB, tão bem defende para sustentar cortes de privilégios dos servidores públicos, atualizando-se à uma nova realidade e até, necessidades. Mais um discurso? A prática é hipócrita. A meritocracia reconhece os bons profissionais em primeiro lugar e olha, paralelamente, o aluno como razão para a escola e CDI existirem, com uma gestão profissional e eficiente – slogan pregado por Kleber como propaganda do seu governo. Uma diretora que precisa de político, que não foi bem na escola, carregado de promessas ou ameaças, para se eleger no seu próprio ambiente de liderança e trabalho, não traz consigo o mérito mínimo para o qual se candidata. Fura a fila dos capazes, eficientes e transformadores. Humilha a educação, Acorda, Gaspar!

SAMAE INUNDADO
O “novo” Samae de Ilhota entrega e vende água em Gaspar na região do Pocinho. Isso é regular? O serviço era feito pela antiga Casan, estadual e com essa autonomia administrativa, que Ilhota tomou e se disputa na Justiça à indenização de tal ato de força. Não era o caso do Samae de Gaspar comprar a água tratada por Ilhota, distribui-la em seu território, onde possui esta autonomia administrativa, e cobrar dos respectivos consumidores? E tudo tende a piorar naquela região. Por economia, o Samae de Gaspar fechou o poço artesiano do Macucos. A região vai ser abastecida pela ETA do Centro, por bombeamento, sem antes ter a ampliação do reservatório desta ETA. Técnicos garantem que vai faltar água nas atuais condições. Coisa de executivo.

TRAPICHE

O tal bloco Democrático na Câmara de Gaspar, constituído pelo PSD e PDT, para fazer oposição à administração de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, está em crise e discutindo a sua relação.

Wilson Luiz Lemfers, PSD, acertou com o governo e deixou a pé Cicero Giovani Amaro, PSD e Roberto Procópio de Souza, PDT.

Wilson já tinha surpreendido e dado voto a Kleber na Reforma Administrativa. Na terça, quando Kleber estava supostamente em minoria na Câmara, Wilson ajudou a derrubar o requerimento de Dionísio Luiz Bertoldi, PT.

O petista pediu a retirada da urgência sobre Projeto de Lei que vai aumentar a Cosip na conta de luz dos gasparenses. Queria uma discussão mais ampla. Kleber quer o PL aprovado nas duas próximas sessões para cobrar mais na luz a partir de janeiro.

Com Wilson do seu lado, pouco exigente, mais sensível a carinhos e chegado ao “diálogo”, o governo de Kleber quer tirar várias facas no pescoço dele e empunhadas por gente da sua própria apertada base.

Assim, Kleber pensa ter mais folga nas negociações internas e nas votações do ano que vem. PT, PDT e Cícero no PSD acusaram o golpe e iniciaram um processo de guerrilha contra o Executivo.

Ilhota em chamas I. O prefeito Érico de Oliveira, PMDB, está alterando o anexo I da Lei Complementar nº 16/2007, para delimitar o polígono compreendido entre as ruas Dr. Leoberto Leal, Artur Farias, prolongamento da Avenida Bruno de Souza e ao norte por “terras de Malharia Cristina”, classificando-o como “Macrozona de Uso Industrial e Serviços”.

Ilhota em chamas II. Há controvérsias. Há quem jure que isso precisaria seguir um rito, incluindo audiências públicas.

Ilhota em chamas III. Está na Câmara para aprovação a toque de caixa, projeto 84/2017 que prevê dação em pagamento de dívidas do Ilhotaprev com terrenos de loteamentos, entre eles, o Primavera, do vice-prefeito, Joel José Soares, DEM.

Ilhota em chamas IV. Normal, se esses lotes não fossem áreas para parques, jardins, creches ou área verde nos loteamentos. Vem encrenca por aí.

O vereador Cícero Giovane Amaro, PSD, sozinho, usando o regulamento, parou a sessão da Câmara por 14 minutos. Desnudou a manobra do presidente, Ciro André Quintino, PMDB, a serviço da prefeitura, em não colocar na pauta para votação, o PL 40, já pronto para isso.

O PL trata das regras de contratação dos estagiários. Hoje é feito pelo CEII. Reclama-se da transparência e das indicações políticas. Por acordo, a matéria virá na semana que vem, com a oposição em minoria.

 

Edição 1829

Comentários

Mellatinho
04/12/2017 09:51
O presidente do samae alardeia por aí que tentou de tudo pra manter o cícero no emprego, conta outra, quem não te conhece que te compre, além de ter assinado o afastamento, mostrou que é um bom cupinxa do kleber que vai na mesma igreja do cícero. Deus tá vendo essa baixaria.
Herculano
04/12/2017 07:35
IMPRENSA LIVRE

Ao que se esconde como Platão, e portanto não tão livre assim, apesar de Platão ter escrito o Mito da Caverna, um libelo da liberdade do homem das amarras da ignorância e dos poderosos.

Você escreve:

"Gostaria de saber o porquê que a imprensa, que se diz livre, está se reunindo de forma sigilosa junto com o Dr. Pereira para chamar no pescoço os vereadores de oposição...ai tem!!!"

Eu sempre me intitulei como parte da imprensa livre. Nunca me reuni com o prefeito de fato, secretário da Fazenda e Gestão Administrativa, o presidente do PMDB de Gaspar, Carlos Roberto Pereira.

Outra. Até agora, não fui abordado por ninguém, dentro ou fora do governo de Gaspar, para perseguir vereadores, oposicionista, ou qualquer um que seja.

Continuo no meu ritmo há mais dez anos. O que persegue os políticos, na verdade, são seus próprios erros, e que eles não estavam acostumados na abordagem e cobrança pública.

O que persegue os políticos é que eles não conseguem mais controlar a imprensa como antigamente, diante da liberdade e penetração das redes sociais. E a imprensa que omite, passa recibo de preguiçosa, incompetente ou partidária. Por isso, ela é obrigada a tomar decisões perante a comunidade, seus leitores, ouvintes e telespectadortes diante deste novo cenário da comunicação social
Mexendo no Bolso dos Outros
04/12/2017 06:23
É bonito mesmo o vereador Wilson Lenfers votar a favor de um aumento de 40% na taxa de iluminação pública.Para ele não tem problema é isento,não paga tem entrada rural.E quando votou a favor da reforma administrativa,justificou-se como agricultor mesmo sabendo que háveria um aumento de despesas.Gostaria de saber o que mudou para nós gasparenses com a criação da Secretaria de Agricultura.Com a palavra o Sr.Vereador....
Marcos
03/12/2017 22:46
Alem de pular fora do Bloco Democrático e acertar com o PMDB, o vereador Wilson Luiz Lemfers, PSD não paga imposto na sua conta de energia elétrica. Quem paga pra ele? Os mesmos gasparenses que ele quer aumentar o imposto.
Roberto Basei
03/12/2017 21:19
Mata Chuoetepec
03/12/2017 14:39
Logo você Roberto Base que já militou em todos os partidos.
Sem ideologia e oportunista.

quero lhe agradecer por me ler, pelo menos um, já é alguma coisa.

So uma dica, pesquisa para ver quantos partidos eu já passei, apesar de não ser proibido.
Platão
03/12/2017 21:16
Caro, colunista!!

Está Administração está vergonhosa. Está conseguindo ser pior que a do Adilson Schmitt.
Está do Vereador Vando Andrietti foi para fechar o ano com chave de ouro.
Parece uma cidade que está sob ditadura militar: Vereador Ciço Amaro sendo reprimido por conta dua sua atuação no legislativo; Assessor de Vereador sendo ameaçado e tendo que voltar para o seu cargo no executivo e para fechar o mês, Vando invocando o Criador e o Prefeito fantoche para burlar a votação no CDI Thereza Beduschi.......vergonha.....
Gostaria de saber o porquê que a imprensa, que se diz livre, está se reunindo de forma sigilosa junto com o Dr. Pereira para chamar no pescoço os vereadores de oposição...ai tem!!!
Herculano
03/12/2017 21:12
INCRÍVEL JORNALISMO MANCO. O MAIS EXPRESSIVO NÚMERO DAS PESQUISAS PARA A PRESIDÊNCIA, NÃO ESTÃO NAS MANCHETES, NAS NOTÍCIAS E NEM NOS COMENTÁRIOS. SINTOMÁTICO

OS "NÚMEROS QUE IMPORTAM DO DATAFOLHA"

Conteúdo de O Antagonista. Helio Gurovitz, do G1, chama a atenção no Twitter para os "números que importam no Datafolha":

"46% não sabem em quem votar e 19% dizem 'ninguém'.

Na espontânea, tanto Lula quanto Bolsonaro têm bem menos que esses 65% (17% e 11%, respectivamente). Bom lembrar: eleição não é hoje, mas em outubro de 2018."

Em resumo: o cenário está absolutamente indefinido.
Herculano
03/12/2017 21:07
ACABOU O TÉDIO. NESTA SEGUNDA-FEIRA É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA
Herculano
03/12/2017 21:05
PT FAZ A CAMPANHA DE LULA ESCONDENDO DILMA, por Josias de Souza.

A forma como a presidente do PT celebra o resultado do Datafolha levanta a suspeita de que a companheira esteja com a febre dos políticos picados pelo mosquito que faz sumir a memória. A senadora Gleisi Hoffmann atribuiu a liderança de Lula na pesquisa "aos resultados do seu governo." Ela emendou: "As pessoas analisam o que elas já viveram e comparam. Elas tinham renda e emprego. Hoje, voltou a pobreza e a miséria." A amnésia apagou da análise de Gleisi a companheira Dilma Rousseff.

A gestão de Michel Temer revela-se perversa. Mas a ruína econômica não deriva da malignidade intrínseca do governo do PMDB. A recessão que espalhou desemprego e desesperança é uma consequência direta do desastre gerencial que foi o governo de Dilma, ao qual Gleisi serviu como uma cultuada chefe da Casa Civil. A febre do esquecimento afetou também a memória da senadora sobre os "resultados" da passagem de Lula pelo poder.

Na formulação da presidente do PT, o governo Lula é um borrão cor-de-rosa. Foram para o armário do esquecimento todas as mazelas que tingiram a estrela vermelha de cinza. As máculas trazem impressas as digitais de Lula. Por exemplo: a criação do mito da gerentona; a cumplicidade cega com o mensalão e as petrorroubalheiras que vieram à luz na sua gestão; a transformação do presidencialismo de coalização num eufemismo para organização criminosa.

O PT e Lula só lembram de Dilma quando querem fazer pose de vítimas de um ''golpe''. O diabo é que madame foi deposta por seus aliados, sob regras constitucionais, numa sessão presidida pelo amigo Ricardo Lewandowski, que representava a Suprema Corte. No limite, Lula é responsável também pela perversão do governo Temer, pois foi nos seus mandatos que o PMDB tornou-se sócio do PT na fábrica de fazer propinas.

Hoje, os acionistas da massa falida que tem PT e PMDB como sócios majoritários dividem-se em dois grupos. Os que dispõem de mandato desfrutam das imunidades do cargo e do privilégio do foro do Supremo Tribunal Federal. Essa ala inclui Temer e os ministros palacianos Eliseu Padilha e Moreira Franco. Mas também inclui gente como a ré Gleisi Hoffmann.

Os que não têm mandato se encontram na cadeia ou na fila de espera. Integram esse contingente barões do PMDB como Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves. Mas também estão em cana marqueses petistas do porte de Antonio Palocci e João Vaccari Neto. José Dirceu, arrasta uma tornozeleira em Brasília à espera da ordem de retorno para o xadrez. E Lula, já condenado a 9 anos e meio de cana, costeia as grades à espera da confirmação da sentença no TRF-4.

Gleisi celebra o favoritismo de Lula sem levar em conta dois detalhes: 1) para quem desceu a rampa do Planalto cavalgando uma popularidade de 84%, os 37% de intenção de votos detectados pelo Datafolha revelam que a divindade do PT também está sujeita à condição humana; 2) Para que as urnas confirmem o favoritismo de Lula, o Poder Judiciário terá de contrair a mesma febre que transforma parte da memória de Gleisi em vapor.

Na hipótese de a candidatura de Lula ficar em pé, Gleisi e o petismo talvez descubram que esconder pedaços do passado pode custar caro. Os presidenciáveis do PSDB especializaram-se em esconder Fernando Henrique Cardoso. Ocultaram até o que deveriam exibir. Isso transformou os tucanos em candidatos favoritos a fazer de seus adversários os novos presidentes da República. Esconder a gestão de Dilma, com todas as digitais de Lula, é algo tão difícil como acomodar uma baleia numa banheira jacuzi.
Maria Picuxa
03/12/2017 15:03
Herculano

Voce é o único que ostra a verdade do poder.
Kleber, nunca teve mortos de trabalho o criador foi Adilson, se elegeu vereador e depois foi presidente, não faz nada. Mister - me. ...
Nunca teve uma profissão, sempre dependeu das telas. Agora como prefeito um dos que recebe do erario d3 SC.
Quer ser Deputado ou Senador com esse projeto de quinta categoria
Mata Chuoetepec
03/12/2017 14:39
Logo você Roberto Base que já militou em todos os partidos.
Sem ideologia e oportunista.
Roberto Basei
03/12/2017 10:01
SE NÃO ESTA SATISFEITO, CANDIDATE SE, ISSO FEZ ESCOLA!

Isso daria um bom artigo, abriria um debate dos bons, mas em politica o bom mesmo é deixar sangrar!!!!
Herculano
03/12/2017 07:51
O COMPADRE INVISÍVEL, por Bernardo Mello Franco, no jornal Folha de S. Paulo

Gilmar Mendes mandou soltar o rei dos ônibus. Parece notícia velha, mas não é. Na sexta-feira, o supremo ministro voltou a libertar o empresário acusado de chefiar a máfia dos transportes no Rio. Foi o terceiro habeas corpus concedido por Gilmar ao mesmo réu.

Em julho, Jacob Barata Filho foi preso na Operação Ponto Final. Os policiais que batizaram a ação não contavam com a canetada do ministro. Após retornar das férias, Gilmar liberou o empresário para seguir viagem longe da cadeia de Benfica.

Com base em novas provas, o juiz Marcelo Bretas voltou a decretar a prisão de Barata. O ministro deu uma entrevista invocada e mandou soltá-lo pela segunda vez em menos de 24 horas. A velocidade motivou a Lava Jato a questionar os vínculos entre o libertador e o libertado.

Gilmar foi padrinho de casamento da filha de Barata. Além disso, seu cunhado é sócio do empresário. Para completar, a mulher do ministro é sócia do escritório de advocacia que defende as empresas do réu.

Na opinião do supremo ministro, nada disso o impedia de atuar no caso. A Procuradoria-Geral da República discordou e pediu que ele fosse declarado suspeito. A ministra Cármen Lúcia cumpriu a formalidade de ouvir o colega, mas não submeteu o caso ao plenário da corte.

Em novembro, o empresário voltou ao xadrez por ordem de outra juíza. O Tribunal Regional Federal confirmou a decisão, mas Gilmar mandou soltá-lo pela terceira vez.

Enquanto Barata voa, a arguição de impedimento do ministro segue encarcerada numa gaveta. A procuradora Raquel Dodge pediu vista do caso há exatos dois meses. Ela chegou à chefia do Ministério Público Federal com apoio de Gilmar.

Na segunda-feira, o ministro declarou que a influência política é "coisa que não ocorre, ou pelo menos não ocorre de maneira visível" no Supremo. Além de contar com um compadre influente, Barata deve ter o dom da invisibilidade
Herculano
03/12/2017 07:46
AS "POLÍTICAS EQUIVOCADAS DA SUPLA LULA-DILMA", SEGUNDO FHC

Conteúdo de O Antagonista. FHC escreve mais um artigo no Estadão sobre a posição a ser tomada pelo PSDB rumo às eleições de 2018.

Mas, primeiro, O Antagonista destaca a análise que o tucano faz do quadro político recente:

"Duas questões nos desafiam especialmente na atual conjuntura: o desemprego e a desconfiança nos governos. De permeio, o crime organizado e o ódio entre facções políticas, além da corrupção dos que usam colarinho branco. Acrescente-se que desta vez a 'crise' dos governos (financeira e moral) foi criada internamente. Não há como jogá-la no colo do FMI ou dos 'estrangeiros'. É tão nossa quanto a saúva ou o bicho-de-pé. Políticas equivocadas da dupla Lula-Dilma levaram a que depois do boom viesse a borrasca: os governos (não só o federal) estão exauridos, o PIB despencou mais de 8% entre 2015 e 2016, a desigualdade voltou a aumentar e o desemprego passou de 4% a 14% no mesmo período. Embora não faltassem razões jurídicas, foi o descontrole da economia que, no fundo, causou o impeachment, pois atingiu e irritou o povo e levou o Congresso a agir.

Foi para sair do impasse que o governo Temer obteve apoios: para retomar o crescimento da economia (tendo o projeto Ponte para o Futuro como roteiro). A despeito de tudo, até da crise moral, o governo vai atravessando o despenhadeiro. Retomou as condições para transformar de retórica em prática viável a exploração do pré-sal, com a reconstituição financeira e moral da Petrobrás. Está estabelecendo um plano adequado para as empresas energéticas, deu ímpeto à reforma educativa e assim por diante, sem se esquecer dos esforços para conter os gastos nos limites do Orçamento e das possibilidades de endividamento do Estado.

Não há razão para um partido como o PSDB repudiar o apoio que deu ao governo de transição, muito menos para, dentro ou fora do governo, deixar de votar a agenda reformista, que é a do próprio partido. No caso da Previdência, principalmente, as únicas questões cabíveis são: tal ou qual medida aumenta ou diminui os privilégios e, consequentemente, a desigualdade social no País? Nada justifica manter vantagens corporativas nem privilégios. (?)"
Herculano
03/12/2017 07:38
POR QUE LULA ESTÁ NA FRENTE NAS PESQUISAS

Conteúdo de O Antagonista. A pesquisa Datafolha mostra que Lula está conseguindo atingir dois objetivos:

- Manter o terço de eleitores lulistas, independentemente das evidências de que o PT se transformou em organização criminosa sob o seu comando. É esse terço que, pela pesquisa, o leva ao segundo turno. Lula reina absoluto como o caudilho da esquerda brasileira e, para manter-se nessa posição, conta com aquele grau de irracionalidade que parece ser mais alto na política nacional do que em outras latitudes;

- Dissociar-se do desastre econômico causado por Dilma Rousseff, a sua criatura, prometendo a bonança dos anos em que foi presidente. O crescimento sob Michel Temer é pífio e nada garante que será suficiente, até o final de 2018, para fazer diferença para a imensa maioria dos cidadãos que perderam emprego e renda;

= Vitimizar-se, como se fosse perseguido pela Justiça e pelo sistema político. A vitimização teve grande impulso graças à proteção dada a Michel Temer, na Câmara dos Deputados, e a Aécio Neves, no Senado, para não falar do STF. Aos olhos de milhões de cidadãos, quando o assunto é corrupção, é como se houvesse dois pesos e duas medidas em Brasília, no tratamento dispensado ao PT, em relação a PMDB e PSDB.

Lula ainda se beneficia, neste momento, da fraqueza dos seus oponentes tradicionais. Quando boa parte dos brasileiros queria alguém novo, foi-lhes oferecido o velho - e o que parecia ser novo, como João Doria, ficou velho rapidamente. Velho por velho, muitos eleitores preferem um velho que, na sua opinião, já foi testado e, como dissemos, lembra bons tempos e interpreta com sucesso o papel de vítima. É nesse vácuo que Lula tece alianças, nos grotões, com os mesmos grupos oligárquicos que, considerados"golpistas" no impeachment de Dilma Rousseff, voltaram a ser seus aliados, para manter-se no poder. É nesse vácuo que Lula tentará vender-se de novo como o "Lulinha Paz e Amor" para o mercado e a classe média.

Por último, mas não menos importante, há Jair Bolsonaro. O mais vistoso polo anti-Lula causa desconfiança nos 20% de eleitores, aproximadamente, que não votariam no petista no primeiro turno, mas que o escolheriam no segundo turno, caso a disputa fosse com Bolsonaro. Para isso, concorrem tanto a demonização do candidato pela imprensa, como os rompantes passados e presentes dele próprio. O desafio de Bolsonaro, e não só para enfrentar o petista, é suavizar a sua imagem e discurso, o que ele vem tentando fazer, além de reunir apoio partidário que lhe dê mais estrutura e tempo de televisão.

Tal é o retrato deste instante, a julgar pelos dados do Datafolha. Pesquisa é pesquisa, e elas não têm acertado muito. Não é impossível, por exemplo, que um contingente expressivo de eleitores esteja com receio de declarar voto em Bolsonaro. Existem, evidentemente, outros fatores que poderão contar para que o resultado nas urnas, daqui a menos de um ano, seja diferente dos projetados hoje. O principal deles, evidentemente, é Lula ser condenado em segunda instância e vir-se impedido de disputar a eleição. Nesse caso, ao que tudo apenas indica, já que estamos de volta às pesquisas, Marina Silva será a maior beneficiada.
Herculano
03/12/2017 07:07
Desde o primeiro mandato de Lula, o PT passou pelo governo como uma manada de elefantes num milharal. Comeu tudo o que conseguia

BAGATELA SOBRE ABOMINÁVEL LOROTA, por Bolívar Lamounier, sociólogo, na revista Isto é.

O problema principal do PSDB não é José Serra e nem mesmo Aécio Neves. Ambos foram delatados em gravações, mas nenhum dos dois é sequer réu. O pior indicio de deterioração das bancadas federais do PSDB em relação às da legislatura passada é a relutância delas em fechar questão pela aprovação da reforma da previdência. Reforma, diga-se de passagem, modestíssima, que obrigará o Congresso a retomar a questão dentro de alguns anos.

Se dependesse de mim, Aécio Neves sairia do partido, mas atenção, o que há contra ele é uma afirmação do Joesley de que ele teria pedido dois milhões (supostamente para pagar advogados). Ele não é sequer réu. Auto-impor-se um ostracismo de pelo menos quatro anos seria para ele uma saída honrosa e uma forma de reduzir os danos que suas atitudes recentes vêm causando ao partido.

Agora vejamos o outro lado. Desde o primeiro mandato de Lula, o PT passou pelo governo como uma manada de elefantes num milharal. Comeu tudo o que conseguia. Aí veio dona Dilma Rousseff e Guido Mantega, cuja ignorância em economia dispensa comentários, e arrastaram o País para uma recessão de três anos. Quantos influentes ex-próceres petistas estão no xadrez, é uma conta que eu até já perdi. Mas o que mais se ouve, principalmente nas redes sociais, é que os partidos são todos iguais. Se bobear, dirão que o PSDB é o pior de todos.

Nessa linha de avaliação, ele seria tão desprovido de um perfil programático quanto os demais. Eis aí uma afirmação rigorosamente falsa. Quem reexaminar com seriedade o retrospecto histórico haverá de convir que o governo Fernando Henrique controlou uma série de super-inflações que já durava 33 anos, reestruturou o sistema financeiro através do PROER, deu inicio às privatizações, peça-chave da reforma do Estado, e reorientou o gasto educacional no sentido do ensino básico e recuperou a credibilidade internacional do Brasil.

Considero, pois, absolutamente falsa a logorreia de que os atuais partidos sejam "iguais", ou seja, igualmente corruptos, oportunistas e incompetentes. Estão sendo "igualados" por baixo, isso sim, por uma parcela dos cidadãos que pensa a política com o fígado e se assume uma autêntica atitude de avestruz, recusando-se a lembrar os fatos, mesmo os mais recentes.

Desde o primeiro mandato de Lula, o PT passou pelo governo como uma manada de elefantes num milharal. Comeu tudo o que conseguia
Herculano
03/12/2017 07:00
PÉSSIMO EXEMPLO

O presidenciável Jair Bolsonaro empregou ex-mulher, irmã dela e o pai das duas em seu gabinete e nos de seus filhos. Ele diz que agiu dentro da lei. Está no jornal O Globo. Começou o esquadrinhamento da sua vida oculta.
Herculano
03/12/2017 06:56
LULA, BOLSONARO E O PIB

Os sinais cada vez mais consistentes de que a economia voltou a crescer ainda parecem insuficientes para convencer os eleitores de que a dolorosa recessão atravessada pelo país ficou mesmo para trás.

O pessimismo segue dominante na opinião pública, de acordo com o novo levantamento do Datafolha. Para 61% da população, a situação econômica do país continuou piorando nos últimos meses. Somente 27% apostam em alguma melhora daqui para a frente.

Os números ajudam a entender a impopularidade do governo Michel Temer (PMDB) e a força eleitoral exibida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se mantém na liderança da corrida presidencial, com vantagem significativa sobre seus principais rivais.

Com o desemprego ainda em patamares elevados e sem conseguir enxergar razões para otimismo, é natural que muitos eleitores se lembrem com generosidade do petista, associando-o ao crescimento acelerado que marcou os últimos anos de seu governo, e não ao desastre que sobreveio quando esse ritmo se revelou insustentável.

Lula aparece à frente dos adversários em todos os cenários considerados pelo Datafolha para a disputa eleitoral do próximo ano, com pelo menos 36% das intenções de voto. Seu favoritismo se mantém nas várias simulações de segundo turno, apesar do enorme desgaste causado pelos processos que ele enfrenta na Justiça ?"e que ameaçam impedi-lo de se candidatar.

O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que hoje aparece como segundo colocado na corrida, alcança seus melhores índices justamente em estratos do eleitorado que foram mais atingidos pela recessão, como os jovens de 16 a 24 anos. Nos cenários em que Lula está fora da disputa, Bolsonaro soma 33% das intenções de voto nessa faixa.

Parece provável que a recuperação da economia no próximo ano dê impulso a candidaturas de perfil mais moderado. Mas não há sinais, ao menos até agora, de uma retomada vigorosa a ponto de conferir favoritismo a uma chapa que ocupe o centro do espectro político e se distancie do discurso populista favorecido até agora.

Como indicam as dificuldades enfrentadas pelo governo para convencer seus aliados no Congresso a aprovar a reforma da Previdência Social, será complexo apresentar ao eleitorado uma plataforma de ajustes orçamentários.

Mas a incerteza sobre a economia ?"que tende a crescer se o desequilíbrio nas contas públicas não for corrigido?" também alimentará pressões para que os candidatos se afastem do caminho fácil da demagogia e ofereçam alternativas que inspirem confiança em empresários e consumidores
Herculano
03/12/2017 06:54
BICOS COMPRIDOS E VOO CURTO, por Carlos Brickmann

O presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, provável candidato em 2018, disse no início da semana ao jornalista José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes, que no comando do partido faria o PSDB se afastar do Governo Temer. Apoiaria as reformas, mas de fora. A seu ver, não havia nenhum motivo para se manter no Governo. O partido sai? Na hora das promessas, ia sair. Mas o chanceler Aloysio Nunes já disse que não sai, não há motivo para sair. Apoiar de fora não gera limusine nem viagens. Bruno Araújo saiu, mas Luislinda Valois, a que se sente escrava com menos de R$ 60 mil mensais, só sai obrigada. Tem razão: se sair, quem vai notar?

Aloysio usou o mais puro tucanês ao dizer que o problema do afastamento entre PSDB e Governo é outro. "O PSDB não faz parte da base do Governo, o PSDB apoia o Governo, não rompeu com o Governo". A prova de que Aloysio tem razão é o número de reuniões que os tucanos marcam para discutir como apoiar sem apoiar: as decisões estão tomadas, todos em cima do muro, mas só numa reunião é possível que todos ergam os braços, se abracem, e nessa posição apunhalem os amigos pelas costas.

Mas o próprio Aloysio, chefe da diplomacia tucana, anunciou outra decisão: se o partido decidir se afastar do Governo, ele, Aloysio, se mantém no cargo. Irritou-se muito com os repórteres que insistiram em fazer perguntas sobre o tema. Afastar-se de limusines não é algo que lhe agrade.

TINHA UMA PRÉVIA...

Alckmin tem tudo para sair em 2018, mas precisa vencer (ou esmagar) o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, que pede prévias no PSDB. Alckmin defendia prévias para escolher o candidato, mas isso, era quando não tinha maioria. Agora tem Arthur na disputa. E se algo ocorre e Arthur ganha?

...NO MEIO DO CAMINHO

Há Serra, candidato a alguma coisa (pode sair pelo PSD de Kassab). Há os partidos aliados a Alckmin que o apoiariam, mas queriam retribuição na eleição estadual. Se não ganharem o apoio tucano, não faltará quem o dê.

Tucanos, enfim, como sempre: brigando a bicadas mas incapazes de voar longe. Fernando Henrique voa longe. Mas ninguém aprendeu com ele.

DEMOCRACIA VERMELHA

O deputado petista Paulo Pimenta mandou deter a militante Carla Zambelli, do Nas Ruas. Carla queria entrevistá-lo, ele a mandou trabalhar, ela disse que estava trabalhando e não roubando como ele. Ele mandou a Polícia Legislativa prendê-la. Quem é Paulo Pimenta, além de chefe de policiais legislativos prendendo cidadãos de quem discorda? Sim, é o petista fotografado por Júlio Redecker quando entrava no carro de Marcos Valério, controlador do Mensalão.

Pimenta é chamado de "Montanha" pela Odebrecht e é inimigo de Sérgio Moro. "Montanha" ?" por que será?

O CALDEIRÃO...

Por que Luciano Huck anunciou que não seria candidato, justo quando, segundo o Estadão, crescia seu caldeirão de votos? É provável que nunca tenha tido a real disposição de disputar, a menos que houvesse uma avalanche de adesões. Alguns anos atrás, uma respeitada senhora do Interior paulista, força notável na política da cidade, era pressionada a candidatar-se.

Esse colunista, consultado, foi contra: a senhora comandava as principais entidades de classe e era mais poderosa que o prefeito. Para que se candidatar? Perderia o status de unanimidade e entraria no moedor de carne das campanhas eleitorais. Mas que diriam dela, de conduta tão transparente? Insisti: se nada encontrarem, inventam. Mas que poderiam inventar contra ela? Sugeri: vão dizer que o filho dela é pai solteiro.

Silêncio na sala: era. Já se faziam os exames. Desistiram da candidatura.

...DO HUCK

Imagine-se na situação de Huck, astro da maior rede de TV do Brasil, rico por si próprio, rico de família, um ídolo ligado a programas "do bem". É bem educado, forma um casal de anúncio de margarina com uma moça que também é ídolo. Entrar numa campanha para ser xingado todos os dias, com denúncias, esculachos, armações? Melhor emprestar seu prestígio a um candidato de sua confiança, para quem contribuirá, a quem referendará.

UM É...

O candidato do Partido Novo, João Amoêdo, com plataforma liberal (é favorável, por exemplo, à venda de todas as empresas estatais), informou ao site O Antagonista que atingiu 1% das intenções de voto. Amoêdo, oriundo do sistema bancário, se propõe a pagar a maior parte das despesas de campanha com seu próprio dinheiro e o dos companheiros de chapa.

...OUTRO NÃO

O senador brasiliense José Antônio Reguffe, do Livres (ex-PSL), disse ter sido convidado a disputar a Presidência pelo partido, mas recusou, por ter o compromisso de terminar o mandato - que acaba em 2023
Herculano
03/12/2017 06:45
A MARCA DO DESENGANO FICOU, por Marcos Lisboa, economista, para o jornal Folha de S. Paulo

Será traumático corrigir os caros equívocos das políticas setoriais da última década. Apenas o subsídio concedido nos empréstimos do BNDES entre 2009 e 2014 custou mais de R$ 320 bilhões. Não deveria surpreender. Fracasso similar ocorreu nos governos JK e Geisel. Ambos também adotaram medidas de incentivo à produção local que resultaram em longos anos de crise e muitas empresas incapazes de concorrer com a produção externa.

O nacional desenvolvimentismo acredita que produzir localmente é preferível à importação. O nosso atraso decorreria de duas causas principais. Em primeiro lugar, empresas estrangeiras remeteriam lucros extraordinários às suas matrizes. Em segundo, o comércio internacional nos seria desfavorável. Exportávamos matérias primas, como café e açúcar, cujos preços tenderiam a diminuir em comparação com os bens industriais. Superar o atraso passaria pela restrição à remessa de lucros e por produzir aqui tudo o que fosse possível.

Essas conjecturas estavam erradas. A Light exemplifica a empresa estrangeira denunciada por seus supostas tarifas e lucros excessivos em meados do século 20. Marcelo Jourdan, porém, analisou os seus balanços e mostrou que as tarifas e lucros foram abaixo do mínimo esperado.

Os preços dos bens primários não tiveram uma tendência à queda no século passado. Os preços dos bens industriais para produção, por outro lado, caíram cerca de 3% ao ano desde 1945. Há mais. O principal fluxo de comércio nunca foi entre os países ricos e pobres, mas sim entre ricos e ricos. Como apontou Krugman, a especialização em algumas atividades resulta em maior produtividade. Os países desenvolvidos vendem para o exterior parte do que cada um faz melhor e, com esses recursos, importam o que não produzem, principalmente dos demais desenvolvidos.

Poderíamos ter nos especializado em alguns setores da indústria e da agricultura. Ao tentar fazer quase tudo, condenamo-nos a ser um país mais pobre do que o necessário. Muitas empresas se revelaram inviáveis, acabou o dinheiro para subsidiá-las e várias medidas, como o Inovar Auto, violam acordos internacionais, enquanto outras prejudicam a produtividade, como o Finame. Entretanto, recursos e empregos foram alocados a essas atividades. Tarefa dura: administrar a transição das políticas equivocadas minimizando o custo social e preservando a credibilidade de um país que muda as regras com a ligeireza que revela a nossa incompetência.

JK e Geisel tiveram sorte. Não havia reeleição na época, e a culpa sobrou para o sucessor. Caso contrário, teriam entrado para a história com a mesma reputação de Dilma Rousseff na economia
Herculano
03/12/2017 06:41
TEMER SABIA QUE RELATOR VOTARIA CONTRA DENÚNCIA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou neste domingo nos jornais btasileiros

O presidente Michel Temer disse a esta coluna que estava informado de que lhe seria favorável o parecer de Flávio Pansieri, no Conselho Federal da OAB, sobre as acusações da Procuradoria Geral. Por isso, afirmou, o resultado final foi para ele uma "surpresa enorme". Em áudio enviado a conselheiros da OAB e obtido pela coluna, Pansieri isentava Temer e acusava "manipulação" na gravação de Joesley, mas no dia seguinte, designado relator pelo presidente da OAB, mudou de opinião.

FONTE FIDEDIGNA
Temer afirmou que soube da posição de Pansieri contrária à denúncia por meio de um conselheiro da OAB, cuja identidade prefere preservar.

'PROVA É ILÍCITA'
No áudio (transcrição publicada aqui na coluna de ontem), Pansieri afirma categoricamente que a gravação de Joesley Batista é "prova ilícita".

POR QUE MUDOU?
O advogado diz que mudou de ideia após Temer dar "entrevista confirmando os fatos". Na verdade, foi um pronunciamento em que Temer negou tudo, inclusive a intenção de renunciar.

MUDOU POR QUÊ?
Pansieri destaca também que o relatório final, elaborado por uma comissão, foi aprovado em decisão unânime. Incluindo seu voto, claro.

SE FOR CANDIDATO, LULA BATERÁ RECORDE DE TENTATIVAS
No caso de confirmação da ainda improvável candidatura em 2018, em razão das condenações e mais meia dúzia de processos em curso, o ex-presidente Lula será candidato a presidente pela sexta vez. É um um recorde no Brasil. Desde a redemocratização, Lula só não foi candidato em 2010 e 2014. Nos EUA, por exemplo, apenas Harold Stassen, tentou mais vezes que Lula: foi nove vezes candidato.

CANDIDATURA DISTANTE
Já condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e à espera de novas condenações, dificilmente o ex-presidente disputará em 2018.

CONTRA O MUNDO
Presidentes longevos como François Miterrand (França), Vladimir Putin (Rússia) e Evo Morales (Bolívia) se candidataram três vezes ao cargo.

PRESSÁGIO
Carlos Arthur Nuzman disputou e venceu a eleição para presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) pela sexta vez. Depois foi preso.

CHUPA, SUÍÇA!
A primeira vitória do Brasil contra a Suíça é, quem diria, na economia. Nosso PIB cresceu 1,4% no terceiro trimestre de 2017 em comparação ao mesmo período de 2016. Nosso adversário na Copa teve 1,2%.

CHUPA, BRASIL!
Segundo o Fundo Monetário Internacional, a renda per capita Suíça encerrou outubro de 2017 em US$80.840 (R$263,2 mil). No Brasil, cresceu mais de 15% de 2016 a 2017 para US$10,2 mil (R$ 33, 2 mil).

MAIS TRÊS PARA TITE
Para o experiente treinador Murici Ramalho a Seleção está definida. Mas acha que o treinador Tite terá de dar um jeito de encaixar três craques do Grêmio no time que vai à Copa da Rússia: Geromel, Luan e principalmente Arthur, o maior destaque do campeão das Américas.

COMPARE
Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Qatar é proporcionalmente o país mais rico do mundo: cada cidadão tem renda média de US$124,9 mil. No Brasil, a média é US$ 10 mil.

Só VOANDO
Projeto do deputado Sandro Alex (PSD-PR) obriga acostamento em todas as rodovias federais. Poderia obrigar também estradas decentes: estudo da CNT mostra que 80% das nossas estradas nem asfalto têm.

LADEIRA ACIMA
A Confederação Nacional da Indústria divulga nesta segunda-feira os resultados dos indicadores de outubro. Com o crescimento de 0,1% no PIB no último trimestre, a expectativa é de aquecimento no setor.

PIRATARIA MÉDICA
Alvo de operação policial, a falsificação de equipamentos médicos e odontológicos é tema do seminário "Combate à Pirataria e Proteção à Saúde" realizado esta semana pela Abimo no Ministério da Justiça.

PARA RECUPERAR O PREJUÍZO
A Agência Nacional do Petróleo iniciou processo de "oferta permanente de áreas" em campos e blocos de exploração de petróleo que foram devolvidos ao poder público após o debacle da Petrobras e "amigões" da estatal como a OGX de Eike Batista, que devolveu oito blocos.

PENSANDO BEM...
...Rodrigo Maia diz que ser realista é melhor que ser muito otimista. Assim como ser eleito é melhor que ser deputado
Herculano
03/12/2017 06:34
FALTA UM ADESIVO NA PAISAGEM DO RIO: "EU FUI CABRAL", por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Os pacientes do hospital Rocha Faria ficaram sem comida, culpa do Cabral. Depois de ter se transformado no símbolo de um Rio do futuro, Sérgio Cabral virou o ícone da sua ruína. O Magnífico Cabral era uma empulhação. Cabral, o Flagelo dos Céus, é outra.

O moço é ladrão e mofará na cadeia, mas uma só pessoa não produz tanta desgraça. Cabral foi reeleito com dois terços dos votos. Quando ele propôs erguer um muro para segregar uma favela, a única voz que se ergueu contra a maluquice foi a do escritor português José Saramago.

O Magnífico, como os diamantes de sua mulher, tinha muitas facetas. Em alguns casos, refletiam ilusões; em outros, também demofobia e, às vezes, luziam interesses sociais ou mesmo pecuniários.

O Rio de Janeiro é uma cidade onde seis em cada dez imóveis cadastrados não pagavam IPTU (nada a ver com favelas). Isso tem um preço. Na semana passada soube-se que os pacientes do hospital Rocha Faria jejuavam. Trata-se de um dos grandes hospitais públicos da cidade. Para um Estado arruinado, seria apenas mais uma desgraça.

Em janeiro de 2016, o Rocha Faria ganhou fama porque se descobriu que mantinha um ambulatório exclusivo para o atendimento de seus mil servidores estatutários. A choldra e os 1.300 terceirizados não podiam entrar nessa ala VIP. O ambulatório tinha 57 funcionários, entre eles 27 médicos, inclusive três obstetras e três cirurgiões.

Denunciada a maluquice, o privilégio foi defendido pela Associação dos Funcionários e pelo presidente do Sindicato dos Médicos. As guildas dos serviços públicos de saúde vestem o manto dos defensores dos fracos e dos oprimidos, contra o capitalismo selvagem da medicina privada, mas no Rocha Faria, seus associados dispunham de um hospital só para eles e nenhum comissário reclamou. Nenhum. O silêncio não foi coisa do Cabral. À época anunciou-se que seria aberta uma sindicância. Revelou-se que pelo menos outros dois hospitais tinham mordomias semelhantes. Nada. Agora os pacientes do Rocha Maia estão sem comida.

Em uma cidade onde mais da metade dos imóveis não paga IPTU e servidores de hospitais públicos têm ambulatórios privativos, alguma coisa daria errado. Deu, e essa ruína foi construída com a ajuda de muita gente boa. Falta um adesivo na paisagem do Rio: "Eu fui Cabral".

SEM LULA, JACQUES WAGNER DEVER SE O PLANO B DO PT

Quem conhece o PT e as dinâmicas de campanhas eleitorais suspeita que o verdadeiro candidato do comissariado na hipótese do afastamento de Lula é o ex-governador baiano Jaques Wagner. Fernando Haddad seria um biombo.

Com três mandatos de deputado, Wagner governou a Bahia durante oito anos e elegeu seu sucessor. Além disso, foi ministro-chefe da Casa Civil, das Relações Institucionais, do Trabalho e da Defesa. Mais: o baiano é nordestino e carioca.

Jaques Wagner seria o primeiro candidato a presidente judeu.

GRANDE PADILHA

O país deve a Eliseu Padilha, o ministro-chefe da Casa Civil, a melhor, mais sincera e curta definição do que o PMDB, Michel Temer e ele estão fazendo no Planalto: cultivam um "projeto único de poder".

Nada a ver com projeto nacional ou uma ideia de servir ao público. Projeto de poder, com tudo o que vem junto.

PROFECIA

No século passado Eduardo 8º perdeu o trono da Inglaterra porque pretendia se casar com uma americana divorciada (de má fama). A princesa Margareth, irmã da rainha, viu sua vida desandar quando foi impedida de se casar com o amor de sua vida, um divorciado.

Passados 81 anos, o príncipe de Gales divorciou-se e casou-se com uma divorciada. Sua irmã e um de seus irmãos divorciaram-se. Sobraram só os matrimônios da rainha e de um de seus filhos. Agora, o príncipe Harry começa o jogo casando-se com uma atriz americana divorciada.

Nesse ritmo, ainda neste século, a Casa de Windsor terá um casal de pessoas do mesmo sexo.

ACORDOS E HONORÁRIOS

A banca fechou um acordo com as vítimas dos planos econômicos fracassados do século passado e pagará R$ 10 bilhões para encerrar um litígio que alimentou durante quase 30 anos.

Poderosos banqueiros achavam que resolviam o caso com a ajuda de poderosos advogados valendo-se até mesmo de poderosos expedientes. Os honorários desses advogados custaram algo como R$ 100 milhões aos banqueiros.

A PORTA DO PSDB

O ministro Eliseu Padilha mandou um pedaço do PSDB plantar batatas e o ministro tucano Aloysio Nunes Ferreira disse que do Itamaraty não sai e ninguém de lá o tira.

Aécio Neves disse que o tucanato sairia do governo pela porta da frente. Pelo jeito, ele aceita ficar, usando a porta dos fundos.

RECORDAR É VIVER

O oficial argentino Alfredo Astiz foi condenado a mais uma prisão perpétua pelos crimes que cometeu durante a ditadura que durou de 1976 a 1983. O "Anjo da Morte" foi o mais conhecido torturadores do período e essa sentença se relacionou com o caso de centenas de pessoas que, drogadas pelos carcereiros, foram jogados no mar durante os "Voos de Morte".

Quando Astiz viu-se em uma guerra de verdade, enfrentando os ingleses nas ilhas Malvinas, rendeu-se. Levado como prisioneiro para a Grã Bretanha, foi libertado depois de uma gestão da embaixada do Brasil em Londres, pedindo seu "pronto repatriamento". Passou pelo Rio de Janeiro e foi viver em Buenos Aires até que puseram-no na cadeia.

À época da gestão brasileira, o general João Batista Figueiredo presidia o país, o embaixador Ramiro Guerreiro chefiava o Itamaraty e Roberto Campos, a embaixada em Londres.

FREQUENTADOR CRIOU UM GUIA "MICHELIN" DAS CADEIAS DAS CELEBRIDADES

Um frequentador do circuito Curitiba-Rio-Brasília arriscou-se a fazer um guia dos confortos nas cadeias povoadas pelos efeitos da Lava Jato. Ele pode ser útil para futuros hóspedes.

TRÊS ESTRELAS

1) Curitiba
A cadeia federal onde estão os fregueses do juiz Sergio Moro tem uma boa dispensa de biscoitos, frios (às vezes até presunto de Parma), refrigerantes e café. A ala onde está o doutor Marcelo Odebrecht é servida eventualmente por uma cozinha externa. Tem forno de micro-ondas e geladeira. Com jeito, os presos conseguem receber telefonemas de parentes.

2) A ala da penitenciária da Papuda onde está o ex-senador Luiz Estevão
Tem todos os confortos de Curitiba, mais mesa de reunião na cela.

DUAS ESTRELAS

Benfica
Ao contrário do que se supõe, a cana onde reina Sérgio Cabral perde para Curitiba, sobretudo por causa do desconforto causado pelas inspeções do Ministério Público. Aos domingos, alguns presos podiam dispor da assistência de um personal trainer, um funcionário da cana fazendo bico no dia de folga. Se não tivessem atrapalhado, teriam um cineminha.
Herculano
03/12/2017 06:16
'EFEITO TOGA' TORNOU-SE PRINCIPAL VARIÁVEL DE 2018, por
Josias de Souza

No momento, não há nada mais equivocado na análise da conjuntura eleitoral brasileira do que ter certeza. A leitura fria dos dados expostos na mais recente pesquisa do Datafolha induz à falsa conclusão de que a sucessão presidencial vai se consolidando como uma batalha entre o pseudo-esquerdista Lula e o ultra-direitista Jair Bolsonaro. Mas a construção do cenário de 2018 já não depende apenas do eleitor. A situação penal do candidato do PT converteu o Judiciário num protagonista da disputa sucessória. O "efeito toga" injeta no processo um quê de imponderável.

Hoje, Lula continua na liderança. Oscila entre 34% e 37%, dependendo do cenário. Bolsonaro isolou-se na vice-liderança, obtendo entre 17% e 19% das intenções de voto. O problema é que não são negligenciáveis as chances de Lula, já condenado a nove anos e meio de cadeia, se tornar um ficha suja. Retirando-se o pajé petista do páreo, a taxa de entrevistados que preferem votar em branco ou nulo praticamente dobra, chegando a 30%. Abre-se uma disputa pelo espólio eleitoral de Lula. Candidatos que têm a aparência de cartas fora do baralho entrariam no jogo.

Marina Silva belisca uma fatia do eleitorado lulista automaticamente. Com Lula na briga, a candidata da Rede chega a amargar 9%. Sem o ex-correligionário, Marina volta para o patamar dos dois dígitos. No seu melhor cenário, ela amealha 16%, ficando a apenas cinco pontos percentuais de Bolsonaro, com 21%. A ausência de Lula seria revigorante também para Ciro Gomes, que migraria dos 6% para 12%, assumindo a terceira colocação, à frente de Geraldo Alckmin (9%). O petista Fernando Haddad, potencial substituto de Lula, amealharia escassos 3%.

O primeiro estágio da ruína penal de Lula é o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que deve confirmar entre o final de março e o início de maio a condenação imposta por Sergio Moro no caso do Tríplex do Guarujá. Com isso, Lula viraria um ficha-suja. Pior: se o Supremo Tribunal Federal não modificar a regra que permite a prisão de condenados na segunda instância, o juiz da Lava Jato estará autorizado a enviar o candidato do PT para o xadrez.

Em reunião com a cúpula do PSB, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffman (PR), disse que seu partido não analisa alternativas. Levará a candidatura de Lula às últimas consequências. Recorrerá ao Supremo Tribunal Federal contra o eventual enquadramento de Lula na Lei da Ficha Limpa e contra eventual ordem de prisão emitida em Curitiba. O petismo só indicará um substituto na hipótese de o Tribunal Superior Eleitoral, provocado por algum rival de Lula, cassar-lhe as pretensões políticas.

Ou seja: os destinos da sucessão de 2018 passam pelo TRF-4, pela 13ª Vara de Curitiba, pelo STF e pelo TSE. Considerando-se o caráter lotérico que permeia as decisões judiciais no Brasil, a única previsão segura que se pode fazer sobre 2018 é que o "efeito toga" torna a disputa, por ora, imprevisível.
Herculano
03/12/2017 06:13
REJEIÇÃO A TEMER, DE 71%, PARA DE SUBIR, MAS ECONOMIA PREOCUPA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Igor Gielow. O governo Michel Temer (PMDB) segue sendo muito mal avaliado pelos brasileiros, mas o índice oscilou negativamente pela primeira vez após subida constante desde que o presidente começou a ser avaliado pelo Datafolha, em julho do ano passado.

Temer é rejeitado por 71%, uma variação de dois pontos para baixo do registrado em setembro - dentro da margem de erro. Acham o governo regular 23%, contra 20% na pesquisa passada, e os que o aprovam como ótimo ou bom seguem sendo 5%.

Em dezembro de 2016, o Datafolha aferiu a comparação dos governos de Temer e de sua antecessora cassada, Dilma Rousseff (PT).

Naquele momento, 40% achavam o peemedebista pior; agora são majoritários 62%. Creem que Temer faz melhor gestão 13% (contra 21% antes) e que registra igual desempenho 23% (ante 34% no ano passado).

Nas últimas semanas, o governo tem adotado um discurso otimista, amparado em indicadores da economia.

Planos eleitorais inclusive estão sendo feitos baseados na premissa de que a melhora na economia poderá ajudar o governo a ter voz ativa durante a campanha de 2018, inclusive estimulando a pré-candidatura do ministro da área, Henrique Meirelles.

Mas o fim da recessão e dados positivos como o controle da inflação e baixa nas taxas de juros não entusiasmam ainda a população.

Segundo o Datafolha, esperam que a inflação vá piorar 60% dos ouvidos, contra 56% em setembro. Acham que ficará onde está 24% (27% no levantamento anterior) e que o índice cairá os mesmos 11% de antes.

Já o início da queda nos altos índices de desemprego legados pela recessão parece estar sendo percebido.

Acham que o indicador vai piorar 50% da população, contra 53% registrados em setembro e mantendo uma curva descendente desde dezembro do ano passado.

Paradoxalmente, subiu o percentual de pessoas que consideram a ameaça de perder o emprego como a coisa que mais lhes dá medo: passou de 26% para 31%. Aqueles que não se sentem afetados por isso oscilaram de 41% para 42% dos ouvidos.

Outros indicadores aferidos, contudo, mostram pessimismo do brasileiro.

Caiu bastante de setembro para cá, por exemplo, o índice de pessoas que acham que haverá alguma melhoria no seu poder de compra ?"de 25% para 19%.

A sensação de que a economia ficará como está nos próximos seis meses ocorre para 37%, enquanto 32% esperam piora e 27%, melhoria.

Já no campo pessoal, 43% acreditam que a situação econômica irá melhorar nesse mesmo período, contra 19% que preveem piora e 35% que acreditam em estabilidade.

A percepção dos efeitos da crise econômica difere entre os mais ricos e os mais pobres.

No primeiro grupo, 31% avaliam que sua situação econômica pessoal piorou, e 42% acham isso do país como um todo. Já entre os mais pobres, 68% veem o país em uma situação pior, e 60% acreditam na deterioração de suas condições pessoais.

A saúde permanece como o principal problema do Brasil. Um quarto dos ouvidos citou a questão como prioritária, enquanto 19% falaram em desemprego e 15%, em corrupção como flagelo.

O último índice apresentou uma queda abrupta desde julho de 2016, quando era considerado o principal problema brasileiro ?"32% dos entrevistados então fizeram essa avaliação.
Herculano
02/12/2017 20:03
SUGESTÃO DE TEXTO PARA 2ª CARTA DE LULA AO POVO, por Josias de Souza

Lula cogita redigir uma nova Carta aos Brasileiros. Não será como aquela de 2002, que teve o objetivo de acalmar o mercado financeiro. Até porque o autor da peça, Antonio Palocci, está em cana e virou um delator. Dessa vez, o destinatário será "o povo", informa a repórter Cátia Seabra. Deseja-se especialmente reconquistar o eleitor de classe média.

Antes que as sinapses da intelectualidade petista se conectem em busca dos termos ideias para o texto a ser subscrito por Lula, vai abaixo uma sugestão. Nas pegadas do mensalão e do petrolão, Lula poderia adotar os termos do mais famoso código ético e social do Ocidente.

Na versão integral, o célebre texto tem dez itens. Querendo, a divindade petista pode reproduzir em sua carta apenas os quatro principais.

A nova Carta de Lula aos Brasileiros conteria os seguintes compromissos: "Não matarás / Não roubarás / Não tomarás o nome de Deus em vão / Não prestarás falsos testemunhos?" Se esse texto não funcionar, não há leto-lero que resolva
Herculano
02/12/2017 20:00
LULA LIDERA, E BOLSONARO SE CONSOLIDA EM 2º, APONTA DATA FOLHA

Conteúdo e manchete da edição de domingo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Igor Gielow. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fortaleceu sua liderança e o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) está isolado em segundo lugar da corrida presidencial, segundo indica pesquisa do Datafolha.

A constatação coincide com o momento em que o PSDB tenta emplacar o nome do governador Geraldo Alckmin (SP) como o candidato das forças de centro no pleito de 2018, contrapondo-o aos extremos da esquerda e direita, personificados respectivamente em Lula e Bolsonaro.

Além disso, o apresentador Luciano Huck, alvo de especulações para a mesma tarefa, disse que não será candidato.

O instituto fez 2.765 entrevistas entre 29 e 30 de novembro, em 192 cidades. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

Como houve alterações em cenários, só é possível comparação com levantamentos anteriores nas simulações de intenção espontânea de voto no primeiro turno e estimuladas no segundo.

O tucano, hoje, está em quarto lugar na disputa em um cenário com a maior gama de candidatos colocada, empatado numericamente com o ex-governador Ciro Gomes (PDT, 6%) e tecnicamente com o ex-ministro do Supremo Joaquim Barbosa (sem partido mas cortejado pelo PSB, 5%) e o senador Alvaro Dias (Podemos, 3%).

Aqui, Lula lidera com 34% e Bolsonaro o segue com 17%. Marina Silva (Rede) aparece numericamente acima do pelotão encabeçado por Alckmin e Ciro, mas tecnicamente empatada com ambos.

Na simulação em que o nome de Alckmin é substituído pelo do prefeito paulistano João Doria, que disputava a indicação tucana, o desempenho é semelhante.

Quando a intenção de voto é questionada sem apresentação de nomes, Lula surge com 17% das citações e Bolsonaro, com 11%. Todos os outros pontuam de 1% para baixo. O "ninguém" tem 19% e não sabem afirmar em que candidato votariam, 46%.

Lula ganha em todos os cenários de segundo turno. Ele ampliou em quatro pontos percentuais sua vantagem, em relação à pesquisa feita no fim de setembro, no confronto com Alckmin (52% a 30%), Marina (48% a 35%) e Bolsonaro (51% a 33%).

O tucano empata tecnicamente com Ciro (35% a 33%) e Marina ganharia de Bolsonaro (46% a 32%).

A candidatura Lula poderá ser barrada, já que está previsto julgamento em segunda instância da condenação por corrupção no caso do apartamento no Guarujá -o petista pegou nove anos e seis meses de prisão.

Se a condenação for ratificada no colegiado, legalmente ele está fora, mas pode haver recursos. O PT acredita ser possível mantê-lo na disputa pelo menos até o primeiro turno, se condenado.

O principal cenário sem Lula vê Bolsonaro com 21%, Marina com 16% e Ciro se beneficiando de votos do petista, com 12%. Alckmin segue com 9%, empatado tecnicamente com Alvaro Dias (5%).

Um dos nomes citados para substituir Lula, o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad ficaria com 3%, empatado tecnicamente com a Manuela D´Ávila (PCdoB, 2%). Nas simulações sem Lula, o voto em branco ou nulo sobe bastante, de 12%-14% para de 25% a 30%.

Isso indica um mar de eleitores a serem pescados pelos remanescentes na corrida, se Lula estiver ao fim fora.

Em termos de perfil do eleitor, não há mudanças significativas em relação ao que já foi apurado até aqui.

Lula tem a preferência entre mais pobres, menos escolarizados e moradores da região Nordeste. Bolsonaro faz especial sucesso entre homens, jovens e com renda maior. No estrato mais rico do eleitorado, a disputa é mais pulverizada.

O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) quer ser candidato, mas tem desempenho baixo hoje.

Oscila entre 1% e 2% de intenções, mesmo nível de Paulo Rabello de Castro (PSC), João Amoêdo (Novo) e Guilherme Boulos (cortejado pelo PSOL).

Rabello de Castro é o atual presidente do BNDES e apareceu no programa partidário na TV, há duas semanas, como pré-candidato.
Ronaudo Denedetti
02/12/2017 16:57
HERCULANO

Quero parabeniza - lo por não se curvar aos passageiros de plantão: Roberto, Wandais, Spengleres,Schrammes, Pereiras, Moreiras, Bornhausens e demais mamadores, luizes oportunistas.
Se Wanda que fugiu da escola manda em Kleber que comprou diploma e diz que que ser profissional da política, o que esperam seus eleitores?
O trânsito is grandes favorecidos serão os que frequentam país e não os gasparenses que tem que ir ao supermercado, iludidos pelo salafrário do PMDB e pt.
Parabéns Herculano, quem antes te odiava agora te ama e vice e versa.
Anônimo ativo
02/12/2017 13:57
Sobre o caso do Vereador Vando, como pais do CDI, queremos a diretora que elegemos . #RuteDiretora
Anomymous
02/12/2017 12:30
Ao mídia falsete... acontece q não é o vereador Wando quem deve decidir alguma coisa referente quem deve gestar uma escola ou CDI, até porque ele não tem autoridade nem poder para isso. A SEMED tem uma comissão muito eficiente por sinal, que usam termos técnicos, com fórmulas para calcular os resultados. E Lá no dia 24, qdo foram apurar o resultado, já foi constatado q a candidata não havia ganho. Quanto a votação dos pais ser expressiva, tenho inclusive copia do bilhete q foi p casa de cada família do CDI, dizendo para as mesmas votarem SIM. Estamos todos revoltados e aguardando esse desfecho. Quero ressaltar aqui também os áudios da diretora chamando as professoras de cobra... Isso é assédio moral e é passível de indenização. Lembro mais... em um dos áudios o vereador menciona q não sabe se vai fazer festa já q o dinheiro é da APP; AÍ como mãe eu pergunto; é pra isso q pedem nossa contribuição mensal nos CDIs? Sendo q nós nem deveríamos pagar Nada, já q é uma entidade pública. "Coerência" meu ou minha cara mídia falsiane...É o q deve prevalecer!
Sidnei Luis Reinert
02/12/2017 12:28
Por que os tucanos não têm chance em 2018?


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, deu ontem várias entrevistas amestradas, nas quais repetiu que quer ser candidato à Presidência da República ano que vem, por se considerar "preparado para o cargo". Evidentemente, nenhum pretendente a sentar no trono do Palácio do Planalto dirá o contrário. O problema é que os tucanos nunca estiveram com o filme tão queimado, como agora, perante o eleitorado, por suspeitas de corrupção em seus governos. Um grande responsável pela destruição de imagem foi Aécio Neves ?" um tucano que está mais para avestruz: não sabe onde enfia a cara...
Geraldo Alckmin tem outros problemas a enfrentar na corrida maluca à Presidência em 2018. Primeiro, e antes de tudo, terá de encarar o desgaste de assumir a presidência do PSDB, em meio ao dilema: jura que apóia o desgastado governo Michel Temer, mas finge que não quer fazer parte dele. Segundo, terá de enfrentar uma desgastante disputa interna no "politiburro" para ser indicado candidato. Terceiro, seus 20 anos de poder no Palácio dos Bandeirantes serão alvos de ataques nunca antes ocorridos, questionando falhas impecáveis de gestão e suspeitas de corrupção nas áreas de infraestrutura e transportes. Quarto: seu estilo "picolé de chuchu" não convence em uma disputa com Lula, Ciro Gomes e Jair Bolsonaro (a cada instante um nome mais favorito).
O jogo de cena prejudica Geraldo. Ele tem encontro marcado com o Presidente Michel Temer, no interior paulista, 0para inaugurações do Minha Casa Minha Vida (programa federal) e Casa Paulista (programa estadual). Só falta jurar que nada falará com Temer sobre o tema mais espinhoso do momento: Reforma da Previdência. Até assumir o trono tucano, Geraldo encena que não quer conversa com ninguém: "Se assumirmos será só no dia 9. Antes disso não tem conversa, como presidente do partido, com o Presidente Temer". A pergunta é: para que tanto fingimento e perda de tempo?
Ontem, ainda no estilo tucano-em-cima-do-muro, Geraldo repetiu e trepetiu que a reforma da Previdência proposta pelo governo de Michel Temer terá o apoio de seu partido. Alckmin até defendeu o projeto com um argumento técnico, em entrevista à Rádio Capital, de São Paulo: "A Previdência precisa ser reformada porque há dois sistemas e os dois têm déficit. Só que o do INSS (Instituto Nacional do Serviço Social), que tem déficit de R$ 160 bilhões a R$ 170 bilhões para 32 milhões de aposentados, tem distribuição de renda. Ninguém ganha mais de R$ 5 mil e a média é 1 salário mínimo e meio. Mas o déficit do setor público é preocupante. Tem déficit de mais de R$ 80 milhões para menos de 1 milhão de aposentados e pensionistas, com salários muito elevados. É o Robin Hood às avessas e, por isso, tem que ser corrigido".
Geraldo Alckmin citou os valores médios pagos ano passado em aposentadorias: R$ 1.191 para o aposentado do INSS, R$ 8 mil para o servidor do Poder Executivo público, R$ 16 mil para representantes do Judiciário e R$ 24 mil para o Legislativo. "Não pode ter um sistema desses. Sempre defendi um regime geral de Previdência e vou lutar por isso, como já foi feito em São Paulo. Aqui, tanto o Legislativo, o Judiciário, o Executivo recebe teto do INSS e tem a opção de aderir à previdência complementar".
Geraldo só ressalvou o óbvio ululante: que a PEC da Previdência não será facilmente aprovada pelo Congresso, já que, por ser emenda constitucional, precisa de 308 votos. Geraldo também não revelou quantos dos 46 deputados tucanos vão votar a favor da reforma temerária da previdência. O apoio de Geraldo não convence. Ainda mais porque até o Michelzinho sabe que o Geraldo terá de meter o pau no governo do pai dele durante o fla-flu da campanha... O ataque no sabor de picolé de chuchu tem grande risco de não convencer, já que o PSDB fez parte ?" e agora finge que está saindo do governo que jura apoiar...
A tucanagem e a falta de estilo ofensivo torna Geraldo Alckmin um candidato inviável para a vitória em outubro/novembro de 2018. Geraldo só promete "reformas estruturantes". Até o Michelzinho e a maioria do eleitorado já sabem que reforminhas não resolvem. O Brasil precisa ser passado a limpo e reinventado pela via da Intervenção Institucional para neutralizar a ação do crime nos três poderes. A única saída é uma mudança estrutural. Tucanos não querem mudar nada. Por isso, tomarão o maior pau nunca antes visto na História, em 2018...
O Alerta Total insiste: novamente, corremos o risco de não termos um debate sério e necessário para a formulação de um Projeto Estratégico para o Brasil. O fla-flu ideológico é, tragicamente, a tendência do pleito de 2018. Teremos bate-bocas apaixonados e histéricos contra e a favor dos candidatos. As discussões sobre mudanças estruturais não sairão da boca dos políticos profissionais. Esta é a nossa maior desgraça...
Enquanto isso, a economia mundial tem previsão de crescer, em média, 3,5%. Outros países ditos "em desenvolvimento" podem crescer em percentuais até maiores. Nós, os otários tupiniquins, seguiremos patinando e prometendo novos vôos da galinha, assim que elegermos o nosso suposto salvador da pátria"... Até quando ficaremos nesta sacanagem?
Herculano
02/12/2017 12:08
reeditado das 11.12

À MÍDIA FALSETE

Vamos por partes, como diz Jack, o Estripador!

Você, que não se identifica, até porque certamente, não capaz para tal, ou está envergonhado, para defender o que argumenta e escreve aos meus leitores e leitoras, gente qualificada, para contrapor ao que se esclarece, escreve-nos (eu, leitores):

"Acho que o vereador Wando [Evandro Luiz Andrietti, PMDB] está sendo mau interpretado, o resultado das eleições foi uma baixaria...",

Volto. Realmente a votação, o processo, as chantagens, as ameaças e principalmente o desfecho, e não os resultados, foram uma baixaria. Todas orquestradas pelo vereador.

O que Wando - e todos os políticos - teme, é o desdobramento, cujas gravações estão disponíveis como provas irrefutáveis. Elas não deixam margens às dúvidas. E esses desdobramentos podem comprometer e enfraquecer ainda mais o prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, a quem Wando colocou de fiador para a sua aventura de poder, vejam só, num CDI, que fez como extensão do seu negócio, da sua casa, do seu mandato.

Sobre os fatos e números das eleições que você resume, são confusos. Não esclarecem nada. Estão ai para serem avaliados por quem quiser decifrá-los. Por isso, vamos adiante.

Você escreve: "acho que está na hora de dá oportunidade de deixar o vereador que é pai, e presidente do CDI a 4 anos, poder se explicar. Por que mídia não sede esse espaço? Pois são urubus atraz de carniça".

Primeiro é necessário ir à escola e aprender português. Errar palavras básicas? Isso mostra como a intervenção política e dos "coronés" sem instrução mínima no idioma pátrio nas escolas e na educação é danosa, produz analfabetos funcionais, dão péssimo exemplo, compromete o futuro das nossas crianças e por isso, mandam bananas ao mínimo ético.

Segundo, quem é que impediu o Wando de dar a sua versão aqui? Só se foi a consciência dele. Eu jamais faria isso, mesmo que contrariasse a lógica, fato que o deixaria ainda mais exposto e eu com mais razão.

Evandro Carlos Andrietti, a representação do velho, do PMDB cheio de dúvida em todos os locais, e sua assessora, que é professora, paga pelos pagadores de pesados impostos na função de assessora, é que não fizeram a parte que lhes cabem, na defesa daquilo que pensam e praticam.

E por que?

Apostaram no silêncio. No velho esquema. Além disso, esta coluna está apenas reproduzindo o que a cidade inteira conhece há muito pelo Whatsapp e redes sociais, onde Wando ainda não se defendeu adequadamente. Então, você, em nome do vereador e da lambança, está reclamando exatamente do quê?

O mundo mudou. Esses assessores parlamentares e as de imprensa da Câmara e da prefeitura de Gaspar, são deficientes, parasitas e cabides de emprego cheios de privilégios. Neste caso do Wando, a assessoria prova, mais uma vez, que não funciona a favor de quem lhe protege e paga bem com o nosso dinheiro que falta à educação, saúde, assistência social e obras.Já mostrei isso. Vou mostrar mais segunda-feira, na coluna líder no portal do Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o mais atualizado, o mais acessado.

Vamos lá: você assegura de que o vereador Wando está sendo mau interpretado? Pode ser. Mas calma ai: tudo está gravado, a voz é dele, as expressões também, a orientação ditatorial também. Que interpretação reclama?

Resumindo: que tudo isso é uma baixaria, não há dúvida nenhuma para este escriba e de uma parte ponderável dos leitores e leitoras da coluna, pois eles são plurais e pensam, muitos, diferentes deste autor e inclusive, alguns são eleitores e defensores do vereador.

Você escreve: "Acho que está na hora de dá oportunidade de deixar o vereador que é pai, e presidente do CDI a 4 anos poder se explicar. Por que mídia não sede esse espaço? Pois são urubus atraz de carniça", você escreve.

A mídia, neste caso, é esta coluna, a única que tocou até agora publicamente neste assunto em Gaspar. E bomba, nos acessos. É isto que incomoda, verdadeiramente, o vereador, e não é de hoje. A coluna é referência, é formadora de opinião e isso não foi feito hoje, mas por anos seguidos, enfrentando os poderosos e até gente que tentou calá-la por chantagens, sacanagens e até, processos. Não deu certo!

O fato. A coluna não negou nada até agora ao Wando a versão dele, mas também não vai comer cru a enrolação, e esta é a preocupação do vereador, acostumado a enrolar com o seu jeito manso, ao seu modo de "amigo" de todos, com migalhas, os da imprensa e que por isso estão todos calados publicamente, mas falando entre si, até agora neste e outros assuntos.

E para finalizar, sobre a carniça que você cita no seu recado.

O porta-voz do vereador tem toda a razão. Os urubus só se aproximam quando a carne já está podre. É o cheiro e o sabor, que apesar de serem repugnantes, são denunciadores do desastre, do crime.

E o que apodreceu foi a jogada, a de força do vereador que não quis aceitar uma derrota numa escola onde é presidente da APP. Preferiu ser um "coroné", mostrar força, influência, poder e vingança.

O espaço está aberto, como sempre esteve a todos. Acorda, Gaspar!
Miguel José Teixeira
02/12/2017 12:00
Senhores,

Da série "pensado morreu um burro":

Na mídia: "Lula pensa em redigir uma nova 'carta aos brasileiros'"

Ora, ora, ora. . .mal, mal sabe desenhar o seu proscrito nome e ainda "pensa" em escrever uma carta. . .

Acorda, Brasil!!!
Mídia falsete
02/12/2017 10:23
Acho que o vereador Wando está sendo mau interpretado, o resultado das eleições foi uma baixaria, então vamos aos fatos: 90 votos totais de pais,84 sim/6 não. Votos professores total 23, 10sim/13nao. Só um destaque somente 2 votos desses 13 são professores efetivos do Cdi,teve uma revolta nessa eleição por conta de 84 votos dos pais que saíram de sua casa até mesmo do serviço para votar na diretora, e ver que pra falar a verdade seus votos não vale nada. Acho que está na hora de dá oportunidade de deixar o vereador que é pai, e presidente do CDI a 4 anos poder se explicar. Por que mídia não sede esse espaço? Pois são urubus atraz de carniça.
Herculano
02/12/2017 08:09
FHC ADMITE COLIGAÇÃO COM PMDB: POR QUE NÃO? por Josias de Souza

A prioridade do eleitor para 2018 é - ou deveria ser - acomodar no Palácio do Planalto um político capaz de compor um governo eticamente sustentável. Uma entrevista de Fernando Henrique Cardoso à Veja dá uma ideia do tamanho do desafio.

"Está faltando organizar um centro democrático, progressista, que olhe para o povo", disse FHC. O tucano Geraldo Alckmin seria o candidato do meio. Cabe o PMDB nesse centro democrático?, perguntou-se a FHC. E ele: "Por que não?''

Ai, ai, ai. Vamos lá. Por que não? No passado, quando queria humilhar o Congresso, o Executivo fechava-o. A partir de 1985, com a redemocratização, o Executivo passou a comprar o Congresso. No modelo do suborno, o dinheiro não é tudo. Há também as emendas orçamentárias, os cargos públicos.

É um arsenal menos ostensivo do que os tanques dos militares. Mas também tem alto poder de destruição. Rói as arcas do Tesouro Nacional. FHC esgrime um velho argumento: "Pelo nosso sistema eleitoral, você faz alianças ou morre à míngua". É o mantra da governabilidade, que virou eufemismo para safadeza. Ninguém mais tem o direito de ignorar que uma coligação política com o PMDB e congêneres não é matrimônio, mas patrimônio.

Não há receitas prontas para o sucesso na política. Mas uma coisa parece clara: se o próximo presidente não enviar o PMDB e os valores que ele representa para a oposição não há o menor perigo de o governo dar certo.
Herculano
02/12/2017 08:07
TERRORISMO DE MERCADO, por Hélio Schwartsman, no jornal Folha de S. Paulo

Mercado faz terrorismo para impedir que Lula volte à presidência. É uma hipótese interessante. Convém examiná-la melhor.

Não há dúvida de que muitos empresários e banqueiros preferem outros candidatos. É direito deles. Mas, para falar em terrorismo, seria preciso imaginar que existe coordenação entre os vários agentes que atuam no mercado e que ela tem o propósito explícito de evitar que o petista vire presidente. É essa dupla condição que eu acho difícil de satisfazer.

Não que conspirações sejam impossíveis, mas me parece mais simples explicar o que ganha ares de chantagem do mercado como uma previsão plausível dos movimentos espontâneos que investidores farão caso sintam cheiro de problemas. E Occam recomenda que prefiramos sempre as hipóteses mais simples.

Se você tem alguma poupança e crê que a economia vai piorar, a atitude racional é buscar posições mais defensivas. Se muita gente faz isso, o resultado é queda da Bolsa, alta do dólar etc. Até investidores irredutivelmente petistas se sentirão, em algum momento, compelidos a fazer o mesmo, para preservar seu dinheiro.

A melhor analogia é com cardumes de peixes e manadas. Até os anos 60, biólogos explicavam esses comportamentos gregários em termos de benefício mútuo, que pressupõem algum tipo de coordenação. Em 1971, porém, W.D. Hamilton mostrou que dá para explicar o comportamento de manada recorrendo só aos impulsos egoístas de cada um dos membros do grupo.

A ilusão de movimentos coordenados do cardume nada mais é do que o efeito de todos os peixes tentando permanecer ao lado um do outro para reduzir o risco de ser devorados e tentando também alcançar o centro do grupo, que é uma posição mais segura que a das margens.

A questão não é se o mercado faz terrorismo, mas se os investidores de fato têm motivos para achar que, com Lula, a economia piora.
Herculano
02/12/2017 08:03
ÁUDIO TORNA SUSPEITA DECISÃO DA OAB CONTRA TEMER, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Em mensagem de áudio a conselheiros federais da OAB, obtida pela coluna, o advogado Flávio Pansieri afirma, convicto, que o presidente Michel Temer era inocente das acusações da Procuradoria Geral da República e atacou as gravações de Joesley. Após ter sido designado relator do caso, horas depois, Pansieri mudou de ideia radicalmente. Enviou o áudio de 2m28s a um grupo de conselheiros na véspera da decisão do colegiado. Era mantido a sete chaves pela OAB, e vazou. A transcrição na íntegra do áudio está ao final da coluna

SAIA JUSTA NA OAB
Pansieri deixa a OAB muito mal ao estranhar a pressa de julgar Temer em 4 dias, quando a entidade consumiu 1 ano e meio para julgar Dilma.

'DECISÃO LEVIANA'
"É muito leviano nós tomarmos uma decisão agora", diz o relator do conselho da OAB que examinou a acusação da PGR contra Temer.

ÁUDIO CONFIRMADO
O presidente da OAB, Cláudio Lamacchia, confirmou a autenticidade do áudio onde o conselheiro se posiciona a favor do presidente Temer.

POR QUE MUDOU
Pansieri diz que mudou de ideia após entrevista (pronunciamento, na verdade) de Temer, duas horas antes da votação do seu relatório.

REGRA DA ANS MULTIPLICA OS LUCROS DOS PLANOS
Sempre muito camarada com empresas que deveria fiscalizar, a ANS "agência reguladora" criou a modalidade de "revisão técnica" para permitir que planos de saúde aumentem à vontade as mensalidades com base no "custo mensal" de cada operadora. Com mais essa "mão na roda" as operadoras multiplicam ganhos e aumentaram lucros em 70% de 2015 para 2016. Essa modalidade de aumento está suspensa.

RENTABILIDADE MAIOR
O projeto relatado pelo deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) favorece ainda mais o aumento de rentabilidade dos planos de saúde.

BLINDADOS DE MULTAS
A ideia, com a nova lei, é reduzir as multas, aliás pouquíssimas, aplicadas pela ANS nos planos: 811 em 47,5 milhões de contratos.

MAIS FACILIDADES
Além da blindagem de multas, os planos podem ganhar a redução da exigência de patrimonial para garantir as próprias operações.

POLÍTICA SOB HOLOFOTE
Ao apresentar a investidores resultados no ano até agora, a corretora Bradesco avisa: a "política seguirá concentrando atenções domésticas" em 2018, mesmo com a "economia global em crescimento".

MARINA III, A VINGANÇA
Ex-ministra de Lula, Marina Silva (Rede) lança neste sábado (2) a pré-candidatura a presidente, em Brasília. Será a terceira vez que a ex-senadora tenta conquistar a Presidência; pelo terceiro partido diferente.

PETISTA REJEITADA
Marina Silva tentou chegar ao Planalto pela primeira vez pelo Partido Verde, em 2010. A segunda disputa, em 2014, foi no PSB de Eduardo Campos. Agora tenta com a Rede, que fundou. Só no PT não teve vez.

VOTO QUE MUDOU TUDO
Atribuiu-se ao então deputado do PSDB-SP e ex-ministro de FHC Antonio Kandir (Planejamento) a derrota tucana em 1998 na reforma da previdência. Ele errou ao digitar seu voto pela abstenção e não corrigiu.

LIVRE NEGOCIAÇÃO
Após cinco horas, a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara rejeitou o parecer do deputado Áureo (SD-RJ) a favor do projeto que proibiria a livre negociação de alugueis entre shoppings e lojistas.

ABAIXO DA MÉDIA MUNDIAL
Segundo o FMI, a renda média (per capita) do brasileiro é de US$ 10 mil. A média mundial é mais de 58% maior; US$ 15,8 mil. Nos Estados Unidos, por exemplo, a renda per capita é de US$ 59,5 mil por ano.

HAHAHAHA!
A central sindical CSP-Conlutas é contra adiar a "greve geral" de terça (5). Mesmo tendo sido informada do cancelamento por telefone, a central ameaça "parar o País" contra a reforma da Previdência. Anrã...

PARLAMENTO PARA QUÊ?
O líder do PSOL na Câmara, Glauber Braga (RJ), não parece ter muito apreço pelo próprio processo legislativo: ele quer a reforma trabalhista, que foi discutida e aprovada e já virou lei, passe por referendo popular.

PENSANDO BEM...
...se o grupo do Brasil na Copa disputasse os quesitos saúde ou segurança pública, a Seleção já começaria na zona de rebaixamento.


É a seguinte a transcrição da mensagem de áudio de Pansieri relatada na primeira nota da coluna:

"Meu amigo, tô gravando esse áudio pra dividir com você um pouco das minhas angustias sobre o que a gente pode ou não deliberar amanhã.

Primeiro: eu ouvi o áudio todo, várias vezes. Em momento algum aquela frase construída e informada na televisão de que o presidente havia concordado em continuar pagando o Eduardo Cunha é verdadeira.

Aquilo não existe.

Quando ele fala "tem continuar assim". Aquilo é uma montagem. Ele está se referindo a uma frase que ele [Joesley] diz assim: "Olha eu tô me relacionando muito bem lá com o Cunha. Tô muito bem com ele agora". E daí ele [Temer] responde "Que bom. Tem que continuar assim".

A frase sobre ele ta pagando e ajudando a manutenção da família do Cunha é uma frase que vem alguns minutos depois e o presidente não emite opinião sobre esse tema.

Quanto a outra hipótese de ele supostamente de ele [Temer] ter recebido informações de que o cara [Joesley] tava cometendo uma ilegalidade lá... que ele tinha apoiando ele 2 juízes e um procurador. Isso não é crime por parte do presidente. Mesmo que se alegue a aplicação lá da Lei 8.112, que fala sobre a obrigação de informa autoridades sobre crimes que tenha conhecimento em razão da sua função. Isso não é em razão da função dele. Isso é uma interlocução com um colega dele. Ele não recebeu aquilo oficialmente, nada. Então portanto ele não tem essa obrigação de fazê-lo, inclusive não é crime.

Outra coisa: aquele crime que tão falando - de obstrução na Justiça ?" isso não existe no Brasil... esse tipo penal.

Resumo: é muito leviano nós tomarmos uma decisão agora. Nós temos que criar uma comissão e estudar esse caso. Eu... a percepção que eu tenho agora é que nós estaríamos dando um grande tiro no pé. Como que um ano e meio demoramos para julgar a Dilma e vamos julgar ele [Temer] em quatro dias, sem nem mesmo ter acesso a todas informações?

Outro detalhe muito importante: meu amigo, cê dizer que o MPF [Ministério Público Federal] não tava controlando essa ação face ao presidente da República é acreditar em conto da carochinha. Por quê? Veja: o MPF fez em 30 dias essa delação premiada ?" porque parece que a interceptação é de 26 de março. É lógico que ele (Joesley) já tavam fazendo a delação premiada e o MPF já sabia e precisava de alguma coisa para rechear a delação. Se isso é ação controlada, precisava de autorização do Supremo. Se não tem autorização do Supremo isso é prova ilegal, ilícita, e tá acabado.

Essa prova ilícita não podemos usar, como fizemos no caso da Dilma, que não utilizamos a prova ilícita que era aquela interceptação telefônica dela com o ex-presidente Lula. Acho que nós precisamos ser razoáveis. É prematura e temerária uma decisão amanhã.

Queria ouvir sua opinião
Herculano
02/12/2017 07:57
PREVIDÊNCIA NÃO REÚNE VOTOS E SERVIDORES INSISTEM EM PRIVILÉGIOS, por Julianna Sofia, secretária de redação da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo

A decisão de uma juíza federal de suspender a campanha publicitária da nova Previdência que tem o mote do "combate a privilégios" bagunça ainda mais o coreto para a votação da proposta. Não que a mixórdia já não seja tamanha.

Pouca gente aposta em avanço na Câmara neste ano, principalmente após levantamento desta Folha mostrando que 220 deputados são contrários à mudança de regras. Depois do Carnaval de 2018, há menos chance ainda. Mas a propaganda, estimada em R$ 20 milhões, vinha encorajando o Palácio do Planalto a torrar mais R$ 70 milhões com publicidade, pois o marketing agressivo começava a reduzir a rejeição à reforma.

A juíza ?"e servidora?" Rosimayre de Carvalho considera a peça manipuladora. Diz que ofende funcionários públicos. "Será uma das reformas mais profundas e dramáticas para a população brasileira." O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, procurou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para defender a corporação na reforma, alegando que "perder direitos neste momento seria péssimo para o policial que hoje enfrenta a corrupção".

O Ministério da Fazenda destrinchou o deficit per capita dos regimes de aposentadoria em 2016. Enquanto um aposentado do setor urbano representou deficit de R$ 1.501, cada rural gerou saldo negativo de R$ 10.715. O rombo provocado por um servidor civil equivale a R$ 68.116. Um militar reformado, R$ 127.692.

Embora os dados sejam inquestionáveis, assim como a juíza e o policial, há outros patronos do apanágio para o funcionalismo. O PSDB ?"que em 2015 ajudou a derrubar

o fator previdenciário para encurralar Dilma Rousseff?" agora quer normas menos duras para a nova aposentadoria de servidores. A sigla ainda vai decidir se fecha questão pela aprovação da reforma da Previdência.

Pelo mapa de votos da Folha, só oito tucanos declararam ser a favor (total ou parcialmente) da proposta ?"eles e outros parcos 49 deputados.
Herculano
02/12/2017 07:53
GRUPO GLOBO PRECISA USAR CONSIGO MESMO CRITÉRIOS E PRATICAS QUE EMPREGOU COM O GOVERNO TEMER, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

O grupo Globo precisa começar a usar consigo mesmo os critérios que emprega com alguns terceiros ?" critérios que o levaram a pedir a cabeça de Michel Temer antes mesmo de uma investigação formal.

O envolvimento no nome da empresa em pagamento de propina referente à transmissão de jogos da Copa do Mundo e da Copa América preocupa, claro, o principal braço do conglomerado de comunicação: a TV Globo. Quem levou tão longe a histeria persecutória vê-se em lençóis quando menos incômodos quando recebe uma acusação formal de pagamento de propina.

Há indícios suficientes de que, naquele ambiente, as coisas seguiam padrões éticos muito peculiares. Leiam o que informa o Estadão. Volto em seguida.
*
O ex-funcionário da empresa argentina Torneos y Competencias José Eladio Rodríguez, testemunha de acusação no julgamento do ex-presidente da CBF José Maria Marin, apresentou nesta quinta-feira no Tribunal Federal do Brooklin, em Nova York, planilhas que registram pagamento de US$ 1 milhão ao ex-executivo da Rede Globo, Marcelo Campos Pinto. O atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, também aparece como destinatário de pagamentos ilícitos.

Campos Pinto negociou a compra de direitos de transmissão para o Grupo Globo até o final de 2015, quando deixou a empresa. De acordo com documentos apresentados por Rodríguez, ele seria o 'MCP' que consta na planilha de pagamentos ilegais da empresa argentina ?" inicialmente havia dito que a sigla era referente a Del Nero; depois corrigiu. Os pagamentos teriam sido feitos em 2013. Mas o ex-funcionário da TyC, encarregado de fazer as remessas da empresa, disse ao júri que não conhecia Campos Pinto.

Nas planilhas também apareceu referência a 'MP', que seria Del Nero. Ao depor no dia anterior, quarta-feira, Eladio Rodríguez afirmou ter pago US$ 4,8 milhões em propinas para Del Nero e Marin. Nesta quinta, a defesa do ex-presidente da CBF, que cumpre prisão domiciliar em Nova York, voltou a dizer ao júri que era Del Nero, e não Marin, que recebia propinas.

Para isso, exibiu alguns documentos, entre eles um e-mail de 6 de junho de 2013, enviado por Rodríguez a ele mesmo como um lembrete de atividades que teria de fazer. Entre elas consta 'telefonar para Marco Polo para transferência'. Isso levou James Mitchell, advogado de Marin, a perguntar ao ex-funcionário da TyC se ele havia pago propina a Del Nero. A resposta foi positiva.

Rodríguez disse também que o termo 'brasileiro' usado nas planilhas indicavam pagamentos feitos a presidentes da CBF e que, para ele, Marin e Del Nero eram um só, pois 'estavam sempre juntos'. A testemunha também foi confrontada por dois documentos, igualmente apresentados por James Mitchell. Num deles, havia referência a pagamento de US$ 900 mil feito a 'brasileiro' (MP) e outra pagamento no valor US$ 2 milhões pela Copa América de 2015 ?" US$ 1 milhão teria sido pago.

A citação a Campos Pinto apareceu quando a promotoria mostrou um documento de pagamento de US$ 10 milhões feito pela Globo à empresa holandesa TyC por um contrato de transmissão. Uma anotação em especial indicava um pagamento da T&C a Campos Pinto no valor de US$ 1 milhão. Rodríguez disse à promotoria que o pagamento foi feito.

Marcelo Campos Pinto não foi localizado. O Grupo Globo se manifestou por nota:
"Sobre a afirmação de uma testemunha no julgamento que acontece em Nova Iork de que o ex-diretor do Grupo Globo, Marcelo de Campos Pinto, recebeu em 2013 pagamento de uma empresa do Grupo Torneos Competencias, que atua na área de marketing esportivo, o Grupo Globo esclarece que nunca teve conhecimento de tal pagamento. Caso tal pagamento tenha ocorrido, foi, evidentemente, contrário aos interesses da empresa. O Grupo Globo reafirma que não tolera nem paga propina'.

Marco Polo Del Nero também reagiu por meio de nota: "Com referência à citação feita pelo delator premiado José Eladio Rodríguez na Corte de Justiça do Brooklin, New York, EUA, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, reitera que o depoimento se mostra contraditório, confuso e inverossímil, eis que afirma sequer saber quem era o presidente da CBF à época dos fatos ou identificar o significado de supostas iniciais lançadas em uma determinada planilha. Reitera definitivamente que não assinou nenhum contrato objeto das investigações seja pela CBF, entidade da qual não era o presidente à época, seja pela Conmebol, onde nunca exerceu nenhum cargo. Por fim, reafirma que nunca participou, direta ou indiretamente, de qualquer irregularidade ao longo de todas atividades de representação que exerce ou tenha exercido"'.

Voltei
Convém não confundir as coisas.

Em dois depoimentos, o executivo Alejandro Burzaco acusou a Globo, a mexicana Televisa e a empresa Torneos y Competencias de terem pagado propina em troca dos direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2026 e 2030. Juntas, teriam, como direi?, agraciado Julio Humberto Grondona, ex-chefe do futebol argentino, com US$ 15 milhões.

Burzaco disse ainda que ele conversou com Marcelo Campos Pinto, então o todo-poderoso do futebol na emissora brasileira, sobre o pagamento de propinas para a Conmebol por intermédio da Torneos (empresa do argentino) em troca de direitos da Libertadores e da Copa Sul-Americana.

A partir de transferências bancárias à empresa holandesa, os valores eram repassados a dirigentes sul-americanos, como o ex-presidente da CBF José Maria Marin.

O tal José Eládio Rodriguez fez mais do que eventualmente dar a entender que o funcionário da Globo teria recebido propina em vez de pagar ?" como sugere nota da Globo. Braço direito de Burzaco, o dono da Torneos y Competencias (T&C), ele confirmou ao tribunal de Nova York que uma offshore dessa companhia foi criada na Holanda para receber os pagamentos de grupos de comunicação, inclusive a Globo.

Assim, a suspeita, referendada pela nota da Globo ?" de que o então representante da emissora possa ter recebido propina pessoal ?" não se sobrepõe ao fato de que a acusação principal de Burzaco é a de que a Globo integrou o grupo que pagou propina, coisa muito distinta de um desvio pessoal de funcionário.

Ao ponto
Vazamentos de depoimentos ?" áudios ou vídeos ?" viraram a coqueluche da Lava Jato. O jornalismo brasileiro, muito especialmente a Globo, nunca atentou para sua legalidade ou ilegalidade, não? Não assistimos a falas intermináveis de Ricardo Saud acusando Rodrigo Loures de aceitar os tais R$ 500 mil para dividir com Temer?

Se vocês se lembram, não há uma só gravação entre Saud e Loures em que isso seja dito. Nada! Convenham: se o deputado estava pegando propina para repassar ao presidente, seria, digamos, natural que abordasse o assunto com a fonte pagadora. Mas isso simplesmente inexiste. Como inexiste qualquer outra circunstância que aponte para algo semelhante.

O que há, de sobejo, são gravações de Saud com os procuradores, em que a acusação é feita. Então temos o seguinte mecanismo perverso:

1: o locutor do Jornal Nacional afirma que delator diz que dinheiro era para o presidente.

E a prova?

2: ora, é o depoimento do próprio delator ao procurador, como se ele conferisse à coisa ares de verdade.

E aí esse depoimento é reproduzido no "Bom Dia Brasil", no "Jornal Hoje", no "Jornal Nacional", no "Fantástico" e umas 35 vezes na GloboNews?

Esse tipo de jornalismo não se faria em nenhuma outra democracia do mundo. Quem usa a palavra do acusador como prova são regimes como o venezuelano, o turco, o russo? As ditaduras escancaradas matam e pronto.

É claro que não emprego aqui a palavra "prova" em sentido técnico. Afirmo que, aos olhos do telespectador, a gravação da acusação de Saud soava como prova provada. Era receita para derrubar presidente. Mas ele não caiu nem atendeu ao editorial do Globo, que mandou que renunciasse.

Para arrematar: será que as gravações em que fica clara a tramoia, a urdidura, a conspiração a que se dedicou a turma da JBS, em pareceria com membros do MPF, mereceu o mesmo destaque? A pergunta é retórica. A resposta é "não".

Agora ao ponto
A Globo deveria escalar seus repórteres investigativos para conseguir o áudio das acusações que envolvem o nome da emissora e colocá-los em horário nobre, repetindo em todos os jornalísticos. Em nome da isenção.

Na hora do "outro lado", em vez de baixar a voz de Deus na figura do âncora, apareceria alguém de carne e osso para falar a respeito.

A propósito: já sabemos o que ganham os delatores brasileiros se acusam aqueles que estão na listinha previamente elaborada pelos procuradores. Ganham a impunidade. Cabe fazer a pergunta: o que Buzarco ganha acusando a Globo?

Delator que mente, no Brasil, ganha direito a entrevista exclusive a veículos empenhados em derrubar o presidente. Nos EUA, se isso acontecer, ganha é uma cana feia.
Herculano
02/12/2017 07:50
CENAS BRASILEIRAS MOSTRAM DISPUTA PROFUNDA, por André Singer, ex-assessor do do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para jornal Folha de S. Paulo

Cena um. Quarta-feira, 29/11. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) tem assento no corredor do avião de Brasília a São Paulo. O vídeo o mostra quando é abordado pela autora da filmagem com celular : "Excelentíssimo senador, tudo bem?"

Em seguida, ela avisa aos passageiros: "Gente, o Romero Jucá, do grande acordo nacional, com Supremo, com tudo". A cidadã refere-se ao diálogo gravado em março de 2016, no qual Jucá dizia que era preciso fazer um acordo para tirar Dilma Rousseff de modo a "estancar a sangria" da Lava Jato.

Jucá senta e, com um meio sorriso, começa a repetir: "Você deve ser petista, né? Você deve ser petista, né?". A interlocutora retruca: "Não, para ser honesta não é preciso ser petista (...). Mas como o senhor é especialista em acordo nacional, eu queria lhe fazer uma pergunta".

Aí o sorriso desaparece e Jucá dá um tapa no celular da "entrevistadora". A imagem treme, mas a perguntadora fica firme: "Olha, não me agride". O senador senta. A interrogante pede explicações sobre os acordos para as reformas da Previdência e trabalhista, concluindo: "O senhor conseguiu safar os seus amigos canalhas? Vai acabar o seu sossego. Vai ter que viajar de jatinho".

Cena dois. Quinta, 30/11. O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) acaba de participar de uma sessão da CPI da JBS em que prestou depoimento o advogado Rodrigo Tacla Duran. O depoente é portador de acusações a um amigo de Sergio Moro, respingando no juiz.

O vídeo mostra o parlamentar quando é abordado por uma mulher num corredor do Congresso. A protagonista diz: "O senhor pode responder a uma pergunta da gente?". O deputado se afasta, mas depois volta, também com um meio sorriso.

A entrevistadora quer saber se o parlamentar, ao interrogar Duran, queria comprometer a imagem do magistrado paranaense. "O senhor tem medo do juiz Sergio Moro, né deputado? Quando o senhor perder o foro privilegiado, ano que vem, o senhor vai ter um encontro bem gostoso com ele", diz a mulher em tom provocativo.

Pimenta manda a interlocutora ir trabalhar. A "repórter" diz que está trabalhando e acrescenta: "Diferente de vocês que estão roubando". O deputado perde a paciência e chama a Polícia Legislativa.

A mulher insiste: "Vocês do PT não estão roubando?" O policial leva a representante do "Nas Ruas" para a delegacia no subsolo do Senado, onde ela presta esclarecimentos e é liberada.

A personagem que interroga Jucá é de esquerda; a que aborda Pimenta, de direita. Uma disputa profunda se instalou na sociedade brasileira pós-impeachment e não vai sumir tão cedo. O que se deve buscar é que o confronto se dê no campo da democracia, sem violência, da qual, infelizmente, não estamos muito long
Herculano
02/12/2017 07:44
O CORONÉ WANDO

Na campanha eleitoral, pela frouxidão do Ministério Público Eleitoral, os abusos com o uso da máquina de campanha foram tolerados. De um lado o dinheiro correu solto no caixa dois e de outro, houve o abuso da máquina do poder de plantão.

Como foram tolerados lá, os crimes, como se provam, continuaram e tendem a aumentar. Sintomático. Estão protegidos.

O jornalismo manco, como sempre, esconde os fatos da cidade, dos poderoso e ao mesmo tempo, se esfacela como jornalismo, não como negócio.

Eu não. E ai, ganho audiência e credibilidade. Ganho também a ira dos envolvidos e dos concorrentes, a perseguição do poder de plantão, inclusive sobre o patrimônio, todos dispostos à tolerância em troca de amizades, a não incomodação e até, algumas migalhas de sobrevivência e cala-boca. Não preciso delas.

Fui o único a tratar do assunto abertamente este assunto. Ele já rolava nas redes sociais e no whatsapp. Ou seja, nem exclusividade eu tive. Apenas não escondi e nem disfarcei.

Os outros, nem disfarçados, foram capazes de dar dicas aos seus leitores, ouvintes e telespectadores. Não fingi. Não escondi. A cidade possui sim, as suas mazelas e seus enlameados moral, ética e administrativamente.E são muitas.

Os áudios do vereador Evandro Carlos Andrietti, PMDB, no caso para eleger, e para colocar à força a sua candidata num simples CDI, o Thereza Beduschi, no Barracão, seu curral de votos, é algo assustador.

Primeiro se é para ser assim, qual a razão das eleições (que não concordo e já expressei em artigos sobre isso). Segundo, quem é ele, um leigo, com escola pela metade, para julgar a capacidade técnica da sua preferida? Vale apenas a amizade e a capacidade dela de arrumar votos para ele se manter no poder político?

Pior mesmo é a forma como ele prova que manda e o prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, se subordina aos seus desmandos, aos caprichos, contra a vontade de uma maioria da comunidade escolar, que pelo voto democrático, não quis a sua indicada. Ambos lembram, ao menos neste episódio, ditadores.

Andrietti, que teve dificuldade para fazer o mínimo quando era aluno e abandonou os estudos, talvez por isso, tenha dificuldade para compreender o que fez e faz, mas tem ao seu lado como assessora, uma professora, faz ameaças e chantagens, como presidente da APP se as coisas não saírem do seu jeito.

Se não saíram no voto, como seria o normal pelas regras do jogo, saíram, na marra, pela canetada de Kleber, do PMDB, do poder de plantão e contra a regra do jogo e contra a Educação.

Este assunto, remete ao outro grave.

Os políticos de Gaspar além de mandarem nos CDIs, mantém lá, seus filhos, ocupando vagas integrais, enquanto, os dos trabalhadores, desempregados, todos eleitores, estão na fila que ultrapassa a mil necessitados. Eles, pela inércia do governo Kleber, estão sem chances ou perspectivas.

A criatividade do governo de Kleber e Andrietti, acaba de oferecer apenas meio período, enquanto aos políticos, o integral, "roubando" a vaga de um eleitor pobre, indefeso, sem padrinhos com o Coroné Wando. Acorda, Gaspar!

E o Ministério Público calado diante de tanta inversão de valores.
Vereador Poderoso
01/12/2017 22:46
Em Gaspar tem vereador que se acha.Como presidente de uma APP quem manda no dinheiro é ele ninguém mais.E tem gente que votou neste CARA é prá QUEBRAR......e viva o PMDB.
O PMDB ESTA DE VOLTA
01/12/2017 21:31
Encurralar,ameaçar,punir,constranger e até cometer atos discriminátorios dentro de uma administração.Funcionários Vereadores e a própria população,já fazem um ano de DESMANDO.Presente de Natal desta administração EFICIENTE 40% Aumento da Cosip.Parabéns aos vereadores,Francisco Hostins JR. Chico Anhaia,Ciro Quintino,Vando Andrieti,Dr.Silvio,Moura,Wilson Lenfres.Parabéns...
Lazaro Bonfim
01/12/2017 19:07
Seu Herculano

O senhor viu a vergonha do velho PMDB?
Primeiro: não respeitaram o resultado da eleição de diretora de CDI Tereza Beduschi do Barracão. Tem áudios comprometedores rolando na mídia por aí e boneco de Olinda o prefeito nomeou a candidata do Vereador Wanda.
Segundo: o executivo do Samae, amigo pessoal de João Pizolato, baixou decreto cortando salário do Vereador Cicero porquê não vota de acordo com os interesses do prefeito, como faz Wilson Lenfers.
Esqueceu o diretor que o Vice Prefeito o Cu quinta, era vereador e acumulava os dois salários.
Será que se Cicero estivesse no cabresto, votando como o prefa quer fariam isso?
Incoerentes, inconsequentes e perseguidores.
Herculano
01/12/2017 17:33
APARECEU A MARGARIDA, OLÊ,OLÊ,OLÁ. REDE DEVE LANÇAR MARINA SILVA COMO PRÉ-CANDIDATA À PRESIDÊNCIA NESTE SÁBADO

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. A ex-senadora Marina Silva (AC) deverá ser lançada neste sábado, 2, pela Rede Sustentabilidade como pré-candidata à Presidência da República. O lançamento ocorrerá durante reunião do partido em um hotel na capital federal. O evento será realizado em meio às negociações de alguns deputados da sigla para deixar a legenda, que pode acabar perdendo metade de sua atual bancada na Câmara.

"Os dirigentes estaduais vão apresentar pedido para que possam usar o nome dela como pré-candidata a presidente da República e ela vai aceitar. Ela não pode chegar à convenção como candidata de si mesma", explica o deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) à reportagem. Se confirmada a candidatura no primeiro semestre de 2018, será a terceira vez que a ex-senadora disputa o cargo ?" ela disputou em 2010, pelo PV, e 2014, pelo PSB.
Herculano
01/12/2017 17:32
CAPA DA CARTA CAPITAL DO FINAL DE SEMANA

A revista Carta Capital, da esquerda do atraso e que não consegue ter circulação nacional maior do que um jornal de Gaspar, traz o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, repaginado no photoshop, com o seguinte título:

LULA CONTRA O MERCADO E A GLOBO

Contra a Globo ele quer dizer, no fundo, contra a liberdade de expressão.

Contra o mercado, é dizer que a recuperação lenta da economia, dos empregos depois da quebradeira praticada pelo PT, é algo perigoso para a hegemonia de poder do partido do mensalão, petrolão, eletrolão, bndestão entre tantas lambanças.

Como na Venezuela, o PT para estar no poder, precisa de um país quebrado e uma sociedade subjugada, fraca e pobre. Wake up, Brazil!
Herculano
01/12/2017 15:32
CONTRARREFORMA 1 ROSIMAYRE, A JUÍZA, SUSPENDE PROPAGANDA DA PREVIDÊNCIA E FAZ PROSELITISMO, por

Lamentável a decisão da juíza Rosimayre Gonçalves de Carvalho, da 14ª Vara Federal de Brasília, que suspendeu a campanha publicitária do governo federal em defesa da reforma Previdência. Segundo a doutora, "a propaganda não divulga informações a respeito de programas, serviços ou ações do governo, visto que tem por objetivo apresentar a versão do Executivo sobre aquela que, certamente, será uma das reformas mais dramáticas e profundas para a população brasileira".

Como se nota, não vai acima um juízo a legalidade ou não da propaganda. A doutora, por óbvio, não gosta é da reforma mesmo, certo? Ninguém diz que algo será "dramático" para a população brasileira se considera a coisa boa.

Não custa lembrar que a esmagadora maioria dos trabalhadores nem será tocada pela reforma. Os que vão perder privilégios, aí sim, são os servidores públicos, com direito a vencimentos integrais, como é o caso de juízes e procuradores. Mas calma! Haverá regras de transição.

A campanha do governo sustenta uma penca de verdades, a saber:
- a reforma "combate privilégios":
- há muita gente no Brasil "que trabalha pouco, ganha muito e se aposenta cedo";
- informa que servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada terão regras equivalentes;
- afirma que, com a reforma, o país terá "mais recursos para cuidar da saúde, da educação e da segurança de todos".

A doutora não gostou e meteu os pés pelas mãos.

Segundo ela, para contar com o apoio popular, a publicidade nada informa e "propaga ideia que compromete parcela significativa da população com a marca de ter privilégios." A propósito: quando se comparam as respectivas aposentadorias de servidores e trabalhadores da iniciativa privada, os primeiros são ou não privilegiados? Para que a doutora pudesse negar isso, fosse esse o seu papel, forçoso seria que ela considerasse, então, que, digamos, desprivilegiados são os outros, caso em que todos os trabalhadores deveriam ter as regalias dos servidores.

Aí seria preciso invadir os EUA, sequestrar-lhe o PIB e torrar na Previdência.

Mas o pior da decisão não está aí, não!

Segundo a magistrada, a propaganda "veicula desinformação no sentido de que haverá mais recursos para a área social, visto que não se confundem as fontes de custeio".

Meu Deus! É um escândalo. As "fontes de custeio" a que ela se refere dizem respeito à origem de receitas e seu rateio entre as várias áreas do Estado. O fato incontestável é o seguinte: o Tesouro é um só! Se a Previdência conta com um rombo anual de R$ 150 bilhões, isso não rouba dinheiro apenas da saúde e da educação, mas também da segurança, da infraestrutura, dos investimentos, de tudo!

A juíza acata pedido de tutela antecipada feito pela Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), A não suspensão acarretará multa diária de R$ 50 mil. É claro que o governo vai recorrer.

A doutora ainda encontra tempo para o que parece ser expressão do mais puro corporativismo:

"A notícia leva a população brasileira a acreditar que o motivo do déficit previdenciário é decorrência exclusiva do regime jurídico do funcionalismo público. Essa diretriz conduz a população ao engano de acreditar que apenas os servidores públicos serão atingidos pela mudança".

Isso é pura interpretação. É espantoso que a magistrada dedique tão pouco aos motivos legais que a levaram a suspender a propaganda, detendo-se longamente num debate de conteúdo sobre a reforma. É estupefaciente! A juíza resolve julgar não o pedido de suspensão, mas o próprio governo e a reforma em si. A ser assim, que se estabeleça desde logo na Justiça Federal um Comitê de Censura para avaliar se as peças publicitárias oficiais estão ou não adequadas. Com a devida vênia, trata-se de uma coleção de disparates.
Herculano
01/12/2017 15:27
CONTRARREFORMA 2: SE JUÍZA QUER FAZER POLÍTICAS PÚBLICAS, LARGUE A TOGA E DISPUTE ELEIÇõES, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Infelizmente, ao ler do despacho da juíza Rosimayre Gonçalves de Carvalho, da 14ª Vara Federal de Brasília, que suspendeu a propaganda oficial sobre a reforma da Previdência, a gente fica com a impressão de que a juíza, na condição de servidora pública - e, pois, com direito a aposentadoria integral - está se sentindo pessoalmente atingida pela mudança. Não se enganem: intervenção tão desassombrada; enfrentamento do direito que tem o governo de, afinal, governar; a Justiça se comportando como censora do Poder Executivo? Bem, isso tudo é fruto destes tempos meio amalucados em que vivemos, em que o Ministério Público decide encampar o Poder Legislativo, e o Poder Judiciário não vê mal nenhum em solapar prerrogativas do Poder Executivo.

Ao tratar das ditas "fontes distintas de custeio", parece ficar evidente que a juíza adota o exótico ponto de vista da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, que têm a ousadia de negar o déficit da Previdência. Na sua conta perturbada, considera receita todos os recursos da seguridade social, como se tudo pudesse ser destinado ao regime previdenciário.

Mas que se note: ainda que se tratasse de uma verdade - e não se trata! -; ainda que as fontes previstas de receita do regime previdenciário pudessem fazer frente às despesas, ainda assim, tal conta estaria entre os custos do Estado brasileiro. Nessa hipótese, os senhores auditores poderiam dizer de onde cortar. Saúde? Educação? Infraestrutura? Segurança? E já posso ouvir daqui o alarido: "Ah, por que não cortar o pagamento de juros?" Acho uma excelente ideia. E a melhor maneira de fazê-lo é parar de tomar dinheiro do mercado para tapar o rombo, chame-se ele "Previdência" ou "Jurandir".

Mas não! A conta da tal federação é uma fantasia. A juíza tem o direito de acreditar naqueles números perturbados. Mas não me parece que seja de sua competência abrir um debate com o governo federal sobre escolhas de políticas públicas. Se ela quer se dedicar a tal mister, o caminho é um só: abandonar a toga, filiar-se a um partido e disputar eleições.

Mas entendo o contexto em que se dá, não é? Juízes e procuradores da Lava Jato passam todas as horas do seu dia e todos os dias de sua vida a demonizar os Poderes Executivo e Legislativo. Se eles podem, por que não doutora Rosimayre?
Herculano
01/12/2017 15:19
UM APELO DESESPERADO: DEPUTADOS, APROVEM A REFORMA DA PREVIDÊNCIA, por Leandro Narloch, no Politicamente Incorreto

Caros deputados,
Por favor, aprovem a reforma da Previdência. Será melhor para o Brasil e melhor para vocês.

É hora de vocês tomarem a dianteira desse processo e votarem pelo fim de privilégios que aumentam o rombo fiscal e impedem que o país se recupere. É o momento em que vocês precisam agir com bravura e enfrentar uma votação difícil e delicada.

Duzentos milhões de brasileiros são hoje reféns dos senhores. Famílias de classe média que perderam o plano de saúde e a escola particular, famílias pobres que vem escassas economias minguarem e o desespero bater à porta, jovens que não encontram trabalho. O futuro de todos eles depende de vocês, deputados.

Eu sei, vocês são políticos: estão preocupados com a eleição de 2018. Mas será mesmo que votar a favor da reforma resultará em menos votos?

Se a Previdência não mudar, a economia vai seguir patinando, assim como a popularidade de Michel Temer.

Talvez os eleitores se lembrem que vocês votaram para adiar a investigação das denúncias de Rodrigo Janot contra o presidente. Talvez os eleitores se lembrem que a maioria de vocês apoiou medidas do governo, como a reforma trabalhista e a Lei do Teto de Gastos.

Isso é, claro, se os brasileiros tiverem memória.

Desculpem a sinceridade, mas os eleitores, em maioria, mal se lembram em quem votaram para deputado federal ?" o que dirá quais os votos de vocês no Congresso.

Vocês sabem que os brasileiros votam com a mão no bolso. Votarão pela continuidade se o otimismo soprar na economia. Votarão pela renovação se o marasmo prosseguir.

A economia do país está vivendo um gráfico em "L": uma queda acentuada seguida por crescimento pífio. Se a reforma sair, o Brasil tem tudo para ingressar num gráfico em "V": depois de uma queda intensa, uma alta na mesma medida. Talvez o otimismo chegue com a Copa de 2018: cabe a vocês deixar que isso aconteça.

Com a Lei do Teto de Gastos que vocês aprovaram há um ano, o governo não poderá aumentar o orçamento. A Previdência a cada ano consumirá uma parte maior dos recursos, tirando dinheiro de outras áreas. Se hoje já faltam verbas, imaginem nos próximos anos. Veremos em breve uma pane ainda mais desastrosa nos serviços públicos.

Qual será a reação popular diante disso do prolongamento ou do agravamento da crise econômica e das instituições? Duvido que os eleitores ficarão satisfeitos com vocês, caros deputados.

Por isso tudo, por favor, aprovem a reforma da Previdência. Será melhor para o Brasil e melhor para vocês.
esperandoresposta
01/12/2017 14:16
Então, continuamos esperando a resposta do Sr. prefeito Kleber Wandall e da atual secretaria de educação a Sra. Zilma Benevenutti: Como agirão diante dessa situação? Agora vereador e diretora tem o poder sobre tudo e sobre todos? Situação revoltante e inadmissível. Que alguém os puna de maneira correta o quanto antes.Acorda Sr. prefeito!!!!
Sidnei Luis Reinert
01/12/2017 12:21
Base aliada de Temer flerta com "Lula, Presidente"


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Os controladores de vários partidos da infiel base amestrada do desgoverno federal já falam, sem a menor vergonha, em apoiar a aventura presidencial do presidiável Luiz Inácio Lula da Silva. A intenção joga um pote de ácido na idéia maluca de uma tentativa de reeleição de Michel Temer. A doideira é tanta que os líderes não sabem se fecham com Lula ou fecham com Geraldo Alckmin ou Henrique Meirelles. No momento, todos morrem de medo do Jair Bolsonaro.
O Presidente Temer adoraria ser reeleito. No entanto, sua persistente impopularidade não permite. Por isso, o prêmio de consolação de Temer seria apoiar o que os articuladores do Palácio do Planalto chamam de "candidatura única de centro". PSDB e PSD defendem os nomes de Geraldo ou Meirelles. PR, PRB, PP e até o DEM podem se jogar no colo de Lula, se ele não for impedido judicialmente de concorrer. O sempre governista PMDB topa qualquer parada. Ainda mais se Nelson Jobim se viabilizar como vice do companheiro $talinácio.
Temer se compromete a apoiar aquele candidato que "defender o legado de Michel Temer". O único que poderia fazer isto é Meirelles ?" ministro da Fazenda. No entanto, por pragmatismo, a cúpula do PMDB teria muita vontade de fechar com "Lula de novo". Para seus líderes, o melhor negócio é apoiar um candidato que seja inimigo declarado da Lava Jato e afins. Lula e muitos peemedebistas não suportam a condição de presidiáveis.
Os tucanos vão rachar. O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, já avisou que não abre mão de bater chapa com Geraldo Alckmin pela indicação da candidatura ao Palácio do Planalto. Em entrevista á Folha de S. Paulo, Virgílio alfineta Geraldo: "Fico feliz que ele já esteja assimilando coisas que eu digo, que não dá para votar a reforma da Previdência pela metade. Esse é o papel do PSDB, nada de flacidamente abrir questão. Não moro em São Paulo, mas ouço falar que é uma pessoa equilibrada, não é irresponsável fiscalmente. Mas sinto que ele não é bastante para vencer em função do discurso tímido, em função do hábito de não ir ao povo".
O fla-flu presidencial promete muita pancadaria e traição...
Desgoverno imprevidente
O Tribunal Regional Federal, em Brasília, mandou retirar do ar, em caráter de urgência, a nova propaganda do governo sobre a reforma da Previdência. A alegação é que a propaganda causa dano moral com forte condição de assédio moral contra o servidor público. Eis o primeiro resultado de uma ação civil pública encabeçada pela Fenafisco (Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital) e pela Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais do Brasil).
O presidente da Fenafisco, Charles Alcântara, comemorou e explicou:
"O argumento central da peça acusa a propaganda do governo de assédio moral contra os servidores públicos porque passa a ideia de que estes são uma casta de privilegiados, que trabalham pouco. O governo trata direitos legítimos e justos como privilégios, para demonizar os servidores públicos perante a sociedade. Mas a sociedade sabe bem quem são os privilegiados".
Herculano
01/12/2017 11:54
TERMINOU A GRANA? CASO PERDIDO? POR "FORO ÍNTIMO" QUATRO ADVOGADOS DEIXAM DEFESA DE SÉRGIO CABRAL

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Júlia Affonso, da sucursal do Rio de Janeiro. Quatro advogados deixaram a defesa do ex-governador do Rio Sérgio Cabral na quarta-feira, 29, em processos da Operação Lava Jato. Os defensores Luciano Saldanha Coelho, Guilherme Chambarelli Neno, Breno Curty da Rocha Ribeiro e Alan Veríssimo alegaram 'motivos de foro íntimo.'

"Sendo certo que a presente renúncia não importa em prejuízo para a defesa do acusado, tendo em vista que o mesmo possui outros advogados constituídos nos referidos autos", afirmaram os advogados.

Sérgio Cabral está preso desde novembro de 2016. O ex-governador já foi condenado em três processos na Operação Lava Jato a penas que somam 72 anos de cadeia, na Justiça Federal do Rio e também na Justiça Federal do Paraná.

O ex-governador tem uma primeira condenação imposta pelo juiz Sérgio Moro ?" 14 anos e 2 meses de reclusão, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro.

Em setembro, Marcelo Bretas impôs 45 anos e 2 meses de prisão na Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e pertinência à organização criminosa.

Em outubro, Bretas condenou Sérgio Cabral a 13 anos de prisão. O magistrado atribuiu lavagem de dinheiro a Sérgio Cabral. Segundo a denúncia da força-tarefa da Lava Jato, a lavagem tinha por objetivo converter os recursos de propina em ativos de aparência lícita e/ou distanciar ainda mais de sua origem ilícita o dinheiro derivado de crimes de corrupção do esquema atribuído a Sérgio Cabral.
Herculano
01/12/2017 11:46
IBOPE: TEMER É CORRUPTO PARA 86% DOS BRASILEIROS

A manchete é do 247, o site da esquerda que era sustentado pelos governos petistas. O texto com mo mesmo viés, esconde a mesma percepção sobre os governos do PT

Pesquisa do Ibope divulgada nesta sexta-feira, 1, mostra o quão clara está a percepção do brasileiro sobre a corrupção de Michel Temer, que assumiu o poder após um golpe parlamentar.

Segundo o Ibope, 86% dos brasileiros concordam com a afirmação de que o governo é corrupto. Para 81%, a vontade da população não é respeitada. 85% acham que o País não está sendo conduzido pelo caminho certo apenas 12% opinam o contrário.

O Ibope também mostrou que o otimismo dos brasileiros em relação à economia teve uma queda significativa e chegou em novembro ao patamar mais baixo dos últimos oito anos. Somente 21% preveem mais prosperidade no próximo ano ?" metade do porcentual obtido no levantamento anterior, feito no final de 2016 (leia mais).

O levantamento do Ibope foi realizado a pedido do jornal O Estado de S. Paulo entre os dias 20 e 27 de novembro, com 2.002 entrevistados em 142 municípios de todas as regiões do Brasil. A margem de erro estimada é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95% ?" ou seja, se 100 pesquisas fossem feitas com a mesma metodologia, 95 teriam resultado dentro da margem de erro.
Herculano
01/12/2017 11:36
Caminhão pipa para as piscinas do Belchior

Na política, tudo pode, principalmente os privilégios. E exatamente por quem os combatia. Combatia porque conhecia desse assunto muito bem, porque tudo isso está no DNA dessa gente há muito tempo. Basta olhar quem é o PP e o PMDB nacional. Enrolados até o pescoço por serem sócios preferenciais do PT. Wake up, Brazil!
Alvorada Gasparense
01/12/2017 08:22
Não basta a existência de vários parque aquáticos na região do Belchior!

A "rádio corredor" informa que a Superintendência de lá já liberou o caminhão pipa pra encher as piscinas de água depois das 17h... deu até sindicância publicada na última segunda (27/11)... mas com Portaria assinada em 04/10??? Pode isso "Arnaldo"? Ou melhor... Pode isto nobre guru Herculano?

É brincadeira? Acooooordaaa Gasparense!
Herculano
01/12/2017 08:13
RIA MACACO!

Escrevi, em maio, aqui, que a tendência dos políticos (e partidos) é se reunirem em blocões para se autoprotegerem de movimentos naturais dos eleitores para puni-los e assim enfrentarem a suposta renovação.

Misturados, com o dinheiro do contribuinte que falta ao essencial, conseguem se eleger para se manter no status quo, que atrasa o país.

Escrevi que em Santa Catarina, há essa tendência, apesar das escaramuças e todos estarem - e não poderia ser diferente - demarcarem seus terrenos para se fortalecerem e assim entrarem numa negociação mais favorável, por seus nacos nas possíveis alianças.

Até o PT, o que aparentemente deve ficar isolado com o PDT e os nanicos de esquerda, pode entrar nessa barca de auto-proteção.

Esperidião Amim, presidente do PP, já procurou Décio Neri de Lima, PT, para "conversas", como se não se não conversassem quase todos os dias em Brasília. Na verdade, a conversa foi um motivo que Esperidião deu para a imprensa divulgar e atingir o objetivo dele: colocar preço para ir negociar com os outros partidos com chances neste blocão.

Esperidião é um espertalhão, e de há muito. Ele não vai ficar isolado com o PT enlameado.

Então, ontem, já precificado depois do encontro com o PT e supostamente valorizado, ele foi "conversar" com o presidente do PSDB, deputado estadual, Marcos Vieira.

O "encontro" foi no tradicional Lindacap, de Florianópolis, para todos verem e serem eles fotografados (apenas, como simbologia para a imprensa e redes sociais), por que lá, naquele ambiente e naquela mesa, onde não se pode conversar e se resolver reservadamente.

Jogo, publicidade para os incautos.

Ambos estavam sentados na mesa 17, que no jogo do bicho é o macaco; no grupo, é o cachorro. Revelador, não é?
Herculano
01/12/2017 07:25
CENTRO É A VOVOZINHA, por Alon Feuerwerker, para o Portal 360°

Reclamar de estelionatos eleitorais é um desperdício. "Tempo de guerra, mentira como terra", diz o provérbio. Invertendo-se Clausewitz, a política é guerra, só que por outros meios, e a mentira é arma costumeira na luta pelo poder. Há todo tipo de mentira. A mentira completa, a omissão parcial dos fatos, a deformação proposital da realidade, a invenção de perigos inexistentes. E por aí vai.

O PMDB de Ulysses Guimarães iludiu o eleitor em 1986 quando prometeu que manteria o congelamento de preços do Plano Cruzado do governo Sarney. Isso rendeu ao partido uma vitória avassaladora nos estados e uma maioria igualmente esmagadora na Constituinte. Produziu também como efeito retardado, depois que a casa caiu e os preços subiram, o naufrágio de Ulysses na corrida pelo Planalto em 1989. Dali em diante foi só ladeira abaixo para o ex-senhor diretas.

Fernando Henrique Cardoso ocultou a verdade em 1998 quando garantiu que "juntos derrubamos a inflação, agora vamos vencer o desemprego". O país estava quebrado, mas ele vendeu ao eleitor um cenário róseo. Abertas as urnas, a moeda derreteu. O país afundou na crise e o PSDB nunca mais conseguiu ganhar uma eleição presidencial. Mas FHC obteve para si quatro anos adicionais no Planalto à espera de passar a faixa ao sucessor. Ficou vegetando, mas e daí?

Dilma Rousseff arrancou a fórceps um quarto mandato para o PT à custa de duas ideias: 1) a economia estava muito bem e 2) os adversários, se eleitos, imporiam um plano duríssimo de austeridade, que, por a economia estar bem, era desnecessário e cruel. O resto da história é sabido. A economia não estava bem, a própria Dilma recorreu à austeridade, aí ela ficou fraca e os adversários aproveitaram para derrubá-la por uma questiúncula qualquer.

A diferença de Dilma para os vendedores de ilusões que a antecederam não foi a taxa de inverdades injetadas no ouvido do eleitor: foi a escassez de gordura política para queimar no inverno da impopularidade quando o logro fica evidente. Gordura parlamentar e gordura no establishment. Quando se abriu a chance de arrancar o PT do palácio, o PT percebeu que não fizera amigos verdadeiros nos tempos das vacas gordas. É um erro fatal desde José no Egito.

Uma manobra costumeira é apresentar-se como a única salvação para evitar o perigo iminente e depois esquecer-se do perigo, ou aliar-se a ele. O PT e o velho PMDB, quando este ainda acolhia os futuros tucanos, criaram-se em São Paulo em oposição ao malufismo. Os tucanos romperam com o PMDB tendo o antiquercismo como bandeira, coisa em que o PT era pioneiro. Mais adiante, PSDB, PT, Quércia e Maluf reencontraram-se em felizes alianças e ficou tudo por isso mesmo.

E qual será o vencedor entre os candidatos a mistificação do ano em 2018? Há vários na pista aguardando a largada. Um vem pela mão do PT, quando diz que é desnecessário reformar a Previdência. Se Michel Temer não a reformar agora, e se em 2019 o presidente for do PT, ou apoiado por ele, uma de suas primeiras medidas será tentar mudar a Previdência, como aconteceu em 2003. Até os turistas na Praça dos Três Poderes estão carecas de saber que não há como estabilizar a relação dívida/PIB sem isso.

Outro terreno na lua vem pelas mãos de quem promete governar sem trocar cargos e verbas orçamentárias por apoio no Congresso. O Brasil curte um neobonapartismo meio fascista. "O povo não sabe votar" e elege "maus políticos", então que venham os salvadores da pátria para governar sem a política, diretamente com as massas. Nunca dá certo, mas sempre rende votos.

Um caminho promissor desta eleição será acusar o PT de fanático da gastança e apresentar tucanos, e outros menos prestigiados pela elite, como guerreiros da responsabilidade fiscal. Os números dizem o contrário. A dívida pública explodiu com FHC e foi contida nos governos Lula e Dilma 1. O governo Temer produziu um deficit primário recorde. Mas quem se importa com números?

Meu palpite principal para campeão da enganação deste pleito é o anunciado "centro", o redentor. O Brasil estaria ameaçado por perigosos extremistas, e as pessoas de bem deveriam reunir-se mais ou menos ali pelo meio do caminho entre a direita e a esquerda. O centro, entendido como "nem de direita, nem de esquerda", não resiste a meia dúzia de perguntas. O que seria uma reforma da Previdência de centro? Como seria uma política externa de centro? Como montar um ministério de centro?

Centro político é um conjunto vazio. As sociedades estão divididas por interesses antagônicos. "Centro" é uma palavrinha que direita e esquerda se autoplugam quando precisam escapar de dizer ao eleitor quem vai se dar bem e quem vai pagar a conta. É o Lobo Mau fantasiado de vovozinha esperando para abocanhar a Chapeuzinho Vermelho. Toda vez que você vir alguém se dizendo "de centro", procure pela esquerda ou direita que pulsam no peito do "centrista". É um exercício bacana para não fazerem você de bobo na urna eletrônica.
Herculano
01/12/2017 06:54
da série: a politicalha na Educação, que se atrasa e condena jovens à escuridão por causa dela, não é um privilégio de Gaspar.

POLÍTICAS PÚBLICAS DE QUALIDADE PODEM FAZER A DIFERENÇA, por Cláudia Costin, professora da FGV e professora-visitante de Harvard. Foi diretora de Educação do Bird, secretária de Educação do Rio e ministra da Administração, para o jornal Folha de S. Paulo

Tem sido usual, nos tempos atuais, dizer que no Brasil nada funciona. De fato, há muito o que ser corrigido no país, mas negar eventuais avanços é uma forma certa de nos levar à paralisia.

Se nada pode dar certo, por que gastar tempo formulando políticas públicas voltadas para a diminuição das desigualdades ou para a melhoria do bem-estar da população? Se todos os políticos são corruptos, para que investir em educação ou saúde, já que o dinheiro gasto não chegará aos beneficiários finais?

É importante lembrar que tivemos avanços importantes em educação num passado nem tão distante, especialmente com dois ministros, de partidos políticos diferentes, que lideraram transformações de porte: Paulo Renato de Souza e Fernando Haddad.

Paulo Renato teve importante papel na produção de estatísticas sobre a qualidade da educação, que permitiram que as políticas públicas na área passassem a enfatizar não só acesso às escolas como a aprendizagem dos alunos. Em sua administração, concluímos a tarefa de universalizar o acesso à primeira etapa do ensino fundamental, mas também foi no período que o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) passou a permitir a mensuração da qualidade ao longo do tempo.

Quando as crianças e jovens mais vulneráveis finalmente entram na escola, a qualidade tende, inicialmente, a cair. A preocupação de aferir a aprendizagem dos alunos e a eficiência do sistema público ao mesmo tempo em que se amplia o acesso é fundamental para poder promover aperfeiçoamentos nas políticas educacionais.

Paulo Renato e sua equipe foram responsáveis também pela criação do Enem, uma nova estratégia de acesso ao ensino superior, mais centrada em competências, prenunciando, em certa medida, ênfase adotada na Base Nacional Comum Curricular, em discussão no Conselho Nacional de Educação.

Fernando Haddad, por sua vez, tornou o sistema de avaliação do Brasil um dos melhores do mundo. Complementou o Saeb com a Prova Brasil, que passou a avaliar todas as escolas tanto no 5º quanto no 9º ano, e criou o Ideb, índice que permite aferir a qualidade da educação de cada escola, fornecendo assim informações relevantes para gestores escolares, professores e pais de alunos.

Hoje, graças a boas políticas públicas lideradas pelos dois ministros, a Prova Brasil tem mostrado, a cada edição, avanços importantes no 5º ano e, nas mais recentes, no 9º ano também. Os resultados ainda estão longe de ser os ideais, mas constroem um caminho que, se acelerado, trará benefícios às novas gerações.

Afinal, boas políticas públicas se constroem ao longo do tempo e em sucessivas administrações. Chega de autoflagelação e paralisia
Herculano
01/12/2017 06:50
A INDEFINIDA DISPUTA PELAS DUAS VAGAS AO SENADO EM 2018, por Upiara Boschi, no Jornal de Santa Catarina

As disputas pelo cargo de governador e pelas duas cadeiras do Senado que serão renovadas no ano que vem tem um ponto em comum e outro que as diferencia completamente. Em ambos os casos, os cenários estão indefinidos. Mas, ao contrário da disputa pela Câmara Alta, a corrida pela Casa d'Agronômica pelo menos tem os jogadores a postos - nem que seja nos bastidores, torcendo para que o pré-candidato oficial fique pelo caminho.

A rigor, hoje, Santa Catarina tem apenas um nome natural para concorrer ao Senado. É o governador Raimundo Colombo (PSD), que manifestou reiteradas vezes que pretende retornar a Brasília. Na primeira passagem, entre 2007 e 2010, o pessedista foi um discreto parlamentar de oposição, ainda filiado ao DEM. Espera mudar de nível depois dos sete anos no governo.

Outro nome natural, por currículo e votações, é Esperidião Amin (PP). No entanto, o pepista demonstra que prefere disputar o governo, embora não tenha maioria em seu próprio partido para isso. Candidato duas vezes, o ex-deputado Paulo Bornhausen (PSB) é citado, mas pode abrir mão em nome de uma aliança ampla.

Maior partido do Estado, o PMDB tem alguns personagens de olho na vaga. O vice-governador Eduardo Pinho Moreira diz que é seu sonho. O ex-governador Paulo Afonso também diz que pretende entrar na disputa, assim como os deputados federais Celso Maldaner e Valdir Colatto.

O senador Paulo Bauer (PSDB) também é um nome natural à reeleição, mas dificilmente deixará de concorrer ao governo pela segunda vez consecutiva. No entanto, os aliancistas certamente em algum momento vão tentar convencê-lo a tentar ser o primeiro senador reeleito no Estado.

Santa Catarina tem essa peculiaridade. Nas história política contemporânea, seus senadores nunca exerceram dois mandatos consecutivos. Uns vão para o governo (Colombo, Amin), outros disputam outro cargo (a petista Ideli Salvatti), além dos casos de Vilson Kleinübing (PFL) e Luiz Henrique (PMDB) - que morreram no cargo. Herdeiro da cadeira do peemedebista, Dalírio Beber (PSDB) não disputará a reeleição. Deve tentar uma vaga na Assembleia Legislativa.
Herculano
01/12/2017 06:40
OPOSIÇÃO DO PSDB À REFORMA DA PREVIDÊNCIA É IRRESPONSÁVEL, DIZ ARMÍNIO FRAGA, por Raquel Landim, no jornal Folha de S.Paulo

A trapalhada do PSDB, que pode acabar de enterrar a reforma da Previdência do governo Michel Temer, provocou fortes reações em setores muito próximos ao tucanato.

"Acho irresponsável da parte do PSDB, como foi quando votaram pelo fim do fator previdenciário", disse a esta colunista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central.

Armínio é um dos economistas mais respeitados com ligações com o partido, que chegou a ser anunciado como ministro da Fazenda em 2014, caso o PSDB vencesse as eleições.

Ele compara a situação atual a um episódio ainda mal digerido pela elite intelectual do PSDB, quando, em 2015, o partido ajudou a derrubar o fator previdenciário, criado pelo próprio governo Fernando Henrique Cardoso.

Na época, o PSDB colocou seu papel de oposição ao governo Dilma Rousseff acima de suas convicções ideológicas. Agora a proximidade das eleições presidenciais faz o partido mais uma vez flertar com a incoerência.

Nesta semana, membros do PSDB fizeram exigências que desidratam significativamente a reforma da Previdência, esquecendo do seus compromissos históricos com o equilíbrio fiscal e da importância da reforma para a ainda tímida recuperação da economia.

Pessoas com larga experiência nos meandros da política em Brasília dizem que a atitude do PSDB é triplamente ruim para o próprio partido: desagrada sua base, não é suficiente para desvincular sua imagem do ajuste fiscal, e abre espaço para outras candidaturas de centro mais dispostas a defender abertamente a estabilidade econômica.

Na avaliação de um experiente banqueiro, se não pararem de bater cabeça, os partidos de centro vão competir pelos mesmos votos, dando espaço para que apenas opções radicais avancem para o segundo turno em 2018
Herculano
01/12/2017 06:36
APóS SURRUPIAR REFINARIA, BOLÍVIA QUER GÁS MAIS CARO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O presidente cocaleiro da Bolívia, Evo Morales, o mesmo que mandou seu exército invadir a refinaria na qual a Petrobras investiu cerca de R$3 bilhões, desapropriando-a em seguida, tenta ser recebido pelo presidente Michel Temer, contra quem fez declarações agressivas, para exibir sua melhor expressão de "coitadinho" e pedir reajuste nos valores do Acordo do Gás entre Brasil e Bolívia, que expira em 2019.

PÉS GELADOS
Evo Morales pode ser dono de um ar de pés geladíssimos: Michel Temer baixou hospital duas vezes às vésperas de suas visitas.

CARA DE PAISAGEM
Nem precisa Evo Morales aparecer em Brasília, no dia 5: Michel Temer fará "cara de paisagem" diante do pires estendido.

NÃO É COMIGO
A posição do governo é não negociar "politicamente" o acordo do gás. Considera uma transação entre Petrobras e a estatal boliviana YPFB.

PREÇOS PARA BAIXO
O esperto Morales quer o Brasil pagando acima do mercado pelo gás, mas o excesso de oferta tem empurrado os preços para baixo.

ANTES, PT E PSDB QUERIAM REFORMAR A PREVIDÊNCIA
PT e PSDB, quando chefiaram o governo federal, defenderam a mesma coisa que o governo do PMDB, de Michel Temer: a reforma da Previdência. Em 1998, gestão FHC, o governo perdeu por um voto a reforma que fixava idade mínima para a aposentadoria, mas aprovou tempo mínimo de contribuição. Já o governo do PT realizou duas reformas: a primeira em 2003 e a segunda em 2005, concedendo ainda mais benefícios para servidores e multiplicando o rombo em 20 vezes.

REFORMAS PARA O ROMBO
Em 2003, o rombo na previdência era de R$ 9,6 bilhões, batendo recordes históricos. O rombo previsto em 2017 é de R$180 bilhões.

REFORMA DO PT
Apesar da oposição, a reforma da Previdência do governo Lula, em 2003, teve apoio de 7 de 10 senadores do ex-PFL (atual DEM).

OPOSIÇÃO COMPLACENTE
Votaram pela reforma da previdência do PT 18 de 22 senadores do PMDB, 6 de 11 senadores do PSDB, além de todos do PPS.

ALô, POLÍCIA!
O faturamento das operadoras de planos de saúde no ano passado, no valor de impressionantes R$178,7 bilhões, obtidos com a exploração cruel e implacável dos brasileiros, é muito maior que o orçamento do Ministério da Saúde (R$125 bilhões), em 2017.

ASSALTOS LEGALIZADOS
A nova lei dos planos de saúde não os impedirá de explorar a clientela. Ao contrário, até ainda "legaliza" assaltos como os R$9.800 por mês cobrados de quem quiser garantir um hospital melhorzinho.

REI DE ROMA
Não é a toa que o governador de Minas Gerais tirou da secretaria da Fazenda o controle exclusivo do fluxo financeiro do Estado. Enquanto Fernando Pimentel vai a Brasília catar soluções para conseguir pagar o 13º salário, o secretário José Afonso Bicalho passa a semana na Itália.

FALTOU FLAGRANTE
Para dar credibilidade à própria a pesquisa apontando que no Brasil há 1 milhão de crianças trabalhando, o IBGE deveria ter documentado flagrantes disso em fotos e vídeo. Tem pesquisador duvidando disso.

SACODE A POEIRA
Vitoriosa na eleição presidencial de 2014, a chapa PT-PMDB negocia parcerias em pelo menos oito Estados, para 2018, apesar do "golpe" denunciado pelo PT em 2016. Estão otimistas em Sergipe e Bahia.

CONTA DE DIMINUIR
Segundo o deputado Major Olímpio (SD-SP), o governo de São Paulo mentiu ao "empossar" 1.240 novos policiais civis: 281 não assinaram a posse. Dos 959 que assinaram, 186 já eram policiais. "Logo, a Polícia Civil recebeu, de fato, 773 novos integrantes", diz.

MINORIA NO GRITO
Nove senadores do PT assumiram a paternidade de 197 emendas para tentar desfigurar a reforma trabalhista. O senador Jorge Viana (AC) é o único petista que não apresentou qualquer emenda.

VANGUARDA DO ATRASO
O Brasil levou trinta anos para proibir o amianto na produção de telhas e caixas d'água. Nos Estados Unidos, o amianto é banido desde 1989. Em outros 50 países, também.

PERGUNTA NA URNA
Ainda é do PSDB a reforma da previdência de 1998 que baixou a idade de aposentadoria e fez o rombo explodir?
Herculano
01/12/2017 06:31
A "NOVA POLÍTICA" PRODUZIU, ATÉ AGORA, Só ATRASO; JÁ A "VELHA" TIROU O PAÍS DO ATOLEIRO, por Reinaldo Azevedo, no jornal Folha de S. Paulo

Aqui e ali leio e ouço reclamações sobre a "velha política". Da extrema esquerda à extrema direita, reivindica-se a novidade como valor em si, como categoria política ou de pensamento. Até conservadores fazem dela um fetiche, o que é coisa de hospício.

Jair Bolsonaro, por exemplo, quer-se o novo, especialmente agora que arrumou um Paulo Guedes para chamar de seu, uma fórmula que, segundo o economista e financista, junta a "ordem" (suponho que seja o militar reformado) com o "progresso" (acho que se refere, com modéstia peculiar, a si mesmo).

A facilidade com que nossos "sedizentes" liberais se juntam a autoritários é já uma tradição. Lembrando um poema-piada de Oswald de Andrade, a um liberal à moda brasileira ocorreria vestir o índio, mas nunca despir o português.

Ao se referir ao rebento que nasceria do casamento ("hétero", o deputado frisou; Deus do céu!) de Bolsonaro com Guedes, Elio Gaspari lembrou a suposta resposta de Bernard Shaw a Isadora Duncan quando esta lhe teria proposto que tivessem um filho, que nasceria, então, com o cérebro dele e o corpo dela. Teria declinado do convite alertando para o risco de a criança ter o corpo dele e o cérebro dela.

A história é boa, mas não aconteceu. Shaw a desmentiu. No máximo, admitiu que ela se ofereceu para dançar para ele sem véus. Segundo disse, esqueceu-se de comparecer ao encontro. Para Oswald, tudo indica, ela dançou ao passar por Banânia...

A minha metáfora é um pouco mais rural, caminhando também ela para o clichê. É a história do caipira que cruzou a vaca com o jumento para extrair de ambos o melhor. O híbrido nem dá leite nem puxa o arado. Pior: baba como um ruminante e dá coice como um asinino. O caipira do Mazzaropi, que, de tonto, só tinha o andado, não cairia nessa.

O liberal brasileiro -"o novo"?- talvez seja ainda um ser em construção. Temos de aposentar fantasias cesaristas, que nunca estiveram tão salientes como nestes tempos de autoproclamada "nova política", com protagonistas que, de tão "novos", não conseguem nem revelar suas fontes de financiamento. No livro "10 Mandamentos: do País que Somos ao País que Queremos", Luiz Felipe D'Ávila evidencia os muitos consensos entre um reacionário de direita, como Oliveira Vianna, e um reacionário de esquerda, como Caio Prado Júnior. O que eles tinham em comum? O desprezo à democracia liberal, que consideravam decadente.

Foi a fantasia autoritária e dita modernizadora do "ilegalismo" militante da Lava Jato que conduziu o país, até aqui ao menos, a uma escolha entre Lula e Bolsonaro. Foi a fantasia autoritária e dita modernizadora do STF legiferante que proibiu a doação de empresas a campanhas, jogando a eleição no colo do crime organizado; que violou a Constituição ao impor a parlamentares medidas cautelares não previstas na Carta; que está prestes ou a instaurar o caos judicial na política ou a aumentar brutalmente a máquina judiciária ao mudar de modo cartorial o foro especial.

Já a "velha política" se encarregou de se articular com o Congresso para aprovar teto de gastos; mudança no marco do pré-sal; reestruturação do setor elétrico; reforma trabalhista; reconstrução do ensino médio e, quem sabe?, alguma reforma da Previdência ?"que teria sido aprovada na sua forma original, não fossem as reinações dos "modernos" da holding "JJ&FF" (Janot-Joesley & Fachin-Funaro).

A "velha política" negociou até um espeto de R$ 10 bilhões ?"esqueletos de planos econômicos passados ?"que se arrastava há 24 anos. O dinheiro sai da abstração da burocracia e vai para a economia, que voltou a crescer e tem uma trilha clara caso se façam as escolhas certas. Mas quê... "Modernos" ?"a exemplo dos procuradores que Raquel Dodge não consegue devolver à casinha da Constituição ?"insistem em tratar o Congresso a tapas e pontapés.

Numa coisa os reacionários de direita e de esquerda da "nova política" concordam sem pestanejar: acham a democracia liberal uma porcaria! Com Oliveira Vianna e Caio Prado à mão, deve-se perguntar: o que há de novo nisso?
Herculano
01/12/2017 06:22
PREVIDÊNCIA DÁ A TEMER A APARÊNCIA DE ESTORVO, por Josias de Souza

Nos últimos seis meses, Michel Temer demonstrou que a honestidade é uma virtude facilmente contornável. Fez isso ao obter da Câmara o congelamento de duas denúncias criminais. Depois de desperdiçar quase meio ano do seu mandato-tampão para se salvar, Temer retoma o objetivo de salvar o país. Ele assegura que aprovará a reforma da Previdência.

O problema é que Temer conseguiu manter a cabeça sobre o pescoço com métodos que levaram os aliados à sua volta a perder as suas cabeças. Hoje, embora reconheçam que a mexida previdenciária é essencial, os deputados governistas alegam que já se desgastaram demais socorrendo o presidente. E não se dispõem a aprovar mais uma reforma impopular na antessala das eleições.

Sem os 308 votos de que necessita para prevalecer na Câmara, Temer torra milhões numa campanha publicitária para esclarecer ao povo o quão necessária é a reforma que seu governo não consegue aprovar. Simultaneamente, Temer se vangloria de ter recolocado a economia nos trilhos. É lorota. Em verdade, Temer comanda um governo aético e disfuncional, que torna precária uma retomada do crescimento econômico que deveria ser exuberante. No momento, o Brasil é presidido por um estorvo.
Herculano
01/12/2017 06:19
SEGUNDO O LEVANTAMENTO DA FOLHA, A MAIORIA DA BANCADA CATARINENSE NA CÂMARA QUE SE ELEGE COM A ESMAGADORA DOS VOTOS DOS TRABALHADORES DA INICIATIVA PRIVADA É A FAVOR DOS PRIVILÉGIOS DE UMA MINORIA DE SERVIDORES ESTÁVEIS (E POLÍTICOS), DE ALTOS SALÁRIOS E APOSENTADORIAS PRECOCES INTEGRAIS.

DENTRE ESSES, DECLARADOS CANDIDATOS AO GOVERNO DO ESTADO E QUE SABEM O SISTEMA EMPERRA A GESTÃO PARA O BÁSICO, SE ELEITOS. A REFORMA DA PREVIDÊNCIA, POR SER CONSTITUCIONAL, TRAZ TRAVAS, OU LIMITES, PARA OS REGIMES ESTADUAIS.


Declararam que são contra a Reforma mínima da previdência para não quebrar o país:

Décio Neri de Lima e Pedro Uczai, PT; Giovânia de Sá, PSDB; Jorginho Mello, PR; João Boeira, PP João Rodrigues, PSD e Ronaldo Benedet, PMDB.

Dizem estar indecisos:

João Paulo Kleinubing, PSD; Marco Tebaldi, PSDB e Rogério Peninha Mendonça.

Não declararam suas posições à pesquisa da Folha, mas muitas delas já declaradas ou conhecidas publicamente:

Carmem Zanotto, PPS, Esperidião Amim Helou Filho, Mauro Mariani e Waldir Colatto, ambos do PMDB.

Não foi encontrado em Brasília, César Souza, PSD. Normal!
Herculano
01/12/2017 06:06
GOVERNO NÃO TEM VOTOS SUFICIENTES PARA APROVAR A NOVA PREVIDÊNCIA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Fernanda Perrin (São Paulo), Bruno Hoffmann, Carlos Bozzo Júnior, Géssica Brandino, Letícia Naísa, Luiz Felipe Tavares e Guilherme Gerbelli, em colaboração.

O governo não tem os 308 votos favoráveis necessários para aprovar a reforma da Previdência, uma das principais bandeiras da gestão de Michel Temer.

O texto deve ir à votação na Câmara em primeiro turno na próxima quarta-feira (6).

Ao menos 210 parlamentares devem votar contra a proposta, de acordo com enquete feita pela Folha entre os dias 27 e 30 de novembro.

O número torna impossível a aprovação da proposta, que precisa de votação maciça por ser tratar de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição).

Apenas 38 deputados disseram ser favoráveis ao projeto tal como apresentado pelo governo Michel Temer. Outros 8 se disseram favoráveis parcialmente, divergindo da proposta em relação a itens como exigência de idade mínima e limitação para o acúmulo de pensões.

Há ainda 44 parlamentares indecisos, 14 que afirmaram que vão seguir a posição do partido e 97 que não quiseram responder a enquete. A reportagem não conseguiu localizar 101 deputados.

A proposta apresentada pelo governo, mais enxuta do que a original, estabelece uma idade mínima de 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres) para aposentadoria.

Outra exigência é de 15 anos de contribuição para trabalhadores do setor privado, como ocorre hoje, e de 25 anos para servidores públicos. Pela regra de cálculo proposta, serão necessários 40 anos de contribuição para receber 100% do benefício.

Nesta quinta-feira (30), o presidente da Câmara e aliado de Temer, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reconheceu que o governo está longe de alcançar os votos necessários para aprovação da proposta.

Um dos problemas é a posição do PSDB, que reivindicou três mudanças no projeto do governo: o acúmulo de pensão e aposentadoria até R$ 5.531 (teto do INSS), manutenção da integralidade e da paridade para servidores públicos e do valor do benefício por incapacidade permanente, seja ela causada por acidente dentro ou fora do ambiente de trabalho.

Entre a bancada tucana, 8 disseram que votarão contra a proposta, 5 que serão favoráveis e 2 que são parcialmente favoráveis. Outros 5 se disseram indecisos e 15 preferiram não se manifestar.

O partido deve fechar questão sobre a proposta na quarta-feira (6), quando as bancadas do Senado e da Câmara devem decidir a posição em reunião marcada pelo presidente interino da legenda, Alberto Goldman.

Situação parecida acontece no PMDB, partido de Temer: 10 deputados declararam voto contrário à reforma, 7 são favoráveis e 8 estão indecisos. Outros 16 não quiseram responder a enquete.

TEMOR

A resistência em apoiar a reforma deve-se à proximidade das eleições de 2018. Muitos deputados temem sofrer retaliações de seu eleitorado caso votem a favor de medidas impopulares, como a extinção da possibilidade de aposentadoria somente por tempo de contribuição.

As centrais sindicais, por exemplo, criticam as mudanças defendidas por Temer, que acusam de querer retirar direitos dos trabalhadores.

As entidades convocaram uma paralisação nacional contra o projeto para a próxima terça-feira (5), e prometem expor os deputados que apoiarem a PEC.

A possibilidade da reforma ser derrotada no Congresso já vem gerando apreensão entre investidores, intensificada com a posição do PSDB.

Para contornar a situação, o governo estuda barganhar com o Congresso. Uma das concessões em troca de apoio poderia ser a criação de um novo Refis (programa de parcelamento de dívidas) para microempresas e ruralistas ?"ainda que isso signifique perda de receitas para a União.

Temer deve ainda jantar com lideranças partidárias e ministros neste domingo para discutir a viabilidade da votação
Herculano
30/11/2017 19:44
OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DE ALTOS SALÁRIOS E APOSENTADORIAS PRECOCES E INTEGRAIS NÃO QUEREM QUE O POVO SEJAM ESCLARECIDOS DOS SEUS PRIVILÉGIOS PAGOS PELOS ALTOS IMPOSTOS DOS TRABALHADORES DE SALÁRIO MÍNIMO

PROPAGANDA DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA É SUSPENSAA

Conteúdo de O Antagonista. O Tribunal Regional Federal, em Brasília, mandou tirar do ar a campanha publicitária do governo de Michel Temer sobre a reforma da Previdência.

Segundo Lauro Jardim, a juíza Rosimayre Carvalho acolheu ação encabeçada pela Fenafisco e pela Anfip, entidades que representam servidores das Receitas estaduais e auditores fiscais.
Herculano
30/11/2017 19:23
BOLSONARO NA VEJA: O MILITARISTA, CORPORATIVISTA E ANTILIBERAL DE SEMPRE, INDEPENDENTE DO MINISTRO, por Marcelo Faria, do Instituto Liberal de S. Paulo.

Após Jair Bolsonaro anunciar, em evento da Veja, que indicaria o liberal Paulo Guedes como Ministro da Fazenda, muitos apoiadores do deputado vieram questionar o ILISP, tradicional crítico do político nacionalista-estatista, sobre a nossa opinião. Desta forma, nada melhor do que analisar toda a entrevista para falar sobre o assunto.

Primeiramente, cabe elogiar a postura do entrevistador Augusto Nunes. Ao contrário do que outros entrevistadores fizeram (como no Canal Livre da Band, onde um terço do programa foi gasto com perguntas estúpidas como "quantas ministras você terá?"), Augusto utilizou boa parte do tempo com temas fora do combo "machista, racista, homofóbico, estuprador" e nos brindou com uma entrevista conduzida com qualidade superior, comparável somente à excelente entrevista feita por Danilo Gentili com Jair Bolsonaro. Ponto para Augusto Nunes.

Logo na primeira pergunta ("cite três qualidades que o diferenciam dos demais pré-candidatos à presidência"), o deputado mostra que não possui grandes argumentos para defender a si mesmo como melhor opção eleitoral. "Falar a verdade", "ter Deus no coração" e "ser honesto" não são fatores de diferenciação. Afinal, algum candidato já disse em campanha que mente? Quantos segundos o tucano Geraldo Alckmin, católico fervoroso, levaria para refutar o argumento de que somente Bolsonaro tem "Deus no coração"? E o que dizer dos 24 pré-candidatos que podem dizer que são honestos (por não terem condenações por corrupção na justiça)? Iremos esquecer que Lula - com quem Bolsonaro e seus fãs guardam muitas semelhanças ?" foi eleito em 2002 dizendo que "falava a verdade" e "era honesto"? Tais qualidades, supondo que o deputado realmente as possua, não são suficientes para diferenciá-lo de outros pré-candidatos.

Para justificar a escolha do liberal Paulo Guedes como Ministro da Fazenda, Bolsonaro afirma: "eu comecei a sondar o mercado (?) e busquei quem foi crítico no passado de planos econômicos (?) até mesmo do plano real". Em duas conversas de oito horas, Paulo foi o escolhido por Bolsonaro como seu Ministro da Fazenda. As qualificações de Paulo Guedes para o cargo são claras, mas a própria entrevista (e a rapidez da escolha) mostram que esta é muito mais uma opção eleitoreira para tentar aplacar as críticas que o deputado recebe por ser nacionalista-estatista do que uma real convicção. Ou seja: apenas outro estágio da fabricação de um falso "liberal-conservador", alcunha que não condiz com a trajetória política de Bolsonaro nem com as ideias que continua defendendo.

Detalhe: na cabeça de Bolsonaro, "nós temos uma dívida trilionária que hoje consome 500 bilhões por ano de juros". Ou seja: os quase 27 anos vivendo às custas dos pagadores de impostos na Câmara não foram suficientes para o deputado federal entender que precisamos gerar superávit primário para pagar os juros da dívida ?" o que não acontece desde 2013 ?" e que os "500 bilhões por ano" são rolagem da dívida (nova dívida tomada para pagar a anterior), não o pagamento de juros. Não à toa Bolsonaro se iguala ao PSOL na defesa da "auditoria da dívida", uma desculpa para um eventual calote.

Justificando sua oposição ao plano real - Bolsonaro foi o único que efetivamente votou contra o plano que acabou com a hiperinflação no Brasil; PT e PDT declararam obstrução - o deputado federal já contradiz a falsa "guinada liberal": afirma que a inflação no período não foi incorporada como aumento salarial para os militares e, portanto, "agindo corporativamente, sim, agi corretamente no meu voto". Ora, que liberal - ou mesmo conservador - poderia votar contra milhões de brasileiros em prol do corporativismo de uma classe de funcionários púbicos e ainda afirmar que votou corretamente, mesmo admitindo que o plano "foi bem vindo"? Isto é coisa de sindicalista - aliás, foi justamente por ser um "sindicalista da caserna", defensor corporativista dos militares, que ele chegou ao Congresso. Corporativismo é exatamente o oposto do liberalismo.

O pensamento corporativista em prol dos militares aparece novamente na argumentação contra a Reforma da Previdência. Para Jair, "se querem nos botar na previdência igual aos outros, nos dêem todos os direitos, inclusive o de greve", uma declaração que poderia perfeitamente ter sido feita por um sindicalista da CUT. Por isto, Bolsonaro "manteria o sistema atual", aquele que possui um déficit que pode chegar a 180 bilhões de reais somente em 2017, mudando o sistema somente "daqui para a frente", mantendo o "direito adquirido" dos atuais servidores ?" cuja Previdência responde por boa parte do déficit da Previdência ?" e afundando ainda mais as contas públicas no buraco negro fiscal. A proposta de Bolsonaro de "acabar com as incorporações" no serviço público não resolve em nada o problema já criado, uma Reforma da Previdência, sim.

O corporativismo militar continua quando ele expõe sua ideia de composição dos ministérios caso seja eleito: 50% dos ministros seriam militares. Ministro da Defesa? Militar ("general de quatro estrelas"). Ministério da Educação? Militar. É a lógica tecnocrata militar: o problema não é a intervenção estatal na economia e na educação (que deveria ser responsabilidade dos pais e não do estado, na visão liberal), mas apenas a ausência de "gente técnica" para fazer "os ministérios funcionar". A ditadura militar que nos legou uma imensa dívida pública e hiperinflação mostra como "funcionou" na prática.

Fim do foro privilegiado? Bolsonaro votaria contra porque "qualquer parlamentar processado em primeira instância vai ter um caminho muito longo a percorrer (?) até chegar" no STF, o faria com que as decisões finais sobre cada processo levassem "20, 25 anos" (se o STF mudar de posição sobre a prisão em segunda instância). Um levantamento feito pelo ILISP mostra o exato oposto: enquanto as condenações de não-políticos avançaram rapidamente na primeira instância (da Lava Jato, por exemplo), o STF condenou apenas 16 políticos em 27 anos e somente 2 estão presos atualmente.

Sobre a governabilidade em um eventual mandato, o político com a mentalidade "se o Kim Jong-un lançasse uma bomba H (?) que só atingisse o parlamento brasileiro, você acha que alguém iria chorar" (o que é ótimo para conseguir risos, aplausos e mais alguns votos, mas péssimo se você quer governar o país com apoio do Congresso) voltou a mostrar que não possuiria apoio parlamentar. "Conversar com bancadas" e "apresentar um pacote" não muda o fato de Bolsonaro ser candidato por um partido com 3 deputados federais (bancada que irá aumentar, mas continuará sendo minoritária na Câmara) e 0 senadores, o que provavelmente fará com que ele sequer vá para o segundo turno, dada a ausência de tempo de televisão e verba para campanha. O próprio parlamentar afirma, ao final da entrevista: "não tenho partido" (deve migrar para o PEN/Patriota, seu nono partido em 27 anos, em março de 2018), "não tenho bancada comigo, não tenho prefeitura comigo, eu não tenho ninguém comigo, tenho nada comigo; estou sozinho, sou o primo paupérrimo".

O deputado federal aproveitou a ocasião para enfatizar também a importância do "voto impresso", o único projeto que conseguiu aprovar em 27 anos no Congresso Nacional (o que mostra, uma vez mais, a ausência de apoio parlamentar que possui). O modelo de voto eletrônico com impressão ?" também conhecido como urna de segunda geração ?" é o mesmo utilizado em alguns estados dos Estados Unidos e na Venezuela, e é tão possível de ser fraudado quanto o sistema de votação atual, de primeira geração. Ou seja: ao contrário do que afirma o parlamentar, não resolve em nada o problema de eventuais fraudes contra o sistema eleitoral brasileiro.

Na questão de privatizações, Bolsonaro voltou a utilizar os mesmos chavões estatistas e antiliberais de sempre: "a China está comprando o Brasil" e "as terras agricultáveis" não podem ser vendidas para a China (ideia do governo Temer, em junho de 2016, foi alvo de críticas da esquerda similares às de Bolsonaro por prever a venda de terras para estrangeiros; a proposta não avançou, mas o deputado continua "combatendo-a"). Os falsos argumentos "não podemos privatizar porque a China irá comprar" e "devemos vender apenas para empresas nacionais / gente nossa" são a mesma retórica nacionalista e anti-privatizações adotada por partidos de esquerda como PT, PDT, PSOL, REDE e similares que compõem a "Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional".

Aliás, não deixa de ser curioso como a lógica do deputado se transforma quando a questão é utilização de armas. Neste tema, Bolsonaro utiliza corretamente a lógica liberal para defender a autodefesa: "propriedade privada é sagrada ou não é; se não é, é do estado e já estamos no comunismo". Entretanto, como mostra ao longo da entrevista também em outros temas, o deputado contraria esta lógica rapidamente. Para Bolsonaro, "policial que não mata não é policial" e deve ter "excludente de ilicitude" para poder atirar sem problemas legais. Ora, isto claramente contraria o direito à propriedade (do próprio corpo) e à vida de milhões de cidadãos que não fazem parte do estado. O sistema brasileiro que transformou "direito humanos" em "direitos dos manos" nas mãos da esquerda está longe de ser correto, mas a solução não é dar licença 007 para cada policial matar livremente, e sim aumentar o poder de investigação e solução de crimes da polícia, a velocidade de julgamento da justiça (respeitando o direito a defesa do acusado) e alterar o Código Penal por meio do Congresso para que seja mais dura com os criminosos. Sem apoio parlamentar, qualquer presidente não consegue sequer alterar o Estatuto do Desarmamento, quanto mais avançar nestas questões.

Em resumo: Jair Bolsonaro continua o mesmo militarista, nacionalista, estatista e antiliberal de sempre, e não será um ministro liberal que mudará isto. Pelo contrário: o risco de ser apenas outro Joaquim Levy subordinado a uma Dilma Rousseff de verde oliva é bem grande.
Herculano
30/11/2017 19:14
PAÍS DEVE ACABAR COM A HIPOCRISIA AO TRATAR QUESTõES PENITENCIÁRIAS, DIZ MORAES.

Conteúdo da Agência Brasil. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes disse nesta quinta-feira, dia 30, que é preciso tratar as questões penitenciárias como de segurança pública e acabar com a hipocrisia no tratamento desses assuntos, para avançar na melhoria do sistema prisional do país. "O Brasil, por algum motivo, deixou escapar que questão penitenciária é questão de segurança pública, sem essa interligação. Quando sabemos que não, porque as lideranças penitenciárias [de organizações criminosas] continuam sendo lideranças externas", disse.

Moraes defendeu a descentralização do sistema prisional, mas criticou os municípios que dificultam a construção de presídios em suas áreas. "Nenhuma cidade quer [presídio], todo mundo quer que se resolva a questão do menor [adolescente em conflito com a lei] e a questão penitenciária, mas nenhum município quer. Ou alteramos a legislação ou atrasa a construção", disse.

"É um problema de todos, isso é uma hipocrisia. Temos que solucionar em conjunto, construir rapidamente os presídios", ressaltou, explicando que, em 2016, foi liberado R$ 1,2 bilhão para construção de penitenciárias, mas os estados e a União não conseguem dar andamento. "Porque o município inventa um problema de zoneamento", exemplificou.

Para Moraes, também é hipocrisia que algumas pessoas defendam que é preciso construir escolas, não presídios. "São coisas diversas. A educação está com seus recursos e precisa ser tratada melhor, mas precisamos solucionar o problema atual [do sistema prisional], que, se não for solucionado, vai acabar transformando um bom modelo, que é o sistema federal, num modelo igual aos demais", disse.

O ministro do STF defendeu ainda a identificação genética dos presos, argumentando que isso não fere a dignidade humana. Segundo ele, ao fazer o mapeamento genético dos presos, os Estados Unidos solucionaram 12% dos homicídios inconclusivos do país. "O Judiciário tem que assumir essa questão", disse.

Visita íntima

Alexandre de Moraes falou ainda sobre a Portaria 718/2017, do Ministério da Justiça, que regulamentou as visitas íntimas para presídios federais. O texto destaca que fazem jus à visita íntima os presos que firmaram acordo de delação premiada ou de colaboração com a Justiça. O benefício, no entanto, não poderá ser concedido a presos que tenham liderado ou participado "de forma relevante" de alguma organização criminosa ou que integrem quadrilhas ou grupos envolvidos com crimes violentos ou com grave ameaça regulares.

"Não é possível nós aplicarmos proporcionalidade e razoabilidade no tratamento do preso que é uma liderança e tratar da mesma forma o ladrão de galinha. O Brasil prende mal, nós prendemos quantitativamente. E não podemos confundir o respeito absoluto que se deve ter à dignidade da pessoa humana com leniência às lideranças criminosas", disse.

O ministro defendeu a restrição da visita íntima, argumentando que ela é uma forma de comunicação do preso com o exterior. "Quando a liderança vai ao presídio [vai presa] e [os membros do grupo criminoso] sabem que ele continua podendo mandar ordens, a liderança não enfraquece", disse. "Ou acabamos com a hipocrisia e tratamos a questão penitenciária de forma séria, ligada à questão de segurança pública, ou vamos, infelizmente, enxugando gelo".

Moraes participou hoje do 8º Workshop sobre o Sistema Penitenciário Federal, realizado pelo Conselho da Justiça Federal (CJF) e pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), em Brasília. Com o evento, representantes de todas as áreas criminais buscam melhorar as ações relacionadas à execução penal no âmbito federal.

Durante o workshop, foram discutidos temas como a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o sistema penitenciário federal, a expansão do sistema, a inclusão de mulheres e de presos em processos de extradição, a visita íntima, a identificação genética de presos e outros.

Para a presidente do STJ e do CJF, ministra Laurita Vaz, eventos como esse são necessários para elaborar uma política penitenciária eficiente. "A Lei de Execução Penal deixa claro que, além de dar cumprimento à disposição da sentença, a execução deve também proporcionar condições para harmônica reintegração social do custodiado", disse ela. "Mas há décadas, os presídios no Brasil são escolas do crime, calabouços muitos próximos àqueles que existiam na Idade Média, que em vez de recuperar, empurram o custodiado ainda mais para a reincidência".
Herculano
30/11/2017 19:07
O PSDB É IGUAL AO PT?

"PSDB joga próprio futuro no lixo da história abandonando reforma da Previdência, que foi sua bandeira no passado recente das gestões de Fernando Henrique e adotando populismo burro, plagiado do PT sem cerimônia,decência nem pragmatismo", por José Nêumanne Pinto
Herculano
30/11/2017 19:03
DÉFICIT DA PREVIDÊNCIA DARIA UMA DÍVIDA DE R$110 MIL PARA CADA JOVEM BRASILEIRO

Conteúdo do jornal O Globo. Texto de Martha Beck.O passivo previdenciário brasileiro é tão elevado que, se fosse distribuído entre a população mais jovem, cada pessoa carregaria hoje uma dívida superior R$ 110 mil. Isso é o que mostra estudo divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério da Fazenda. O documento, intitulado "Aspectos fiscais da seguridade social no Brasil", destaca que o déficit atuarial do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e do Regime Próprio dos Servidores Civis da União (RPPS) soma R$ 9,23 trilhões, ou 147% do Produto Interno Bruto (PIB). Assim, se esse montante fosse dividido igualmente entre crianças e jovens de até 25 anos ?" uma população de 83,7 milhões de pessoas ?" cada uma delas pagaria R$ 110.274. O déficit atuarial é quanto o governo precisa ter para pagar todos os benefícios previstos no futuro.

O documento foi preparado pelo governo para defender a aprovação da reforma da Previdência e rebater o argumento defendido por algumas entidades de que não existe déficit na Seguridade Social. O texto destaca que, sem uma mudança no regime de aposentadorias no Brasil, esses gastos vão continuar consumindo parcelas cada vez maiores do Orçamento. Assim, a saída seria aumentar a carga tributária ou cortar gastos em outras áreas importantes, como educação e segurança.

O governo projeta que, sem reforma, apenas o déficit do RGPS subirá dos atuais 2,8% do PIB para 11,3% do PIB em 2060, ou seja, 8,5 pontos percentuais. Assim, segundo o estudo, para cobrir esse rombo será preciso aumentar a carga tributária nessa mesma proporção. O problema é que o peso dos impostos no bolso dos brasileiros, que já é elevado, saltaria de 20,9% para quase 30% do PIB na esfera federal, o que teria impacto negativo sobre a atividade econômica. Segundo o documento, haveria "redução da competitividade da produção brasileira nos mercados doméstico e internacional, aumento do incentivo à informalidade e evasão fiscal, entre outros".

A Previdência registra rombo crescente: gastos saltaram de 0,3% do PIB, em 1997, para projetados 2,7%, em 2017. Em 2016, o déficit do INSS chega aos R$ 149,2 bilhões (2,3% do PIB) e em 2017, está estimado em R$ 181,2 bilhões. Os brasileiros estão vivendo mais, a população tende a ter mais idosos, e os jovens, que sustentam o regime, diminuirão.

DESCASAMENTO ENTRE RECEITAS E DESPESAS

Pela forma como a carga tributária está distribuída hoje, a receita previdenciária é responsável por 5,7% do PIB; o Imposto de Renda, por 5,4%; a Cofins, por 3,3%; o PIS/Pasep, por 0,9%; e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), por 1,1%. Assim, para compensar o aumento de custos com Previdência até 2060, seria preciso: dobrar a arrecadação da contribuição previdenciária; dobrar a do IR; triplicar a da Cofins; ou combinar as três medidas.

A outra solução possível seria reduzir despesas na mesma proporção do aumento do rombo, o que também teria impactos negativos. Haveria "redução de recursos para os demais programas de governo, associados a áreas como educação, segurança pública e investimento, entre outras".

O estudo destaca que, considerando a Seguridade Social (que envolve não apenas a Previdência, mas despesas com saúde e assistência social), o rombo fica ainda maior. Ele foi de R$ 239,5 bilhões em 2016. Em 2007, o número era de R$ 32,2 bilhões, o que significa que ele subiu 650% em nove anos. Os técnicos da equipe econômica apontam que esse aumento ocorreu devido a um descasamento entre o crescimento das receitas e das despesas. Enquanto o comportamento da arrecadação está diretamente relacionado à atividade econômica (que enfrentou uma recessão nos últimos anos), as despesas crescem com base no envelhecimento populacional, na valorização real do salário-mínimo e do piso para os benefícios sociais.

"O déficit se apresenta não só no resultado previdenciário, mas também nos componentes de saúde e assistência social. Trata-se de uma questão estrutural que precisa ser endereçada por uma reforma definitiva que garanta a sustentabilidade do sistema no médio e longo prazos, tendo em vista a impossibilidade de a sociedade brasileira sustentar o seu crescimento por meio de mais impostos", alerta o documento.

O trabalho rebate, ainda, os argumentos de que a Seguridade Social seria superavitária caso não existisse a DRU (Desvinculação de Receitas da União) ?" mecanismo que permite ao governo gastar livremente uma parte de suas receitas ?" sobre a Cofins nem renúncias fiscais sobre receitas da seguridade. Segundo o trabalho, o rombo seria menor, mas ainda existiria.

"Se não houvesse aplicação da DRU no período de 2007 a 2016, ainda assim o resultado da Seguridade Social seria positivo apenas em 2007, apresentando déficits crescentes desde então. Ou seja, têm sido necessários recursos do Orçamento Fiscal em montante superior às receitas desvinculadas para compensar os resultados negativos da Seguridade Social", destaca o documento.

As renúncias fiscais, reconhece o texto, também têm impacto negativo sobre a Seguridade. No entanto, sua eliminação não seria suficiente para zerar o déficit. Pelas contas do governo, as renúncias tributárias com Previdência somaram R$ 57,7 bilhões em 2016. Assim, o déficit do RGPS, incluindo o impacto desses incentivos, é de R$ 138 bilhões. Já excluindo as renúncias da conta, o rombo cairia para cerca de R$ 80 bilhões. Ou seja, seria menor, mas ainda existiria. As renúncias decorrem da desoneração de folha de pagamentos, de benefícios a entidades filantrópicas, exportadores do setor rural, microempreendedores individuais e microempresas e empresas de pequeno porte que optaram pelo Simples Nacional.

MILITARES: DESCOMPASSO 'MUITO GRANDE'

No longo prazo, percebe-se que, mesmo que essas renúncias fossem reduzidas a zero, o déficit da Previdência continuaria com a sua trajetória crescente, dado que elas tendem a se tornar cada vez menos significantes em relação ao déficit total", afirma.

O estudo divulgado pelo Ministério da Fazenda também deixa claro que duas das categorias de trabalhadores que o governo optou por deixar de fora da reforma da Previdência ?" militares e rurais ?" apresentam desequilíbrios significativos que também precisarão ser resolvidos futuramente.

De acordo com o documento, os gastos com pensões e reformas dos militares, por exemplo, apresentam descompasso "muito grande" com receitas. Enquanto a arrecadação desse grupo chega a R$ 2,9 bilhões, as despesas somam R$ 37 bilhões, o que resulta num déficit de R$ 34,1 bilhões.

Esse rombo, aponta o documento, é próximo ao observado pelo Regime Próprio dos Servidores Civis, de R$ 43,1 bilhões, que possui um contingente muito maior. Comparado com o Regime Geral da Previdência Social (RGPS), o déficit dos militares também é elevado, especialmente considerando que o número de beneficiários civis e militares, que chega a um milhão, é 30 vezes menor que o de beneficiários do RGPS, de 29 milhões de pessoas.

No caso da Previdência rural, que acaba de ser retirada pelo governo da proposta de reforma das aposentadorias, o trabalho mostra que o déficit chega a R$ 101,6 bilhões para 9,486 milhões de trabalhadores. Isso significa que o rombo per capita é de R$ 10.715. Na área urbana, por outro lado, esse valor é de R$ 1.501.

No caso dos servidores públicos, que têm um regime de aposentadorias mais favorável, mas foram incluídos na reforma, o déficit per capita é de R$ 68.115. No regime de aposentadorias para pensões militares, esse número é de R$ 99.217. Já no caso dos militares reformados, o rombo é de R$ 127.692.
Herculano
30/11/2017 18:53
O EX-GOVERNADOR LADRÃO É UM MARCOLA PRINCIPIANTE, por Augusto Nunes, de Veja

O Ministério Público do Rio constatou que o prisioneiro Sérgio Cabral virou gerente de um confortável hotel no bairro de Benfica. Na galeria C, onde se alojam os integrantes da organização criminosa chefiada pelo ex-governador corrupto, os colchões são confortáveis, os lençóis são muito mais brancos, há filtros de água em todas as celas.

A cela em que dorme o chefão dispõe de comida de restaurante cinco estrelas, halteres, chaleira, sanduicheira, aquecedores e corda para crossfit. As iguarias presentes no cardápio à disposição de Cabral incluem três tipos de queijo francês: Babybel, Saint Paulin (embalado em bolinhas e vendido a R$279 o quilo) e Chavroux feito à base de leite de cabra e orçado em R$230,00 a R$300,00 o quilo). O presunto é o português Primor, fabricado na região do Porto e encontrado nas melhores lojas do ramo por R$225,00 o quilo. Os potes de castanhas especiais do Pará custam R$120,00 o quilo.
Herculano
30/11/2017 18:48
EM VÍDEO, BLUMENAUENSE, FUNCIONÁRIA PÚBLICA FEDERAL (IFC), ESTÁVEL, COMO ATIVISTA DA ESQUERDA DO ATRASO, EM DEFESA DE PRIVILÉGIOS, INTERPELA LÍDER DO GOVERNO NO SENADO

Conteúdo do Jornal de Santa Catarina. Texto Lucas Paraizo. "Estou orgulhosa, eu precisava despertar esse assunto", diz blumenauense que confrontou Romero Jucá em avião.

"Romero? Excelentíssimo senador, tudo bem? Gente, o Romero Jucá, do grande acordo nacional, com Supremo e com tudo!". Foi com essa reação que a blumenauense Rúbia Sagaz, 33, abordou nesta quarta-feira à noite o senador Romero Jucá (PMDB-RR) durante um voo de Brasília para Guarulhos. O vídeo gravado por ela viralizou nas redes sociais e já tinha mais de 20 mil compartilhamentos às 14h desta quinta.

Lembrando da infame conversa gravada entre o ex-ministro e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que falava do "grande acordo" para um "pacto" que iria "estancar a sangria" causada pela Operação Lava-Jato na política do país, a blumenauense causou a revolta do senador, que a respondeu dizendo "você é petista, né? Por isso que a gente tirou vocês". O vídeo segue com quase dois minutos de duração mostrando a discussão entre Rúbia e Jucá, em que ela o critica por questões como as reformas trabalhistas e da previdência, além da situação da educação e da saúde.

- Eu precisava despertar isso nas pessoas, mostrar que ele estava ali tranquilamente no voo enquanto o país sofre. Estou muito orgulhosa, remexi nesse assunto do pacto nacional que já estava meio esquecido. Não adianta só protestar nas redes sociais, tem que acabar com o sossego deles. Eles congelam investimentos, fazem reformas dizendo que são representantes do povo mas só pensam neles - disse Rúbia em entrevista à reportagem do Santa.

A blumenauense, que é assistente social e trabalha no Instituto Federal Catarinense (IFC), conta que estava em Brasília a trabalho e pegou o voo das 18h10min desta quarta para Guarulhos, de onde fez uma conexão até Florianópolis. Ela diz que notou Jucá sentado nas primeiras fileiras do avião assim que embarcou, mas ficou em dúvida se era realmente ele.

?" Fui até a minha poltrona, no final do avião, e fiquei pensando se era ele mesmo. Pesquisei fotos no celular e confirmei. Fiquei muito nervosa, eu precisava falar algo, vomitar tudo isso. Comecei a pensar durante o voo em que momento poderia ir lá e falar com ele.

Às 19h15min, uma hora depois do voo decolar, Rúbia conta que levantou e caminhou em direção ao político. Por coincidência, ele estava em pé pegando algo na bagagem. Foi então que começou a situação registrada no vídeo.

- Eu nunca imaginava que teria essa repercussão, mas fico feliz em ver que a maioria das pessoas está me apoiando. Quando ele tenta pegar o celular da minha mão alguém já gritou "não vai bater em mulher não" e muita gente o criticou junto. Depois que veio o moço da Gol e me disse para fazer essa manifestação fora do avião, que era melhor eu retornar para a poltrona, muitos passageiros vieram falar comigo, pedir meu celular, me elogiar pela atitude. O restante do voo não foi tranquilo (risos).

A blumenauense admite que ficou tão nervosa que chegou a passar mal durante o voo, inclusive com medo do que poderia falar para ele e se envolver em algum problema maior. Na hora do desembarque do voo, ela diz que não chegou a ver Jucá saindo e, depois, seguiu normalmente sua viagem para casa
Herculano
30/11/2017 18:40
PREVIDÊNCIA ?" IN DEFENSÁVEL POSIÇÃO DOS TUCANOS PROVOCA TURBULÊNCIA NOS MERCADOS, por Reinaldo Azevedo, no jornal Folha de S. Paulo

Alguns amigos tucanos, e eu os tenho, reclamaram da minha dureza com o PSDB (clique aqui) na questão da reforma da Previdência. Fui duro, sim! E justo! E ainda falta falar um pouco a respeito.

Nesta quarta, a Bolsa caiu, o dólar subiu. É o que chamo de "Efeito Bom de Bico". Ou, então, "Efeito Samba-do-Tucano-Doido". Algumas pessoas haviam caído na conversa, que há tempos já desmistifiquei aqui, de que a turma que queria romper com o governo Temer tinha restrições, vamos dizer, de ordem ética. "Não! É puro eleitoralismo. Essa gente não quer é se comprometer com a reforma da Previdência".

Muito bem! A turma que quer pular fora venceu. E, desde sempre, se disse: "Ah, não precisamos estar no governo para votar em favor do Brasil". Sempre tive de conter as lágrimas em momentos assim porque tenho coração mole? Tasso Jereissati e Marconi Perillo retiraram suas respectivas candidaturas à presidência do partido. Geraldo Alckmin vai assumir o comando. A bancada paulista do PSDB votou unida contra Temer. Mas os incautos estavam a imaginar que, bem?, em matéria de Previdência, tucano não nega fogo?

Na noite desta quarta, Eraldo Pereira entrevistou Ricardo Trípoli (SP), o buliçoso líder tucano na Câmara, no "Jornal da Globo". E aí? O partido vai fechar questão em favor da reforma? A voz do deputado já não é a de um barítono. Com as cordas vocais comprimidas pelo nervosismo e pela falta do que dizer, saiu ainda mais fina ?" sim, via-se ser ele um "cabeça preta", ainda que seja aquela cor de cabelo de homem conhecida por "Preto Brasília". Só perde para o "Acaju Brasília"?

E o doutor respondeu, quase tartamudeando: "Se os partidos da base fecharem questão, a gente fecha?" Mas, ora vejam!, o PSDB nem mais da base é, como sabe Trípoli. Ele foi um "rompicionistas" mais entusiasmados. Mas isso não conta tudo. O doutor se esqueceu de dizer que o partido fez três exigências para votar "a favor" da reforma. E, ainda assim, sem garantir a totalidade dos 46 votos:
a: integralidade no benefício por invalidez, não importa o local do acidente, se no trabalho ou não;

b: que a pessoa possa acumular benefícios, como aposentadoria e pensão, desde que não ultrapasse o teto de R$ 5.531;

c: que os servidores que ingressaram na carreira até 2003 tenham aposentadoria integral (igual ao último salário) e que não valha para eles a regra da idade mínima; para tanto, teriam de pagar um pedágio.

Em 10 anos, a "generosidade" tucana, especialmente com os servidores, custará R$ 109 bilhões aos cofres públicos. Vale dizer: sairá do bolso dos pobres para o dos ricos.

Ah, mas o demônio do PSDB, inclusive na imprensa, sabem como é, é o senador Aécio Neves, que era contrário ao rompimento com o governo e que defende que a bancada feche questão em favor do texto, sem as exigências absurdas.

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