30/11/2017
POLITICALHA E PODER NAS ESCOLAS I
Na coluna de quarta-feira, líder de acesso no portal do Cruzeiro do Vale, escrevi: qual a escola particular chama os professores, funcionários, pais, alunos e elege o seu diretor? A escolha, que as vezes até se disfarça em uma eleição num conselho interno, preserva a imagem da instituição, a que verdadeiramente está em jogo. Isso é feito com objetivos claros: liderança, conhecimento e capacidade de entregar resultados, ou seja, uma comunidade eficaz naquilo que se propõe (cobra e promete), técnica com os alunos estimulados, preparados e competitivos (e orgulhosos disso).
POLITICALHA E PODER NAS ESCOLAS II
Referia-me ao sistema de escolha dos diretores de CDIs e escolas municipais em Gaspar. Ela foi na sexta-feira passada. A ideia central, implantada na gestão do PT, é a tal “democracia participativa”. O objetivo, no fundo, é o aparelhamento, o controle ideológico e poder. Esta proposta, no meu entender, desmerece à meritocracia, a pedagogia e principalmente, a formação competitiva dos alunos. Vale o jogo político, rasteiro. Bingo! Isso ficou claro em alguns educandários na primeira eleição sob a tutela da administração de Kleber Edson Wan Dall, PMDB. Houve flagrante campanha política partidária. PT e PMDB disputaram espaços. Educação? Comprometida! Ofereceram-se vantagens e sobraram ameaças. Os áudios gravados no whatsapp rodam à cidade. Vergonha! No caso do CDI Thereza Beduschi, o vereador Evandro Carlos Andriettti, PMDB, defendeu-se: “eu só pedi voto para o meu candidato”. Mas perguntar não ofende: com a máquina de benefícios ou perseguição da prefeitura?
POLITICALHA E PODER NAS ESCOLAS III
Este episódio, somado ao da escola, cuja diretora orientada fazia reserva de vagas para os da sua turma, revelam, que falta transparência nos processos que deveriam ser unicamente técnicos. Sobra a politicalha. Ela substitui à meritocracia, que curiosamente o líder do governo, Francisco Hostins Júnior, PMDB, tão bem defende para sustentar cortes de privilégios dos servidores públicos, atualizando-se à uma nova realidade e até, necessidades. Mais um discurso? A prática é hipócrita. A meritocracia reconhece os bons profissionais em primeiro lugar e olha, paralelamente, o aluno como razão para a escola e CDI existirem, com uma gestão profissional e eficiente – slogan pregado por Kleber como propaganda do seu governo. Uma diretora que precisa de político, que não foi bem na escola, carregado de promessas ou ameaças, para se eleger no seu próprio ambiente de liderança e trabalho, não traz consigo o mérito mínimo para o qual se candidata. Fura a fila dos capazes, eficientes e transformadores. Humilha a educação, Acorda, Gaspar!
SAMAE INUNDADOO “novo” Samae de Ilhota entrega e vende água em Gaspar na região do Pocinho. Isso é regular? O serviço era feito pela antiga Casan, estadual e com essa autonomia administrativa, que Ilhota tomou e se disputa na Justiça à indenização de tal ato de força. Não era o caso do Samae de Gaspar comprar a água tratada por Ilhota, distribui-la em seu território, onde possui esta autonomia administrativa, e cobrar dos respectivos consumidores? E tudo tende a piorar naquela região. Por economia, o Samae de Gaspar fechou o poço artesiano do Macucos. A região vai ser abastecida pela ETA do Centro, por bombeamento, sem antes ter a ampliação do reservatório desta ETA. Técnicos garantem que vai faltar água nas atuais condições. Coisa de executivo.
TRAPICHE
O tal bloco Democrático na Câmara de Gaspar, constituído pelo PSD e PDT, para fazer oposição à administração de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, está em crise e discutindo a sua relação.
Wilson Luiz Lemfers, PSD, acertou com o governo e deixou a pé Cicero Giovani Amaro, PSD e Roberto Procópio de Souza, PDT.
Wilson já tinha surpreendido e dado voto a Kleber na Reforma Administrativa. Na terça, quando Kleber estava supostamente em minoria na Câmara, Wilson ajudou a derrubar o requerimento de Dionísio Luiz Bertoldi, PT.
O petista pediu a retirada da urgência sobre Projeto de Lei que vai aumentar a Cosip na conta de luz dos gasparenses. Queria uma discussão mais ampla. Kleber quer o PL aprovado nas duas próximas sessões para cobrar mais na luz a partir de janeiro.
Com Wilson do seu lado, pouco exigente, mais sensível a carinhos e chegado ao “diálogo”, o governo de Kleber quer tirar várias facas no pescoço dele e empunhadas por gente da sua própria apertada base.
Assim, Kleber pensa ter mais folga nas negociações internas e nas votações do ano que vem. PT, PDT e Cícero no PSD acusaram o golpe e iniciaram um processo de guerrilha contra o Executivo.
Ilhota em chamas I. O prefeito Érico de Oliveira, PMDB, está alterando o anexo I da Lei Complementar nº 16/2007, para delimitar o polígono compreendido entre as ruas Dr. Leoberto Leal, Artur Farias, prolongamento da Avenida Bruno de Souza e ao norte por “terras de Malharia Cristina”, classificando-o como “Macrozona de Uso Industrial e Serviços”.
Ilhota em chamas II. Há controvérsias. Há quem jure que isso precisaria seguir um rito, incluindo audiências públicas.
Ilhota em chamas III. Está na Câmara para aprovação a toque de caixa, projeto 84/2017 que prevê dação em pagamento de dívidas do Ilhotaprev com terrenos de loteamentos, entre eles, o Primavera, do vice-prefeito, Joel José Soares, DEM.
Ilhota em chamas IV. Normal, se esses lotes não fossem áreas para parques, jardins, creches ou área verde nos loteamentos. Vem encrenca por aí.
O vereador Cícero Giovane Amaro, PSD, sozinho, usando o regulamento, parou a sessão da Câmara por 14 minutos. Desnudou a manobra do presidente, Ciro André Quintino, PMDB, a serviço da prefeitura, em não colocar na pauta para votação, o PL 40, já pronto para isso.
O PL trata das regras de contratação dos estagiários. Hoje é feito pelo CEII. Reclama-se da transparência e das indicações políticas. Por acordo, a matéria virá na semana que vem, com a oposição em minoria.
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