Que falta faz autoridade moral e empreendedora de Frei Godofredo para estimular a cidade às grandes causas comunitárias - Jornal Cruzeiro do Vale

Que falta faz autoridade moral e empreendedora de Frei Godofredo para estimular a cidade às grandes causas comunitárias

05/11/2020

Fé x política x poder I

Gaspar é uma cidade católica, certo? Em tese, na teoria e na marca. E esse elo quase perdido a acompanhava desde a Freguesia de São Pedro, bem antes dela se tornar um núcleo urbano dos que migraram via o Belchior oriundos da primeira colônia alemã catarinense, a de São Pedro de Alcântara. Mas, quem a domina Gaspar nos dias de hoje? Os neo-evangélicos pentecostais. Pela fé? Talvez! Enquanto as lideranças católicas, e até luterana – sim já tivemos um prefeito luterano, Paulinho Wehmuth, Arena, o que trouxe a Ceval e por isso foi perseguido, - se estabeleciam na elite, os pentecostais, via os novos migrantes de todos os cantos que fazem da cidade um novo eldorado, foram ocupando espaços nos templos improvisados os quais se tornaram locais de transformações sociais e de fé. E as lideranças pentecostais não apenas cultuaram pregações e orações; exerceram o valor político-partidiário-eleitoral sobre seus rebanhos. Tudo nos interesses de poder; “verdades” alimentadas pela Bíblia e moral cristã. 

Fé x política x poder II

Isto é “pecado”? Não! Algo errado? Necessariamente, não! Todavia, este novo cenário nos mostra mudanças comportamentais e à desconstrução do senso comunitário. Substitui-o pelo poder. Os católicos no mundo e aqui também fizeram política. A história mostra guerras, obscurantismo, poder e erros sob o manto do sagrado. Não é exatamente isso que discuto nestas poucas linhas que o espaço limitado me permite. Há até estados teocráticos. Todos nós sabemos serem eles desastrosos, desumanos e bárbaros em nome de Deus. Muito recentemente, jovens radicais tentaram recriar um, o ISIS, numa interpretação particular do Alcorão. Governa-se em nome de Deus, para poucos e muitas vezes, impondo impiedosa miséria aos mais fracos e economicamente pobres, pois de espírito e conhecimento, notoriamente os são. 

Fé x política x poder III

Volto. Gaspar por ser católica – e luterana - sempre teve um senso comunitário e de agregação. É exemplar até hoje à comunhão dos cidadãos para se construir por anos afio uma capela – com centros de convivência -, igrejas e até a formação de paróquias. É algo singular entre nós. A festa de São Pedro é um ícone de interesse apartidário. É certo ela e outras festas se tornam palco aos que enxergam oportunidades, mesmo não sendo católicos. Da Igreja Matriz se espraiam 16 capelas (nas comunidades), e que se somam mais as paróquias do Barracão, Bela Vista e do Distrito do Belchior. Elas abrigam, em média, outras quatro capelas cada. Um “exército” de fiéis. São 25 padres filhos de Gaspar pelo mundo afora sendo cinco deles bispos e um deles, arcebispo (três já morreram, segundo me afiançou Gilberto Schmitt, ex-seminarista como dezenas de outros locais, o editor deste Cruzeiro do Vale e o idealizador da Santa Clara com este mesmo senso comunitário que tento “desnovelar” aos leitores e leitoras). Um orgulho! E o que falar da Banda São Pedro ou do Coro Santa Cecília? Entretanto, nada se compara ao franciscano Frei Godofredo (10902/82), que nem filho de Gaspar era (alemão de Dietingen). Fez mais como se fosse o único: a nossa Matriz, o colégio e o Hospital de Gaspar – o que está sempre em Perpétuo Socorro. No centro de tudo? A comunidade, independente da crença, da fé, do partido do poder de plantão. 

Fé x política x poder IV

Os evangélicos pentecostais, ainda minoritários e quase todos oriundos do catolicismo o foco prioritário na comunidade tem sido o poder político para seus líderes, pastores e “escolhidos”. A transformação social comunitária a partir da comunhão e evangelização não se situa no seu eixo de ações e resultados para serem repartidos aos de todas as fés e sem ela. Mistura-se religião, política e poder. Não é um fenômeno gasparense, absolutamente. A cada eleição, a preocupação desses grupos é se ter influência partidária, é de eleger representantes seus nas estruturas políticas e lá defender os interesses próprios. Os católicos quando fizeram a opção política preferiram o socialismo, negaram-se à essência da evangelização, distanciaram-se do senso de acolhida. E devido a isso, aos poucos, Gaspar vai perdendo esse senso comunitário que a fez doadora de exemplos e solidariedade. Nesta eleição os católicos estão silenciosos, reféns do seu próprio destino. Concluo: precisamos de mais Freis Godofredos e menos políticos a serviço dos líderes de sua fé. Acorda, Gaspar! 

 

TRAPICHE 

O debate virtual promovido pelo campus de Gaspar do Instituto Federal de Santa Catarina – IFSC - com os cinco candidatos a prefeito daqui, mostrou Kleber Edson Wan Dall, MDB, fragilizado e na defensiva diante de todos os concorrentes. 

No contraponto aos dez anos de campanha de Kleber apareceu o engenheiro, professor, empreendedor e ex-vereador Rodrigo Boeing Althoff, PL, absolutamente dono dos temas, inclusive os espinhosos propostos por seus adversários. Exagero? É só assistir e conferir na internet. 

Se Kleber continuar participando de debates vai virar pó. Para tudo há desculpas esfarrapadas. A principal é uma tal burocracia. Para aquilo que prometeu resolver em quatro anos, precisará de mais quatro para destravar a burocracia?  

Aliás, qualquer político é exatamente eleito para superar às dificuldades. Se não conseguiu, falhou, simples assim! 

Até na bola que o peleguismo e corporativismo levantaram encaçapar, falhou: a retirada do Vale Alimentação em dinheiro aos servidores municipais e contra a lei expressa. A resposta era simples: “se eu estivesse errado, a Justiça e o Tribunal de Contas não teriam me dado razão naquilo que fiz e mostrado que o Sintraspug e a maioria dos vereadores estavam demagogicamente certos”.  

Kleber está sendo mal orientado por “çabios” que o dominam sem dó e piedade. Impressionante! 

O MDB e sua poderosa coligação com O PSD, PP, PSDB e PDT estava em campo nesta semana em Gaspar. Uma pesquisa tentava descobrir e medir o grau de traição dos eleitores da coligação. 

O PP, até então maior rival do MDB e que o MDB de Gaspar insiste em transformá-lo em nanico, ensaia traição quase que coletiva, como resposta à retirada da vaga cativa de vice da chapa vencedora em 2016, com Luiz Carlos Spengler Filho. 

Faltam exatos 9 dias para as eleições e 14 dias para as minhas férias em 16 anos de coluna. 

 

 Edição 1976

Comentários

Fernanda Torres
09/11/2020 11:10
Caro colunista, gostei muito da sua abordagem sonbre religião e poder; o senhor sabia que temos candidatos macônicos nesta eleição, poderia comentar algo neste sentido.
Herculano
09/11/2020 08:46
HOJE É DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA

Daqui a pouco. Faltam seis dias para eleições onze dias para minhas primeiras férias em 16 anos de coluna. Acorda, Gaspar!
Miguel José Teixeira
08/11/2020 20:21
Senhores,

Extremamente submisso

Sabem por quê o capitão zero-zero ainda não parabenizou os vencedores da batalha eleitoral no Tio Sam?

Porque está aguardando os sinais de fumaça do grande chefe "topete amarelo" autorizando-o à fazê-lo.
Herculano
08/11/2020 18:29
DONALD TRUMO ERA UM EXEMPLO PARA BOLSONARO, JOE BIDEN UM BOM AVISO, por Josias de Souza, no UOL.

Na contramão dos principais líderes do mundo, Jair Bolsonaro ignorou a vitória de Joe Biden. Absteve-se de parabenizar o vitorioso. Não se deu conta de que ignorar é a pior forma de lidar com a ignorância. Natural. A derrota de Donald Trump deixou Bolsonaro zonzo. Ele demora a enxergar duas obviedades: Trump nunca foi um bom exemplo. Mas Biden tornou-se um fabuloso aviso.

Bolsonaro não gosta de ler. Mas deveria desperdiçar um naco do seu domingo lendo o discurso da vitória, pronunciado por Biden na noite de sábado. É um discurso curto. Pode-se atravessá-lo em 15 minutos. A leitura será mais proveitosa se o capitão prestar atenção a trechos como o que vai reproduzido abaixo:

"A Bíblia nos diz que para tudo existe um tempo, um tempo para construir, um tempo para colher, um tempo para semear. E um tempo para curar. Esta é a hora de curar na América." Trocando-se América por Brasil, o discurso poderia ser lido por Bolsonaro em rede nacional de rádio e tevê.

Biden não esclareceu, mas referia-se a uma passagem do livro de Eclesiastes (3:1-8). Ensina que há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu. Tempo de matar e tempo de curar. Tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las. Tempo de rasgar e tempo de costurar. Tempo de odiar e tempo de amar. Tempo de lutar e tempo de viver em paz.

A exemplo dos Estados Unidos, o Brasil amarga duas patologias: a Covid e a polarização. Contra a primeira, ainda não há vacina de eficácia comprovada. O número de mortes declina. Mas o vírus continua matando. Contra a segunda, há dois velhos imunizantes à disposição: sensatez e moderação.

"Prometo ser um presidente que não vai dividir, mas unificar", declarou Biden. "É hora de colocar de lado a retórica dura, baixar a temperatura, nos vermos novamente, nos ouvirmos novamente e, para progredir, temos que parar de tratar nossos oponentes como nossos inimigos. Eles não são nossos inimigos. Eles são americanos."

De novo: substituindo-se "americanos" por brasileiros, o discurso poderia ser lido num pronunciamento do presidente brasileiro em rede nacional. Mas não passa pela cabeça de Bolsonaro dizer algo parecido. Sua ascensão à Presidência, assim como a chegada de Trump à Casa Branca, foi uma consequência direta da polarização.

O lógico seria que, depois de eleito, Bolsonaro virasse um presidente de todos os brasileiros, inclusive dos que não votaram nele. Mas ele passou a governar para um terço da população. Trump fazia parecido. Deu no que está dando.

A exemplo do ídolo americano, Bolsonaro coloca na receita do seu pudim raiva e desinformação em doses que podem ser letais. Abusa da sorte. Num instante em que o vírus apresenta a Trump a conta do negacionismo, Bolsonaro faz política com uma vacina contra o coronavírus.

A melhor hora para mudar é quando a mudança ainda não é necessária. Trump perdeu a sua hora. Bolsonaro desperdiça o seu momento desde o dia da posse. É como se desejasse ser engolido pela lógica de um outro conhecido preceito bíblico. Está no mesmo livro de Eclesiastes, no capítulo 1, versículo 9.

Diz o seguinte: "O que foi tornará a ser; o que foi feito se fará novamente; não há nada novo debaixo do Sol." Ao macaquear Trump a ponto de ser derrotado junto com ele, Bolsonaro parece convidar o eleitor brasileiro a mimetizar os americanos que elegeram Biden. O ano de 2022 pode ficar parecido com 2020.
Herculano
08/11/2020 18:20
da série: impressionante

TRUMP: "DESDE QUANDO A GRANDE IMPRENSA NOMEIA O PR?"XIMO PRESIDENTE?"

Conteúdo de O Antagonista. Donald Trump não para de chorar no Twitter.

Desta vez, ele resolveu atacar a imprensa por ter anunciado a vitória de Joe Biden.

"Desde quando a grande imprensa patética (Lamestream Media) nomeia quem será o nosso próximo presidente? Todos nós aprendemos muito nas últimas duas semanas!"

VOLTO

A esmagadora maioria dos líderes mundiais já reconheceu a vitória do democrata Joe Biden. É do jogo jogado. Não reconheceram ainda além do próprio Trump, a China, a Coreia do Norte, o México, o Brasil...

No twitter @olhandoamare, está:

A democracia é uma palavra vaga e facilitadora na busca de poder, principalmente dos tiranos

De mansinho eles conseguem chegar lá pelos votos livres e direto do povo, mas relutam a aceitar à derrota

A partir desse ponto encontram defeitos exatamente naquilo que lhes deu o poder
Miguel José Teixeira
08/11/2020 16:55
Senhores,

Ex e futuro presidiário tem razão

"Lula ironiza chapa com Huck e Moro em 2022: cada hora inventam uma coisa" (UOL).

Noutra hora inventaram ciro e lula. . .

Penso que, neste momento, a melhor chapa para nós burros-de-cargas jogarmos na lixeira, seria "capitão zero-zero e cangaceiro de Pindamonhangaba", pois o maldito sapo-barbudo continua inelegível.

O Moro segue jogando para não cair no ostracismo, já que, tudo indica que ele não possui os dossiês-bombas que se imaginava.

Porém, ainda temos quase 8 semanas de 2020 e 2021 promete!
Herculano
08/11/2020 13:22
O VALE TUDO. CONTUMAZES AO DESRESPEITO A LEIS

Os candidatos a prefeito e vice de Gaspar pela poderosa coligação MDB,PSD, PP, PSDB e PDT, Kleber Edson Wan Dall e Marcelo de Souza Brick, resolveram desrespeitar a lei na exposição, comemoração e busca de votos pela cidade.

Fotos que correm as redes sociais e aplicativos de mensagens, ou seja, são provas insofismáveis das infrações, mostram que neste sábado, ambos rodaram de pé num utilitário, sem cinto e naquilo tudo que não é permitido pela legislação como pelo bom senso.

Tudo contra a lei. Com o gravame de que Kleber, como prefeito é o chefe da Ditran - Diretoria de Trânsito -, a que devia punir o condutor e apreender o veículo ao pátio.

Nada disso foi feito. Ninguém foi punido até agora. Impressionante os maus exemplos aos munícipes. Foi um vale tudo pelo voto e contra as regras, que exigem - acertadamente - dos outros. Uma amostra clara das distorções nas práticas dos políticos.

Se fazem isso quando pedem votos, o que farão com a caneta na mão? Acorda, Gaspar!
Herculano
08/11/2020 09:11
ABERTURA DOS PORTOS, Marcos Lisboa, economista, presidente do Insper, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda (2003-2005), no jornal Folha de S. Paulo

Nacionalismo desinformado acaba se tornando refém de grupos de interesse

A história recente está repleta de exemplos de arroubos nacionalistas que terminam por construir uma reserva de mercado cara e prejudicial ao país.

A promessa é promover o desenvolvimento por meio do estímulo e proteção à produção local. No fim do dia, porém, restam poucas empresas ineficientes que controlam o mercado apesar do seu custo elevado, com dano colateral sobre outras atividades.

Um exemplo foi a adoção da regra de conteúdo nacional para a produção de plataformas de petróleo. Alguns acreditavam que as compras locais fomentariam a geração de emprego e de renda. Como escrevi na coluna de 1°/9/2019, deu tudo errado. As plataformas locais eram mais caras que as importadas, o que prejudicava a extração de petróleo no pré-sal.

Em 2016, Edmar de Almeida e coautores estimaram que a redução da regra de conteúdo local resultaria em US$ 167 bilhões de investimentos, aumento de 63% da produção e criação de 60 mil empregos até 2030.

Outro exemplo é a cabotagem, o uso de navios para transportar bens entre portos do mesmo país. Desde 1997, a lei prevê que toda empresa do setor deva possuir pelo menos uma embarcação nacional, o que restringe a competição. Um porta-contêiner médio pode custar US$ 45 milhões, e o mercado doméstico de afretamento é quase inexistente.

No setor aéreo, por exemplo, as empresas simplesmente afretam aeronaves estrangeiras. No caso da cabotagem, porém, pode-se alugar um navio do exterior somente se estiver contratada a construção de embarcação nacional ou em casos específicos, desde que com aprovação
da autoridade competente.

Os navios brasileiros são isentos de tributos (ICMS, IPI, PIS e Cofins), ao contrário dos estrangeiros, que pagam cerca de 30%. Apesar de todo esse auxílio, o país importou 13 embarcações de carga entre 2011 e 2017, enquanto os estaleiros nacionais, com custo maior, produziram apenas quatro.

Existe ainda o Fundo da Marinha Mercante. A empresa de cabotagem recebe um crédito, proporcional ao valor da carga, e pode utilizá-lo para adquirir navios produzidos no país. Esse fundo é financiado com um adicional sobre o frete marítimo (R$ 4,3 bilhões em 2019), onerando a logística e prejudicando o comércio.


Em 2018, uma empresa detinha mais de 50% do transporte de contêineres por navios (outras duas somavam perto de 45%).

O caso da cabotagem ilustra como o nacionalismo desinformado acaba se tornando refém de grupos de interesse, contribuindo para a baixa produtividade e estagnação da nossa economia.

Há um projeto de lei para reduzir a reserva de mercado no setor naval. Resta saber se, desta vez, prevalecerá o interesse da maioria.
Herculano
08/11/2020 09:01
A DEMOCRACIA RELATIVA DOS DEMOCRATAS

De @olhandoamare no twitter:

A democracia é uma palavra vaga e facilitadora na busca de poder, principalmente dos tiranos

De mansinho eles conseguem chegar lá pelos votos livres e direto do povo, mas relutam a aceitar à derrota

A partir desse ponto encontram defeitos exatamente naquilo que lhes deu o poder
Herculano
08/11/2020 08:46
UM BOM RESUMO

Da psicóloga, publicitária e senadora paulista pelo PSDB, tetraplégica, no twitter:

Venceu o diálogo. A grande potência mundial será liderada por Biden. Temos agora a oportunidade de nos tornarmos nações menos polarizadas, com mais fluxo de comércio, diplomacia, tolerância e democracia. Temos muito a ganhar com essa vitória.
Miguel José Teixeira
08/11/2020 07:54
Senhores,

A lista do TCU

Enviei para várias pessoas a lista do TCU na qual constam candidatos que receberam o Auxílio Emergencial, que tem por objetivo fornecer proteção emergencial no período de enfrentamento à crise causada pela pandemia do Coronavírus - COVID 19.

Foi um "Deus-nos-acuda".

Porém, para não julgarmos antecipadamente os candidatos que receberam o AE, vale registrar, com dados obtidos no portal da Caixa Econômica Federal:

"Quem tem direito ao Auxílio?

Pode solicitar o benefício o cidadão maior de 18 anos, ou mãe com menos de 18, que atenda a todos os seguintes requisitos:

Esteja desempregado ou exerça atividade na condição de:

- Microempreendedores individuais (MEI);

- Contribuinte individual da Previdência Social;

- Trabalhador Informal.

Pertença à família cuja renda mensal por pessoa não ultrapasse meio salário mínimo (R$ 522,50), ou cuja renda familiar total seja de até 3 (três) salários mínimos (R$ 3.135,00)."

Portanto, caso seu candidato esteja na lista do TCU e enquadra-se em uma das situações acima, ELE NÃO COMETEU ILÍCITO".

Também vale a máxima: às vezes, determinado procedimento é legal, porém imoral.

Veja o caso do Fundo Partidário: ele é legal, porém é imoral!

E um homem público ou mulher pública, tem a obrigação de fazer essa distinção.

No mais, reflita bem e vote consciente!

O eleitos dirigirão os destinos de sua Cidade por mais 4 anos o que, seguramente, influenciará no seu dia-a-dia.
Herculano
08/11/2020 07:28
A ESPERANÇA DE CIRO FICA A DEVERS, por Samuel Pessôa, econo0mista, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (FGV) e sócio da consultoria Reliance, no jornal Folha de S. Paulo

Falta de profundidade em analise do pedetista impede diagnóstico para nos tirar da armadilha da renda média

As eleições americanas passaram. Logo as nossas passarão e em fevereiro teremos a eleição da mesa diretora das duas casas legislativas. Após esses eventos entrará no horizonte da política a sucessão presidencial de 2022.

Há dois meses o PT apresentou seu plano, que discuti neste espaço na coluna de 26 de setembro. No fim do ano passado, Arminio Fraga apresentou seu diagnóstico em artigo publicado na revista Novos Estudos do Cebrap, fascículo 3 do volume 38.

No livro "Projeto Nacional: o dever da esperança", recentemente publicado, Ciro Gomes faz seu diagnóstico do desenvolvimento brasileiro do início do século 20 até hoje. Em seguida apresenta o conjunto de medidas e políticas que considera necessárias para reverter o quadro de estagnação que vivenciamos desde os anos 80.

A análise histórica de Ciro é uma sucessão de maniqueísmos. Quase tudo para Ciro acaba virando uma luta entre o bem e o mal.

Assim, a República Velha era o mal. Getúlio Vargas e o nacional desenvolvimentismo, o bem. A ditadura militar, o mal. FHC, o mal, com seu rentismo e os juros para banqueiros. Lula e Dilma eram o bem, apesar de erros aqui e acolá. O imperialismo é o mal que nos condena à pobreza, e a tradição política representada pelo trabalhismo o bem que nos desenvolveu e promoveu nosso Estado de bem-estar.

Sabemos de estudos recentes que a República Velha, em função de uma série de mudanças institucionais, várias implantadas no final do Império, teve impacto no desenvolvimento do mercado financeiro para o investimento produtivo. Também foi período de desenvolvimento das ferrovias. Há estudos recentes que comprovam o efeito que elas tiveram para o crescimento na República Velha e no período subsequente.

Por sua vez, a fase do nacional desenvolvimentismo é essencial para entendermos o atraso educacional ?"ao longo de todo o período, investíamos 1,5% do PIB em educação fundamental?", gerando enormes dificuldades para o crescimento na etapa seguinte.

É comum o argumento de Ciro terminar em algum tipo de conspiração do capitalismo internacional ou dos banqueiros. É estranho análise tão chapada vinda de um político experimentado e pessoa aparentemente inteligente.

Para Ciro, o esgotamento do crescimento do período petista essencialmente foi produzido porque Dilma aceitou a chantagem do mercado financeiro e subiu juros para combater a inflação produzida pelo choque de oferta (inflação do tomate) de março de 2013. Ciro não percebe que havia inúmeros sinais, vários anteriores a 2013, de que a política econômica era não sustentável desde 2007-2008.

No campo das ações, há propostas para elevar a carga tributária em três pontos percentuais do PIB, tributando melhor os ricos, e uma série de políticas de estímulo a alguns setores.

No período petista, entre 2007 e 2014, houve enorme e genuíno esforço de desenvolver alguns setores. Os programas deram todos com os burros n'água. Sem um minucioso diagnóstico dos motivos de a iniciativa no período petista ter dado errado, difícil imaginar que Ciro faria melhor.

Certamente a corrupção não foi o maior problema do intervencionismo petista. Todo o diagnóstico e a implantação estavam errados.

A falta de profundidade com que Ciro analisa o esgotamento da economia ao longo da última hegemonia política que tivemos por aqui impede que ele tenha um diagnóstico que faça sentido para nos tirar da armadilha da renda média, na qual estamos desde a década de 1980.
Herculano
08/11/2020 07:17
da série: e daí? Mania que políticos e grupos políticos no poder de plantão usem reconhecidos erros dos outros ou antecessores, que em parte por causa desses erros já foram defenestrados pelos votos livres nas urnas, para justificar os seus erros no presente. Em Gaspar, esta é a muleta do principal atual do governo Kleber, MDB, e seus poderosos coligados PSD, PP, PSDB e PDT em permanecer no erro e poder: "ah, mais o PT fazia..." Fazia? Por isso, foi embora...

SEM PROTESTO, ERA PT FOI AUGE DA EXTINÇÃO DE ANIMAIS

O estudo do IBGE "Contas de Ecossistemas: Espe?cies Ameac?adas de Extinc?a?o no Brasil", ao qual esta coluna teve acesso, revela que em 2014, final do primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), quase 20% das espécies de animais e plantas brasileiros estavam sob ameaça de extinção, ou sejam, 3.299 em 16.645. Atualmente, caiu quase à metade, para 11,2%, a proporção da fauna e flora em perigo. A grande maioria (1.989) das espécies em perigo são da região da Mata Atlântica.

MENOS PREOCUPANTE

O Pantanal e a Amazo?nia te?m as maiores proporc?o?es de espe?cies na categoria "menos preocupante" (88,7% e 84,3%), diz o IBGE.

MAIS PREOCUPANTE

A Mata Altântica concentra o maior número de espécies extintas (6) e um em cada quatro espécies de animais ou plantas está "sob ameaça".

PIORES CASOS

Das espe?cies analisadas, 0,06% esta?o extintas, 0,01% "extintas na natureza", 4,73% "criticamente em perigo" e 9,35% esta?o em perigo.

A BOA NOTÍCIA

Em todo o País, quase 63% das espécies analisadas "sa?o menos preocupantes", segundo a pesquisa do IBGE.

SUDESTE CONCENTRA 7 DOS 11 MINISTROS DO SUPREMO

Na atual composição do Supremo Tribunal Federal (STF), a "bancada" do Sudeste tem o domínio, com sete dos onze ministros. São quatro do Rio de Janeiro (Luiz Fux, Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski e Luis Roberto Barroso), dois de São Paulo (Dias Toffoli e Alexandre de Moraes) e Cármen Lúcia, de Minas Gerais. Além disso, são cariocas o ministro Luiz Fux, presidente, e decano da corte, ministro Marco Aurélio.

BANCADA GAÚCHA

A "bancada" do Sul tem dois representes: a ministra Rosa Weber, do Rio Grande do Sul, e o ministro Edson Fachin, do Paraná.

MT E PI NO STF

Têm apenas um representante os estados do Mato Grosso (ministro Gilmar Mendes) e do Piauí (Nunes Marques).

NORDESTE DE VOLTA

Empossado nesta quinta (5), o ministro Nunes Marques é o primeiro nordestino no Supremo desde a aposentadoria do sergipano Ayres Britto.

RUIM DE TIMING

Governadores pediram, mas Rodrigo Maia deixou para após o primeiro turno das eleições municipais a votação do projeto de lei que possibilita estados e municípios quebrados a pegarem dinheiro emprestado da União, sob a condição de realizarem um ajuste fiscal nas finanças locais.

E OS ATRAVESSADORES?

Operação da Agência Nacional do Petróleo e do Procon-DF fiscalizou cerca de 50 "agentes econômicos". Segundo a própria assessoria foram fiscalizados postos e revendas de GLP. Já as parceiras distribuidoras...

TUCANO TAMBÉM GOSTA

O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, defendeu a adoção "com urgência" do sistema distrital misto nas eleições brasileiras. O projeto de lei que cria esse sistema é de autoria do tucano José Serra (SP).

QUE VENHA 2021

Membros do governo perderam a esperança no Congresso este ano. A expectativa é que, com pandemia e eleição, 2020 acabou. "Só vai votar lei do gás, talvez a reforma tributária, cabotagem e orçamento", dizem.

É LOGO ALI

Conselheiros de Donald Trump já começaram a sugerir que, derrotado, ele deve aceitar o resultado com honra, e que isso seria a garantia de volta à Casa Branca em 2024, como oposição a Joe Biden.

JÁ PRECIFICOU

O mercado foi mais ávido em confirmar vitória de Biden que a imprensa. Para investidores, o cenário definido reduz oscilações e pavimenta volta de investimento. "No Brasil, Ibovespa e ações já reagiram" diz Yuri Utida.

AGU INOVA

A Advocacia-Geral da União é finalista do Prêmio Innovare 2020 com duas práticas na categoria "Advocacia". Um dos projetos implantou um sistema de inteligência artificial para realizar a promoção jurídica.

MANDOU BEM

Com as exceções da lira turca e do rublo russo, todas as moedas registraram valorização nesta sexta, com o real marcando de longe o melhor desempenho, já que foi a que mais sofreu.

PERGUNTA NA CONTAGEM

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, só observou ou aproveitou para oferecer a urna eletrônica enquanto esteve nos EUA?
Herculano
08/11/2020 07:09
A ÂNCORA E A CORDA: ALGUMAS PROPOSTAS POSSÍVEIS, por Armínio Fraga, economista e ex-presidente do Banco Central, no jornal Folha de S. Paulo

Governo precisa sinalizar como vai parar de tomar mais empréstimos para pagar juros

Há um ano e meio escrevo esta coluna procurando variar, mas com frequência voltando a um tema: como viabilizar investimentos vultosos em áreas de alto retorno social, como saúde, educação, assistência social, para colocar o Brasil em um caminho de crescimento inclusivo, acelerado e sustentável e, ao mesmo tempo, e de forma complementar, como sanear as finanças públicas do país, fonte de incertezas paralisantes e de crises recorrentes.

Hoje, os dois objetivos estão ameaçados. O que fazer?

Sim, algumas reformas importantes foram feitas a partir de 2017. O quadro fiscal melhorou com a introdução do teto de gastos e com a aprovação da reforma da Previdência. No entanto, a despeito desses esforços, as fragilidades fiscais seguem nos assombrando, ameaçando a sustentação do teto, a única âncora fiscal que nos resta. Ademais, o clima geral de negócios piorou em face de sinalizações preocupantes do atual governo (que, por razões de espaço, não poderei detalhar aqui). Como se não bastasse, com a pandemia a situação social e fiscal se deteriorou ainda mais.

Após sete anos de déficits fiscais (primários) e mais de 10% de queda acumulada do PIB, a dívida pública se aproxima dos 100% do PIB. Mesmo respeitado o teto, o déficit primário só seria eliminado em cinco anos, o que não seria suficiente. A rolagem da dívida vem ficando cada vez mais difícil e o Tesouro está sendo obrigado a encurtar os prazos da dívida. As taxas juros de prazo mais longo exibem um elevado prêmio de risco. O dólar a R$ 5,60 grita o mesmo recado. Não se iludam com a bolsa. Estamos mal.

Claramente falta uma âncora fiscal mais robusta. Em bom português: o governo precisa sinalizar como vai parar de tomar mais empréstimos para pagar juros, pois essa bola de neve é insustentável. Chegou a hora de definir metas plurianuais para o saldo primário, que em quatro anos precisa passar de um déficit de 3% do PIB em 2019 para um superávit de pelo menos 3%, de forma a promover uma gradual queda da dívida pública. Essa segunda âncora fiscal nos serviu bem por 15 anos a partir de 1999 e precisa ser relançada.

Como chegar lá? Em vários círculos, inclusive no governo, prevalece a posição de que a tributação não pode aumentar. Penso diferente. Eliminar uma série de subsídios injustificáveis e reduzir a regressividade da tributação nos permitiria obter um espaço fiscal de pelo menos dois pontos do PIB. Segundo dados do Monitor Fiscal do FMI recém-publicado, uma recuperação modesta da economia brasileira ao longo de quatro anos melhoraria o saldo primário em cerca de dois pontos percentuais do PIB. Os dois pontos restantes, teriam que vir do lado dos gastos, com a ajuda de medidas como a PEC da flexibilização.

Muitos acreditam que essas medidas seriam recessivas. Ignoram o fator confiança. Ignoram que na raiz da profunda recessão que começou em 2014 estava um colapso fiscal de cerca de seis pontos percentuais do PIB. Relevam também 1999, quando ocorreu o inverso: fez-se um ajuste de quatro pontos e evitou-se um colapso da economia (à época a projeção de consenso no início do ano era de queda de 4% no PIB; acabou ligeiramente positivo).

Vejo tensões em torno da manutenção do teto no curto e no longo prazos. No curto prazo, há legítimas pressões para a prorrogação por mais algum tempo de gastos com assistência social. O teto é uma âncora. Embora boa em tese, como toda âncora, depende da resistência da corda, que no caso corre o sério risco de não aguentar a tensão.

Não recomendo a volta ao orçamento pré-Covid em apenas um ano. A economia vem se recuperando, mas segue fraca. Melhor seria deixar um pouco do ajuste para 2022, sem, no entanto, abandonar a meta de superávit primário de 3% do PIB para 2024.

Não ignoro que 2022 seja um ano eleitoral, o que tornaria pouco crível a promessa de qualquer aperto adicional naquele ano. Mas nas circunstâncias atuais é o caminho que nos resta, pois há sinais de que importantes reformas estruturais não parecem politicamente viáveis no curto prazo. E nem estamos falando dos estados, a maioria em crise, em alguns casos grave.

Num prazo mais longo, a aderência ao teto levaria ao final de seus sete anos a uma queda de cerca de três pontos percentuais do PIB no gasto federal (em função do gasto crescer menos que o PIB).

Quedas semelhantes terão que ocorrer também nos estados, onde gastos com folha de pagamentos e Previdência são insustentáveis.

Sem completar a reforma da Previdência e fazer uma reforma do RH do Estado que tenha impacto de curto prazo (inclusive sobre a qualidade dos serviços públicos), será impossível fazer o ajuste fiscal necessário e ,ao mesmo tempo, gerar recursos adicionais em maior escala para investir nas áreas sociais.

Mesmo sem as grandes reformas, seria possível com os ajustes propostos acima criar algum espaço para investimento, fazendo o teto crescer 1% ao ano acima da inflação. Dessa forma, ao final dos sete anos, o ajuste fiscal do governo como um todo ocorreria dividido em partes mais ou menos iguais entre cortes de gastos, aumentos de tributação e ganhos de receita com a recuperação. Pela ótica do gasto haveria uma redução do tamanho do Estado. Pela ótica da arrecadação haveria um aumento, voltando aos níveis de 2011.

Fazer as reformas para reforçar o SUS e a rede de assistência social seria a melhor opção. Não sendo possível, recomendo a opção acima.

Embora não recomendáveis, outras opções seriam possíveis. Apresento aqui os casos extremos: por um lado, com as reformas, usar as economias para reduzir a carga tributária; por outro, sem as reformas, seguir aumentando a carga para gastar mais ou para preservar privilégios. Essa última opção tem prevalecido há décadas no Brasil, com resultados modestos, a meu ver, bem modestos.

No âmbito da assistência social, seria sensato prorrogar modesta e temporariamente o auxílio emergencial, enquanto se aprofunda a discussão sobre o formato e a viabilidade de propostas mais permanentes. Importante notar que tanto a esquerda quanto o governo se recusam a considerar ajustes internos à rede de assistência, uma curiosa convergência. Fica claro aqui que a eliminação dos aspectos regressivos da tributação nos daria autoridade moral para uma discussão desarmada do
desenho da assistência social.

Claramente estamos diante de um caso extremo de cobertor curto. Não é possível ao mesmo tempo manter o teto atual, gastar mais com assistência social e SUS e não elevar a carga tributária. Não é possível esperar tanto tempo pelo ajuste fiscal. Se as reformas estruturais avançassem, a margem de manobra fiscal aumentaria. Idem com a eleição em 2022 de uma alternativa de centro.
Herculano
08/11/2020 06:49
TUDO AZUL, MAIS OU MENOS, por Carlos Brickmann

Que é que muda no relacionamento do Brasil com os Estados Unidos, que logo vão estar sob nova direção? Em princípio, nada; são países amigos, os dois maiores exportadores mundiais de alimentos, com interesses às vezes convergentes, às vezes divergentes. As convergências são muito maiores e permitem que as divergências sejam negociadas e superadas. Mas há sempre a observação, tão brasileira, de Caetano Veloso: ou não.

A onda azul (cor dos democratas) superou a vermelha (Bolsonaro que não nos ouça, mas é a cor do Partido Republicano e de Trump). O discurso volta ao globalismo, aos Acordos de Paris contra a poluição atmosférica, à busca de maior ligação com a Europa Unida. Mas a vantagem numérica de Biden, pequena, mostra que boa parte da população americana tende a seguir a linha antiglobalista de Trump. Uma rápida vista no mapa das apurações mostra uma linha de Estados azuis circulando grande número de Estados vermelhos.

Cautela, pois: Biden é mais afável, menos impetuoso que Trump, mas não vai revolucionar nada. Embora saiba que Bolsonaro só não foi aos EUA votar em Trump porque a lei não o permite, não dá bola para isso: é profissional. E se Bolsonaro fizer carreatas contra ele, como esta programada para hoje em Maceió, vai se divertir muito. Mas há um ponto em que deve jogar duro: o ambiental. Rainforest, floresta úmida, é um tema popular. Vai defender a preservação da Amazônia. O Itamaraty saberá lidar com isso - se deixarem.

CHEGA DE INTERMEDIÁRIOS

O chanceler brasileiro acredita em comunavírus, em perigo amarelo, em perigo vermelho. Talvez tenha de ser substituído por alguém que tema o perigo azul, dos democratas americanos. E que saiba negociar, entre amarelos e azuis, vantagens para o Brasil na implantação da rede 5 G. Trump fazia pressões para manter a Huawei chinesa fora da rede brasileira. Biden, não se sabe. Mas para o Brasil, que têm EUA e China como seus principais parceiros comerciais, é hora de fazer bons negócios com ambos. Ou, se é por ideologia, chega de intermediários: Olavo de Carvalho no Itamaraty.

A MÃO QUE AFOGA 1

Celso Russomano tem retumbantes votações para o Legislativo mas falha ao tentar o Poder. Já foi o deputado federal mais votado do Brasil, já foi o segundo mais votado; entretanto, quando se candidatou a prefeito de Santo André, e depois duas vezes à Prefeitura de São Paulo, nem chegou ao segundo turno, embora tenha sempre iniciado a campanha como favorito. Perde substância no meio do caminho. Desta vez, quando começou a perder a vantagem inicial sobre Bruno Covas, que tenta a reeleição, resolveu buscar um apoio de fora: o do presidente Bolsonaro. Tão logo o recebeu, despencou nas pesquisas. E continua se dissolvendo: começou com 29, caiu para 20 em 22 de outubro, na pesquisa Datafolha, caiu agora para 16, em empate técnico com Guilherme Boulos, do PSOL (que tem conseguido agregar votos petistas), 14 pontos, e Márcio França, do PSB, 13%. Ciro Gomes entra agora na campanha de França. Um belo teste de popularidade.

A MÃO QUE AFOGA 2

Bolsonaro não tem partido. Tinha decidido não participar das eleições, ao menos no primeiro turno. Mas não resiste a uma boa casca de banana para escorregar: decidiu apoiar Russomano (que despencou), Marcelo Crivella (que tenta a reeleição no Rio e tem dificuldades para chegar ao segundo turno - se houver, já que Eduardo Paes tem o dobro nas pesquisas) e em Roberto Engler, em Belo Horizonte - onde o prefeito Alexandre Kalil tem 59%. Para quem não queria entrar, abraçar três derrotados, e só eles, é uma façanha.

O PROBLEMÃO

Mas perder eleições em três capitais importantes não é o problema maior de Bolsonaro. Nem a iminente despedida de seu ídolo-mor, Donald Trump, o afeta tanto. O grande problema de Bolsonaro, agora é a acusação a Flávio, seu filho mais velho, feita pelo Ministério Público ao órgão especial do TJ do Rio: de acordo com o MP, Flavio Bolsonaro comandava uma organização criminosa. É acusado de lavagem de dinheiro, apropriação indébita, peculato e formação de quadrilha, juntamente com Queiroz, a esposa de Queiroz e 14 outras pessoas. Em resumo, é a história das rachadinhas: Queiroz já admitiu que obrigava os funcionários do gabinete de Flávio a lhe entregar parte dos salários, que seria usada em benefício do próprio Flávio.

FAMÍLIA ACIMA DE TUDO

Bolsonaro ficou profundamente irritado ao ter a notícia da entrega pelo MP da acusação a seu filho. Dizem os jornais que seus gritos foram ouvidos em outros andares do palácio. Natural: Bolsonaro é pai. E tem, certamente, grande amor pela família: depois que se elegeu, trabalhou para que seus três filhos mais velhos se elegessem, usando apenas seu sobrenome. E também abriu campo para que a mãe dos três filhos, de quem está separado há muitos anos, use seu sobrenome para tentar se eleger neste ano. Melhor que pensão.
Herculano
08/11/2020 06:42
da série: em Gaspar a "invasão" foi ao sistema tributário da prefeitura, com senha de atendente, e o caso está abafado até hoje. Na corrida eleitoral, os candidatos fingem que isso não foi nada...

INVASÃO À REDE DO STJ MOSTRA QUE OS SISTEMAS SÃO GERIDOS DE FORMA LEVIANA, por Elio Gaspari nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Governo brasileiro já pagou o mico de ter um sistema protegido por equipamentos de uma fábrica suíça

Às 15h da última terça (3), o sistema de computadores do Superior Tribunal de Justiça foi invadido, e os trabalhos da corte só voltarão ao normal nesta semana.

O episódio mostra que os computadores da Viúva continuam sendo administrados de forma leviana. No mundo das altas competências, no século passado o governo brasileiro já pagou o mico de ter um sistema de criptografia das embaixadas protegido por equipamentos de uma fábrica suíça que tinha um sócio oculto, a CIA americana. No governo Dilma Rousseff, descobriu-se que algumas de suas comunicações também estavam grampeadas.

Não se sabe o propósito dos invasores do STJ, pois achar que o tribunal tem meios ou recursos para pagar um resgate não faz sentido. Sabe-se, contudo, que a rede oficial de informática está contaminada por dois vícios elementares, que nada tem a ver com altas competências. É pura incompetência. Em muitas áreas, quando muda o chefão, ele troca a equipe de tecnologia.

Mesmo em áreas onde isso nem sempre acontece, os hierarcas usam seus endereços da rede oficial para tratar de assuntos pessoais. Nos EUA, a secretária de Estado Hillary Clinton pagou caro por isso. Assuntos oficiais e comunicações pessoais são coisas diversas. Se essa banalidade não é respeitada, só se pode esperar que o sistema esteja bichado em outras trilhas.

Essa incompetência não acontece por causa da herança escravocrata. Ela é produto de uma indústria da boquinha em quase tudo que tem a ver com informática. Prova disso é que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação armou uma licitação viciada de R$ 3 bilhões há mais de um ano, foi apanhado, cancelou a maracutaia, mas até hoje não explicou como o edital foi concebido.

Na compra de equipamentos pode-se pegar o jabuti quando ele quer mandar 117 laptops para cada um dos 255 alunos de uma escola. Quando as contratações vão para escolha de operadores, manutenção e até mesmo programação, entra-se num mundo complexo, atacado por amigos que têm conexões, mas não têm competência.

No caso da invasão das máquinas do STJ, surgiu um perigoso efeito colateral. Com um presidente que não confia nas urnas eletrônicas, mas até hoje não provou que tenha ocorrido fraude na sua eleição, estende-se o tapete vermelho para que terraplanistas comecem a alimentar conspirações em relação ao pleito de 2022. O STJ ainda estava fora do ar quando o capitão Bolsonaro voltou a defender o voto impresso. Logo ele, que tratava assuntos de Estado com o ministro Sergio Moro na sua conta privada.

CALOR QUE DONALD TRUMP TOMOU NO ARIZONA QUE ELE DIVIVIU ATÉ COM OS REPUBLICANOS

Além de fatores demográficos, grosseria megalômana do presidente dos EUA contribuiu para isso

O calor que Donald Trump tomou no Arizona mostra que ele dividiu até os republicanos. No estado onde o Homem de Marlboro teve um rancho, os democratas elegeram para o Senado o ex-astronauta Mark Kelly. Ele é o marido de Gabrielle Giffords, a deputada que em 2011 foi baleada na cabeça por um maluco. (A bala atravessou seu crânio, mas ela recuperou parcialmente a fala e anda com bengala.)

Até este sábado (7), Joe Biden liderava a eleição do Arizona. Fatores demográficos contribuíram para essa mudança no estado que produziu Barry Goldwater, o campeão do conservadorismo republicano nos anos 1960. Contudo, a grosseria megalômana de Trump contribuiu para isso.

Ele ofendeu o senador John McCain (1936-2018), um político respeitado pela biografia e pela decência. Filho de almirante e piloto de bombardeiro, McCain foi abatido no Vietnã, ralou seis anos de prisão e torturas em Hanói e nunca recuperou completamente os movimentos dos braços. Candidato a presidente em 2008, perdeu para Barack Obama. Tendo contrariado Trump numa votação, tomou um dos insultos típicos do presidente: "Ele não é um herói, foi capturado". (Trump nunca vestiu um uniforme.)

Quando McCain morreu, Trump ignorou-o e foi jogar golfe. Na campanha, o troco veio de Cindy, a viúva. Herdeira da maior distribuidora da cerveja Anheuser-Busch no país. Em setembro, ela apoiou Biden: "Somos republicanos, mas acima de tudo somos americanos".

Trump não precisava ter sido grosseiro com McCain, mas sua natureza falou mais alto.

MÉDICI, GEISEL E BOLSONARO

Nenhum presidente brasileiro teve uma relação tão próxima com seu colega americano como o general Emílio Médici com Richard Nixon, a quem visitou em 1971. Quando Nixon se atolou no caso Watergate e acabou perdendo o cargo, Médici, fora do governo, não disse uma só palavra.

Nenhum presidente brasileiro detestava seu colega americano como Ernesto Geisel detestava Jimmy Carter. Enquanto esteve na Presidência, nunca disse uma palavra contra ele. Fora dela, recusou-se a encontrá-lo e não atendeu o telefone quando ele ligou para sua casa.

A BOMBA WASSEF

De um advogado que conhece os processos relacionados com Bolsonaro e suas "rachadinhas", ao saber que seu colega Frederick Wassef tentou operar o depoimento da ex-assessora Luiza Souza Paes: "Esse pessoal está chamando urubu de 'meu louro'".

Luiza Souza Paes mostrou ao Ministério Público os comprovantes de que entre 2011 e 2017 o faz-tudo Fabrício Queiroz bicou cerca de R$ 160 mil do salário que recebia no gabinete de Flávio Bolsonaro.

MANOBRAS POR "RACHADINHAS"

É quase certo que não se chegue a uma sentença antes da eleição de 2022

Por mais que se façam trapalhadas no varejo com o processo das "rachadinhas" dos Bolsonaros, no atacado a manobra da defesa tem nexo e poderá dar certo. Com 15 denunciados num processo de competência indefinida é quase certo que não se chegue a uma sentença antes da eleição de 2022.


TIO SAM E JECA TATU

Relação especial é assim:

Neste ano, o Brasil importou 30 mil toneladas de soja dos Estados Unidos.

Pindorama é o maior exportador de soja do mundo.

Neste governo, os americanos foram dispensados de pedir visto de entrada no Brasil. Não passa pela cabeça dos Estados Unidos oferecer reciprocidade.

O presidente brasileiro torce pela reeleição de seu colega americano. Mesmo quando despejava dinheiro nas eleições de Pindorama, nenhum presidente americano fez declaração pública de apoio a um candidato brasileiro.

BAKER SAIU DE PERTO

Aos 90 anos, o texano James Baker, articulador da vitória eleitoral de George Bush na Suprema Corte contra Al Gore em 2000, afastou-se da teoria da eleição roubada antes mesmo do patético discurso de Donald Trump na quinta (5).

Baker coordenou três campanhas presidenciais de republicanos, foi secretário do Tesouro e de Estado.

TRUMP E NAPOLEÃO

Quem viu o discurso de Trump deve se lembrar que, em 1840, quando os restos mortais do Imperador saíram da ilha Santa Helena para um mausoléu em Paris, num só hospício da cidade havia 14 pessoas garantindo que eram Napoleão Bonaparte.
Herculano
08/11/2020 06:26
Ao Miguel

Sobre a disputa do segundo lugar em Gaspar. Primeiro é algo simbólico contra a poderosa máquina de votos que se montou no poder de plantão; depois, não custa esperar aa sorte do segundo lugar se tornar o primeiro.
Miguel José Teixeira
07/11/2020 22:35
Senhores,

1) Vermelho desbotado

Enquanto no Tio Sam o "Biden tá Kamala e não tá prosa", em Pindorama o teramala se manifesta:

"Mundo respira aliviado com a vitória de Biden", diz Lula" (Band/UOL)

O desnorteadamente desnorteado, não honra mais nem a cor da sua quadrilha: os PeTralhas.

Só para refrescar seu cérebro de ameba, os elefantes trumpianos usam o vermelho, a mesma cor utilizada pelos corruPTos que ele chefiou. . .

2) Pronuncia-se "ai" em vez de "i"

Se a palavra "Biden" em inglês pronuncia-se "Baiden", como pronunciar-se-á "Bivar", o capacho do capitão zero-zero e capataz do laranjal?

3) Apagão no local errado

A Rádio Cercadinho garante que ouviu comentários que o trump, pediu auxílio ao capitão zero-zero para interromper a contagem dos votos no Tio Sam.

Atabalhoadamente, atabalhoados como seu chefe, seus "açeçores" sabotaram a subestação do Amapá. . .

Boa Noite! E sonhem com o "16 Psique", pois ninguém é menor que seus próprios sonhos (Lindolf Bell, o saudoso Timboense).
Miguel José Teixeira
07/11/2020 19:31
Herculano,

"Todos querem o segundo lugar."

Será que os candidatos à Prefeito de Gaspar sabem algo cabeludo à respeito do atual, que possa prejudicá-lo no início do hipotético segundo mandato?
Miguel José Teixeira
07/11/2020 18:24
Senhores,

Pois é. . .No Tio Sam, o grande cacique topete amarelo foi defecado!

Que sirva de lição para o seu capitão eleitoral no Brasil: ou abandona a Pátria "amigos acima de tudo/parentes acima de todos" ou em 2022 terá o mesmo destino de seu ídolo!

Isso se o TSE não o apeá-lo do poder antes. . .
Herculano
07/11/2020 15:52
A CAMPANHA ELEITORAL EM GASPAR ESQUENTOU NA RETA FINAL

Todos querem o segundo lugar. Vencer, deverá ser um detalhe.

Até pesquisas estão sendo contestadas na Justiça e estranhamente se articula para impedi-las a novas publicações
Herculano
07/11/2020 15:50
MANCHETE MUNDIAL: O DEMOCRATA JOE BIDEN DERROTA O REPUBLICANO DONALD TRUMP E EVITA EM EVENTO INCOMUM PARA PRESIDENTES ESTADUNIDENSES NO PODER, A SUA REELEIÇÃO

É um freio a escalada populista mundial. É também um aviso ao Brasil. Trump não aceita a derrota nas urnas e diz que vai judicializar tudo até que ele seja declarado vencedor pelo principal oponente, a tradição norte-americana.

Oficialmente não há um vencedor até este momento. Os resultados são extras oficiais e vem do levantamento das estruturas de comunicações, algumas delas quase bicentenárias naquele país.

Herculano
07/11/2020 15:42
RELAÇÃO DE TRUMP E BOLSONARO NÃO FAVORECEU BRASIL E RENDEU VANTAGEM AOS EUA, por Carla Araújo, Uol.

O presidente Jair Bolsonaro não escondeu sua preferência pelo presidente norte-americano Donald Trump na disputa com o democrata Joe Biden e, sempre que pode, gosta de exaltar uma suposta amizade com o presidente dos Estados Unidos.

Essa relação, porém, não se converteu em benefícios para o Brasil e, por outro lado, acabou rendendo mais vantagens aos EUA, de acordo com economistas ouvidos pela coluna.

"O Brasil aceitou a cota de etanol, aceitou a sobretaxa de produtos brasileiros como o aço, e, apesar de uma recessão dos dois lados por conta da pandemia, é fato de que a exportação brasileira para os Estados Unidos caiu muito mais", diz o professor Simão Davi Silber, da Faculdade de Economia e administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP).

Na avaliação do professor, o tratamento diferenciado da relação entre Trump e Bolsonaro se traduziu como "o pobre fazendo concessão para o rico". "Eu não chamaria isso de amizade e sim de subserviência", completou.

Para Rafael Cortez, cientista político e graduado em relações internacionais, a aproximação de Bolsonaro com Trump teve resultado apenas na estratégia do presidente brasileiro de sinalizar um posicionamento distante da esquerda. "Do ponto de vista econômico essa aproximação não se materializou, não avançou", afirma.

Cortez também cita o setor siderúrgico e de etanol como exemplo de relação que favoreceu apenas os norte-americanos. "Quando os EUA precisaram dar sinais domésticos esse suposto status de parceiro e essa relação de amizade não se concretizaram para o Brasil", diz.

BALANÇA COMERCIAL

De acordo com os dados do Monitor de Comércio Brasil-Estados Unidos produzido pela Amcham (Câmara Americana de Comércio no Brasil), no acumulado do ano até setembro, as exportações brasileiras para os EUA caíram 31,5% em relação ao mesmo período do ano passado e somaram US$ 15,2 bilhões. É o menor valor, em termos relativos, desde 2010.

O relatório aponta três fatores principais para explicar a forte redução das trocas bilaterais: a combinação dos graves efeitos da crise econômica causada pela pandemia, a queda do preço internacional do petróleo e de restrições comerciais em setores específicos, como o siderúrgico.

Apesar das questões pontuais, o relatório ressalta que os EUA foram os mais afetados entre os 10 principais destinos das exportações brasileiras.

O déficit comercial com os EUA até setembro foi de US$ 3,1 bilhões e, segundo a Amcham, a tendência é que o Brasil registre o maior déficit dos últimos cinco ou seis anos.

Mesmo com números negativos, os EUA continuam sendo segundo principal parceiro comercial para o Brasil, com 12,3% do total de suas trocas com o mundo, atrás somente da China, que aumentou sua fatia para 28,8%.

TROCA DE COMANDO

A vitória de Biden, na avaliação de especialistas, não tende a mudar muito o cenário das relações comerciais, já que o democrata também possui uma visão protecionista.

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou que a indústria brasileira "enxerga com tranquilidade o resultado das eleições presidenciais americanas" e que o segmento "tem bom histórico de relacionamento com candidatos tanto do Partido Republicano quanto do Partido Democrata".

"O setor privado tem grande expectativa para o início das negociações dos acordos de livre comércio e para evitar a dupla tributação. Também defende um diálogo para a remoção de barreiras ao comércio e aos investimentos entre os dois países", diz a nota.

Apesar da relativa estabilidade nas relações comerciais, a avaliação feita por especialistas é que o Brasil terá que fazer mudanças, principalmente, na visão atual da diplomacia e da agenda ambiental.

"Com a vitória de Biden, o governo brasileiro terá que virar de ponta cabeça, principalmente no quesito ambiental", avalia Silber.

Para o professor, Bolsonaro terá que mudar o titular do Ministério das Relações Exteriores (MRE), hoje sob o comando de Ernesto Araújo, ligado a ala ideológica do governo. Além de Ernesto Araújo, o atual ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, também tende a perder força no governo, na avaliação de Silber.

"O presidente tem apreço pela ala ideológica, mas ele é apegado apenas a família e a 2022, ou seja, se perceber que mudanças serão fundamentais para as relações comerciais ele deverá fazê-las", diz.

Cortez corrobora e diz que a agenda ambiental é muito forte para o Biden e que a Amazônia passará a ganhar ainda mais espaço nas relações.

Bolsonaro já fez crítica a postura de Biden, mas auxiliares do presidente salientam que com a vitória do democrata o discurso brasileiro terá que ser amenizado.

Segundo auxiliares, Bolsonaro tinha sido orientado a não comentar as eleições norte-americanas antes do resultado, o que ele não cumpriu. Agora, avisam interlocutores do presidente, é preciso deixar as preferências de lado, agir como "gente grande" e pensar em uma agenda que interesse ao Brasil.
Miguel José Teixeira
07/11/2020 11:59
Senhores,

Desnorteadamente, desnorteado!

Depois de "louvar a natureza pela criação do coronavírus", agora o ex e futuro presidiário produz outra pérola para o FEBEAPÁCoronaEdition:

"Lula pede a candidatos do PT para criticar gestão de Bolsonaro na pandemia" (Terra).

Não bastou destruir a esquerda brasileira.

Agora quer destruir também, alguns abnegados e corajosos candidatos vermelhos (desbotados). . .
Herculano
07/11/2020 11:52
PERDENDO VOTOS

Neste sábado, com o Comércio de Gaspar em horário especial para se recuperar dos estragos da pandemia, antes que outra onda lhe pegue de calças curtas, candidato e seus apoiadores, resolveram atrapalhar ainda mais o trânsito no centro da cidade.

EXPONDO ELEITORES

Candidato a vereador em Gaspar, apesar das orientações contra aglomerações devido a Covid-19, manteve para amanhã o risoto vitória.

Ou quer ser o mais votado, ou está arriscando a perder eleitores no dia da eleição pelo isolamento compulsório de alguns deles por ter contraído a doença. Ai, ai, ai.
Miguel José Teixeira
07/11/2020 11:47
Senhores,

"16 Psique" - Para não dizerem que não teclei sobre fortuna!

"O asteroide que vale o PIB mundial

Ouro, platina, níquel e outros materiais preciosos. Como se formou no universo a rocha metálica chamada "16 Psique", que tem toda essa riqueza em seu interior".

Meu Deus, pobre de nós, terráqueos! Paupérrimos! Não há região da Terra que, em termos de riqueza, chegue aos pés de uma lasquinha do asteroide batizado de "16 Psique". Localizado no cinturão entre Marte e Júpiter, ele tem aproximadamente duzentos e trinta quilômetros de diâmetro, está a uma distância de cerca de trezentos e setenta milhões de quilômetros de nosso planeta e se envolve em um inacreditável valor pecuniário: repleto de ouro, platina, ferro e níquel, o 16 Psique, se fosse para ser comercializado, sairia por inimagináveis 10 quintilhões de dólares ?" mais que a soma do PIB de todos os países. Para que o leitor possa mensurar essa grandeza, vale dá-la em algarismos: US$ 10.000.000.000.000.000.000. Ufa! Essa preciosidade de rocha gigante que está no espaço foi descoberta em 1852 pelo astrônomo e matemático italiano Annibale de Gasparis. Todas as atenções voltam-se agora para ela, cento e sessenta e oito anos depois, porque a Nasa anunciou na semana passada que enviará em 2022 uma sonda para estudar o asteroide ?" e, claro, no futuro explorá-lo. Afinal, também no campo da astronomia, tesouro achado não é roubado.

Leiam + em:

https://istoe.com.br/o-asteroide-que-vale-o-pib-mundial/

Será que a famiglia zero-zero já está planejando abordar e saquear o asteroide?

Bom. . .ministro astronauta do lula, eles já o tem. . .
Herculano
07/11/2020 10:46
NO DEBATE DA TV GASPAR O CANDIDATO KLEBER SE APROPRIOU DA BANDEIRA DE GASPAR. MAS, ELA NÃO É DE TODOS OS GASPARENSES?
Herculano
07/11/2020 10:22
A ASSESSORA DE IMPRENSA DA PREFEITURA DE GASPAR, OU SEJA, UMA COMISSIONADA, E MARQUETEIRA DA CAMPANHA DO PREFEITO KLEBER, ENTRANDO NO YOUTUBE PARA SUPRIR A DEFICIÊNCIA DE COMUNICAÇÃO DO CANDIDATO KLEBER

INCAPAZ DE MOSTRAR RESULTADOS EM RELAÇÃO AO QUE PROMETEU NA CAMPANHA DE 2016, AMANDA VEIO EM SOCORRO PARA REALÇAR QUE HOUVE UM AUMENTO NO NÚMERO DE VAGAS PARA CRECHES EM GASPAR

O QUE A AMANDA NÃO ESCLARECEU É QUE ISSO SE DEU POR UMA MÁGICA MACABRA PARA A MULHER, MÃE E TRABALHADORA: O PERÍODO INTEGRAL FOI CORTADO AO MEIO. HUM!
Herculano
07/11/2020 10:09
NO DEBATE DA TV GASPAR, A AGRICULTURA ENTROU NA PAUTA.

QUEM FECHOU E NÃO ABRIU A FEIRA LIVRE DE GASPAR ATÉ HOJE?

O ATUAL GOVERNO DE KLEBER EDSON WAN DALL, MDB, NÃO SE SUSTENTA NO DISCURSO.

ISTO FICOU EVIDENTE NO DEBATE DO IFSC, E ESTÁ PATENTE NO DEBATE DESTE SÁBADO

ENTÃO ELE PRECISA DE PEGADINHAS PARA MOSTRAR SUPOSTA BURRICE DOS SEUS ADVERSÁRIOS NAS SIGLAS QUE SE SUSTENTAM NA BUROCRACIA PÚBLICA ONDE NADAM DE BRAÇADAS OS POLÍTICOS QUE Só VIVEM DOS PESADOS IMPOSTOS DOS CIDADÃOS.

ENTENDE-SE MELHOR A RAZÃO PELA QUAL ELE FORMOU UMA PODEROSA COLIGAÇÃO E ANULOU SEU POSSÍVEIS ADVERSÁRIOS VIÁVEIS

SE FICASSE QUIETO, FICARIA MENOS EXPOSTO
Miguel José Teixeira
07/11/2020 08:23
Senhores,

Objetivo único: saquear o erário!

"Centro é a união da direita da esquerda com a esquerda da direita" (Diário do Poder)

(Ex-ministro Moreira Franco)
Herculano
07/11/2020 07:47
HOJE É DIA DE DEBATE AO VIVO DOS CANDIDATOS A PREFEITURA DE GASPAR

SERÁ ÀS 9H DESTE SÁBADO, DIA SETE, E SERÁ PROMOVIDO PELA TV GASPAR

PODE SER ACESSADO NO SITE DA TV GASPAR E NA SUA CONTA NO YOUTUBE

O PRIMEIRO DEBATE ACONTECEU VIRTUALMENTE HÁ UMA SEMANA E FOI PROMOVIDO PELO CAMPUS DE GASPAR DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO. O MATERIAL TAMBÉM PODE SER ACESSADO NA INTERNET. ACORDA, GASPAR!
Herculano
07/11/2020 07:42
O PRESIDENTE ELEITO

Conteúdo de O Antagonista. As emissoras de TV dos Estados Unidos erraram feio em suas pesquisas. Agora estão errando novamente. Joe Biden já deveria ter sido anunciado como presidente eleito.

Foi o que fez o Decision Desk, que é especializado em monitorar os resultados das urnas. O site ainda não cravou o número final de Arizona, Nevada e Georgia, mas desde ontem projetou a vitória de Joe Biden na Pensilvânia, atribuindo-lhe 273 votos no colégio eleitoral - o suficiente para garantir-lhe a Casa Branca.

Há uma disputa paralela em 2020, entre a velha imprensa e a nova imprensa.
Herculano
07/11/2020 07:38
BIDEM PRESIDENTE! LUTO NO PLANALTO! BANDEIRA A MEIO PAU! RARARÁ!, por José Simão, no jornal Folha de S. Paulo

O Trump ganhou no Texas, na Flórida, em Santa Catarina, Curitiba e Governador Valadares
Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Ereções 2020. EUA e Brasil! Primo rico e primo pobre. Biden presidente! Dia Internacional do Alívio! E a canseira? Os americanos botaram um homem na Lua mais rápido que na Casa Branca!

E nas próximas eleições vão adotar um processo mais rápido: quem cuspir mais longe ganha! O Biden ganhar é fácil, o difícil é tirar o Trump da Casa Branca. Vai ser no guincho. E enfia na camisa de força! Cabô a Casa da Supremacia Branca!

O amigo do Bozo perdeu! Luto no Planalto! Bandeira a meio pau! Aliás, deve tá todo mundo com meio pau no Planalto! E, com Biden presidente, quem ganha e quem perde? Quem ganha: o mundo. Quem perde: o Mourão e o Salles! Vão ter que proteger a Amazônia! Que saco. Tá rolando uma fake news dizendo que o Biden vai invadir a Amazônia!

O Trump ganhou no Texas, na Flórida, no Palácio do Planalto! E em Santa Catarina, Curitiba e Governador Valadares. Rarará! O Brasil não fez boca de urna pro Trump. O Brasil fez boquete de urna! Rarará! O Biden tem delegados e Trump tem xerifes! A Turma do Fuzil! Rarará!

Todo republicano tem cara de caubói aposentado. E todo democrata tem cara de amendoim! Rarará! O Trump queria ganhar no tapetão. No Trumpetão! Ai que infame. Rarará! Outro trocadilho infame: o Trump perdeu de Nevada! Acho que o Biden nunca tomou sol!

E atenção! Os predestinados! 1) "Preso manda carta pro Maia pedindo impeachment do Bolsonaro." Como é o nome dele? João Bória! João Bória pede o impeachment! 2) Advogado de defesa do Russomanno: Arthur Rollo! Rollomano! Esse trabalha! 3) Coordenador da campanha do candidato André Barros, advogado da Marcha da Maconha: Ique Larica! Ih, que larica! Rarará! Esse assalta a geladeira à noite pra comer feijão com leite condensado! Você fuma um e come o Larica!

E as ereções no Brasil! E a Galera Medonha? A Turma da Tarja Preta! Tá difícil! Excesso de opções! Agora não sei se voto no Ku de Osso, no Maicon do Ovão ou na Tutua, o sapatão mais estourado da Bahia! Essa eu quero pra presidente: o sapatão mais estourado da Bahia! Botava ordem na casa em dois segundos. Enquadrava o Carluxo em um segundo.

Não tem opção, vote no Maicon Ovão. Esse a caxumba desceu pros ovos! Rarará!

Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
Herculano
07/11/2020 07:33
LEGISLAÇÃO FROUXA ALIVIA PREDADORES DE CRIANÇAS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Operações policiais como a Luz da Infância, realizada ontem, prenderam mais de 1.200 pedófilos desde 2017, mas a legislação frouxa não os mantém longe de crianças por muito tempo. Muitos acabam soltos logo depois do flagrante por serem "réus primários, com trabalho honesto e residência fixa". A ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) apresentou projeto que busca endurecer penas, mas já foi apensado a outras propostas em uma das muitas gavetas do Congresso.

MAIS TEMPO PRESO

A ideia é aumentar em 50% a pena do predador que usa a posição de confiança para atuar, como professores, líderes religiosos, médicos etc.

DISTORÇÃO

Pela lei, pedofilia não é crime hediondo e há progressão de regime. Já os traumas causados nas crianças são permanentes e levam até ao suicídio.

CONSCIENTIZAÇÃO

O governo prepara uma campanha nacional alertando os pais para as táticas dos aliciadores online, especialmente durante essa pandemia.

TÁTICA MAIS COMUM

Os predadores fingem ser crianças para ganhar a confiança das vítimas e conseguir fotos, vídeos ou encontros presenciais, quando atacam.

EM 2000, APURAÇÃO NOS EUA DUROU CINCO SEMANAS

Durou 35 dias a apuração dos votos do republicano George W. Bush e do democrata Al Gore, a mais recente eleição presidencial nos Estados Unidos que acabou apenas com uma decisão judicial. O imbróglio se deu logo após o dia da eleição, 7 de novembro, quando Bush foi anunciado vencedor na Florida por apenas 1,7 mil votos. A disputa durante a apuração foi até a Suprema Corte, que decidiu apenas em 12 de dezembro liquidar qualquer chance de recontagem. Gore jogou a toalha.

ARGUMENTO PARECIDO

A campanha democrata exigia que todos os votos, incluindo aqueles mal assinalados, fossem contados. Os republicanos discordavam.

JURISPRUDÊNCIA

Os diferentes padrões de contagem em diferentes municípios da Florida fizeram a Suprema Corte decidir a favor de Bush.

MUITO APERTADO

O estado da Florida foi decisivo na eleição de 2000, que acabou com 271 votos do colégio eleitoral para Bush e 266 para Al Gore.

INVASÃO FOI GRAVE

É pior do que parece o estrago provocado pela invasão do hacker, diz fonte do STJ. O back-up citado pelo presidente do STJ estaria na nuvem, mas o hacker tornou-a inacessível. O ministro Humberto Martins garante: o restabelecimento do sistema evolui e volta a funcionar na segunda (9).

MODESTO, ELE

O ocaso subiu à cabeça do presidente da Câmara, Rodrigo Maia para ficar. Ontem ele disse o que ninguém jamais havia afirmado: "a reforma tributária (...) está muito carimbada como minha". Hahahaha!

BESTEIROL TUPINIQUIM

Nunca foram vistos tantos brasileiros "preocupados" com a democracia americana, "ameaçada" pela suspeita de fraude levantada por Trump. Como se o presidente americano fosse o inventor desse tipo de chororô.

INTOLERÂNCIA IN NATURA

As críticas às lorotas de Trump sobre fraude ou de crença na própria vitória são de pessoas que só admitem ouvir do presidente a aceitação da derrota, antes mesmo da proclamação da vitória de Joe Biden.

SEM ATENÇÃO

Não chama atenção do noticiário, mas o bioma brasileiro com mais espécies de animais em plantas em extinção é a Mata Atlântica, seguida pela Caatinga, onde 18,2% das espécies estão ameaçadas de extinção.

MELHOR ESCONDER

Marcel van Hattem (Novo-RS) percebeu a estratégia nada sutil da chapa PCdoB-PT na disputa pela prefeitura de Porto Alegre: Manuela D'Ávila foge da cor vermelha. Para van Hattem, o comunismo gaúcho "aparece maquiado com um falso verniz de democracia".

DóLAR CAIU 2,74%

O dólar entrou no período da tarde desta sexta-feira (6) renovando mínimas (caiu até R$ 5,38), para fechar em "forte queda" de 2,74%, segundo expressão do mercado velho de guerra. Fechou em R$ 5,39.

PODE DEMORAR

O apagão no Amapá fez o governo criar um "gabinete de crise", fazendo retomar o temor em relação a uma velha constatação no serviço público: quando não se pretende resolver um problema, cria-se uma comissão.

PENSANDO BEM...

...o último que disse não haver provas de nada foi condenado em primeira e segunda instâncias, e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Herculano
07/11/2020 07:09
MUDANÇA DO CLIMA COM BIDEN NÃO SERÁ NENHUM REFRESCO, por Marcelo Leite, jornalista especializado em ciência e ambiente, autor de "Ciência - Use com Cuidado", no jornal Folha de S. Paulo.

Senado e Judiciário criarão barreiras para plano democrata; Brasil virará saco de pancadas

Na quarta-feira (4), com o mundo mesmerizado pelo páreo eleitoral bizantino nos EUA, o país deixou formalmente o Acordo de Paris. De saída, Donald Trump cumpriu a promessa isolacionista e largou uma batata quente para Joe Biden descascar.

O democrata ambiciona dar uma guinada nas políticas ambientais dos EUA, investindo em energia limpa US$ 2 trilhões (cerca de R$ 11 tri, ou 1,5 vez o PIB do Brasil). Pisa fundo na direção do Green New Deal defendido pela esquerda de seu partido.

No Senado, o ressentimento republicano pode fulminar propostas de Biden. Além disso, ele verá as iniciativas questionadas na Suprema Corte com maioria conservadora e nos tribunais federais onde Trump instalou duas centenas de juízes.

Medidas para combater o aquecimento global costumam ser rotuladas como "socialistas" pela direita empedernida, pois envolvem incentivos e subsídios --por exemplo, para a energia solar. Enfrentando resistência em seu país, restará ao novo presidente perfilar-se como mocinho na cena internacional.

Um dia depois da eleição, o democrata mandou em rede social: "Hoje a administração Trump deixou oficialmente o Acordo do Clima de Paris. E em exatamente 77 dias a administração Biden vai voltar a ele". Retornando à mesa, poderá justificar a contumaz lerdeza dos EUA nas negociações alegando que o antecessor republicano atrapalhou tudo.

Biden, assim como outros governantes de países ricos que arrastam os pés nas tratativas globais, terão alvo fácil para abater na próxima cúpula, dentro de um ano, em Glasgow: Jair Bolsonaro. Será irresistível disparar contra um presidente que nega a mudança climática, incentiva a destruição da Amazônia e ainda se declara para Trump.

O brasileiro levará na bagagem coleção de más notícias. A primeira saiu nesta sexta-feira (6): o país descumprirá meta de reduzir sua contribuição nacional para desequilibrar o clima do planeta, segundo o Sistema de Estimativas de Emissões de Gases do Efeito Estufa (Seeg).

Pelos cálculos dessa iniciativa, que reúne 56 organizações, o Brasil lançou 2,2 bilhões de toneladas de CO2 (GtCO2eq) na atmosfera em 2019, 10% mais que no ano anterior. Descontado o carbono que matas reabsorvem, a emissão líquida foi 1,6 GtCO2eq, acima da 1,3 GtCO2eq com que se comprometeu em Paris como objetivo para 2020 (e a emissão vai aumentar de novo neste ano, como se verá a seguir).

O grosso da poluição climática brasileira resulta do desmatamento da floresta amazônica, 44% do total de CO2. Se incluídos os 28% da pecuária e da agricultura, chega-se a 72% de contribuição do agronegócio para desarranjar o clima planetário --embora o setor produza só 21% do PIB.

As emissões aumentaram, em resumo, porque a devastação disparou no primeiro ano de Bolsonaro, à taxa de 34,4% sobre o ano anterior. Atingiu 10.129 km2, maior área destruída desde 2008.

Dessa estatística anual virá também a segunda má nova do Brasil para o mundo: em 2020, o desmatamento terá saltado de novo, para algo como 13.000 km2, cifra que o Planalto deverá anunciar nos próximos dias ou semanas, se cumprir o calendário usual.

O Brasil passou da 6ª para a 5ª posição como maior poluidor do clima mundial, deixando para trás a Indonésia. Os quatro primeiros são China, EUA, Índia e Rússia.

A diferença: no quarteto campeão, 2/3 das emissões de carbono procedem dos setores de energia e indústria, que geram empregos e desenvolvimento. Por aqui, o desmatamento só beneficia grileiros, pecuaristas, madeireiros e garimpeiros ilegais.?
Miguel José Teixeira
06/11/2020 19:14
Senhores,

Cada vez mais

"Empresa da ex-mulher de Wassef faz cibersegurança do STJ"

A Globalweb Outsourcing é a responsável pela cibersegurança do STJ. A empresa está registrada no nome de Cristina Boner Leo, ex-mulher do advogado Frederick Wassef, que presta serviços à família Bolsonaro e defendeu Flávio no caso da rachadinha.

A informação foi divulgada pelo jornalista Diego Escosteguy no site O Bastidor e confirmada por O Antagonista.

Ainda não se sabe se a empresa tem alguma responsabilidade pelas falhas que permitiram o ataque hacker ao tribunal, na última terça. O ciberataque tirou do ar todos os sistemas processuais da corte, que ainda não voltaram ao normal.

O contrato com a Globalweb Outsourcing é para desenvolvimento interno de software de segurança específico para o STJ.

O negócio foi fechado com o tribunal em 2018, na presidência da ministra Laurita Vaz, mas só começou a ser executado na gestão seguinte, do ministro João Otávio de Noronha ?" que mandou soltar o ex-PM Fabrício Queiroz, acusado de ser operador da rachadinha de Flávio, e tomou diversas decisões favoráveis ao governo durante sua presidência.
(O Antagonista)
Brasil: "amigos acima de tudo/Parentes acima de todos"
Miguel José Teixeira
06/11/2020 19:07
Senhores,

Claro que não!

"Bolsonaro: Não sou a pessoa mais importante do Brasil assim como Trump não é a do mundo" (Valor Econômico)

Bidú. . .No sub-mundo em que vive o clã bolsonaro, a pessoa mais importante é o queiroz. . .

Ou não?
Miguel José Teixeira
06/11/2020 17:07
Senhores,

OOOps. . .errei!

Na segunda lista tem gente nossa, sim!
Miguel José Teixeira
06/11/2020 17:03
Senhores,

Uffa. . .Blumenau, Gaspar e Ilhota nada consta

"TCU divulga lista de candidatos que receberam auxílio emergencial indevidamente"

Fonte: undefined - iG @ https://economia.ig.com.br/2020-11-06/tcu-divulga-lista-de-candidatos-que-receberam-auxilio-emergencial-indevidamente.html

Acesse a lista:

https://pdfhost.io/v/cDuOuuRrM_lista_TCU_auxiliopdf.pdf
Herculano
06/11/2020 16:33
DANIELA VIVE A REALIDADE DO PODER, por Roberto Azevedo, no Making of

Longe das postagens que publica e deleta ou do patrulhamento dos mais conservadores, a governadora interina Daniela Reinher, diante de assessores e de representantes do setor produtivo, debateu ações para diminuir os efeitos da estiagem, que atinge Extremo-Oeste, Meio-Oeste e Serra Catarinense.

Um choque de realidade necessário para estabelecer que administrar um Estado transcende polêmicas ou pressões ideológicas e sugere medidas práticas.

Aliás, a questão sazonal da estiagem merece uma política mais sólida no Estado devido aos prejuízos que causa ao agronegócio, um dos carros-chefes da economia do Estado e o maior gerador de divisas para Santa Catarina.

COM BOLSONARO

Depois da passagem por Brasília, Daniela terá novo encontro com o presidente Jair Bolsonaro em menos de 48 horas, desta vez na agenda oficial em Florianópolis nesta sexta (6).

Apoiadora declarada de Bolsonaro, Daniela pode ser brindada no discurso com algum anúncio durante a cerimônia de formatura de policiais rodoviários federais, na universidade corporativa da instituição, embora tudo indica que, se falar com os jornalistas, o presidente dará ênfase à eleição nos Estados Unidos, cada vez mais difícil para o republicano Donald Trump, preferido do chefe de Estado brasileiro.

SEGURA

Teve candidato a prefeito pelo Estado afora que ensaiou verdadeiras caravanas par estar próximo do presidente Jair Bolsonaro, em Florianópolis.

A nove dias das eleições, melhor correr mesmo.

NÃO SE ENGANEM

Os erros de Donald Trump no combate à pandemia e seu negacionismo diante da força do Coronavírus, mais o ativismo que levou milhares a votar, 67% dos aptos em um país onde o voto não é obrigatório, principalmente pelo Movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), são as maiores causas do avanço do democrata Joe Biden.

Em jogo, nos EUA e aqui, está a defesa da democracia e do voto, maior regulador de qualquer tentativa de se perpetuar no poder.

GESTOS PESAM NA POLÍTICA

Quem disse que Carlos Moisés não gosta ou não quer fazer política, saiba que o encontro com o presidente da Assembleia, deputado Julio Garcia (PSD), está cheio de simbolismos que contradizem esta máxima. Afastado do cargo por uma manobra que inclui dois pedidos de impeachment, e que teve forte participação de Julio, Moisés não só cumpriu uma visita institucional como ressaltou o papel do Legislativo em um documento, uma clara manifestação de abertura de porta para novos tempos. Antes disso, com sorrisos e troca de palavras em um ambiente de amenidades, o governador afastado, de barba por fazer e mais à vontade, terá que vencer os dois obstáculos em tribunais especiais de julgamento. A cordialidade faz parte da educação, mas não é permanente na política, tampouco como resultado de uma bem-sucedida conversa de 40 minutos, marcada ainda por elogios à deputada Paulinha da Silva (PDT), que era líder do governo na casa.

NOS BASTIDORES

Moisés passou pela Assembleia e foi bastante cumprimentado por servidores do Legislativo.

Nos gabinetes, houve quem arriscou um "volta logo", algo que seria inimaginável para quem frequenta o Palácio Barriga Verde, onde o clima é de ódio explícito contra o agora governador afastado.

DUPLA EXPOSIÇÃO

Candidato à prefeitura de Blumenau, o deputado Ivan Naatz (PL) anunciou que está contaminado pelo Coronavírus, pegou a Covid-19.

Se não fosse na campanha, seria no plenário da Assembleia, onde antes das restrições anunciadas esta semana, reinava a ausência do uso da máscara, talvez porque os deputados devem ter confundido imunidade parlamentar com imunidade ao vírus.
Miguel José Teixeira
06/11/2020 13:19
Senhores,

Cada vez mais e +

"Ação no STF contra foro privilegiado de Flávio no caso da rachadinha fica com Kassio Nunes, ministro indicado por Bolsonaro" (O Globo)

Brasil: "amigos acima de tudo/parentes acima de todos"
Miguel José Teixeira
06/11/2020 11:41
Senhores,

Sob efeito da cloroquina

"Amizade "Collorida": antes "sem moral", agora Collor recebe elogios de Bolsonaro"

Criticado no passado pelo atual presidente, senador foi chamado de "homem que luta pelos interesses do país" durante cerimônia em Alagoas

Fonte: undefined - iG @ https://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2020-11-06/amizade-collorida-antes-sem-moral-agora-collor-recebe-elogios-de-bolsonaro.html

Em mais um gesto simbólico de aproximação à chamada "velha política", Jair Bolsonaro fez, nesta quinta-feira, dia 5 de novembro, elogios ao senador Fernando Collor (PROS-AL) , ex-presidente que sofreu processo de impeachment por acusação de corrupção e é réu no âmbito da Operação Lava-Jato.

"Queria agradecer, porque eu fiz um convite e ele aceitou, e com muita satisfação está integrando essa comitiva, o nosso senador Fernando Collor. Também um homem que luta pelo interesse do Brasil e em especial do seu estado", discursou Bolsonaro .

Bolsonaro, no entanto, tem um histórico de ataques verbais a Collor , especialmente no período em que o hoje senador era presidente . Em novembro de 1991, por exemplo, Bolsonaro acusou Collor de não cumprir promessas que tinha feito na campanha eleitoral para militares e disse que ele não era uma pessoa "digna" de ser presidente. Três meses depois, o chamou de "grande mentiroso".

"Aprendi, na caserna, que o Chefe que mente não merece credibilidade. E o Sr. Presidente da República, Chefe do Supremo das Forças Armadas, não deixa de ser um grande mentiroso", disse Bolsonaro, na época.

Em setembro de 1992, quando já estava em curso o processo de impeachment contra Collor, Bolsonaro afirmou que ele impunha "grande sacrifício" à população. Descreveu Collor como alguém "sem moral" para comandar o país: "luto com todas as minhas forças para tirar o Presidente que aí está, sem moral para governar o país".
Cerimônia em Alagoas

Os elogios, nesta quinta-feira, de Bolsonaro a Collor, ocorreram durante a cerimônia de entrega de uma obra em Piranhas, no interior de Alagoas. Collor é réu em uma ação penal do Supremo Tribunal Federal ( STF ), acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que o grupo de Collor recebeu mais de R$ 29 milhões em propina entre 2010 e 2014, em razão de contratos de troca de bandeira de postos de combustível celebrados com a BR Distribuidora. Ele nega.

Outro réu na operação foi elogiado pelo presidente. O deputado Arthur Lira (PP-AL), um dos principais aliados de Bolsonaro no Congresso, não participou do evento porque foi diagnosticado com Covid-19, mas foi lembrado como alguém "sempre alerta a trabalhar pelo seu estado".

"Falta uma pessoa muito importante na nossa articulação política na Câmara dos Deputados, que é um alagoano. É o prezado deputado Arthur Lira. Mais do que fazer articulação, é uma pessoa sempre pronta, sempre alerta a trabalhar pelo seu estado", disse.

Lira é o principal nome do centrão da Câmara e virou uma espécie de "líder informal" de Bolsonaro na Casa. A aproximação do presidente com o grupo começou no primeiro semestre como reação a pedidos de impeachment . Desde então, Bolsonaro vem se cercando de políticos acusados de corrupção, incluído na lista o ex-presidente Michel Temer, a quem fazia críticas no passado recente.
Miguel José Teixeira
06/11/2020 10:20
Senhores,

Cada vez mais

"Mulher e irmã de braço direito de Eduardo Bolsonaro acusado de fake news têm cargos na Assembleia de SP"

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2020/11/mulher-e-irma-de-braco-direito-de-eduardo-bolsonaro-acusado-de-fake-news-tem-cargos-na-assembleia-de-sp.shtml

Brasil: "amigos acima de tudo/parentes acima de todos"
Miguel José Teixeira
06/11/2020 09:09
Senhores,

A audiência da covardia (para Mariana Ferrer)

Por Miguezim de Princeza (Miguel Lucena Filho, conheça-o em: https://diariodopoder.com.br/os-60-de-brasilia/miguel-lucena-o-poeta-popular-que-entrou-na-policia-mais-pelos-encantos-de-brasilia-que-pela-profissao)

I
Um defensor empolado,
Espancando a fidalguia;
Um juiz acovardado,
Um promotor que se via
Vestido de omissão,
E a marca da opressão
Em uma mulher que sofria.

II
Audiência de covardes,
De onde a coragem sumia:
A vítima, como uma Geni,
Os impropérios ouvia
E ao juiz apelava,
Pedia por favor, rogava,
Que findassem a covardia.

III
Dizia o advogado:
?" Você não foi estuprada!
Quem mandou ser tão bonita,
Andar com roupa apertada,
Perfumar o corpo inteiro,
Exibir o bagageiro
Quando chega na balada?

IV
?" A sua palavra é nada:
Você posou num retrato
Com a genitália de fora;
O meu cliente é de fato,
Um homem de péssimo gosto,
Não viu direito o seu rosto,
Vai ver que foi só no tato.

V
O promotor, disfarçando,
Foi com a vítima conversar:
?" Tome aqui um copo d´água,
Deixe isso tudo pra lá,
O doutor tá provocando,
Faça que não tá ligando
E comece a respirar.

VI
O juiz deixou rolar,
Defensor público também,
Quem viu aquele massacre
Fez a revolta ir além,
Porque a grande impressão
É que naquela sessão
A vítima era ninguém.
Herculano
06/11/2020 08:58
da série: a pergunta tem resposta e é o monopólio da informação imposto pela RBS quanto esteve danosamente em Santa Catarina. Ganharam os poderosos, espertos e os políticos que fazem da política uma profissão de resultados orgânicos e não coletivos.

TEMAS POLÊMICOS E A MÍDIA CATARINENSE, por Claiton Selistre, Jornalista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi diretor de Jornalismo por 25 anos da RBS TV, TVCom e Rádio CBN/Diário em Santa Catarina. Antes atuou na Rádio e TV Gaucha do grupo RBS e em redações de jornal, rádio e tv do grupo Caldas Jr. em Porto Alegre. Foi também repórter da na Sucursal do Jornal do Brasil. Planejou e Coordenou coberturas multimídia nas Copas do Mundo de Futebol na Alemanha, Argentina, Espanha, México, Itália, Estados Unidos, França e Japão/Coréia. Dirige a Making of há seis anos.

Os dois assuntos jornalísticos catarinenses mais relevantes do ano foram levantados por um site nacional, The Intercept, e escritos por jovens repórteres free lancers. O primeiro, pelo jornalista Fábio Bispo, que revelou a compra dos 200 respiradores chineses por 33 milhões sem garantias; e o outro, pela repórter Schirlei Alves, publicado há dois dias, sobre uma denúncia de estupro em um beach club de Jurerê Internacional.

O resultado do julgamento que inocentou o empresário paulista repercute nacionalmente, viralizado na internet, e com manifestações até no Congresso e no STF. A ação acusatória do advogado da defesa e a inação do promotor e do juiz têm merecidas críticas, a ponto do Conselho Nacional de Justiça abrir investigação.

A pergunta que surge neste momento é: por que a imprensa regional não liderou a divulgação desses dois temas importantes de 2020? Cabe uma profunda reflexão entre os líderes das redações, porque foi perdido o viés investigativo do jornalismo. Não dá para atribuir a falta de ambição das pautas ao momento de fragilidade das redações pelo coronavírus, nem a qualquer intenção de não tratar de pessoas influentes na comunidade.

Se não ocorrer essa avaliação, as coisas vão continuar iguais, ou seja, reprodutores de assuntos levantados na internet por outros. Sobre isso, cabe ainda registrar que a matéria do The Intercept continha um erro, corrigido hoje que igualmente foi reproduzido sem checagem - nesse caso por toda a imprensa nacional.

A bem da verdade, a coluna de Roberto Azevedo registrou que o "estupro culposo" não existe no Direito.
Herculano
06/11/2020 07:27
O PRESIDENTE JAIR MESSIAS BOLSONARO, SEM PARTIDO, ESTARÁ HOJE EM SANTA CATARINA
Herculano
06/11/2020 07:26
A IMPRENSA X REDES SOCIAIS NAS ELEIÇõES AMERICANAS

1. Ficou patente a importância da imprensa - livre e a engajada - na sustentação deste processo democrático.

2. As redes sociais tiveram um papel fundamental, mas bem diferente do que aconteceu nas eleições de 2016 quando não haviam contrapontos e checagens.

Elas também criaram e transmitiram conspirações por influencers, misturadas com fatos reais, entretanto, os eleitores e eleitoras já percebem melhor que podem estar sendo enganados, doutrinados...

3. Num mundo cada vez mais aberto pelo mundo da internet, é incrível como se proliferam bolhas de interesses que não conseguem enxergar ou pensar além da ponta do seu próprio nariz. Nunca o milenar Mito da Caverna, de Plantão, foi tão atual em pleno século 21
Herculano
06/11/2020 06:56
da série: colhe o que plantou, o caos, a divergência, a beligerância para ter a sua verdade como única, sem argumentar, sem fundamentar, sem discutir, sem dialogar.

O TWITTER PARALELO DE TRUMP

O Antagonista. Donald Trump continua sua contagem paralela pelo Twitter.

De madrugada, ele repetiu que venceu facilmente e que a Suprema Corte deveria anular o que ele chama de "votos ilegais".

Em seguida, ele atacou o próprio Twitter, dizendo que a rede social está "descontrolada", porque bloqueia sua contagem paralela.
Herculano
06/11/2020 06:51
A NOVELA TRUMP X BIDEN CONTINUA HOJE. CONTARAM RAPIDAMENTE MILHõES DE VOTOS EM HORAS. E CONTA-SE EM DIAS, POUCOS MILHARES. PARECE AQUELE EFEITO SLOW-MOTION
Herculano
06/11/2020 06:41
BOLSONARO TEM PESO NULO OU NEGATIVO NAS ELEIÇõES MUNICIPAIS ATÉ AQUI, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Agenda conservadora e exploração da máquina do governo não deram resultado para apadrinhados

Há um mês, Jair Bolsonaro desembarcou em Congonhas para uma sessão de fotos com Celso Russomanno (Republicanos), que liderava a corrida pela Prefeitura de São Paulo. O presidente declarou apoio ao "amigo de velha data", e os dois insinuaram que o candidato teria acesso privilegiado ao Palácio do Planalto se vencesse a disputa.

A aliança se mostrou desastrosa para a dupla por enquanto. Russomanno perdeu quase metade de seus pontos nas pesquisas de intenção de voto e viu dobrar seu índice de rejeição. Já Bolsonaro, que pretendia evitar desgastes nas eleições deste ano, ficou associado a um candidato que desabou da liderança e, agora, pode ficar fora do segundo turno.

O derretimento de Russomanno não é um efeito isolado do apoio de Bolsonaro - embora a avaliação do governo na capital paulista seja pior do que na média nacional. Ainda assim, a última rodada de pesquisas do Datafolha mostra que o presidente teve um peso nulo ou negativo nas disputas municipais até aqui.

No Rio, Bolsonaro não conseguiu impulsionar Marcelo Crivella (Republicanos). Na semana passada, o presidente deu uma declaração de apoio encabulada: "Se não quiser votar nele, fique tranquilo". Depois, mergulhou na campanha e fez uma gravação com o candidato. Resultado: o prefeito ficou estagnado nas pesquisas, com rejeição acima de 50%.

O presidente pode até argumentar que entrou nas duas campanhas a contragosto, mas a história é diferente em Belo Horizonte. Por livre e espontânea vontade, Bolsonaro se aliou ao azarão Bruno Engler (PRTB), com quem tomou café na terça-feira (3). Mesmo com ajuda oficial, o candidato não passa dos 4%.

O desempenho de Engler expõe o fracasso de dois pontos da estratégia eleitoral do presidente: o apelo ao conservadorismo e a exploração da máquina do governo. Num vídeo gravado no mês passado, o candidato bateu bumbo para a agenda de direita, e Bolsonaro ofereceu ao apadrinhado uma "linha direta com a Presidência da República".
Herculano
06/11/2020 06:29
EUA PODEM TER EMPATE QUE NÃO OCORRE HÁ 220 ANOS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nesta sexta-feira

A morosidade e as tendências nas contagens dos votos das eleições americanas abrem margem para uma situação que não ocorre há 220 anos: um empate entre Donald Trump e Joe Biden. Com Biden reduzindo vantagem de Trump na Georgia e o inverso ocorrendo no Arizona, além da diferença de 10 mil eleitores em Nevada, os votos dos delegados do colégio eleitoral podem mudar de mãos e ambos chegariam a 269 votos. As eleições americanas só passaram por algo parecido nos anos 1800.

MAIS CONFUSÃO

Nesses casos, a Constituição prevê que a Câmara eleja o presidente, com um voto por estado, e o Senado o vice, com um voto por senador.

PRIMEIRO EMPATE

Em 1800, Thomas Jefferson e John Adams, dois fundadores dos EUA, empataram. Para desempatar, cada delegado então votou duas vezes.

POLÍTICA NA VEIA

Após novo empate, muita articulação e 35 votações sem formar maioria na Câmara, Thomas Jefferson foi eleito, já em 1801, na 36ª votação.

DOIS OUTROS EMPATES

O Congresso decidiu a disputa em 1805 e em 1837, quando delegados da Virgínia se recusaram a votar em Richard Johnson como vice.

ALUGUEL POR APLICATIVO ENTRA NA MIRA DO FISCO DO DF

O setor hoteleiro está nas nuvens, em Brasília, com a decisão do governo do DF de agir contra empresas que estariam investindo em imóveis para alugá-los por aplicativos do tipo AirBnb. O sonho dos hoteleiros é "criminalizar" a suposta "concorrência desleal". Garantem até que haverá operação da Polícia Civil. A ideia não é perseguir, diz o secretário de Economia, André Clemente, mas aplicar a lei. A maioria dos usuários do aplicativo é de famílias em busca de renda extra.

ISS SONEGADO

O secretário confirma que empresas de imóveis de aluguel por aplicativo estariam sonegando ISS, imposto devido pela atividade comercial.

FISCALIZAÇÃO DE TRIBUTOS

Trata-se "apenas de fiscalização de tributos e verificação de eventuais práticas penais", define André Clemente.

IMPOSTOS DEVIDOS

"Precisamos trazer os impostos que são devidos", diz. O secretário explicou que as empresas terão a oportunidade de se regularizarem.

SEM CABEÇAS NA BANDEJA

Gesto pragmático de Bolsonaro, para abrir diálogo com Joe Biden, seria substituir o chanceler e o embaixador em Washington por diplomatas da "elite" do Itamaraty com acesso aos democratas. Há quem defenda isso no Planalto, mas não ousa sugerir. Temem a reação do presidente.

CAIU A MÁSCARA

A História definirá se Trump chefiou "a presidência mais desonesta da história americana", como sustentou ontem o jornal New York Times, mas ao menos ajudou a desfazer a mentira da "isenção" da mídia local.

BRAÇOS A POSTOS

Os voluntários brasileiros da vacina de Oxford já começaram a receber ligações de checagem de rotina do estado de saúde e foram chamados para tomar a segunda dose nesta segunda (9), que havia sido adiada.

CORPORATIVISMO ARCAICO

Não ajuda a preservar a imagem das instituições a reação corporativista que tenta proteger as autoridades que, por omissão, permitiram a um advogado sem escrúpulos insultar e humilhar vítima de estupro.

IMPASSE OU MALANDRAGEM

O novo debate entre advogados é aposentadoria de transexuais e como "solucionar" o impasse que pode virar alvo de malandros. O homem que vira mulher vai trabalhar menos tempo e a mulher que vira homem mais?

PRESENTE BRASILEIRO

Ex-embaixador do Brasil em Lisboa, Berlim e Santiago, Mario Vilalva sugere um primeiro ato de boa vontade do governo brasileiro para o novo presidente dos EUA, seja quem for: a entrega de uma urna eletrônica.

'CUMPRINDO ORDENS'

A Conab garante que não está demitindo idosos aposentados, mas "extinguindo contratos", e culpa a Reforma da Previdência". Diz também que o TCU e outros órgãos de controle cobrariam as demissões.

NOVO COMANDO

Ronaldo Brito Poletti assumiu a gestão do Instituto Histórico Geográfico do DF, com dois terços dos votos. Ele pretende transformar o IHG em uma instituição de excelência na pós-graduação em história política.

PENSANDO BEM...

...pelo andar da carruagem, o Brasil conhecerá seus prefeitos antes dos EUA conhecerem seu presidente.
Herculano
06/11/2020 06:20
da série: enquanto em Gaspar por inépcia da política do governo municipal deixa as crianças fora das metas e do nível aceitável de alfabetização segundo elas próprias do exame do IDEB...

RESULTADOS DE ALFABETIZAÇÃO, APRENDENDO COM O CEARÁ, por Claudia Costin, diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais, da FGV, e ex-diretora de educação do Banco Mundial, no jornal Folha de S. Paulo.

O pioneirismo do estado serviu de exemplo para muitos municípios

Foram divulgados, nesta quarta-feira (4), os resultados da avaliação amostral de 2º ano em português e matemática realizada em 2019. Como corretamente se optou por uma série diferente da Avaliação de Alfabetização de 2016, que verificava como os alunos de 3º ano estavam em seu processo de letramento, os dados de agora não são comparáveis aos anteriores, mas nos trazem algumas reflexões.

Uma delas é que, ao se verificar aprendizagens no 2º ano do ensino fundamental, estamos fazendo valer a Base Nacional Comum Curricular, que, por ter expectativas menos frágeis de desempenho dos alunos, decidiu que a alfabetização inicial deveria ocorrer a partir da educação infantil, de forma lúdica, para se consolidar até o final do 2° ano.

A outra é a constatação de que o Ceará, que tem um bom desempenho na avaliação de 5º ano, contando com 79 das 100 melhores escolas em Ideb do país, mostra que as razões dessa performance estão associadas a uma alfabetização bem-sucedida. Não é para menos. Como se sabe, o estado se inspirou no bom exemplo de Sobral, uma cidade de nível socioeconômico baixo, mas que construiu um caminho educacional virtuoso, iniciando pela alfabetização, mas avançando para as séries seguintes. O estado, em regime de colaboração com seus municípios, criou o Programa de Alfabetização na Idade Certa, implantado em boa parte das cidades cearenses.

Mas o que chamou mais a atenção é como a alfabetização vem sendo abordada no Ceará. Há um ensino que trabalha na educação infantil com consciência fonêmica, associando, em jogos divertidos, letras aos sons e, ao ler muitas histórias para as crianças, trabalhando tanto a função social da leitura quanto a ampliação de vocabulário. Esse trabalho continua no 1º e 2º anos com um trabalho tanto de ensino do código letrado quanto de promoção da fluência leitora, com sólida formação dos professores para uma alfabetização eficaz.

No anúncio dos resultados, foi interessante ver que a Undime, que congrega os secretários municipais de Educação, estabeleceu uma parceria com o MEC, incentivando os municípios a participar de uma iniciativa federal para formar professores alfabetizadores numa abordagem inspirada nas boas experiências que o Ceará desenvolveu. Mais de 4.000 cidades aderiram ao programa que, esperemos, deve mudar o cenário ainda precário de alfabetização no Brasil.

Afinal, o pioneirismo do Ceará, baseado no que fazem países com bons sistemas educacionais, serviu para mostrar a muitos municípios que sua abordagem funciona mesmo em cidades com escolas de estruturas simples e grande percentual de alunos pobres.
Miguel José Teixeira
05/11/2020 22:21
Senhores,

Rápido no gatilho

Capitão zero-zero dispara antes que as suspeitas caem sobre o gabinete do ódio:

"Bolsonaro diz que PF descobriu quem hackeou 12 mil processos do STJ"

Veja mais em https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2020/11/05/bolsonaro-diz-que-pf-descobriu-quem-hackeou-12-mil-processos-do-stj.htm?cmpid=copiaecola
Miguel José Teixeira
05/11/2020 21:41
Senhores,

"Tá feio oszóio do elefante"

"Emissoras dos EUA cortam transmissão em que Trump mente sobre fraudes na eleição"

"As três maiores emissoras dos Estados Unidos ?" ABC, CBS e NBC?" suspenderam a transmissão do discurso do presidente Donald Trump após ele fazer uma série de alegações de fraudes eleitorais sem apresentar nenhum evidência."

Fonte: https://aovivo.folha.uol.com.br/mundo/2020/11/02/5940-acompanhe-todas-as-informacoes-sobre-a-eleicao-nos-eua.shtml#post404870
Herculano
05/11/2020 18:40
NÃO PODE SER SÉRIO. DEBOCHE COM O ELEITOR. É O TAL CORPO FECHADO?

Nesta quarta-feira, todos os candidatos a prefeito assinaram a Carta da OAB/Gaspar. Excelente iniciativa, mas pode ser uma propaganda enganosa nas mãos de políticos que não são capazes de olhar o passado e o que estão fazendo no presente e bem à vista dos olhos de todos nós.

Entre vários pontos na carta, há um compromisso para se ter ao mínimo o número de cargos em comissão na administração municipal de Gaspar. Na veia!

Quem assinou a tal carta da OAB e posou para as fotos? O atual prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, que fez da prefeitura um ninho de 170 comissionados sem olhar a qualificação alguma deles para a maioria dos cargos e funções ocupadas - afora os 100 efetivos em cargos gratificados.

Essa gente toda, paga pelos pesados impostos dos gasparenses, agora impulsiona a candidatura à reeleição de Kleber e à nova poderosa coligação que precisará abrir por conta disso, novas indicações.

Pasmem! Quem estava junto na assinatura do referido documento? O novo vice de Kleber, Marcelo de Souza Brick, PSD, que como político profissional, viveu de cargos comissionados em quase toda a sua vida, igual a Kleber quando não teve mandato. Meu Deus!

E eles - quando pegos na contradição - ainda acham que eu não posso explicar isso aos analfabetos, ignorantes e desinformados porque atrapalha a campanha. Será? "A esperteza quando é demais, come o dono", já dizia o ex-primeiro ministro Tancredo de Almeida Neves. Acorda, Gaspar!
Herculano
05/11/2020 18:36
ZONA

Pinçado no twitter:

Apuração americana perde até pra apuração de escola de samba. Que zona!
Herculano
05/11/2020 18:25
EFEITO BIDEN

- Bolsas sobem, mesmo com aumento do coronavírus de ampliando na Europa e obrigando a menor consumo, inclusive no setor de serviços.

- Dólar no Brasil cai
Herculano
05/11/2020 18:21
da série: o pangaré de sempre; aprendizado zero. Impressionante. Vivaldino é o Datena que toda eleição ameaça concorrer e não se sabe bem a razão, na última hora desiste.

DATAFOLHA EM SP: RUSSOMANO CAI MAIS, E COVAS ESTÁ 12 PONTOS NA FRENTE

Conteúdo de O Antagonista. Nova pesquisa do Datafolha, feita nos dias 3 e 4 de novembro, mostra o tucano Bruno Covas, que disputa a reeleição na prefeitura de São Paulo, isolado na frente nas intenções de voto.

Covas, que tinha 23% no levantamento divulgado em 22 de outubro, agora está com 28% das intenções de voto. Celso Russomanno (Republicanos), que antes tinha 20% e estava em empate técnico com o prefeito, caiu mais, para 16%.

Com isso, Russomanno está tecnicamente empatado com o psolista Guilherme Boulos (14%) e com Márcio França, do PSB (13%), já que a margem de erro da pesquisa é de três pontos para mais ou para menos.

Longe da disputa pela segunda vaga no segundo turno, o petista Jilmar Tatto continua patinando - passou de 4% a 6% das intenções de voto.
Herculano
05/11/2020 18:14
VERGONHA MUNDIAL

De Ricardo Noblat, no twitter:

A maior potência econômica e militar do mundo, capaz de mandar o homem à lua, revela-se incapaz de apurar votos com rapidez, segurança e confiabilidade.
Herculano
05/11/2020 18:11
ESTE POST DANIELA NÃO VAI APAGAR, por Roberto Azevedo, no Making of

O encontro com o vice-presidente da República Hamilton Mourão (PRTB), acompanhado pelo secretário da Casa Civil, general Ricardo Miranda Aversa, é um marco para a interinidade de Daniela Reinehr (sem partido) e não deve constar do já volumoso rol de posts deletados por ela desde que assumiu o comando do Executivo e passou a ser patrulhada por grupos conservadores, do qual a governadora faz parte.

A ida a Brasília para participar de um encontro de governadores com os presidentes da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), para tratar da vacinação contra o Coronavírus, é uma espécie de batismo de fogo para Daniela, um debut no centro do poder sob os holofotes da imprensa nacional.

O item vacinação dependerá para a governadora em exercício de Santa Catarina da posição do presidente Jair Bolsonaro, uma única visão que aparentemente lhe interessa e aos que têm patrulhado suas publicações nas redes sociais.

Torpedeada por episódios como a cobrança por seu pai, o professor Altair Reinehr, negar o holocausto de judeus na Segunda Guerra Mundial; e sobre os posts apagados, primeiro sobre a necessidade do uso de máscara e segundo por recriminar a intimidação e agressão sofrida por profissionais da NSC TV, ainda em função do combate à pandemia, Daniela teve, enfim, um contato com muitos que a criticam sem conhecê-la.

ÁPICE

O momento mais aguardado por Daniela e equipe será nesta sexta (6), quando o presidente Bolsonaro virá a Santa Catarina para a formatura do curso de formação de policiais rodoviários federais, na Universidade Corporativa da PRF, instalada na Vargem Pequena, Norte da Ilha de Santa Catarina.

É quase que uma homenagem à interinidade, embora a visita oficial já estivesse agendada.

VERSÃO

Os fatos devem ser maiores do que as versões alimentadas em torno deles, daí que, em momento algum, o juiz Rudson Marcos, em 50 páginas de sua sentença sobre o caso, onde Mariana (Ferrer) Ferreira Borges acusa André Camargo Aranha, trata o fato como um "estupro culposo", ilação feita em reportagem do The Intercept Brasil.

O magistrado da 3ª Vara Criminal faz considerações sim sobre a denúncia de estupro de vulnerável, aplicada contra menores de 14 anos, portadores de deficiência mental permanente ou temporária, incapazes de reagir, e cita Rogério Greco ao dizer que "dolo (intenção) é o elemento subjetivo necessário ao reconhecimento do delito". O crime, por si só, gera desconforto, asco e muita revolta.

DETALHES

Mariana tinha 21 anos à época dos fatos, as mais de 20 testemunhas, provas e perícias não referendaram o depoimento dela e seus advogados avisaram que irão recorrer da sentença que inocentou André.

Ficar do lado de um ou de outro é do caráter e da responsabilidade de cada um, porém o resultado do julgamento, que é de setembro passado, tomou proporções gigantescas nas redes sociais e pouco importa o que existe ou não em torno do delicado assunto. O Ministério Público reafirmou, em nota, que a absolvição deu-se por falta de provas do estupro de vulnerável.

É GRAVE

O fato que chama a atenção é a maneira grosseira, agressiva e intimidatória com que o advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho trata Mariana, durante a audiência de instrução e julgamento, e que não foi devidamente repreendida pelo juiz Rudson Marcos, tampouco pelo representante do Ministério Público por se tratar de matéria penal.

Entende-se como grave esta postura e a falta de uma reação das autoridades presentes ao ato jurídico, que agora justificam a crítica do ministro Gilmar Mendes, do STF, sobre a postura do defensor, além da manifestação do conselheiro Henrique Ávila ao CNJ, que pede a apuração da conduta do magistrado em uma reclamação disciplinar. De fato, não existe "estupro culposo", nunca houve, dentro ou fora deste julgamento do qual cabe recurso.

CASQUINHA

Entre os que se manifestaram sobre o título da reportagem, sem observar o conteúdo ou ler a sentença do juiz Rudson Marcos, ou ao menos interpretar o que ele escreveu, está o deputado Kennedy Nunes (PSD), uma espécie de troco contra a magistratura.

O parlamentar foi envolvido recentemente em um lamentável episódio em que lia mensagens de um grupo privado, que ele afirma ser da família, com pesadas críticas à atuação da magistratura, chamada de "máfia de toga" nos textos, enquanto ele estava sentado entre dois desembargadores do Tribunal de Justiça, com quem trocou afagos e sorrisos, durante o Tribunal Especial de Julgamento do primeiro impeachment do governador Carlos Moisés.

POR FALAR EM POLÊMICA

Em um comunicado de menos de um minuto, disparado no Instagram, a ex-servidora municipal e hoje candidata a vereadora pelo DEM, Rosely Rosana Ferrari Dallabona, a Ursa, fez um comunicado para se defender do que considera um pré-julgamento "antes mesmo do devido processo legal". Ursa afirma que contou com o apoio do marido e de amigos para se manifestar sobre o assédio que teria sofrido do prefeito Gean Loureiro (DEM), a quem acusa de estupro. Ela disse que teve que escolher entre se esconder, se sentir um lixo ou levar o fato ao conhecimento das autoridades, embora confesse que, a princípio, se manteve em silêncio. Ursa exortou às mulheres que passaram pelo mesmo fato que ela para não se calarem. A ex-servidora municipal, que afirma ter sido estuprada na sala do secretário municipal de Turismo, qualificou de "conto de fadas" a declaração de Gean de que o episódio absurdo deveria ter "ficado entre quatro paredes".

INTERESSANTE

A manifestação de Rosana Ferrari Ursa, como aparece nos santinhos da campanha, ocorre um dia depois da pesquisa Ibope, contratada pela NSC, ter dado a possibilidade de Gean ganhar em primeiro turno.

Além de uma luta pela honra e a dignidade, esta disputa se dá no campo minado da política, sem aparentemente ter dado resultado contrário ao prefeito candidato à reeleição, por ora. E o futuro dirá se há potencial na denúncia para tanto.

CAÍRAM NA REAL

Precisou de uma fatalidade, a morte de um servidor da casa, Ricardo Valério Oriano, 58 anos, para a Assembleia adotar, mais uma vez, medidas restritivas de combate à Covid-19. Em um ambiente em que pouquíssimos deputados usam máscaras de proteção e grande parte deles nega a intensidade e capacidade destrutiva da pandemia, é uma evolução e tanto. No plenário vazio, apenas com a participação remota online dos demais parlamentares, o vice-presidente do Legislativo, deputado Mauro de Nadal (MDB), comandou os trabalhos nesta terça (3). Foi uma sessão rápida.

RESTRIÇõES

A partir de agora, há uma série de impedimentos para as atividades no parlamento: as sessões plenárias, reuniões de comissões e audiências públicas serão exclusivamente virtuais; fica vedado o acesso de visitantes à Assembleia e à Unidade Administrativa Deputado Aldo Schneider, na Rua Mauro Ramos; e suspenso o acesso da imprensa às dependências do parlamento estadual.
Herculano
05/11/2020 18:10
É POSSÍVEL MELHORAR A QUALIDADE DO DEBATE PÚBLICO E DA DEMOCRACIA?, por Fernando Schüler, professor do Insper e curador do projeto Fronteiras do Pensamento. Foi diretor da Fundação Iberê Camargo; no jornal Folha de S. Paulo.

Negacionismo democrático é apenas um dos males do ambiente público atual

"Os cidadãos são racionais em sua visão das instituições políticas, atualizando sua avaliação em resposta ao que observam", diz relatório recém-lançado da Universidade de Cambridge sobre a percepção da democracia.

A confiança nas instituições declina porque os governos falharam em coisas como "a coordenação econômica na zona do euro" e na resposta mais efetiva à "mudança climática global".

Fiquei em dúvida se os autores listavam alguns itens de suas próprias predileções políticas ou de fato imaginam que sejam estas as preocupações das pessoas e causa de sua crescente insatisfação com a política. Mas este não é o ponto. O ponto é que suas conclusões expressam bem o que os professores Christopher Achen e Larry Bartels chamam de teoria "folk" da democracia.

Achen e Bartels discutem o tema em seu livro "Democracia para Realistas". Seu alvo são as visões ingênuas que teimam em tratar a democracia como expressão dos "interesses" dos eleitores que talvez tenha florescido à sombra da famosa frase de Lincoln em Gettysburg.?

A partir daí sua crítica é devastadora. Eleitores, em primeiro lugar, detém muito pouca informação relevante sobre temas políticos. Isso acontece por que o custo da informação é alto. Muita gente imaginou que a internet resolveria isso, com informação barata e abundante, mas tudo parece ter piorado pela raiva, pelo excesso, pelo tribalismo e essas coisas que todos sabemos.

O livro traz exemplos saborosos sobre como os eleitores de fato agem nas democracias. Um deles mostra como pequenas alterações nas palavras, ou na maneira como uma pergunta é feita, podem produzir uma enorme mudança na opinião das pessoas.

Exemplos: uma pesquisa mostrou que perto de metade dos americanos achavam OK "não permitir" que um comunista pudesse discursar por aí, mas apenas 1/4 concordava em "proibir" ele de falar. Outra mostrou 2/3 dos eleitores, às vésperas da Guerra do Golfo, favoráveis ao uso da "força militar", mas apenas 30% a favor de "ir à guerra".

Traço comum é o que Keith Stanovich chama de "myside bias". Ao invés de ajustar opiniões diante da realidade, ajusta-se a realidade a opiniões. E regra do grupo ou "lado" político. É o feijão com arroz de nossas democracias.

Exemplo disso tivemos no debate sobre a suposta privatização do SUS, na última semana. Bastava um clique na internet para saber que já há milhares de unidades de saúde gerenciadas pelo setor privado. Inclusive PPPs, desde o primeiro e bem sucedido contrato feito pelo ex-governador Jaques Wagner na Bahia.

Mesmo com informação e uma penca de bons estudos acadêmicos disponíveis, as pessoas prosseguiam "ajustando" sua narrativa. Promover estudos sobre as parcerias seria "inconstitucional" (!); tem a "pandemia" (!); tem coisa "por trás" (!) O que mesmo os estudos indicam? Isso pode melhorar a qualidade do atendimento? Sei lá, mas a gritaria está grande, na internet.

É um tipo de negacionismo democrático, hoje banal e possivelmente sem cura. Ainda que todos pudessem ganhar com um debate público qualificado, não há incentivos para que cada um aja de acordo, isto é, pense com algum distanciamento e julgue programas públicos com responsabilidade.

O professor James Fishkin, da Universidade Stanford, desenvolveu um modelo de democracia deliberativa para lidar com isso. Ele faz uma amostra da população e expõe as pessoas a um ambiente reflexivo, com argumentos a favor e contra, e incentivos para que todos ajam de modo sereno e responsável.

Há alguns anos assisti a um de seus experimentos. De metade a 2/3 das pessoas tendem a mudar sua visão ao longo do processo. Sua mudança (esta é a tese) reflete o que aconteceria com a grande sociedade, caso algo similar fosse possível. Obviamente não é.

O que nos leva a uma indagação perturbadora: nossas melhores esperanças democráticas funcionariam apenas em condições de laboratório? De certo modo, é a resposta de Fishkin. De minha parte, não tenho resposta. Sei apenas que daqui de fora, da selva, deveríamos pensar a respeito.

Deixe seu comentário


Seu e-mail não será divulgado.

Seu telefone não será divulgado.