Terminou mais uma sessão pastelão dos políticos catarinenses pagos com os nossos pesados impostos - Jornal Cruzeiro do Vale

Terminou mais uma sessão pastelão dos políticos catarinenses pagos com os nossos pesados impostos

26/10/2020

Carlos Moisés está afastado, Júlio Garcia golpeado e Daniela será a primeira governadora interina

Resta saber se os deputados e as oligarquias políticas que dominam Santa Catarina há um século vão deixar ela governar

Moisés, se e quando voltar, será um morto-vivo. Ele estará respirando por aparelhos e prometeu mudar

O governador Carlos Moisés da Silva, PSL, enfiou a sua viola no saco como mostra a charge e deu o palco, a princípio, temporariamente, para a sua vice Daniela Cristina Reinehr, sem partido. 

Sempre escrevi aqui que este impeachment contra o governador Carlos Moisés da Silva, PSL, e sua vice, Daniela Cristina Reinehr, sem partido, mas eleita pelo PSL, era coisa arranjada pelos políticos que querem sempre os governadores seus reféns. Bingo!

Sempre escrevi que o culpado de tudo isso era o próprio governador. Ele não governou no sentido lato da palavra, não comandou, não se relacionou, não criou as suas novas proteções, não fez o que prometeu: a nova política. Os velhos políticos da velha política ocuparam o espaço. Bingo!

Tanto isso é verdade que Carlos Moisés na entrevista coletiva que concedeu após o resultado pró-admissibilidade do seu impeachment disse que vai percorrer o estado para fazer política enquanto estiver afastado e em julgamento. Ou seja, coisa que ele não fez até aqui. Bingo!

E o que disse antes dele a vice-governadora quando se viu livre do impeachment e governadora em exercício sobre o que fará no exercício da interinidade? Se relacionar, se proteger nas instituições. Bingo!

E isso não significa abrir as pernas para os velhos hábitos, conchavos e métodos, mas criar ou ter algum. Isto é política. Nem o governador e a vice, que brigavam entre si e se enfraqueciam, praticavam-na. Bingo!

Agora, parece que ambos entenderam que o conto de fadas terminou e é preciso voltar a lidar com a dura realidade. Então, vida longa ao trabalho pesado que escolheram quando se candidataram e receberam 71% dos votos dos catarinenses.

UMA LIÇÃO AOS POLÍTICOS E AOS DEPUTADOS

Eu deveria estar escrevendo, como de hábito, sobre o nosso mundinho de Gaspar e Ilhota. Mas, ele também tem muito a ver com o que se passa em Florianópolis. Somos espelho das mesmas jogadas feitas pelos políticos que querem se perpetuar no poder a qualquer custo e muitas espertezas. Bingo!

O julgamento de admissibilidade do primeiro impeachment contra o governador Carlos Moisés e a sua vice, Daniela mostrou claramente como funciona a máquina política de moer quem não estava na fila desse ônibus do jogo partidário e de poder: MDB, PSD, PP, PSDB e até PT. Carlos Moisés pode ter todos os defeitos, mas este impeachment contra ele e sua vice foi algo ardilosamente inventado. Faltou óleo de peroba para lustrar tanta cara-de-pau dos deputados e lideranças políticas que sustentaram tamanha armação na Assembleia.

Pior. Não combinaram com os russos a malandragem que armaram e chamaram o Tribunal de Justiça para a mesma dança. Deram-se mal. Ficaram expostos.

E quando o fio técnico foi prevalente, não tiveram pudor nenhum em se estabelecer no constrangimento para qualificar os desembargadores de Máfia da Toga – como demonstraram as imagens da NSC - e dizer, sem meias palavras, de que os juízes estavam na Casa dos políticos e como tal deveriam se ater à condenação estabelecida pelo relator político e não exatamente ao julgamento o objeto do júri instalado no devido processo legal. Meu Deus! A que ponto chegamos?

O QUE É MÁFIA? SOCIEDADE SECRETA DE MALFEITORES

E eu poderia parar por aqui de escrever sobre este assunto tão repisado na imprensa barriga-verde nestes últimos dias.

Mas aquelas mensagens trocadas num aplicativo pelo relator do impeachment, o deputado joinvilense, filho de missionários da Assembleia de Deus, jornalista de profissão e que a usou para se projetar como político na sua cidade, Clarikennedy Nunes, PSD, chamando ou admitindo os desembargadores que o contrariavam de forma técnica e minuciosa o seu relatório a favor do impeachment do governador e da vice como membros da Máfia de Toga, são simplesmente reveladoras de toda a farsa que se instalou neste processo de impeachment. Resumindo e como sempre escrevi: Carlos Moisés e Daniela estavam expostos no brete, encurralados, apenas para morrer.

Comprovado pelas irrefutáveis imagens fruto de trabalho jornalístico, a Assembleia como corpo, arrumou um culpado pela revelação da estupidez, que não ela própria, seus membros ou autor das trocas de mensagens: o cinegrafista que fez o seu trabalho em algo que era público e a NSC que exerceu o jornalismo e por ele, esclareceu os catarinenses.

Pior mesmo foi ver a área de comunicação da Assembleia assinar uma “nota oficial” de repúdio contra o trabalho jornalístico, constrangendo profissionais e acusando empresa jornalística de irresponsabilidade pois teria exposto algo privado. Ora se Máfia no dicionário é sintetizada como uma sociedade secreta de malfeitores, de que Máfia está se falando depois que se inventou este impeachment devidamente explicado pelos desembargadores nos seus votos no devido processo legal?

E se este conceito não for suficiente, neste tempo próprio de campanha eleitoral, sugiro aos políticos irritados, irem às ruas. Lá com seus pesquisadores perguntaremm aos eleitores e eleitoras o que eles acham de seus representantes políticos. Chegarão muito perto da definição de Máfia, diante do que se estampa todos os dias no noticiário e nas redes sociais.

NOTA OFICIAL FORA DE CONTEXTO

Quem deveria assinar aquela “nota oficial” em nome da Assembleia, se algum ferimento jurídico houve na revelação da troca de mensagens e como se alegou na referida nota, seriam os procuradores da Alesc. Logo eles que deram razão para o nascimento desta engronha toda, ficaram calados.

Foram os seus altos vencimentos que ensejaram à régua para equiparação dos procuradores estaduais, origem e razão da admissibilidade do impeachment que foi julgada na sexta-feira e parte da madrugada de sábado.

Mais: quem no fundo devia explicações – e repúdio, se assim entendesse - era o próprio deputado Kennedy Nunes, um jornalista. Meus Deus!

Despreparados na fundamentação de seus votos e vendo que estavam sendo “comidos” pela realidade da legislação que não observaram ou sobrepesaram corretamente, sobraram advertências veladas ou diretas aos togados pelos deputados inconformados. Luiz Fernando Cardoso, MDB, que faz questão de ter como sobrenome, Vampiro, foi um deles: para ele o julgamento era político administrativo e não administrativo-político.

A outra advertência é de que os togados estavam numa casa alheia, a da política. Certo! Mas, o que se quer dizer com isso? Que a Casa Política, a que possui a prerrogativa de fazer e aprovar leis, está isenta de segui-las quando chamada a usá-las?

Ou seja, o julgamento de um impeachment político arranjado não deve ser feito a luz das Leis, mas unicamente da “hermenêutica” política, onde a cabeça do réu era um prêmio na bandeja a ser comemorado, só para justificar e saciar a sentença definida antes do julgamento. Ai, ai, ai

E o que falar da pressão despudorada dos políticos sobre o político que quebrou o pacto secreto entre eles e isentou a vice-governadora de responsabilidade solidária que todos armaram contra ela e Carlos Moisés? Como pode se descrever essa pressão senão como uma atitude mafiosa?

O BOLSONARISMO RAIZ SALVOU A VICE NO VOTO DO SARGENTO LIMA

O que se passou nos últimos dias na Alesc me lembrou em muito o que assisto há décadas nas sessões da Câmara de Gaspar no que tange à hipocrisia. Tudo se encaixa. Então não vou me repetir naquilo que já escrevi e descrevi.

Os votos técnicos dos desembargadores foram suficientemente claros para não deixar dúvidas da armação. Os textões foram minuciosamente esclarecedores. Mas, houve uma divergência e não foi no mérito. A admissibilidade foi exatamente para conhecer e julgar o mérito. Os que trabalharam o mérito durante o voto, inocentaram governador e vice.

Já os textinhos, improvisos e manifestações corporativas - e até extemporâneas ao processo sob julgamento - dos deputados, realçaram ainda mais durante a sessão, à fragilidade da acusação contra Moisés e sua vice Daniela. Quem assistiu, assustou-se mais uma vez.

A verdade? Governador e vice estavam marcados para morrer por não pertencerem à patota e pior do que isso, por não terem se aproximado e acariciado a patota naquilo que ela sempre se estabeleceu como vital: a vaidade do poder e as trocas combinadas.

Este primeiro impeachment e admitido contra o governador, foi um exercício de vingança, e como sempre escrevi aqui, por culpa do próprio Carlos Moisés. Ele prometeu ser a nova política, elegeu-se e achou que isso bastaria em si mesmo, apesar de todas as advertências feitas a ele por todos os lados. Isolou-se. Não governou, não comandou, não percebeu e nem apagou incêndios, sua especialidade como bombeiro militar.

A vice foi salva numa manobra diversionista no pacto político entre os deputados. Um desconforto sem tamanho. Foi considerado pelos próprios pares como um ato de traição grave e tentaram, sob constrangimentos, demove-lo do voto explicitado.

Entretanto, prevaleceu o espírito de corpo político do bolsonarismo, somada à vingança do corpo de farda ao ex-fardado Comandante Moisés, exatamente por ele ter se distanciado, até mesmo, da sua própria tropa.

Se em ambiente onde está claro que se trata de perseguição, onde se inventa e se amplia problemas, ou se procura pelo em ovo, Moisés estará muito mais encrencado no segundo impeachment, o dos Respiradores pagos adiantados e não entregues, bem como do Hospital de Campanha de Itajaí e que nem saiu do papel.

E se isso fosse pouco e ainda conseguisse Carlos Moisés superar o primeiro e o segundo impeachments, ele, certamente, não passará pela CPI dos respiradores. E por que? Ali tudo é um jogo político. Não haverá mais desembargadores para tecnicamente analisarem os feitos e o governador eleito estará marcado para ser humilhado, massacrado e morto, mesmo que houvesse declarada inocência.

Enfim, será uma sangria permanente contra Carlos Moisés pelos políticos ardilosos, vaidosos e vingativos não apenas contra o governador, mas contra os catarinenses que os escolheram pelo voto livre e direto, bem como os sustentam, exatamente quando todos mais precisam deles para dar retomada do ritmo pós pandemia.

O GRANDE PERDEDOR FOI "ARTICULADOR POLÍTICO" DE MAIOR FAMA: JÚLIO GARCIA, PSD

Mas, quem foi o grande perdedor da noite de sexta e madrugada de sábado? O articulador de tudo isso em nome dos velhos, os que perderam a disputa ao governo do estado e acostumados repartir as rebarbas, mesmo nas derrotas: o deputado Júlio Garcia, PSD.

Armou para ser o governador interino, mesmo melado pela Operação Alcatraz. Surpreendido, viu o bolsonarista mineiro, Sargento Carlos Henrique de Lima, PSL, eleito com 35.053 votos pela região de Joinville, romper o "pacto" e salvar Daniela da degola.

Para se ter a dimensão do estrago desse voto na estratégia dos deputados, basta dizer que a maioria dos deputados preferia Carlos Moisés no governo a Daniela. Os deputados não a engoliam de maneira alguma.

E se Carlos Moisés não voltar ao governo como planejaram, Daniela continuará governadora, terá apoio de Jair Messias Bolsonaro, sem partido, e ela poderá ser um calo nos planos dos que perderam o leme da nova barca de poder que construíram para se livrar de Carlos Moisés e Daniela.

Se não for interrompida pela volta e sai de Carlos Moisés, Daniela terá dois anos de governo e poderá ser candidata a eleição, usando exatamente a tentativa dos deputados e políticos de destruí-la sem fundamentação jurídica.

Diante desse quadro, é preferível ter de volta um morto-vivo, dependente dos deputados e sem votos para a reeleição, o governador Carlos Moisés. E não será surpresa se isso se conduzir “naturalmente” para este fim e destino.

Enfim, a partir de amanhã Santa Catarina começa a contar outra história porque os espertos que armaram a sessão pastelão do primeiro impeachment contra o governador eleito Carlos Moisés não tiveram o final que roteirizaram como protagonistas e heróis.

Para encerrar e advertindo. A morte definitiva do político e governador Carlos Moisés é uma questão de tempo. Ela dependerá totalmente dos outros, e não mais dele. Por outro lado, Daniela sabe que não terá também vida fácil na Assembleia Legislativa. Se tiveram peito para enfrentar e constranger os togados, taxando-os até de mafiosos, achar novo pelo em ovo será diversão.

CAMPANHA ELEITORAL TODO MÊS 

Na coluna da terça-feira dia 13 de outubro feita especialmente para o portal Cruzeiro do Vale na seção Trapiche, publiquei este texto com as duas fotos da esquerda, abaixo.

Numa foto, o buraco aberto e tampado com barro há sete meses na Rua José Wanzuiten, no Centro, em Gaspar. E continua lá. Na outra foto, na mesma rua, o asfalto colocado por cima do paralelepípedo esfarelando-se devido à má drenagem. Nesta rua, pasmem, mora Adalberto Costa, o popular Beto Costinha, responsável na prefeitura pelos consertos de ruas. Ai, ai, ai. 

 

O que aconteceu?

Na mesma semana, colocaram a camada de asfalto sobre
o barro e arrumaram o outro trecho (foto à direita).
E por que? Porque estamos em tempos campanha eleitoral
e a pequena nota daqui repercutiu. Poderia tirar votos
de quem está em reeleição

Morador da Rua me telefona para dizer duas coisas:
que deveria ter eleições todos os meses em Gaspar
e que o serviço feito lá é apenas uma enganação
e desperdício de dinheiro. É que primeiro, segundo ele,
precisa arrumar a drenagem que em dias de chuvas está
solapando o barro daquele local. Acorda, Gaspar!

FOTO DE ARQUIVO 

A ascensão de Daniela Cristina Reinehr, sem partido,
animou bolsonaristas e conservadores de Gaspar,
rompidos com o governador Carlos Moisés da Silva,
PSL, a quem acusam de ter usado o nome do presidente
em vão só com propósitos eleitorais. Entre eles,
está Demetrius Wolff, sem partido, e que está na foto com Daniela 

Editorial

Os bandidos de sempre da campanha eleitoral de Gaspar

Circula desde domingo, um vídeo talibã e apócrifo [ninguém teve coragem de assiná-lo] nas redes sociais e aplicativos de mensagens. O vídeo associa candidato Rodrigo Boeing Althoff, PL, a correntes possivelmente contrárias aos interesses de poder ou ideologia dos autores bandidos do vídeo.

O nível da bandidagem dos autores pode ser medido pelo uso indevido, sem autorização e conhecimento meu, do bordão que uso há mais de 15 anos: “Acorda, Gaspar!”.

As minhas denúncias, opiniões e críticas aqui neste espaço – e outros - são feitas de cara limpa e tenho respondido por elas; não uso disfarces, recursos falsos, manipulação ou me escondo da responsabilidade no enfrentamento dialético de quem acha que possui razão – e as vezes têm - ou pensa diferente de mim.

Quem fez este vídeo e possivelmente está concorrendo as eleições de Gaspar, ou possui interesses em candidatos diferentes de Rodrigo - talvez porque ele se tornou uma ameaça aos planos de poder radical dessa gente. Afinal, ninguém chuta cachorro morto.

Quem fez o vídeo e o espalhou, inicialmente pelos aplicativos de mensagens, é perigoso, sem votos e sem caráter, porque foi capaz de usar o meu bordão crítico como se eu tivesse dando aval à sua propaganda criminosa, manipulada e por isso, falsa.

Falta ao autor ou autores legitimidade para se estabelecerem na cidadania e nas idéias propositivas que devem pautar uma campanha eleitoral.

Eles, depois de lerem este meu esclarecimento e sem argumentos no domingo na área de comentários da coluna, apareceram na madrugada desta segunda-feira no mesmo espaço no Portal do Cruzeiro do Vale para “informar que as redes sociais vieram para ficar e mudar nossa sociedade, inclusive os negócios jornalísticos”.

É verdade as redes sociais vieram para ficar e mudar nossa sociedade, inclusive os negócios jornalísticos, e eles - os negócios jornalísticos - estão se adaptando e vencendo mais esta surpresa tecnológica, comportamental e barreira cultural!

Só que neste caso, o gato esconde a mão e não admite à pluralidade, à liberdade de imprensa e é contra os negócios numa cidade que precisa gerar mais empregos. Outro perigo. Possivelmente, querem todos pobres para, mais facilmente, como talibãs, manipulá-los, constrangê-los e humilhá-los pelo poder.

Por outro lado, nos negócios jornalísticos tudo está às claras e nas redes sociais, escondem-se os bandidos na defesa de interesses ideológicos, partidários, corporativos e pessoais como se prova no vídeo que fizeram e propagaram sem que ninguém assumisse à autoria, igual ao que se apura na CPI do Ódio no Congresso Nacional e no inquérito do Supremo sobre as Fake News.

O meu “Acorda Gaspar”, continua válido mais do que nunca. É preciso extirpar gente antiga, mas principalmente, gente que se diz nova da política, mas incapaz de propostas e na falta delas, usa a assinatura de credibilidade dos outros – e neste caso, a minha - para colocar de pé o seu pedido de votos.

Verdadeiramente? Acorda Gaspar e nos livre de gente bandida autora do vídeo (este texto foi alterado às 18.12 de 26.10).

TRAPICHE

Pronto. É definitivo: todos os cinco candidatos a prefeito e vice de Gaspar e os dois de Ilhota, estão deferidos oficialmente pela Justiça Eleitoral.

Segundo a atualização de domingo do mesmo site da Justiça Eleitoral, em Gaspar, o Patriotas vai concorrer com dois candidatos a vereador, o DEM com três, o PSDB com cinco, O PDT e PL com 12, o PT com 16, o PSL com 17, o PSD com 19. O MDB e PP com 20 candidatos cada um.

O PSDB foi o que teve mais baixas de candidatos à Câmara de Vereadores: quatro renunciaram e um foi indeferido; no PSL uma candidata aguardava o julgamento e houve uma renúncia, e por serem mulheres, pode haver então mudança no quadro final de candidatos devido ao ajuste de cotas; PT e PSD tiveram um indeferimento cada.

Em Ilhota, onde o limite da campanha a prefeito é R$123.077,42, o candidato à reeleição Érico de Oliveira, MDB, já recebeu R$23.500,00 e registrou como despesas R$14.813,60. Já seu adversário Luiz Gustavo Santos Fidel, PP, declarou até agora R$21.000,00 de receitas e R$750,00 de despesas.

Pergunta que não quer calar. O que é mais importante para Gaspar: quem a faz dela um simples dormitório, ou domicílio eleitoral, possuindo suas únicas empresas fora daqui onde geram os pesados impostos, ou quem mora em outra cidade e gera empregos e impostos aqui para o desenvolvimento de Gaspar? Candidatos nestas condições deveriam prometer em primeiro lugar abrir suas empresas aqui. Acorda, Gaspar!

Coisas da campanha de Gaspar I. O MDB mandou fazer uma pesquisa e fez dela propaganda paga nos jornais. Nela está claro que não haverá eleição, mas um massacre.

Coisas da campanha de Gaspar II. A pesquisa do MDB foi para colocar o PT nanico e em segundo lugar. O MDB trabalhou quatro anos para disputar a eleição com o PT. Agora, torce para o esconder o PL que subiu e se tornou o seu real adversário nesta eleição.

Coisas da campanha de Gaspar III. A campanha eleitoral em Gaspar começou de verdade. E a julgar pelas conversas vazadas do aplicativo de mensagens do grupo do MDB, a tranquilidade é só aparente e nas pesquisas. Internamente, há preocupações. E das sérias.

Coisas da campanha de Gaspar IV. A primeira preocupação é com o ex-filiado, ex-prefeito e corrido do partido, o médico veterinário Adilson Luiz Schmitt. Na campanha de 2016 o MDB exigiu que ele não entrasse nos seus palanques. Agora, quer que ele não simpatize com adversário viável. A segunda preocupação é mais estranha ainda. Quem possui 58% de intenções de votos na pesquisa do próprio partido não estar fazendo apostas de que terá apenas  e tão somente dois mil votos de diferença para o segundo colocado. Esta conta não fecha.

Coisas da campanha de Gaspar V. Enquetes não estão proibidas? Desde quinta-feira circula uma para prefeito e vereador de Gaspar estimulada por grupo político.

Coisas da campanha política de Gaspar VI. Podem “votar” quem não é eleitor em Gaspar ou até mesmo morando fora do Brasil.

Coisas da campanha política de Gaspar VII Quem tem mais habilidades de estimulação nas redes sociais, falsamente se sai melhor na enquete. É só ver como ficou o resultado para vereador.

Coisas da campanha política de Gaspar VIII. A promotoria eleitoral ainda não viu isso? Deve-se apurar a origem e sustentação de tal irregularidade. Ninguém denunciou ao aplicativo Pardal da Justiça Eleitoral esse tipo de propaganda enganosa?

Coisas da campanha política de Gaspar IX. E mais uma vez o tiro saiu pela culatra. Nesta enquete, o candidato do PT, não é o adversário melhor posicionado contra candidato como quer a poderosa coligação do MDB, PSD, PP, PDT e PSDB.

Coisas da campanha política de Gaspar X. Coçar e trair é só começar, diz o bordão popular. Para salvar a sua própria pele, os vereadores já estão descansando os votos de seus candidatos a prefeito e vice.

Coisas da campanha política de Gaspar XI. O limite de investimentos nas campanhas de prefeitos em Gaspar é de R$153.401,21. Kleber Edson Wan Dall, MDB já ajuntou R$69.000,00 e e registrou R$79.597,55 de despesas. Rodrigo Boeing Althoff, PL, registrou R$33.172,00 de receitas; José Amarildo Rampelotti, PT, R$27.853,00; Wanderlei Rogério Knopp, DEM, R$25.800,00.

Coisas da campanha política de Gaspar XII. Sérgio Luiz Batista de Almeida, PSL, não registrou na Justiça Eleitoral até agora nenhuma receita e nenhuma despesas. Rodrigo, Amarildo e Wanderlei também não registraram até agora as suas despesas no site oficial da transparência da Justiça Eleitoral.

Coisas da campanha política de Gaspar XIII. Pelo menos um ex-prefeito já definiu apoio ao engenheiro e professor Rodrigo Boeing Althoff, PL: Luiz Fernando Poli, sem partido, mas que foi eleito duas vezes prefeito: uma pelo MDB e outra pelo ex-PFL que virou DEM.

Uma lei de 2015, permitiu aos proprietários de imóveis em Gaspar a regularização deles e deu prazo de três anos para isso. Como poucos assim fizeram, um novo projeto em tempo de eleição passou na Câmara para ampliar para dez. Ou seja, até 2025. É a Gaspar do jeitinho para poucos.

Tudo está aberto e possível pós pandemia. Então, qual a razão para algumas áreas públicas de lazer em Gaspar estarem sem equipamentos de uso, principalmente para a recreação de crianças? Acorda, Gaspar!

Jadison Alexsander Fernandes, PSD, ex-gerente de meio-ambiente durante o governo de Pedro Celso Zuchi, PT, teve a sua candidatura a vereador em Blumenau impugnada. Motivo? Uma condenação criminal na comarca de Gaspar.

No que se baseou esta condenação? Artigo 66 da lei 9.605/98. O que ela diz? Fazer o funcionário público afirmação falsa ou enganosa, omitir a verdade, sonegar informações ou dados técnico-científicos em procedimento de autorização ou licenciamento ambiental

Faltam só 21 dias para as eleições e 27 para as minhas férias.

 

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Comentários

Miguel José Teixeira
30/10/2020 19:21
Senhores,

Os opostos se atraem

1) "Mourão contradiz Bolsonaro e afirma que governo vai comprar CoronaVac" (UOL)

2) "Bolsonaro diz que pandemia no Brasil está acabando" (UOL)

Porém, na república "Amigos acima de tudo/Parentes acima de todos" eles se traem. . .
Miguel José Teixeira
30/10/2020 17:41
Senhores,

K-gaceiro & cangaceiro

"Eu não acredito na sinceridade do Ciro Gomes", diz Tatto" (Terra)

Pois é. . .a lambisgóia que preside os PeTralhas riscou o fósforo. Já o pangaré PeTralha que disputa a prefeitura de São Paulo, jogou a gasolina!

A quadrilha está ativa!
Herculano
30/10/2020 17:37
ALVOROÇO E CHORORô

Uma simples nota antecipada esta tarde da coluna Chumbo, do editor do jornal Cruzeiro da Vale, Gilberto Schmitt, sem números, apenas afirmando que o engenheiro e professor Rodrigo Boeing Althoff, PL, está em segundo lugar na competição contra a reeleição de Kleber Edson Wan Dall, MDB, colocou em polvorosa candidatos, lideranças políticas e meia dúzia de apostadores.

Após alguns minutos a nota saiu do ar.

São oito anos de campanha e quatro deles, com a lubrificada máquina do governo municipal contra alguém que se tornou candidato há apenas 15 dias e não possui recursos financeiros para montar estrutura competitiva mínima e tocar a campanha.

Tem gente assustada. Por que? Porque mostra um grau de insatisfação ao que está ai com o MDB, PP e seus agregados de última hora, como o PSD, PSDB e PDT bem como à busca de nova alternativa ao PT que governou Gaspar por três mandados, dois deles seguidos.

A primeira pesquisa do Cruzeiro do Vale, com fama de acertar, sairá na edição impressa que circula excepcionalmente amanhã, sábado.

A coluna Olhando a Maré deste sábado e que estará disponível aos leitores do portal em breve, já estava pronta antecipadamente quando os números da pesquisa chegaram à Redação.

Por isso, e para não conflitar à manchete que trata deste assunto no jornal impresso, só me lançarei às análises na coluna de terça-feira, a qual será feita - como manda a tradição - especialmente para o portal Cruzeiro do Vale. Acorda, Gaspar!
Miguel José Teixeira
30/10/2020 17:03
Senhores,

Oração de São Francisco

"Bolsonaro dá mais um naco para o Centrão"

"O senador Jorginho Mello (SC), do PL de Valdemar Costa Neto, é o novo vice-líder no Congresso."

(O antagonista)

Vai dando até virar refém. Aí o centrão vai querer que ch.pe!
Miguel José Teixeira
30/10/2020 16:54
Senhores,

Chave de cadeia

"Aos 40 anos, PT chega às eleições envelhecido, sem votos e sem rumo..."

Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/balaio-do-kotscho/2020/10/30/aos-40-anos-pt-chega-as-eleicoes-envelhecido-sem-votos-e-sem-rumo.htm?cmpid=copiaecola
Herculano
30/10/2020 11:40
A POLÍCIA CADA VEZ MAIS PERTO

Manchete do dia: vereador e ex-vereador de Luiz Alves presos por roubo de carga e crimes ambientais. Cada vez mais Gelásio e Caboclo
Herculano
30/10/2020 10:41
da série: os garanhões de escritório, gabinetes e banheiros

O FATO, por Cláudio Prisco Paraíso

Assunto do dia desde ontem à noite em Florianópolis e parte de Santa Catarina, o BO que uma ex-servidora da secretaria de Turismo da prefeitura registrou contra Gean Loureiro, atual alcaide e candidato à reeleição. A mulher o acusa de estupro nas dependências da municipalidade.

Gean veio a público rebater a acusação. Confirmou que houve relacionamento extraconjugal com a servidora. Mas que foi de forma consensual.

Há pouco menos de duas semanas para as eleições, o prefeito lidera as pesquisas de intenção de voto e fala em armação política para tentar desestabilizá-lo.

Evidentemente que as investigações sobre a acusação de estupro não vão estar concluídas antes do pleito municipal. Também por isso, o fato pode ter consequências imprevisíveis sob o aspecto eleitoral. A Polícia Civil encaminhou o assunto ao Tribunal de Justiça, que já despachou o BO para o Ministério Público. Gean tem foro privilegiado.

O FACTOIDE

Pela acusação da ex-servidora, ela teria sido agredida pelo prefeito em 2017. Mas só agora, às vésperas da eleição municipal, é que o assunto vazou. Espera-se que as autoridades investigativas levem o contexto em consideração, pois a acusação é gravíssima e tudo precisa ficar esclarecido.

BAIXARIA

Agora, o contexto eleitoral não apaga o que fez o prefeito, usando as dependências da prefeitura para aquilo que ele chamou de relação extraconjugal consensual. Na qualidade de chefe do executivo, Gean é o servidor público número 1 da Capital, por excelência. Dá um péssimo exemplo, mancha sua trajetória pessoal e pode ter colocado em risco o projeto de reeleição. Ele fez um governo muito bom, o que não lhe dá o direito de atos como o que foi gravado, ao que tudo indica, como uma espécie de salvaguarda da denunciante. A conferir os desdobramentos policiais e políticos/eleitorais.

SEM NAZISMO

A governadora Daniela Reinehr parou o que estava fazendo neste início de governo, que nunca é fácil, ainda mais numa situação dessas, para emitir uma nota oficial. Só faltou ela desenhar que não defende o nazismo depois da histeria que tomou conta de setores bem específicos da mídia nacional. De viés esquerdista, claro. Tudo por conta de um post em rede social (ah, a rede social), de um cidadão que se disse ex-aluno do pai da governadora. Segundo o post, o pai dela teria defendido "ideias nazistas em sala de aula" e "vendido livros revisionistas".

Pelo teor da nota, fica claro que a governadora não compartilha dos ideais nazistas.

Em nota, Daniela assinalou, no final do texto. "Sou amiga de Israel e dos judeus. Qualquer afirmação contrária não corresponde com a verdade."

COM O FóRUM

O coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, deputado federal Daniel Freitas, esteve reunido na tarde desta quinta-feira (30), com a governadora Daniela Reinerh.

Na pauta, o alinhamento das ações da bancada catarinense com as principais demandas do Estado. O secretário da Casa Civil, general Ricardo Miranda, participou do encontro.

Segundo o parlamentar, a conversa foi muito produtiva e vai trazer bons frutos para o Estado. "A governadora ouviu com muita atenção todas as colocações propostas, e, com pontual disposição, estamos convocando para a próxima semana, uma reunião com todos os representantes do Estado no Congresso Nacional", informou Daniel Freitas.
Miguel José Teixeira
30/10/2020 09:58
Senhores,

"Governo pode fatiar Correios para privatização"
(O Antagonista)

Pelo lema do atual governo "Amigos acima de tudo/Parentes acima de todos", podemos deduzir:

Filé mignon para parentes e amigos

Carne de pescoço fica com a viúva para repassar aos contribuintes.
Miguel José Teixeira
30/10/2020 09:46
Senhores,

Os poderes de Michelle

Do terceiro andar do Planalto, a primeira-dama influi em decisões de Bolsonaro e escala assessores do governo para atendê-la. Nenhum ministro ousa contrariá-la.

Por André Spigariol na Revista Crusoé, em: https://crusoe.com.br/edicoes/131/os-poderes-de-michelle/

Aprume-se QUEIROZ!

89mi é muito pouco, pouco, pouco mesmo!
Herculano
30/10/2020 07:49
COISAS S?" GASPAR

O MDB de Gaspar não gosta do ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido. Ele foi eleito pelo MDB e dele foi corrido, exatamente por não aceitar o cabresto de gente sem voto do MDB gasparense e que sempre usa os eleitos para fazer e desfazer nos governos emedebistas.

Isto não é narrativa. É história. É memória. Está documentado.

O MDB sempre diz que é exatamente o contrário: o Adilson depois de eleito é quem abandonou o MDB. Ou seja, se espremer esta laranja, o suco é o mesmo.

E não vou longe para reavivar os desmemoriados de oportunidade do MDB. A nova versão do MDB no poder de plantão em Gaspar não deixa mais nenhuma margem de dúvida quanto a quem manda no que ganhou com os votos dos eleitores gasparenses.

O MDB de Gaspar não quer Adilson no partido. Não quer que ele esteja perto de candidatos do MDB pois isso seria visto como uma coisa ruim pelos eleitores e prejudicial aos candidatos do partido, mas estranha e ao mesmo tempo, o MDB de Gaspar, quer Adilson morto politicamente e na credibilidade antes que ele declare votos a outros candidatos concorrentes do MDB.

Cumoé? Então vamos por os pingos nos ís.

Ora, se Adilson é tão danoso assim aos candidatos, qual é mesmo a razão do MDB para impedi-lo de pedir votos a candidatos de outras siglas partidárias e adversárias do MDB? Pela tese do MDB de Gaspar, os outros candidatos é que deveriam estar preocupados, ou não? Mas quem está é o MDB? Ai, ai ai.

O MDB fez uma lista de quem pode sentar na janela do seu ônibus; e não discuto isso. Mas, fez uma lista da qual o seu ônibus precisa estar orientado a atropelar alguns passageiros dele, permanentemente

O MDB ao brigar com o Adilson, apenas desvia o foco da real da discussão que toma conta da cidade: a razão pela qual o MDB impediu e se aliou com o adversário viável contra a reeleição do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB.

Resumindo: o MDB - aquele que não tem voto e vive das sombras do poder - não suporta adversários e os elimina de uma ou outra forma. É do DNA.

Os eleitores de Marcelo de Souza Brick, PSD, não engoliram até agora a "aliança" que os impediu de dar voz e troco no MDB. E Adilson que era Marcelo está espumando, contando certas verdades sobre o jogo, o MDB e o Marcelo. Pior está fazendo escolhas como cidadão, eleitor, comunitário e bicho político que é.

E é só por isso que o MDB de Gaspar escalou novos pitibuls para latir, mostrar os dentes e até conter o Adilson, que o MDB diz não ter votos nenhum, a não ser o dele. Se não tem, para que tanto fuzuê. É porque ai tem. Acorda, Gaspar!

Herculano
30/10/2020 06:39
Principal manchete de capa desta sexta-feira do jornal O Estado de S. Paulo: vendas cai nos supermercados com a inflação e corte no auxílio

É uma boa notícia contra os aproveitadores de sempre que ampliaram a margem de lucros a custa dos pobres que não tinham acesso ao básico. Agora, voltam as promoções e os preços à realidade da demanda e oferta, até então, a vilã que dava escudo para os gananciosos
Herculano
30/10/2020 06:29
SEGURANÇA FICA COMO ESTÁ

A governadora em exercício, Daniela Cristin a Reinehr, sem partido, reuniu-se ontem com a cúpula da segurança pública de Santa Catarina. Decidiu-se que fica tudo como está.

O gasparense Paulo Norberto Koerich continua presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial, bem como Delegado Geral de Polícia; o Coronel Dionei Tonet, comandante geral da Polícia Militar; Charles Vieira, comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar e Giovani Eduardo Adriano, titular na gestão do Instituto Geral de Perícias.
Herculano
30/10/2020 06:19
da série: até nisso os deputados ignoravam a lei, ou a interpretavam ao seu gosto para esticar a ausência do governador no afastamento compulsório durante o julgamento do impeachment

O PRAZO É Só DE QUATRO ANOS, por Roberto Azevedo, no Making of

A aplicação da chamada Lei do Impeachment (Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950) fez com que o Tribunal Especial de Julgamento determinasse um prazo de 120 de afastamento para o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) e não o inicialmente anunciado de 180 dias.

Com isso, diminuí o tempo para a análise do mérito do pedido sobre a ocorrência ou não do crime de responsabilidade na equiparação dos salários dos procuradores do Estado com os da Assembleia e a perspectiva sobre o retorno ou não do governador afastado ao cargo.

O advogado de Moisés, Marcos Fey Probst, já alertou que sequer deve apresentar novas provas ao Tribunal Especial e considera que o mais justo seria marcar logo o julgamento, e isso foi dito antes mesmo da decisão de prosseguir na análise da questão, definida na última sexta (23).

Caso o julgamento não seja feito até o dia 23 de fevereiro, o governador retornaria ao cargo automaticamente por perda de prazo, mas ainda há dúvidas se tanto a Assembleia quanto o Tribunal de Justiça teriam disposição em fazer convocações extraordinárias para prosseguir com a decisão janeiro adentro.

O período de afastamento é mais uma coisinha que não deu certo na articulação para derrubar a cúpula do governo.

VISITA INSTITUCIONAL

A governadora em exercício Daniela Reinehr estava bem à vontade, dentro do protocolo, na visita que fez ao presidente da Assembleia, Julio Garcia (PSD), em ritmo de encontro institucional, na manhã desta quinta (29). É a segunda vez, em um semana, que Daniela se encontra com Julio, que poderia ter assumido o governo em decorrência da continuidade do processo de impeachment contra o governador afastado Carlos Moisés e a vice. Na primeira vez, antes do julgamento pelo Tribunal Especial, a conversa surpreendeu a todos, o que parecia aquela tradicional "cerimônia" do beija-mão, um traço da política que parecia ter desaparecido. Agora, pela liturgia do cargo, vale muito mais. Daniela também irá se encontrar com o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Ricardo Roesler; o chefe do Ministério Público Estadual, procurador-geral Fernando Comin; e o presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Adircélio Moraes Ferreira Júnior. Reaproximação, abertura de diálogo e espaços no Executivo são as palavras de ordem de Daniela.

ESTRELA

Na visita ao presidente da Assembleia, Daniela levou o general Ricardo Miranda Aversa, secretário da Casa Civil, responsável pela articulação com os demais poderes e órgãos com autonomia financeira e administrativa.

Miranda já se transformou na maior estrela do governo interino e poderá ter uma vida mais longeva na administração do Estado do que se possa imaginar, com as bênçãos do presidente Jair Bolsonaro.

E A NOTA OFICIAL

Depois da repercussão nacional sobre a resposta da governadora em exercício sobre as denúncias de simpatizante do nazismo, atribuídas ao pai dela, Daniela Reinehr emitiu uma nota oficial sobre o assunto, rebate o que considera uma edição mal-intencionada sobre a resposta que deu quando assumiu o governo e se afirma amiga de Israel e dos judeus.

SEM VISITA

Não só a nota de repúdio à NSC TV mostra a reação da Assembleia às imagens das mensagens trocadas pelo grupo de WhatsApp do deputado Kennedy Nunes (PSD), durante o Tribunal Especial de Julgamento, na última sexta.

Os jornalistas estão impedidos de frequentar as galerias do plenário no Palácio Barriga Verde, local de onde o registro foi feito.

PERIGOSO

Qualquer tipo de ilação ou pré-julgamento nada soma à autora do boletim de ocorrência, uma ex-servidora pública comissionada e atual candidata a vereadora, que acusa o prefeito Gean Loureiro (DEM) de estupro, tampouco ao candidato à reeleição.

Os fatos devem ser esclarecidos à luz dos fatos e da lei e não envolvidos no recheio do sanduíche da campanha eleitoral como algo a ser explorado. Jogar a disputa da Capital ao lamaçal, com jogadas rasteiras, é trágico.
Herculano
30/10/2020 06:08
GOVERNO BOLSONARO FAZ MOLECAGEM ENQUANTO PAÍS TENTAR SAIR DA RUÍNA, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Parte da economia volta ao azul, mas está ameaçada por fofoca e inépcia gerencial

Há um Brasil que se recupera da calamidade econômica, no comércio e na construção civil, movido a auxílios emergenciais e juros baixos. Há estados em que o nível de emprego formal já é maior ou pelo menos igual ao do final do ano passado, caso de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Maranhão, Paraná e Santa Catarina tocados também pelos bons resultados do agronegócio.

Mas essa recuperação relevante está longe de segura. Um dos motivos é que há um outro país, aquele que se dedica à molecagem em redes sociais, caso de ministros de Jair Bolsonaro ocupados de criar crises com fofoca juvenil idiótica. O capitão, por sua vez, trabalha para sabotar até uma hipótese de melhoria nacional, a existência de uma vacina contra a Covid.

Um ministro principal, Paulo Guedes, entre outras incapacidades gerenciais, não consegue dizer se vai propor uma nova CPMF ou se o imposto está morto, isso durante uma algaravia em que chegou ao ponto desvairado de acusar bancos de financiar inimigos do teto de gastos, provocando nova crise intestina no governo. Sim, os bancos seriam inimigos do arrocho fiscal.

Ministros e os novos amigos de Bolsonaro, as cabeças do centrão, se ocupam de artimanhas para sentar nas cadeiras vazias ou novas da reforma ministerial que virá, se especula. Misturada nesse rolo está a disputa pelo comando da Câmara no ano que vem.

O país que se levanta da ruína deste ano de calamidade pode ser abatido por uma piora das condições financeiras: o dólar nas alturas e uma taxa de juros em alta no atacadão de dinheiro, que pode solapar investimentos ou coisa pior. A tensão é grande e pode explodir, com o recrudescimento da epidemia pelo mundo ou com decisões amalucadas ou incompetentes do que fazer com o Orçamento federal do ano que vem. Tais decisões foram adiadas por Bolsonaro e pela elite política para depois das eleições municipais, como se houvesse tempo para esperar até amanhã. Em parte, dependem de arranjos políticos, que por sua vez esperam o resultado de eleições, no Brasil e nos Estados Unidos.

Tais demoras e a longa duração da epidemia atrasam ainda mais a recuperação do setor de serviços, com faturamento 30% abaixo do que se via no ano passado. O Rio de Janeiro padece especialmente dessa ruína, sem contar a desordem política e administrativa local. É o estado mais atrasado na recuperação do emprego formal, por exemplo.

A confiança do consumidor e do comércio deu uma fraquejada em outubro, talvez um primeiro alerta de que a redução dos auxílios emergenciais deve diminuir também a velocidade da retomada. A ainda baixa circulação de pessoas em metrópoles como São Paulo indica que persistem o medo da doença e o distanciamento social por decisão voluntária de empresas, que há menos gente a andar pela cidade por falta de trabalho ou por causa das escolas ainda quase fechadas.

É fácil perceber que há tanto a fazer, no controle da epidemia e na apresentação de um projeto racional de saída da lama econômica, para nem mencionar que não se toca nem a rotina básica de governo. A cada dia, a uma fofoca se segue uma ideia demente ou inepta, que cai na Justiça, no Congresso ou por pressão de redes sociais.

É uma queixa ingênua, decerto. A desordem político-administrativa, fora o risco de golpeamento autoritário, era previsível e prevista desde 2018. A variação continua do desvario, nem tanto: boa parte do governo e do comando do país, em vários Poderes, agora se dedica a promover tumulto com mexerico e molecagem.?
Herculano
30/10/2020 06:01
BRIGA GUEDES X MARINHO Só ACABA COM DEMISSÃO

A briga que não cessa entre os ministros Paulo Guedes (Economia) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) só deve acabar com a queda de um deles. Nesta quinta (29), Guedes fez nova referência agressiva contra Marinho, de maneira velada, ao afirmar que a Febraban, a federação dos bancos, "financia o ministro gastador". Guedes é o ministro mais forte, mas o político potiguar "segura a onda" porque conta com o apoio do Congresso e a simpatia do presidente Jair Bolsonaro.

QUEDA DE BRAÇO

Marinho faz gestos de apaziguamento, mas isso não tem reduzido as diferenças. Guedes parece determinado a forçar sua saída.

CAIU PARA CIMA

A briga começou quando Marinho era secretário de Previdência. Ele se demitiu em fevereiro, mas Bolsonaro o segurou com o cargo de ministro.

AVERSÃO VISCERAL

Os líderes do governo têm atuado para acabar o conflito entre os dois ministros, mas a simples referência a Marinho deixa Guedes irritado.

A BOLA COM GUEDES

Bolsonaro vive a expectativa que ambos recolham as armas. Ele espera um esforço maior do ministro da Economia em nome da governabilidade.

FAKE NEWS DA 'PRIVATIZAÇÃO DO SUS' CALAM AGÊNCIAS

As autodenominadas "agências de checagem de fake news" ignoraram solenemente a mentira difundida por políticos de oposição e a mídia de que o governo iria privatizar o Sistema Único de Saúde (SUS). A mentira inviabilizou o decreto que previa parcerias público-privadas para concluir a 4.168 unidades de saúde inacabadas, além de compartilhar a gestão com organizações sociais, como Sírio Libanês e Albert Einstein fazem com êxito. Tudo sob o silêncio dos que se dizem "em busca da verdade".

PROIBIDO MELHORAR

O decreto autorizava estudos para adotar em nível nacional experiências bem-sucedidas de São Paulo, Goiás e Distrito Federal, por exemplo.

SERVIÇO MEIA BOCA

Uma agência faz checagem no WhatsApp e sugere busca por cloroquina, mas questionada sobre a privatização do SUS, "não sabe responder".

PRIORIDADES OUTRAS

Uma busca rápida mostrou que agências estavam mais empenhadas em desmentir o boato sobre "marcha para satanás" de partidos de esquerda.

PRIMEIRA EM 14 ANOS

O ministro André Mendonça (Justiça) visitou a prisão federal de Mossoró (RN), uma das cinco penitenciárias de segurança máxima do País. Foi a primeira visita de ministro da Justiça desde a inauguração, há 14 anos.

PDT FEZ SILÊNCIO

Apontado como chefe do tráfico de drogas de uma favela em Belford Roxo (RJ), o pastor Elisamar Miranda foi preso nesta quinta (29) sob o silêncio constrangedor do seu partido, PDT, presidido por Carlos Lupi.

DEDOS NERVOSOS

Durou pouco, uma hora, a crítica de Rodrigo Maia, ao presidente do Banco Central, Gustavo Montezano, acusando-o no twitter de "vazar uma conversa particular" na imprensa. Depois culpou "terceiros".

QUEM FISCALIZA A ANAC?

No relatório sobre o acidente que matou o jornalista Ricardo Boechat, o Cenipa pede fiscalização mais rigorosa da agência reguladora Anac nas oficinas de manutenção de aeronaves. O helicóptero que caiu não trocava óleo regularmente e usava peça velha trocada criminosamente.

MELHOR SETEMBRO

Os 313 mil empregos com carteira assinada criados em setembro deste ano é o melhor resultado para o mês desde o início da série história do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em 1992.

CENSURA IDEOLóGICA

O jornalista Glenn Greenwald teve matéria censurada no site que ajudou a criar e pediu demissão. Foi proibido de comentar denúncias de corrupção contra Joe Biden, candidato democrata a presidente dos EUA.

PENSAMENTO ÚNICO

Glenn Greenwald foi vítima em seu país da lógica do "pensamento único" à qual se associou no Brasil. Lá, como cá, prevalecem interesses ditos "progressistas". Quem não se unir a isso, como ovelhas, é estigmatizado.

APERTADO

Pesquisa do instituto Rasmussen Reports mostra que a corrida eleitoral nos EUA está mais apertada que veículos tradicionais fazem parecer: Joe Biden teria 48% dos votos e o presidente Donald Trump, 47%.

PENSANDO BEM...

...o silêncio de Bolsonaro mostra que o falante governador é quem "só pensa naquilo": a eleição de 2022.
Herculano
30/10/2020 05:53
da série: a eleição é aqui, mas o vice do PT de Gaspar está sendo ouvido em site nacional da esquerda como um advogado eleitoral especialista.

MDB E PSD LIDERAM CANDIDATOS BARRADOS NA FICHA LIMPA EM 2020

Conteúdo do Congresso em Foco. Texto de Guilherme Mendes. O MDB e o PSD são os dois partidos com o maior número de candidaturas barradas por conta da Lei da Ficha Limpa até o momento, apontam dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apurados pelo Congresso em Foco. O MDB teve, até a manhã dessa quarta-feira (28), 137 candidaturas a prefeito, vice-prefeito e vereador barradas em todo o país, enquanto o PSD somava 125 candidaturas impedidas.

Outras cinco legendas tiveram mais de 100 candidatos barrados para as eleições de 15 de novembro: DEM, com 113 candidaturas; PP com 108; PL com 106 baixas, PSB com 102 e Republicanos, com 100 candidaturas indeferidas.

Os números são proporcionais ao número de candidatos: o MDB é o partido com o maior número de candidaturas no país, com 45.025 nomes na eleição de 2020 - 8,1% do total de concorrentes, segundo o TSE. O PSD vem em seguida, com 39.638 candidatos, ou 7,13% do total. O é o quarto com mais candidaturas, o PP o terceiro, o PSB o décimo e o Republicanos o sétimo.


Até o momento, o TSE já indeferiu ou cassou 14.654 candidaturas - incluindo aquelas nas quais houve a renúncia do nome. A Ficha Limpa, segundo os dados mais recentes, responde por 1.645 casos - cerca de 11,2% do total dos impedimentos analisados pela corte eleitoral. Outros 62 processos foram classificados como "abuso de poder", o que representa 0,4% dos processos.

A maioria dos impedimentos a uma candidatura até o momento, aponta o , não é a Ficha Limpa, mas sim a falta de cumprimento nos requisitos do registro da campanha: nesse tema até agora, 11.120 casos foram analisado de maneira negativa aos candidatos, sendo que em 3.206 cabem recurso. Até o momento, outras seis candidaturas foram vetadas por compra de votos.

A Lei da "Ficha Limpa" surgiu em 2010 como uma adição à Lei Complementar nº 64, de 1990. O texto prevê uma série de ocasiões onde o candidato a cargo eletivo não poderá concorrer. Apesar de a mais memorável ser o impedimento após condenação em decisão colegiada (isto é, de segunda instância), o texto prevê outras hipóteses mais específicas, como o indeferimento da candidatura de quem tiver exercido cargo de direção em operadora de crédito que sofreu liquidação extrajudicial nos últimos doze meses, ou pessoas responsáveis por doações a candidatos que foram consideradas ilegais.

Em caso de candidaturas a cargos municipais, é o juiz eleitoral quem pode tomar a decisão, mas em casos mais graves, envolvendo disputas como a para presidente da República, a decisão é do TSE. Em todos os casos de indeferimento, cabe recurso ao candidato.

45 candidatos a reeleição de prefeitos foram barrados

De Anita Garibaldi, no Rio Grande do Sul, a Cametá, no Pará, 45 prefeitos que disputariam a reeleição em 2020 tiveram sua candidatura indeferida com base na Lei da "Ficha Limpa". Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) analisados pelo Congresso em Foco indicam também que outros 104 candidatos que já foram eleitos prefeitos anteriormente também estão em alguma fase de indeferimento ou já renunciaram.

Até a noite desta terça-feira, 115 candidaturas ao cargo de prefeito foram indeferidos por violações à lei da Ficha Limpa, com outros 151 candidatos e candidatas tendo suas candidaturas indeferidas, mas com alguma chance de recurso.

DOS 13 PREFEITOS À REELEIÇÃO EM CAPITAIS , 11 LIDERAM AS PESQUISAS

Em capitais, não há casos pendentes. Nesta semana, o candidato à reeleição na prefeitura do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), que estava com sua candidatura suspensa, obteve uma liminar do TSE para voltar a concorrer, tornando-se apto novamente com base na Lei da Ficha Limpa. A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) pediu que o TSE mantenha o prefeito inelegível. A acusação é que o prefeito abusou do poder político ao promover a candidatura do filho à deputado federal em 2018. O Ministério Público recorre da decisão.

A maioria dos nomes é de postulantes ao cargo em cidades pequenas, como o candidato Agnelo Santos (PSD), da cidade baiana de Santa Cruz Cabrália, na costa do descobrimento. Seu caso consta como indeferido, mas que ainda aguarda análise de recurso movido pela campanha. Por isso, eu nome consta na urna. Já na cidade Peri-Mirim, próximo à capital São Luís, o nome de Geraldo Amorim (MDB) não deverá constar da urna, uma vez que sua candidatura já consta como "indeferida."

Para o cargo de vice-prefeito, 78 candidatos tiveram a candidatura indeferida, sendo que em 35 destes casos ainda há recursos pendentes. Para 3 candidatos (um no Ceará, outro no Piauí e um terceiro em São Paulo), a saída foi a renúncia da chapa.

Os números relativos à Ficha Limpa são maiores com vereadores ?" que proporcionalmente são 93% dos candidatos nesta eleição. Até o momento, 1.293 tiveram a candidatura indeferida, sendo que em 453 casos ainda há recurso pendente. Dois candidatos renunciaram junto ao TSE, e uma candidata a vereadora pelo Podemos em Nova Aliança, interior de São Paulo, é a única a aparecer como "cassada".

Para advogados, lei é falha

Dez anos após sua aplicação, a Ficha Limpa ainda goza de popularidade entre a população. Para quem estuda e trabalha com o Direito Eleitoral, porém, a sensação é de que o texto até hoje não cumpriu - e provavelmente não cumprirá - seu papel.

"O Brasil não é um país menos corrupto por conta da Lei da Ficha Limpa", disse o professor e advogado Renato Ribeiro de Almeida. Apesar de considerar o propósito do texto como positivo, Renato explica que percepção de um país menos corrupto não ocorreu ?" mesmo com uma lei que impõe muito mais restrições que o normal para uma candidatura. "No Brasil são 17 critérios que podem levar à inelegibilidade, enquanto em Portugal são três, na Argentina e no México são quatro", ponderou.

Renato aponta que, dentro do setor, os casos de indeferimento por condenação pela Justiça (conhecidos pelo jargão de "alínea e") não são maiores do que os bloqueios por erros na papelada partidária (conhecidos como "alínea g", por conta do seu local dentro da Lei).

Tais restrições, apontam o professor, podem levar a situações absurdas. "Se eu fosse expulso da OAB hoje, isso contaria como inelegibilidade", exemplificou. Em órgãos representativos onde pode haver brigas por poder, uma expulsão poderia afetar os planos do expulso fora da entidade "Aí um órgão de classe passa a definir o futuro político da pessoa", concluiu.

Para o advogado eleitoral João Pedro Sansão, o direito a votar e ser votado é muito importante. Ele concorda com Renato de que a lei não cumpriu seu objetivo primário. "A lei tem boa intenção, para tentar diminui a marca da corrupção no Brasil - mas na prática se mostrou pouco efetiva", ponderou o especialista em direito eleitoral que atua em Florianópolis. "Essa mudança não devia vir pela Lei, mas sim pela mudança na nossa cultura e na hora de definir nosso voto."
Herculano
30/10/2020 05:33
PRIMEIRO ATO: TODOS NERVOSOS À ESPERA DA PESQUISA DO JORNAL CRUZEIRO DO VALE

SEGUNDO ATO: DESMERECER A PESQUISA CRIANDO DÚVIDAS

TERCEIRO ATO: VER O RESULTADO CONFIRMADO NAS URNAS COMO NAS ÚLTIMAS PESQUISAS FEITAS PELO CRUZEIRO
Herculano
30/10/2020 05:30
MOMENTOS DE LAZER COM OS NOSSOS IMPOSTOS E MANSIDÃO

Pensando bem: se os políticos e os gestores públicos estupram os nossos pesados impostos em favor das suas sacanagens e mando, o estupro de mulheres subordinadas nas dependências públicas é um momento de relaxamento e gozo diante da nossa paciência e permissão.

As eleições de novembro estão ai para confirmar ou mudar tudo ou parte disso.
Herculano
30/10/2020 05:26
'MEMENTO MORI', GUEDES! CHAMEM DEDÉ PARA O MINISTÉRIO DA ECONOMIA, por Reinaldo Azevedo, no jornal Folha de S. Paulo

Decreto que punha UBSs no programa de privatizações parece ter sido redigido por Didi Mocó

Oba! Paulo Guedes viveu nesta quinta-feira (29) mais um "patético momento", com o perdão de Cecília Meireles, em audiência pública no Congresso. Falou a verdade ou só promoveu guerrilha interna ao afirmar que o governo abriga um ministro financiado pela Febraban, a federação de bancos? É claro que se referia a Rogério Marinho.

Sendo verdade, é grave, e o lobista tem de ser demitido. Sendo mentira, demita-se o acusador. O chilique é apanágio de incompetentes. Temos um governo de destrambelhados. A desorientação da gestão de Jair Bolsonaro deixou o terreno do debate administrativo e virou pastelão.

O decreto que punha as Unidades Básicas de Saúde no escopo do programa de concessões e privatizações parece ter sido redigido por Didi Mocó Sonrisal Colesterol Novalgino Mufumbo, em parceria com o Mussum de porre. Esqueceram de chamar Dedé e Zacarias. Teriam alguma reserva de bom senso: "Melhor não!".

O texto era assinado por Bolsonaro e pelo próprio Guedes. O chefe não tem noção do que fala e faz. A única coisa que lhe interessa é a rinha política. Para tanto, é preciso manter a adesão de duas frentes: nas redes, a da súcia de sempre; no Congresso, a dos clientes de Luiz Eduardo Ramos, pagador de emendas.

Vai dar errado, antevê o general Rêgo Barros, ex-porta-voz, que adverte Bolsonaro: "Memento mori". A tradução que circula por aí não é boa: "Lembre-se de que é mortal", o que seria um convite à humildade. "Memento" é um imperativo no tempo futuro, que não sobreviveu nas línguas neolatinas. "Mori" é verbo no infinitivo.

Deve ser traduzido como predição e vaticínio: "Hás de te lembrar de que vais morrer". Ou seja: o castigo virá para aquele que se deixa adular por "comentários babosos dos que o cercam ou pelas demonstrações alucinadas de seguidores de ocasião".

Nesse ambiente nascem decretos que ninguém lê. Nem Guedes conhecia direito a estrovenga. A audiência deixou claro: a sugestão partiu da área de PPI (Programa de Parcerias de Investimento), dirigida pela secretária Martha Seillier, "uma pessoa competente, séria, trabalhadora", segundo o ministro.

Foi enfático sobre Martha: "Não é uma das pessoas que eu trouxe de fora para privatizar o sistema, para atacar o sistema de saúde brasileiro. Zero". Entendido. Privatizar bens públicos, segundo o ministro, corresponde a... atacá-los. Nem o PCO seria tão sucinto.

Nesta quinta, apanhou a Febraban. Caso discorde dele, será a Febraqueba (Federação Brasileira dos Querubins Barrocos) na quinta que vem. ?

Notem: essa conversa sobre as UBSs brotou do nada. O resto do governo foi pego de surpresa. É evidente que os valentes tentam se livrar de parte da carga da Saúde - e aí está o problema de fundo. Mas é preciso fazê-lo com método.

Foi tal o barulho que o texto teve de ser revogado. Ao se justificar, escreveu Bolsonaro nas redes: "Temos atualmente mais de 4.000 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 168 Unidades de Pronto Atendimento (UPA) inacabadas. Faltam recursos financeiros para conclusão das obras, aquisição de equipamentos e contratação de pessoal. O espírito do decreto 10.530, já revogado, visava o término dessas obras, bem como permitir aos usuários buscar a rede privada com despesas pagas pela União".

É mesmo? Se é assim, revogou por quê? Então mantenha o texto e compre a luta política, ora bolas! Acontece que, para tanto, é preciso que exista um diagnóstico de governo, o que, por sua vez, supõe a existência de um... governo.

Guedes aproveitou ainda a audiência pública para atacar o Governo de São Paulo, que já teria recebido muito dinheiro. Também deixou claro que não se fala sobre novo imposto. Não em período eleitoral ao menos. E se disse contrário à vacinação obrigatória: "Eu sou um liberal, acredito que a vacina é uma decisão voluntária de cada um. Se o sujeito preferir ficar trancado em casa seis anos, não ter contato com ninguém e não tomar a vacina, o problema é dele".

Opa! Ninguém até agora havia pensado na possibilidade de confinar os recalcitrantes. Ainda bem que existe o ministro para iluminar o debate.

Dedé para a Economia. "Memento mori", Guedes!?
Herculano
30/10/2020 05:21
AVISO

A coluna Olhando a Maré, inédita e feita especialmente para a edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale, tradicionalmente disponibilizada aqui nas quintas à noite, será assim, excepcionalmente nesta sexta-feira a noite.

Por que? O jornal circula só neste sábado e com a pesquisa eleitoral.
Miguel José Teixeira
29/10/2020 21:33
Senhores,

K-gaceiro & cangaceiro

Pronto. Alguém riscou o fósforo!

"Presidente do PT diz que aproximação com Ciro exige desculpa a Lula e ao partido" (iG).

+ em:
https://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2020-10-29/presidente-do-pt-diz-que-aproximacao-com-ciro-exige-desculpa-a-lula-e-ao-partido.html

Ciro, antes que nós consigamos pronunciar Pin-da-mo-nhan-ga-ba 3 vezes, caia fora desta!

É melhor você ser o vice do bolsonaro, como o quer seu irmão cid!

No entanto, entretanto e portanto, serás derrotado igual!
Miguel José Teixeira
29/10/2020 20:23
Senhores,

"Se ficar, o bicho come. Se correr, o bicho pega!

Nuncaantesnahistóriadonossoestado vivemos tal situação:

"Karina Kufa atuou no impeachment que garantiu governadora bolsonarista em Santa Catarina"

"A advogada e produtora rural Daniela Reinehr (sem partido), que se livrou de processo de impeachment e assumiu o governo de Santa Catarina nesta semana, disse ao Estadão que é "100% Bolsonaro".

"Sou cria dele."

A reportagem informa que o processo de impeachment no estado foi liderado por Karina Kufa, advogada de Bolsonaro e uma das coordenadoras do Aliança pelo Brasil, partido que os aliados do presidente tentam formar."

Bom. . .melhor a Senhora Daniela, que é da região do porra-louca pedro dilma roussef uczai, que o terassuspeito júlio não-sei-das-quantas. . .

Ou não?
Miguel José Teixeira
29/10/2020 19:55
Senhores,

Neo coalira (1)

"Bolsonaro e o estranho efeito do guaraná cor-de-rosa" (2)

"Em viagem ao Maranhão, Jair Bolsonaro fez uma parada não programada na pequena cidade de Bacabeira e tomou o refrigerante cor-de-rosa tradicional do estado nordestino. O vídeo foi publicado em suas redes sociais.

"Agora eu virei boiola igual maranhense, é isso? Olha o guaraná cor-de-rosa do Maranhão aí, ó. Quem toma esse guaraná vira maranhense", disse o presidente, rindo, enquanto mostrava o copo com a bebida.

Cerca de um minuto depois, Bolsonaro volta a falar de "boiolagem" ao citar a cor do refrigerante. "Guaraná cor-de-rosa do Maranhão, fodeu, fodeu. É boiolagem isso aqui." As piadas foram feitas em um bar da cidade, enquanto o presidente posava para fotos com apoiadores."

1)Coalira ou qualira: no Maranhão significa o mesmo que boiola.

2) Guaraná cor-de-rosa: trata-se do guaraná Jesus, originário do Maranhão, porém adquirido pela Coca-Cola.
Herculano
29/10/2020 14:18
NO PAPO

O coordenador de campanha do PSD de Gaspar, o ex-tucano professor Antônio Mercês, não tem dúvida alguma de que tudo já está ganho e no papo.

Tanto que há uma semana, do Nordeste, em férias, manda lembranças aos da terrinha e aos que estão trabalhando duro a procura de votos, lembranças e fotos da "dolce vita". Afinal, ninguém é de ferro.
Herculano
29/10/2020 14:15
ENTREVISTA DO BARULHO

O entrevista gravada em vídeo pelo então pré-candidato a prefeito Marcelo de Souza, Brick, ao radialista Rudinei Cavalheiro, continua rendendo em Gaspar nas redes sociais e aplicativos de mensagens. E desgastando todos.

Nela, como mostrei na coluna de sexta-feira dia 20, em "A língua é o chicote do dono. Na política, aquilo que se promete é bálsamo aos ouvidos dos incrédulos, desinformados e reformadores do mundo", Brick condenava às práticas de aliciamento político do poder de plantão e liderado pelo MDB.

Marcelo depois de tanto discursar de uma forma, acabou se aliando ao que condenava para ser o vice do atual prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, o qual rifou o atual vice, Luiz Carlos Spengler Filho, PP. E isso está provocando feridas na coligação e questionamentos entre os eleitores e eleitoras gasparenses.

Nas redes sociais, os líderes do MDB partiram para o ataque, a quem fez, a quem divulga e a quem comenta o que Brick afirmou um dia ser, no entender dele, uma prática nefasta da política local.

Perguntar não ofende: não seria mais fácil explicar, convencer ou ignorar do que intimidar os que possuem opinião diferente dos que armaram esta aliança para anular um ex-opositor que até então tinha chances de derrubar o atual poder? Acorda, Gaspar!
Herculano
29/10/2020 14:03
ROSA WEBER DERRUBA DECISÃO DE RICARDO SALLES QUE TIRAVA PROTEÇÃO DE RESTINGAS E MANGUEZAIS

Ação foi apresentada ao STF pela Rede Sustentabilidade

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Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. A ministra Rosa Weber , do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu uma liminar derrubando a decisão do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que permitia a exploração de mangues e restingas do país.

A ação foi apresentada pela Rede Sustentabilidade, que argumentava que a medida de Salles era inconstitucional. Ela agora fica suspensa até o julgamento do mérito do assunto pelo plenário do tribunal.

"Era a boiada escancarada para destruir manguezais e restingas de todo o país, de forma irreversível. Hoje é um dia de vitória do meio-ambiente sobre a boiada de Salles", afirma o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Ele faz referência a frase do ministro dita em reunião com o presidente Jair Bolsonaro em que afirmava ser preciso aproveitar a crise causada pelo coronavírus para baixar normas na área ambiental que passariam despercebidas.

Em setembro, Salles liderou a revogação, pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente,) de uma resolução anterior do próprio órgão que protegia o bioma alagado.

A decisão causou polêmica e críticas quase unânimes de especialistas, que viram um retrocesso de 500 anos na medida: o bioma alagado é a área protegida mais antiga do Brasil. As primeiras normas baixadas sobre ela datam de 1577.

A reação à medida foi imediata: no Congresso Nacional já tramitam pelo menos quatro projetos de lei para derrubar a decisão do Conama, alegando que ela fere direitos ambientais e apenas atende a interesses econômicos, visando beneficiar empreendimentos imobiliários.

A resolução 500/2020 do Conama, agora suspensa, revogava também outras três resoluções anteriores: a 264/99, relacionada à proibição de utilização de fornos rotativos de produção de cimento para a queima de resíduos domiciliares brutos, de saúde e agrotóxicos; a 284/01, que padronizava empreendimentos de irrigação para fins de licenciamento ambiental; e a 302/02, que estabelecia padrões de proteção de áreas no entorno de reservatórios artificiais.
Herculano
29/10/2020 10:02
MANCHETE DAS ELEIÇõES

Prefeito de Florianópolis é acusado de estupro por ex-servidora. Segundo Boletim de Ocorrência, Gean Loureiro, DEM, teria abusado da mulher no local de trabalho; caso foi levado à Polícia Civil, que aguarda manifestação do Ministério Público

Gean tinha uma reeleição garantida, mas o passado o traiu no jogo bruto próprio das campanhas eleitorais.

1. É um fato privado? Se for pela tese dos políticos, sem sem pudor e dos deputados no recente caso do cinegrafista da NSC que testemunhou mensagens em ambiente público, é!

2. O fato houve? Houve! Só que um afirma que foi abuso e outro consensual. Há até filmete pornográfico nos aplicativos e redes sociais do ato. Havia uma Câmara escondida no ambiente do coito.

3. A imprensa é culpada? Não é, mais uma vez. E mais que a imprensa comedida e cheia de ética, as redes sociais fizeram o serviço sem as tarjas, sem esconder nomes, sem censura alguma. Eita festa!

4. Quem é o culpado? Unicamente o político Gean. Ele sabia do risco que estava correndo quando investiu sobre a ex-servidora. Sabia que estava marcado para morrer, e faz tempo, quando tentaram pegar ele com a mão na massa e que ele se saiu muito bem desmontando a investigação, mostrando que ela tinha colocado ele numa aparente armadilha. De bandido, virou vítima.

5. E agora, qual a mágica que o prefeito, o político, o casado, vai inventar a 17 dias das eleições? Que foi seduzido? Que foi uma armadilha? Hum! E Gean não está sozinho nesta prática de estar no poder e devido a ele ser predador sexual, além de predador dos pesados impostos de todos.

6. Florianópolis não é exatamente uma Sodoma e Gomorra, mas é uma cidade mais aberta em Santa Catarina. Agora, é hora de conferir, o quanto o eleitor e eleitora vai considerar este fato de ordem sexual e comportamental revelado contra o prefeito e o candidato a reeleição de Florianópolis

Miguel José Teixeira
29/10/2020 09:39
Senhores,

Siborrô

"Salles afirma que alguém usou a sua conta em rede social para responder postagem de Maia" (UOL)

Ã-rã. . .passou a boiada e agora está "siborrando".

"Foi sem querer, querendo". . .(Chaves)
Miguel José Teixeira
29/10/2020 07:58
Senhores,

Pegando carona no "Pensando bem" do CH, abaixo replicado:

"...o decreto presidencial de ontem foi um SUSto", que o asSUStado capitão zero-zero, tratou logo de SUStá-lo.
Miguel José Teixeira
29/10/2020 07:36
Senhores,

Morderam a isca

27/10/20 - 1º Ato:

"Ciro com Lula vice seria chapa imbatível, diz ex-marqueteiro do PT" (Isto É).

30/10/20 - 2º Ato:

"Rompidos desde 2018, Lula e Ciro Gomes selam as pazes de olho em 2022" (O Globo).

Episódios da novela "K-gaceiro & cangaceiro" que durará até um deles riscar um fósforo. . .

Tal novela já está sendo vista no mundo da PiraTaria como o "abraço dos afogados".

A Rádio Cercadinho dá conta que o capitão zero-zero ao saber da união dessa dupla explosiva, reforçou a dose de ivermectina!
Herculano
29/10/2020 06:30
FINALMENTE O JORNALISMO PóS RBS SC SAIU DAQUI ONDE ELA ACABOU COM A INTELIGÊNCIA, A DISPUTA, A INVESTIGAÇÃO JORNALÍSTICA.

MESMO ASSIM, DEMOROU QUATRO DIAS PARA REAGIR. PRECISARAM OS POLÍTICOS CRESCER E SE ACHANDO QUE SÃO OS DONOS DA VERDADE NAQUILO QUE FAZEM EM PÚBLICO, DE INTERESSE PÚBLICO, EM AMBIENTE PUBLICO, MAS JURAM QUE É PRIVADO

O fato aconteceu no Jornal do Almoço, de sábado. Não se repetiu no noticiário diante da reação dos políticos que prometiam judicializar o assunto. Uma atitude inaceitável. A NSC quieto até ontem e no mesmo Jornal do Almoço leu uma nota oficial dela se posicionando a favor do jornalismo e do trabalho dos seus profissionais, E por que? Porque os deputados, em corpo, partiram para repudiar o jornalismo de verdade.

Eu por exemplo, já tinha escrito tudo isso no domingo quando produzi esta coluna e que a publiquei na segunda-feira. Bingo! Há um luz no túnel no jornalismo catarinense.

NSC RESPONDE MOÇÃO DE REPÚDIO DA ALESC

Em nota lida no Jornal do Almoço desta quarta-feira, 28, a NSC respondeu a moção de repúdio à emissora e ao cinegrafista Fabiano Souza divulgada ontem, 27, pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Alesc, referente a matéria que mostrava imagens de conversas do deputado Kennedy Nunes durante a votação do Tribunal de Julgamento do Impeachment realizada na última sexta-feira, 23.

"A NSC Comunicação reforça o seu respeito às instituições e aos poderes constituídos e afirma que cumpriu o dever democrático de informar a população catarinense ao exibir a reportagem questionada pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina. A reportagem foi pautada em questões públicas, de interesse da população, com imagens obtidas em local público - a Casa do Povo. Como prática da ética jornalística, foi oferecida, antecipadamente, a oportunidade para que o deputado Kennedy Nunes se manifestasse sobre o tema, ao que a NSC não obteve resposta".

"A empresa reitera a confiança no profissionalismo de suas equipes e seu compromisso em levar informação relevante para o desenvolvimento de Santa Catarina por meio de jornalismo ético, responsável e independente em todas as suas plataformas - missão que vem sendo cumprida há mais de 40 anos em prol da sociedade catarinense", finaliza.

Além do veículo, a Associação Brasileira de Imprensa, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Santa Catarina e a Federação Nacional dos Jornalistas também se manifestaram sobre o caso. Todas consideraram a moção uma agressão às liberdades de expressão e de imprensa. Confira as notas abaixo:

ABI

"A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) considera que a moção de repúdio contra o cinegrafista Fabiano Souza e a NSC TV, aprovada pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC), representa um atentado às liberdades de expressão e de imprensa, pois, as imagens divulgadas foram feitas num espaço público, durante o debate aberto de um tema de relevante interesse da cidadania.

Essa não é a primeira vez que telas de computadores e de celulares de figuras públicas são registradas por fotógrafos e cinegrafistas. Como foi o caso de um deputado federal, por coincidência também de Santa Catarina, flagrado vendo pornografia no plenário da Câmara, ou o registro de mensagens trocadas por ministros do STF, durante o julgamento do Mensalão.

A diferença é que nem a Câmara dos Deputados nem o STF adotaram medidas que afrontassem o direito à informação e a prática do jornalismo.

Nota do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Santa Catarina e a Federação Nacional dos Jornalistas

"O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Santa Catarina e a Federação Nacional dos Jornalistas manifestam seu total desacordo com a nota de repúdio emitida pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em 24/10/2020, concernente ao episódio onde um dos parlamentares integrantes do tribunal especial de julgamento do impeachment do governador Carlos Moisés é flagrado em conversa no WhatsApp criticando a postura de desembargadores.

As imagens feitas pelo cinegrafista do Grupo NSC relativamente às conversas do parlamentar em seu aparelho celular nada mais são do que expressão de um fato, registradas em um ambiente público e em um momento crítico da história política de Santa Catarina.

O SJSC solidariza-se com o colega Fabiano Souza, que nada mais fez do que pautar-se pelos princípios do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, afinal, "O compromisso fundamental do jornalista é com a verdade no relato dos fatos, deve pautar seu trabalho na precisa apuração dos acontecimentos e na sua correta divulgação" (Art. 4º do CEJB).

Infeliz, a nota da ALESC, independentemente de seus termos, é uma confirmação cabal da veracidade dos fatos flagrados pelo profissional e divulgados por veículos do grupo de comunicação. Muito grave é que, na tentativa de desqualificar a cobertura jornalística, tal nota constitui uma agressão à liberdade de exercício profissional e, mais ainda, à liberdade de imprensa assegurada no artigo 220 da Constituição Federal.
Herculano
29/10/2020 06:06
da série: até naquilo que acerta para a população mais pobre, pressionado pelos seus ideólogos que acabam fortalecendo os pensadores da esquerda do atraso, Bolsonaro erra e por votos. Vergonha. Basta lembrar, que o decreto é para se fazer um estudo, não para implementar uma medida. Ora, sem estudo, nada evoluirá para se descobrir se é bom ou ruim. E assim continuarão fantasmas, milhares unidades de saúde inacabadas pelo Brasil afora. Inacreditável!


É UM VELHO ERRO DA TRADIÇÃO BRASILEIRA CONFUNDIR O PÚBLICO COM O ESTATAL, Fernando Schüler, professor do Insper e curador do projeto Fronteiras do Pensamento, foi diretor da Fundação Iberê Camargo, no jornal Folha de S. Paulo.

O Estado deve pensar mais no resultado, na ponta, do que nos interesses de corporações que estão no meio

Como de hábito, a desinformação toma conta do debate público quando se trata de temas complexos de gestão pública. Não foi diferente com a discussão sobre a suposta "privatização do SUS", provocada pelo anúncio (mal feito e depois revisto) de que o governo estudaria a gestão de unidades básicas de saúde em parceria com o setor privado.

O curioso é que este debate é antigo, e o país há muito conta com uma sofisticada legislação regulando a gestão em parceria com o setor privado. Apenas no município de São Paulo, mais de 60% das unidades básicas de saúde são gerenciadas por organizações sociais privadas.

A pergunta a ser feita é: com os cuidados devidos, isto é, bons contratos e boa supervisão, os modelos de parceria podem funcionar melhor para as pessoas, em regra os mais pobres, que irão efetivamente utilizar os serviços?

Há muita pesquisa sobre o tema. Uma delas é de Marcelle Gaiguer, da Fucape Business School, no Espírito Santo. Ela comparou a gestão de um hospital público tradicional com a de um hospital gerenciado por uma organização social privada, na capital capixaba, e os resultados foram bastante claros.

No modelo de gestão privada, a estrutura é mais enxuta, as taxas de infecção são significativamente mais baixas e tempo médio de permanência do paciente é menor.

O estudo conclui que "quando abordamos o custo total em relação ao volume de produção (...) encontramos maior eficiência" no hospital sob gestão privada, e que "os indicadores de qualidade (taxa de infecção hospitalar) registram que na OS a gestão mais eficiente dos custos não penaliza a qualidade".

Vão na mesma direção pesquisas muito mais abrangentes. É o caso do estudo realizado por Daniel Corrêa, da Universidade do Porto, a partir de dados do Ministério da Saúde e considerando 808 hospitais públicos brasileiros.

Os hospitais públicos de gestão privada registraram eficiência 8,4% superior aos da administração direta. Daniel conclui que "a maior autonomia gerencial, regras de recursos humanos, legislação trabalhista e mecanismos de contratação mais ágeis aumentam a eficiência dos hospitais públicos".

Alguém poderia perguntar: mas e as PPPs? Quando a gestão é feita via organizações sociais a entidade não visa lucro. O mesmo não ocorre no modelo das parcerias público-privadas. A questão relevante se repete: é um modelo capaz de produzir melhores serviços para as pessoas?

Um indicativo vem da área da educação, a partir da pesquisa feita por Bruno Rodriguez, da FGV (Fundação Getulio Vargas), junto à rede de escolas públicas de Belo Horizonte, construídas e gerenciadas na forma de PPP. O modelo de gestão é híbrido. O parceiro privado faz a gestão operacional e os professores da rede municipal o trabalho pedagógico.

Os resultados são claríssimos. A avaliação dos serviços é superior, e os diretores das escolas contratualizadas têm 25% mais de tempo para as atividades educacionais, ao invés de cuidar da administração e "apagar incêndios". Um dado em particular chama a atenção: o tempo de construção das unidades. Máximo de 13 meses, ou 45% inferior ao tempo médio gasto nas unidades feitas diretamente pelo governo.

Isso poderia acontecer na saúde, não? Médicos e enfermeiros focados em suas atividades em um ambiente de baixa burocracia. As pesquisas apontam caminhos. É preciso tirar a raiva política do debate. Defender que o governo possa estabelecer parcerias não significa que o Estado abrirá mão de prestar serviços ou garantir direitos.

Ao contrário: significa que o governo estará focado na qualidade que chega na ponta e não nos interesses das corporações que estão no meio. Visão de Estado, não de máquina pública. No Brasil se confunde, historicamente, o que é público e o que é estatal. Está na hora de desfazer essa confusão.

Para quem quiser clarear as ideias sugiro assistir a um concerto da Osesp, na Sala São Paulo. Observe a arquitetura, a acústica impecável, a qualidade da música. Aquilo tudo é bastante complexo, 100% público e 100% gestão privada. E funciona. Talvez sirva de inspiração.??
Herculano
29/10/2020 05:54
ZEMA QUESTIONA VEREADORES EM CIDADES PEQUENAS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nesta quinta-feira nos jornais brasileiros

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), resolveu mexer em um vespeiro: apelar ao desprendimento e ao patriotismo do Congresso para resolver o grave problema do peso das câmaras municipais para os cidadãos que as sustentam. Em São Paulo, por exemplo, o Estado mais rico, segundo o Tribunal de Contas, 36 municípios não arrecadam o suficiente nem para pagar seus vereadores, que servem para dar nomes a ruas, distribuir títulos de cidadão honorário e atormentar os prefeitos.

ESFORÇO INJUSTO

No País, centenas de municípios talvez milhares, são submetidos à mesma penúria de trabalhar para pagar os altos salários dos vereadores.

CONDADO É UMA SAÍDA

Zema cita exemplos de países como os EUA, onde grupos de cidades compartilham em condados estruturas como o legislativo dos municípios.

ESPERTEZA CARÍSSIMA

A legislação, criada por parlamentares que nos fazem pagar seus cabos eleitorais, determina um mínimo de 9 vereadores para cada município.

BOLA DE FERRO NO PÉ

Em Minas, Serra da Saudade, cidade de 850 habitantes, de lindo nome, mas pobre e cheia de carências, dá duro só para sustentar vereadores.

CRISE DO COVID RIVALIZA COM A 'PANDEMIA DILMA'

O ritmo acelerado da recuperação econômica do Brasil na crise da pandemia já desfez todas as previsões apocalípticas. O Fundo Monetário Internacional, por exemplo, teve de admitir erros: em vez dos trágicos 9,1% de queda no PIB brasileiro que chutava em junho, já "ajustou" a previsão para 5,8%. O Boletim Focus, do Banco Central, que previa retração de 6,54%, agora vê 4,8%. Se o ritmo for mantido até o fim do ano, a crise do Covid-19 deve se equiparar à "pandemia Dilma" de 2015.

PANDEMIA DE DOIS ANOS

O PIB do Brasil escolheu 3,8% em 2015, penúltimo ano de Dilma no poder. Em 2016, último ano da petista, a economia retraiu mais 3,6%.

RECUPERAÇÃO PóS-PT

Em janeiro, antes do alastramento do vírus pelo mundo, as previsões do mercado para o crescimento da economia brasileira chegaram a 2,31%.

DOS POUCOS

Balança comercial e juros foram índices que melhoraram, passando de US$37 bilhões para US$58 bilhões e de 4,5% para 2%, respectivamente.

APóS TREZE ANOS

O Superior Tribunal Militar condenou ontem a seis anos e seis meses de prisão e exclusão das Forças Armadas quatro envolvidos no apagão aéreo de 2007 por motim. Dos 89 acusados, só 3 haviam sido condenados.

O DECRETO ERA BOM

Bolsonaro mostrou ser suscetível a críticas, ao revogar o decreto que autorizava estudos para adotar investimentos privados para concluir as obras de 4 mil unidades básicas e 168 UPAs. O decreto era bom.

GANHANDO NO GRITO

O governo de São Paulo já percebeu o caminho: pela segunda vez, a Anvisa autorizou a importação de materiais da vacina chinesa logo após o presidente do Instituto Butantã reclamar publicamente da "demora".

RARO CONSENSO

A Câmara aprovou ontem o advogado Mario Maia para representar a Casa no Conselho Nacional de Justiça. Indicado por partidos de direita e de esquerda, ele é filho do ministro do STJ Napoleão Nunes Maia.

PESQUISA DESTOANTE

Pesquisa Rasmussen de ontem foi na contramão de todas as outras, e previu a reeleição de Donald Trump, nos EUA, com 48% dos votos. Joe Biden teria 47%. Em 2016, o instituto dava empate em 44% entre Trump e Hillary Clinton, a seis dias da eleição, ao contrário de outras pesquisas.

CENSURA NÃO PODE

Os CEOs do Twitter, Facebook e Google depuseram ao Senado dos EUA, ontem, para explicar a censura à matéria do New York Post, jornal mais antigo em circulação no país, que expôs o envolvimento de Joe Biden nos negócios do filho. Até a mídia brasileira escondeu o fato.

MÃO NA TAÇA

Capitão Wagner (Pros) lidera com larga margem a disputa para prefeito de Fortaleza, segundo Paraná Pesquisas: 31,5%. Sarto Nogueira (PDT) soma 17,3% e Luizianne Lins (PT) 16,7%. Realizada entre os dias 23 e 27, a pesquisa foi registrada no TSE sob nº CE-08207/2020.

SENADO DESFALCADO

Suplente do senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ), que faleceu no último dia 21, Carlos Portinho assume o mandato, em posse virtual, na terça (3). Já posse do suplente do senador cuecão ainda não está prevista.

PENSANDO BEM...

...o decreto presidencial de ontem foi um SUSto.
Herculano
29/10/2020 05:46
da série: quem renegar a vacina por simples embate ideológico ou eleitoral levará seus cidadãos e economias para o precipício. Quem será o novo Tim Jones do século 21?

SEGUNDA ONDA NA EUROPA É UM ALERTA PARA A EPEDIMIA E ECONOMIA DO BRASIL, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Números gerais não permitem descartar um recrudescimento da epidemia por aqui

A segunda onda da epidemia nos grandes países da Europa ficou evidente na mesma data: começo de setembro. É quando acabam as férias de verão. Foi então que o número de mortes começou a aumentar de modo inegável. Em meados de outubro houve a disparada. Em países como Alemanha, Espanha, França, Itália e Reino Unido, as taxas mínimas de morte haviam ocorrido em julho, mais ou menos.

O número diário de novas mortes por milhão anda entre 2,5 e 3,5 nesses países, com exceção da Alemanha, onde está por volta de 0,5 por milhão (média móvel de sete dias). No Brasil, o morticínio agora está perto de pouco mais 2 novas mortes por milhão, em queda lenta, faz algum tempo. No pico da mortandade nesses países europeus, a taxa diária de mortes por milhão ficou em torno de 15 (com exceção, outra vez, da Alemanha (que chegou perto de 3).

É um alerta para o Brasil? Sempre é. Aprendeu-se que a epidemia é, até certo ponto e tempo, regional, o que é um aspecto muito significativo em um país do tamanho e população como o nosso. Ainda assim, convém dar uma olhada em estatísticas mais gerais, ao menos para dar a escola de grandeza do problema.

O número de mortes pode ser um indicador aproximado do tamanho da epidemia, do número total de infectados. Sim, existe grande controvérsia sobre a letalidade da doença. Isto é, quantas pessoas morrem entre aquelas que foram infectadas. Como se tornou evidente, as pesquisas na população têm dificuldade de estimar o número total de infectados. Logo, a taxa de letalidade da doença é motivo de polêmica.

Suponha-se que ela seja aproximadamente igual e que se leve em conta as diferenças demográficas (a Covid mata mais os idosos. Tudo mais constante, países com mais idosos terão mais mortes). A taxa de mortes por milhão no Brasil é maior do que a da Espanha, o país grande da Europa mais afetado. A do estado de São Paulo é ainda maior. Levando em conta a idade da população, a diferença aumenta.

A taxa de mortes do estado de São Paulo, sem qualquer ajuste, é de 866 por milhão. A da Espanha, 755. A julgar apenas pelo número de mortes e pela hipótese de que certo número de mortes esteja associado a uma taxa de infecção, seria possível especular que um recrudescimento da epidemia não pode ser descartado por aqui. O estado de São Paulo ainda conta 2 mortes diárias por milhão. A Espanha da segunda onda conta 3,3.

Nem de longe, claro, é prognóstico. Em meses de conversas com excelentes epidemiologistas do Brasil, muito cientista dedicado observou que levou dribles e outros bailes da epidemia. O que todos dizem é que não dá para relaxar, que cada medida de alívio das restrições tem de ser muito bem fundamentada, que aglomerações são insanidades, que se deve usar máscara, que é preciso fazer mais testes e tentar encurralar a doença.

A nova onda europeia ainda está longe de ser tão mortífera quanto em abril. Mas a mortandade afeta o mundo inteiro pela economia, é preciso e horroroso dizer. A percepção de riscos aumentados e a incerteza vão ecoar pelo mundo, como se viu nos mercados financeiros desta quarta-feira, e a segunda onda vai atingir a atividade econômica em alguma medida. Alemanha e França vão ter isolamentos duros durante novembro inteiro.

Os alertas estão aí. O controle da epidemia no Brasil foi vergonhoso; o governo federal não se ocupa nem ao menos do manual básico da economia. Estamos sem imunidade na política sanitária e na econômica.
Miguel José Teixeira
28/10/2020 20:42
Senhores,

Atabalhoado! Atabalhoadamente atabalhoado!

"Urgente: Bolsonaro revoga decreto sobre gestão privada de UBS" (Unidade Básica de Saúde) (O Antagonista)

Oh my god!

Olhem no que resultou as PaTifarias do lula:

fomos obrigados à eleger o desnorteado capitão zero-zero!

Bom. . .pelo menos, penso, que não seremos obrigados à reelegê-lo!
Parabéns Servidores Públicos
28/10/2020 16:22
A título de informação:
O Prefeito Kleber revogou no final da tarde de ontem o decreto que autorizava o Ponto Facultativo hoje, dia em que se comemora o dia do Servidor público.

Enquanto o Ciro Quintino, manteve o ponto facultativo e dispensou todos os servidores públicos da Câmara Municipal.

Penso que todos os Servidores Públicos deveriam ter os mesmos direitos.
Miguel José Teixeira
28/10/2020 15:51
Senhores,

A toga esconde ou incentiva a vaidade?

"Trio com 133 kg de maconha solto por juiz foi recapturado a caminho de RO"

Veja mais em https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2020/10/28/trio-com-133-kg-de-dmaconha-solto-por-juiz-foi-recapturado-a-caminho-de-ro.htm?cmpid=copiaecola
Miguel José Teixeira
28/10/2020 14:43
Senhores,

1996: O Gabeira tinha razão

"Gabeira exibe na Câmara tênis feitos com fibra de maconha" (Folha de S. Paulo, 23/05/1996)

(https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/5/23/cotidiano/25.html)

"O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) fez ontem uma exposição de produtos produzidos com fibra de cânhamo (maconha) na Câmara. Ele faz uma campanha para o aproveitamento industrial e comercial do produto no Brasil.
"É incrível como a primeira reação da maioria das pessoas é cheirar", disse.
Em seu gabinete Gabeira expôs tecidos, xampus, sabonetes e papel de cânhamo.
Gabeira teve um pacote com 4 kg de sementes de maconha apreendido pela Polícia Federal.
As sementes vieram da Hungria e foram encomendadas pelo deputado para divulgar os produtos feitos de maconha. "Na Europa o plantio de maconha foi liberado. As caravelas em que se descobriu o Brasil tinham velas com esse tecido. É a melhor fibra que existe."

Hoje, no Correio Braziliense, em Mercado S/A, no Caderno Economia:

"Brasil fica para trás no mercado de cânhamo"

O Brasil pode estar perdendo uma importante oportunidade de negócios com as restrições para a produção de cânhamo no país. A substância originária da cannabis sativa, a mesma planta da maconha, se tornou uma febre internacional. Na indústria de cosméticos, o cânhamo é usado na fabricação de cremes. No ramo de alimentos, na preparação de azeites. Na moda, a Levi's faz jeans e jaquetas a partir do cânhamo. Enquanto isso, velhos preconceitos impedem o segmento de deslanchar no mercado brasileiro."

(http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/economia/2020/10/28/interna_economia,337170/mercado-s-a.shtml)
Miguel José Teixeira
28/10/2020 14:14
Senhores,

Herói da resistência

Entrevista: Júlio Marcelo de Oliveira
Procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União

"Há muito trabalho para a Lava-Jato Procurador critica Bolsonaro por falar em fim da corrupção e da força-tarefa. Ele também diz que se houver prorrogação do estado de calamidade para manter gastos, como o do auxílio emergencial, país perderá o controle do endividamento e poderá ter estagflação"

Por:
Denise Rothenburg
Israel Medeiros
Bruna Pauxis
Hoje, no Correio Braziliense

A distribuição das investigações da Lava-Jato para outros estados pode gerar perda de qualidade dos trabalhos. É o que defendeu o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira. Em entrevista ao programa CB.Poder, parceria entre o Correio e a TV Brasília, ele rebateu comentários de políticos de que os inquéritos da operação deveriam ser descentralizados. Atualmente, a "sede" da Lava-Jato é em Curitiba.


Oliveira, que atuou no impeachment da presidente Dilma Roussef, ao apontar as pedaladas fiscais da petista, fez um alerta sobre o rombo fiscal causado pelo auxílio emergencial e as consequências de uma eventual prorrogação do benefício para depois de 2020. De acordo com ele, isso poderia gerar consequências econômicas que deixariam a sociedade em um patamar parecido com o dos anos 1980, com inflação galopante e o país estagnado. Confira e entrevista:

O presidente Bolsonaro disse que a Lava-Jato não é mais necessária porque acabou a corrupção no governo. Acabou mesmo?
De modo algum. Foi uma frase muito infeliz e equivocada do presidente. Há mais de 400 inquéritos, de investigações em curso, só na força-tarefa de Curitiba. Há muito trabalho a ser feito, e não cabe ao presidente da República acabar ou não com a Lava-Jato. Isso é uma consequência do esgotamento dos fatos a serem investigados, que acontecerá em algum momento, e é uma atribuição do Ministério Público e do Poder Judiciário. Não tem razão para o Poder Executivo pretender interferir em uma operação como essa, que não só é uma das maiores da história do país, como, talvez, uma das maiores do mundo no combate à corrupção.

No Rio de Janeiro, há um estudo recente sobre a relação das milícias com o crime organizado. Como o senhor vê essa questão?
A situação da segurança pública no Rio é gravíssima. Há muitos anos, vem se desenvolvendo esse quadro de incapacidade da segurança pública de dar uma resposta à sociedade carioca, para que o cidadão possa andar na rua com tranquilidade e paz. Há morros dominados por tráfico e outros pelas milícias e agora que eles estão se associando, a expectativa é de que tenham um poder ainda maior. O estado tem de se equipar, com pessoas, materiais e inteligência. O Judiciário tem de dar uma resposta nos processos penais que são propostos. O sistema penitenciário tem de funcionar bem para isolar as lideranças, desmantelar as organizações. Todo um conjunto de órgãos tem de se articular para um enfrentamento dessa magnitude.

Tivemos o caso do André do Rap, que foi solto pelo ministro Marco Aurélio Mello, do STF. O deputado Lafayette, autor desse artigo que permitiu a soltura, disse que a ulpa não foi dele, e, sim, do ministro. O que acha?
Todos estão, a meu ver, errados. O deputado, que fez a introdução da norma, porque, do ponto de vista da exequibilidade, da operacionalidade, é inexequível. Os juízes não podem parar de julgar os casos para ficarem o tempo todo fundamentando novamente as prisões preventivas que já estão acontecendo. Isso é um volume de trabalho que vai tirar a eficiência do Judiciário. No caso do Supremo, tem o problema da distribuição de processos que permitiu que os advogados entrassem com nove habeas corpus e, depois, desistiram, porque não caíram com um ministro que achavam que seria simpático à causa. Quando caiu com o ministro Marco Aurélio, ele foi em frente e concedeu a ordem.

Essa prática é permitida?
Isso é uma fraude processual, que o sistema falho permitiu. Acontecia nos tribunais, mas foi eliminado por uma regra no novo Código de Processo Civil. O primeiro juiz para quem foi distribuído fica prevento. Se houver desistência depois do ingresso de uma nova ação, vai cair para ele. Então, não adianta fazer isso. No Supremo, isso não estava sendo observado. Agora, o ministro Fux (presidente do STF) disse que, a partir de agora, será. A meu ver, o ministro Marco Aurélio tem todo o direito de ter suas próprias convicções, mas acho lamentável que a gente não leve em consideração as consequências do funcionamento do sistema criminal das decisões que são tomadas. A gente não pode adotar aquele princípio jurídico "faça-se a justiça e pereça o mundo". Se não olharmos para a realidade, nunca vamos aplicar o direito bem. Só para recapturar esse traficante já se gastaram mais de R$ 2 milhões. E esse não é o principal problema, mas é todo o mal que ele poderá fazer liderando a organização criminosa dele. É muito esforço no combate ao crime para depois colocar todo mundo em liberdade com essa facilidade.

E a segunda instância no Congresso?
Isso, a sociedade está esperando. A prisão em segunda instância é estrutural, dela depende o funcionamento efetivo do sistema penal, especialmente sobre os crimes de colarinho-branco. O autor do crime percebe que não tem chance de ser punido, então, pratica o crime. E se for descoberto, contrata advogado e espera o processo prescrever, como todos os outros fazem. Esse sistema incentiva a prática do crime.

Tivemos vários filhos de ministros, e até ministros, envolvidos em escândalos que, até hoje, não foram explicados. Como fica isso dentro do TCU?
É grave. O ideal é que esses inquéritos evoluam o mais rápido possível, para se ter esclarecida a inocência ou culpa do envolvido. Eu não entendo porque não é tão rápido. Está na Procuradoria-Geral da República, essas investigações passam de um procurador para o outro. Realmente, há uma diferença de agilidade nas investigações que acontecem em Curitiba e as que acontecem na PGR. Desde o início da Lava-Jato foi assim. Isso é uma consequência negativa desse foro privilegiado que não tem mais razão de existir.

Há, agora, a polêmica da vacina. O governo não quer que seja obrigatória, não aceita a da China, quer a da Oxford. Está certo?
É preciso fundamentar as decisões. Se vai comprar de um e não de outro, tem de mostrar quais as vantagens, mostrar a comparação. Os estudos clínicos, a comissão de cientistas da Anvisa, o Ministério da Saúde é que têm de fazer essa avaliação. Não deveria existir nenhum tipo de discriminação da vacina pela origem.

Não comprando, e a vacina sendo eficiente, pode ser considerado improbidade administrativa?
Se ele deixar de comprar uma eficiente para comprar uma ineficiente, sem dúvida. Se essa hipótese ocorrer, pode acabar na Justiça. Mas a gente ainda está distante de estabelecer a eficácia dessas vacinas.

E a obrigatoriedade da vacina?
Do ponto de vista lógico, faria sentido, porque a pessoa que não toma vacina não está colocando em risco apenas a si, mas também a comunidade. Mas, do ponto de vista operacional, político, não há como fazer isso de forma obrigatória. A gente precisa convencer as pessoas dos benefícios da vacina. Mas o ideal é que não precise ser obrigatório. É preciso que haja campanhas de conscientização para que o governo não precise ser autoritário.

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, falou sobre a possibilidade de um plebiscito
para a revisão da Constituição. Qual é o seu ponto de vista?
Extremamente temerária essa declaração e essa ideia. Seria: vamos refundar o Brasil do zero. Primeiro, teria de ter uma eleição só para isso, porque os atuais parlamentares não têm legitimidade para isso. Eles têm legitimidade conferida para fazer PECs, emendar partes. Fazer uma nova Constituição do zero teria de ser um sentimento nacional muito forte e com pessoas eleitas apenas para essa finalidade, que não poderiam se misturar com os congressistas. Isso foi um erro da Constituição de 1988, porque muito daquilo que foi estabelecido na Constituição foi estabelecido em benefício dos próprios congressistas. A nossa Constituição não é ruim, é muito boa. Os problemas de governabilidade que temos, grande parte decorre de má gestão econômica. Quando o país estava crescendo, com a situação fiscal bem, ninguém falava de Constituição, estava todo mundo feliz. Outra coisa é esse presidencialismo de coalizão. Presidente tem de angariar aliados mediante a distribuição de cargos, liberação de emendas. Isso é o que traz ingovernabilidade. O deputado disse que os juízes e procuradores são causa de ingovernabilidade. Não são as instâncias que lutam contra a corrupção que deixaram o Brasil ingovernável. São esses que atuam apenas movidos pelo interesse da corrupção.

Governo tem outro problema pela frente: o fim do auxílio emergencial. Tem toda uma
discussão em relação à prorrogação. Qual é a saída?
Nós não vamos ter dinheiro para prorrogar no nível que foi gasto. Já foi prorrogado até dezembro, mais duas parcelas. Estamos gastando R$ 254 bilhões com auxílio emergencial, em um país que tem uma receita corrente líquida de R$ 1 trilhão, R$ 1,2 trilhão. Então, estamos gastando 20%, 25% da nossa receita corrente líquida com auxílio emergencial. É insustentável. Isso em gastos até o fim do ano. Os R$ 600 não são muito dinheiro, mas, para um país onde há muita pobreza, um sistema arrecadatório ineficiente e que está com endividamento alto, nós gastamos mais do que podíamos. Então, o Brasil foi um dos países que mais gastaram com a pandemia em proporção do seu PIB. Vamos ter de reduzir, e bastante, esses valores.

Como fazer isso?
Se ele insistir na ideia do Renda cidadã, precisa mostrar as fontes de recursos. Ele vai juntar programas já existentes, ou talvez, criar um imposto para financiar. Essa licença que a legislação da pandemia concedeu ao governo para se endividar por essas despesas acaba quando acabar o período de pandemia. Então, você não pode manter um programa continuado de custeio com recursos de endividamento. Uma hora a dívida explode e ela já está em um patamar muito elevado.

Mas, para o primeiro trimestre de 2021, tudo indica que o estado de pandemia será o mesmo.
Se prorrogarem o estado de calamidade para autorizar esse tipo de gasto, estaremos aumentando o buraco fiscal. Não existe mágica. E os investidores estão vendo. Nossa dívida vai explodir este ano. Se nós continuarmos nessa trajetória, vamos perder o controle da dívida. Vamos entrar naquela situação de dominância fiscal, em que a política monetária já não faz mais efeito para estimular ou não a economia. Voltaremos ao período pré-plano real. Aí, você joga taxa de juros para o alto, vive um quadro de estagflação: um país estagnado e com alta inflação. É o pior dos mundos. Hoje (ontem), o presidente editou um decreto da estratégia federal de desenvolvimento, em que ele coloca três cenários: um de referência, em que há o controle fiscal sem muitas reformas; um otimista, transformador, em que muitas reformas são feitas, o Brasil ganha produtividade e a economia cresce; e outro ruim, de descontrole da dívida pública, em que nós vamos perder o bonde da história. Esse cenário ruim tem uma possibilidade considerável de ocorrer. Eu sei que a vontade política é de fazer o bem, permitir à sociedade ter esse benefício, mas o fato é que ele é insustentável.
Herculano
28/10/2020 11:33
DIA DE TRABALHO DURO

Pelas mensagens que circulam massivamente nos aplicativos de mensagens, ou cifrados nas redes sociais, os servidores municipais no seu Dia estão comemorando, e trabalhando muito duro, mas contra o secretário chefe deles e o prefeito.

Os "çabios" do poder de plantão deram mais uma prova que são especialistas, mas em dar tiros no próprio pé. E depois dizem que há uma conspiração contra eles. Perguntar, não ofende: quem é mesmo que inventa as tais conspirações? Acorda, Gaspar!
Herculano
28/10/2020 11:28
FATO NOVO DEVE INTERFERIR EM IMPEACHMENT DOS RESPIRADORES, por Roberto Azevedo, no Making of

Setores da imprensa e manifestações de entidades como a Facisc, que criticaram a atuação dos deputados no processo de impeachment sobre a equiparação dos salários de procuradores do Estado com os procuradores da Assembleia, foram os alvos dos parlamentares na sessão desta terça (27) sem que o grande fato que viria mais tarde fosse debatido.

A preocupação dos deputados era escolher os cinco integrantes do Tribunal Especial de Julgamento, que representam a Assembleia, no outro processo, o da compra com pagamento antecipado de R$ 33 milhões por 200 respiradores, sem a garantia de entrega.

Mas veio de Brasília a informação bombástica de que a Polícia Federal concluiu o inquérito solicitado pelo Superior Tribunal de Justiça e afirmou "inexistência de indícios de crime por parte do governador", o viés criminal, que não tem necessariamente a ver com a questão levantada pela Assembleia, de crime de responsabilidade, embora ajude a enfraquecer a ação dolosa defendida pela CPI dos Respiradores.

Resta saber como a sociedade vai entender a diferença entre os acontecimentos e os deputados farão para dissociar a imagem que imputam ao governador depois que a investigação não deu em nada.

PEÇA ROBUSTA

O material sob investigação, inclusive o notebook e um celular de uso pessoal de Moisés, recolhidos na Casa d'Agronômica, mais o amplo material da Operação Oxigênio, produzido pela força-tarefa composta pelo Ministério Público Estadual, a Polícia Civil e o Tribunal de Contas, serviram para a PF finalizar a peça jurídica, que será encaminhada ao ministro Benedito Gonçalves, do STJ, presidente do inquérito, que remeterá as conclusões ao Ministério Público Federal, que deve pedir o arquivamento.

Caso isso ocorra, Gonçalves devolverá todo o conjunto probatório para a Justiça catarinense, lembrando que os autos subiram para Brasília, no foro de Moisés, por conta da simples citação da palavra "governador" pelo empresário Samuel de Britto Rodovalho, que, tanto à força-tarefa, quanto à CPI dos Respiradores, negou que conheça o governador, ora afastado, e reafirmou que não possui o número do telefone dele.

PROBLEMA

O clima era de relaxamento na sessão em que os deputados escolheram Valdir Cobalchini (MDB), Marcos Vieira (PSDB), Laércio Schuster (PSB), Fabiano da Luz (PT) e José Milton Scheffer (PP), a maioria integrantes da Comissão Especial que votou pela admissibilidade do impeachment por crime de responsabilidade, e adversários declarados de Moisés, aberta na parte destinada aos partidos com um pronunciamento do presidente Julio Garcia (PSD), que enalteceu o trabalho da Assembleia no julgamento que afastou Moisés, mas principalmente o voto divergente do desembargador Luiz Felipe Siegert Schuch, favorável à tese dos deputados.

O problema para os deputados, agora, é sustentar um novo julgamento sobre os respiradores (e um Hospital de Campanha que sequer saiu do papel) este argumento administrativo sem que a Polícia Federal, a Polícia Civil, o Ministério Público Estadual e o Tribunal de Contas tenham encontrado razões para incriminar Moisés.

EU NÃO, EU NÃO!

Deputado Kennedy Nunes (PSD), apressou-se a declarar, antes de iniciada a votação dos nomes para o Tribunal Especial do segundo impeachment, que não participaria da escolha. Foi objeto do bnom humor do presidente Julio Garcia, que, como nos velhos tempos, disparou: "Tenho a leve desconfiança que o senhor não será indicado". Kennedy protagonizou o episósdio do vazamento de críticas aos desembargadores em um grupo de WhatsApp, durante o julgamento do prosseguimento do processo de impeachment contra o governador Carlos Moisés e a vice-governadora Daniela Reinehr. Assunto nada resolvido. O pessedista não foi o único a pedir para ser desconsiderado na votação, previsamente acertada, o deputado Ivan Naatz (PL) também solicitou que não fosse lembrado.
Herculano
28/10/2020 11:21
da série: se não arrumar as contas, não não deixar de gastar e querer furar o teto, se não cortar os privilégios, o dólar não baixa, a inflação vai subir como subiu com Dilma Vana Rousseff, PT, e quem vai pagar a conta serão os brasileiros e os mais pobres. Foi por isso, que ela sofreu o impeachment.

NÃO É O ARROZ, PRESIDENTE, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Executivo precisa informar com urgência - e de forma crível - como pretende manter a recuperação e arrumar suas contas a partir de janeiro.

Com a grosseria habitual, o presidente Jair Bolsonaro mandou um cidadão incomodado com a alta de preços comprar arroz na Venezuela. Também de forma habitual, a reação tosca serviu para afastar um assunto desagradável e complicado. Não serviu, no entanto, para atenuar o desajuste dos preços nem para afastar uma das principais ameaças à continuação da retomada econômica. A inflação diminui o poder de compra das famílias, já afetado pela redução do auxílio emergencial e pelo desemprego recorde. O custo do arroz, tema do incidente na Feira Permanente do Cruzeiro, no Distrito Federal, é apenas um detalhe bem visível do problema diante do Executivo. Será o presidente capaz de perceber o desafio real?

Bem comportados até há pouco tempo, os preços no varejo voltaram a assombrar as famílias. A prévia da inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), bateu em 0,94%, a maior variação para um mês de outubro desde 1995. A alta acumulada no ano foi de 2,31%. Em 12 meses o IPCA-15 subiu 3,52%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sem correção da renda familiar, preços mais altos acabam resultando em menor poder de consumo.

A maior pressão, como no mês anterior, veio de alimentos e bebidas. Esse componente ficou 2,24% mais caro e, por seu peso no orçamento familiar, contribuiu com 0,45 ponto para o aumento geral de 0,94%. Carnes, óleo de soja, arroz, tomate e leite longa vida foram os produtos com maiores altas de preços, na parte alimentar.

Famílias de baixa renda são as mais prejudicadas pelo encarecimento da comida e de outros itens essenciais, como o gás de cozinha. Em setembro, houve aceleração da alta de preços para famílias de todas as faixas de renda e as mais pobres foram as mais afetadas.

A inflação por faixa de renda mensal é acompanhada regularmente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). As famílias são agrupadas em seis faixas. Em setembro, as taxas de inflação dos diferentes estratos variaram amplamente, desde 0,29% para a faixa de renda muito alta até 0,98% para a de renda muito baixa.

Cerca de três quartos da inflação dos muito pobres, em setembro, são explicáveis pela alta de preços da comida. Para as famílias de renda média, a alimentação mais cara produziu 0,39 ponto porcentual da inflação de 0,56%. Para os consumidores do extremo superior o item alimentação contribuiu com 0,20 ponto do total de 0,29%. A diferença, quando se observa o período de um ano, é muito grande. Nos 12 meses até setembro de 2020 a inflação da classe de renda muito baixa atingiu 4,3%, enquanto a das pessoas de renda muito alta ficou em 1,8%.

As famílias pobres foram, proporcionalmente, as mais beneficiadas pelo auxílio emergencial, diminuído a partir de setembro e com extinção prevista para o fim de ano. Essas famílias também estão, normalmente, entre as mais afetadas pelas más condições do mercado de trabalho.

No fim de setembro estavam desocupados 14 milhões de trabalhadores, 14,4% da força de trabalho, mas o número de pessoas em condições precárias (desempregadas, desalentadas e outras) passava de 30 milhões.

Empregos devem surgir neste fim de ano, mas a melhora é sazonal. Não se sabe se as contratações igualarão as de 2019 nem se a mão de obra retida pelas empresas na virada do ano, quando a maior parte é dispensada, será maior ou menor que a de períodos anteriores.

Como nem o Orçamento está definido, é difícil qualquer previsão para 2021. Além disso, o Executivo nem sequer esboçou uma estratégia para sustentação da retomada. Em setembro, o Índice de Confiança do Comércio, medido pela Fundação Getúlio Vargas, diminuiu de 99,6 para 95,8 pontos, depois de cinco altas consecutivas. O Executivo precisa informar com urgência - e de forma crível - como pretende manter a recuperação e arrumar suas contas a partir de janeiro. Sem um mínimo de segurança, será difícil planejar os negócios, o dólar continuará alto e a inflação seguirá pressionada. O problema é bem mais grave que o preço atual do arroz.
Miguel José Teixeira
28/10/2020 09:11
Senhores,

Se a moda pega. . .

"Juiz critica flagrante da PM e manda soltar detidos com 133 kg de maconha"

Veja mais em https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2020/10/27/juiz-critica-flagrante-da-pm-e-manda-soltar-presos-com-132-kg-de-maconha.htm?cmpid=copiaecola

É dura a vida de Policial!

Se prende, o juiz solta. Se não prende, o Comandante repreende.
Miguel José Teixeira
28/10/2020 08:37
Senhores,

O paraiso venezuelano já não é mais o mesmo

"Índios venezuelanos invadem Brasília e querem tomar área valorizada" (Diário do Poder, hoje).

Será que vão tomar a valiosíssima área ocupada pelo carí$$imo, obsoleto e acovardado congresso nacional?

Bom. . .índios de Pindorama se contentavam com apitos.

"Ê, ê, ê, ê, ê, Índio quer apito
Se não der, pau vai comer!
Ê, ê, ê, ê, ê, Índio quer apito
Se não der, pau vai comer!". . .

+ em:
https://www.letras.mus.br/marchinhas-de-carnaval/473878/

Já os índios da Venezuela, parecem querer o "céunado". . .

Ou. . .será? Lagostas com vinhos tetra-premiados internacionalmente?

Bom. . .uma coisa é certa: cloroquina e ozônio no fiofó eles não o querem. Portanto, o Planalto respira aliviado. . .
Herculano
28/10/2020 08:28
MENSAGEM OFICIAL DA PREFEITURA DE GASPAR EM TODOS OS COMPUTADORES DELA NO DIA DE HOJE DOS SERVIDORES

"Servidor(a), agradecemos por sua dedicação, diária, quase sempre de forma anônima, ´para servir ao público e fazer Gaspar uma cidade cada vez melhor"

1. Tem servidor acha que esta mensagem é provocação depois de tudo o que aconteceu na anulação do ponto facultativo. E eu já comentei ontem. Veja, abaixo.

2. Realmente, foi uma imprudência sem tamanho com o servidor. Faltou diálogo, transparência e respeito com o que a prefeitura agora diz ser gente que faz uma Gaspar melhor.

3. Mas, se não fizesse essa fria e distante publicação para os internos, o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, - e seus "çabios" que misturam governo com campanha política - erraria pela segunda vez. Menos mal. Acorda, Gaspar!
Herculano
28/10/2020 08:20
Primeiro: esse candidato de São Paulo é um pangaré. Sempre saiu na frente e perdeu já na metade do caminho. Olhem todos os pleitos a prefeito dele. Não há como errar estatisticamente. Então escolheu-se o cavalo errado. A era do poste parece que terminou.

Segundo. É um sinal relevante se olharmos outras capitais. Este estado de beligerância continua, humilhando as estrelas da sua equipe de governo e reduzindo generais a recrutas, além da associação com a proteção as milícias e o uso do aparelho do estado para livrar as dúvidas dos filhos, está causando um desgaste precoce ao mito Bolsonaaro, e vai atingir o presidente Jair Messias Bolsonaro, sem partido. O tempo será o senhor da razão

RUSSOMANO TIRA BOLSONARO DE JINGLE

Conteúdo de O Antagonista. Celso Russomano cancelou
Jair Bolsonaro.

"Na estreia da propaganda eleitoral gratuita", diz o Estadão, "o jingle do candidato citava Bolsonaro três vezes. 'Com Russomanno e Bolsonaro, quem ganha é a nossa cidade', dizia um trecho da música. Já no refrão, repetido duas vezes, constava o trecho 'e Bolsonaro apoiando'. As propagandas mais recentes da música não trazem versos que citam o presidente".
Herculano
28/10/2020 05:19
da série: quem semeia ventos, colhe tempestades

RÊGO BARROS: "A SOBERBA LHE CAI COMO VESTE. INFELIZMENTE, O PODER INEBRIA, CORROMPE E DESTRóI!

Conteúdo de O Antagonista. Em artigo publicado no Correio Braziliense, o general Otávio do Rêgo Barros, que foi porta-voz de Jair Bolsonaro até o início do mês, faz duras críticas à mudança de comportamento do presidente da República, que optou por cercar-se de "seguidores subservientes" a ter de enfrentar a "discordância leal".

Sem citar o nome de Bolsonaro uma única vez (como se fosse necessário), o general lembra que os generais romanos sempre traziam junto de si escravos cuja missão era "sussurrar incessantemente aos ouvidos vitoriosos: 'Memento Mori!' - lembra-te que és mortal!".

Não é o caso de Bolsonaro, cuja "audição seletiva acolhe apenas as palmas". "A soberba lhe cai como veste", escreve o militar. Segundo ele, é "doloroso perceber que os projetos apresentados nas campanhas eleitorais são meras peças publicitárias". "Valem tanto quanto uma nota de sete reais."

No artigo, Rêgo Barros critica indiretamente também os colegas de farda que se calam diante dos abusos que são cometidos, apenas para manter seus cargos.

"Alguns deixam de ser respeitados. Outros, abandonados ao longo do caminho, feridos pelas intrigas palacianas. O restante, por sobrevivência, assume uma confortável mudez. São esses, seguidores subservientes que não praticam, por interesses pessoais, a discordância leal."

Além do diagnóstico, o general faz um alerta. Segundo ele, "as demais instituições dessa república - parte da tríade do poder - precisarão blindar-se contra os atos indecorosos, desalinhados dos interesses da sociedade, que advirão como decisões do 'imperador imortal'".

"Deverão ser firmes, não recuar diante de pressões. A imprensa, sempre ela, deverá fortalecer-se na ética para o cumprimento de seu papel de informar, esclarecendo à população os pontos de fragilidade e os de potencialidade nos atos do César."

Leiam alguns trechos:

"Os líderes atuais, após alcançarem suas vitórias nos coliseus eleitorais, são tragados pelos comentários babosos dos que o cercam ou pelas demonstrações alucinadas de seguidores de ocasião. É doloroso perceber que os projetos apresentados nas campanhas eleitorais, com vistas a convencer-nos a depositar nosso voto nas urnas eletrônicas, são meras peças publicitárias, talhadas para aquele momento. Valem tanto quanto uma nota de sete reais.

Tão logo o mandato se inicia, aqueles planos são paulatinamente esquecidos diante das dificuldades políticas por implementá-los ou mesmo por outros mesquinhos interesses. Os assessores leais - escravos modernos - que sussurram os conselhos de humildade e bom senso aos eleitos chegam a ficar roucos. Alguns deixam de ser respeitados. Outros, abandonados ao longo do caminho, feridos pelas intrigas palacianas. O restante, por sobrevivência, assume uma confortável mudez. São esses, seguidores subservientes que não praticam, por interesses pessoais, a discordância leal.

Sem críticos por perto, ressalta o general, "a autoridade muito rapidamente incorpora a crença de ter sido alçada ao olimpo por decisão divina, razão pela qual não precisa e não quer escutar as vaias. Não aceita ser contradita. Basta-se a si mesmo. Sua audição seletiva acolhe apenas as palmas. A soberba lhe cai como veste. Vê-se sempre como o vencedor na batalha de Zama, nunca como o derrotado na batalha de Canas. Infelizmente, o poder inebria, corrompe e destrói!

(...)

As demais instituições dessa república - parte da tríade do poder - precisarão, então, blindar-se contra os atos indecorosos, desalinhados dos interesses da sociedade, que advirão como decisões do "imperador imortal". Deverão ser firmes, não recuar diante de pressões. A imprensa, sempre ela, deverá fortalecer-se na ética para o cumprimento de seu papel de informar, esclarecendo à população os pontos de fragilidade e os de potencialidade nos atos do César.

A população, como árbitro supremo da atividade política, será obrigada a demarcar um rio Rubicão cuja ilegal transposição por um governante piromaníaco será rigorosamente punida pela sociedade. Por fim, assumindo o papel de escravo romano, ela deverá sussurrar aos ouvidos dos políticos que lhes mereceram seu voto: - "Lembra-te da próxima eleição!"
Herculano
28/10/2020 05:14
MAIA MANOBRA ORÇAMENTO PARA TENTAR SE REELEGER, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A ambição de Rodrigo Maia, que tenta dar a volta à Constituição para se reeleger presidente da Câmara, atrasou a análise de reformas e levou ao impasse que travou a aprovação do orçamento. A ideia agora é votar até 17 de dezembro a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o que devia ter sido feito no primeiro semestre, mas o Orçamento deve ficar para depois da eleição do substituto, em fevereiro. A jogada é provocar a convocação de sessões em janeiro, quando espera aprovar a PEC de sua reeleição.

ATÉ A ÚLTIMA PONTA

A rigor, a presidência de Maia acaba no início do recesso, mas atrasar votações importantes é estratégia para manter viva a PEC da reeleição.

JOGO SUJO

Maia acusa o governo de fazer obstrução, mas impediu a comissão mista de orçamento de ser presidida por uma deputada, Flávia Arruda (PP-DF).

ESTRATÉGIA VELHA

Sem ter como justificar ausência de deputados federais por causa das eleições municipais, Maia criou recesso branco e "esforço concentrado".

QUEM CALA

A coluna questionou o presidente da Câmara sobre o atraso na votação do orçamento, através da assessoria. Outra vez ele optou pelo silêncio.

ÍNDIOS VENEZUELANOS 'TOMAM' ÁREA NOBRE DE BRASÍLIA

Dezenas de índios venezuelanos são a nova dor de cabeça do governo do Distrito Federal. "Refugiados", eles acamparam próximos à rodoviária interestadual e dali não saem, nem ninguém tira. São da etnia warao e se caracterizam pela mendicância: como em Roraima, primeira parada, mulheres e crianças pedem esmolas e homens "descansam". Recusaram empregos e área oferecida pelo governo na cidade de São Sebastião: exigem ficar onde estão, no valorizado Plano Piloto de Brasília.

SEM COMUNICAÇÃO

A negociação com os índios é difícil porque alegam não falar português e nem espanhol, apenas se comunicam usando um dialeto próprio.

CHEGANDO MAIS

Até o fim da semana passada eram 48 no total, mas outros chegaram a Brasília nos últimos dias, aumentando o acampamento e o problema.

NEM PENSAR EM FILA

Os índios querem furar a fila de 110 mil trabalhadores do DF à espera de casa própria, popular, mas em área nobre da capital.

FACTOIDE SALVADOR

O presidente mala da Câmara, Rodrigo Maia, acionou sua metralhadora giratória contra o governo Bolsonaro, nesta terça (27), para não ter que explicar o adiamento da reunião da mesa diretora que definiria o início do processo de cassação da deputada Flordelis. Como ele, do Rio.

ESTRATÉGIA É ESQUECER

É ano eleitoral e o aniversário do petista Lula não foi lembrado pela candidata do PCdoB à prefeitura de Porto Alegre, Manuela D'Ávila, e seu vice (do PT), Miguel Rossetto. Aliás, mal lembram da cor vermelha.

DEM E PT, TUDO A VER

Rodrigo Maia pediu a palavra durante a fala da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para parabenizar Lula, duas vezes condenado por corrupção e réu no quarto processo. Até "deixou um abraço" para o petista.

TUDO DOMINADO

Juiz de Araraquara ignorou 133kg de maconha apreendidos em um carro e soltou os três traficantes presos em flagrante, pela Polícia Rodoviária Federal, alegando que faltou mandado de busca.

BELO GESTO

O Instituto Dom Luciano Mendes de Almeida, fundado e presidido pelo advogado Décio Freire, muito amigo do ex-arcebispo de Mariana, já doou mais de 20 mil máscaras a vulneráveis, incluindo refugiados haitianos.

FORÇA, FRANÇA

A França registrou mais casos de coronavírus que o Brasil pelo terceiro dia consecutivo. A segunda onda segue piorando por lá e o país, que tem menos de um terço da nossa população também teve mais mortes.

BOA NOTÍCIA

Nesta semana o número de casos recuperados do Covid vai ultrapassar a marca de 5 milhões, no Brasil. Os casos ativos do novo coronavírus no Brasil estão em queda desde o pico, em agosto.

INSATISFAÇÃO ESTADUAL

Pesquisa CNT/MDA aponta que, ao contrário de Bolsonaro, que subiu, as avaliações positivas de governadores caíram entre maio e outubro. A soma de bom e ótimo deles desabou em média de 41,3% para 32%.

PENSANDO BEM...

...depois de Amazônia e Pantanal, Bolsonaro, para a oposição, já é o principal suspeito pelo incêndio no hospital do Rio.
Herculano
28/10/2020 05:01
MARCHA, SOLDADO, por Ruy Castro, no jornal Folha de S. Paulo

Ao reduzir generais a recrutas, o cabeça de papel desconta as humilhações que sofreu no quartel

Se os militares fossem tão argutos como se julgam, já teriam percebido que Freud explica. Jair Bolsonaro está tendo a oportunidade de descontar as humilhações que sofreu em sua medíocre carreira no Exército e se vingar dos oficiais que um dia bramiram na sua cara por alguma corneta que tocou errado ou cavalo que deixou de lavar. Na condição de presidente da República, donde chefe supremo das Forças Armadas, é a sua vez de bramir contra militares de alta patente, vários na ativa.

A própria militarização que está promovendo no governo - quase 7.000 milicos infiltrados em entranhas influentes da administração - serve a esse fim. Com ela, Bolsonaro mostra que pode ser generoso, dando-lhes confortáveis sinecuras, nomeando-os para funções incompatíveis e concedendo-lhes benefícios que nega aos servidores civis, mas que também pode tirar-lhes tudo isso quando quiser. E, para provar, dedica-se a devolver o dedo na cara apontando-o para os generais "de sua confiança".

É a tática de Bolsonaro para reduzir seus generais a recrutas. Insulta-os ou induz seus jagunços a insultá-los. Daí obriga-os a engolir as ofensas ou arranca-lhes os botões. O primeiro a aprender com quem estava falando foi o general Santos Cruz, rapidamente expelido. O general Eduardo Pazuello, ministro da Saúde que não sabia o que era o SUS, é outro que acaba de cair em si. Na única medida autônoma e sensata que tomou, de apoiar a compra de vacinas para a imunização dos brasileiros, foi quase fuzilado por Bolsonaro, que lhe impôs desdizer-se e se acoelhar para não ser demitido.

Há dias, o general Luiz Eduardo Ramos foi dormir com as orelhas ardendo e ainda se desculpou por ter sido grosseiramente ofendido. E haverá outros. Os bragas, helenos e mourões que se cuidem.

É o cabeça de papel dando ordens de marcha-soldado a homens que trocaram o mandar por obedecer - e logo a quem.
Herculano
28/10/2020 04:58
CAVAALEIROS DE GRANADA, por Carlos Brickmann

A reforma da Previdência definhou, as outras estão paradas, privatização é ainda um sonho, só o custeio da máquina do Estado consome praticamente todo o dinheiro que é possível arrecadar, estourar o teto dos gastos públicos é o sonho de toda a manada de chifrudos fura-tetos, o Governo está dividido, a Covid já matou 160 mil brasileiros e o que se discute no país? Se o SUS deve incluir na distribuição de vacinas a Coronavac.

Quais os problemas que o presidente Bolsonaro vê na Coronavac? Na verdade, nenhum, já que ainda se testa a vacina e até agora não houve problemas. Mas a vacina tem, aos olhos de Bolsonaro, dois grandes defeitos: o laboratório é chinês e trabalha em cooperação com o Butantan, subordinado ao governador Doria. Trump mandou sabotar os chineses, Bolsonaro obedece; Bolsonaro manda sabotar Doria, seus subordinados obedecem.

E daí? Daí, é perder tempo: mesmo se todas as vacinas em teste forem aprovadas, não serão suficientes. Iremos usar as chinesas, a inglesa, as americanas, ou não haverá o suficiente. Se a chinesa funcionar, será usada. Se não funcionar, não poderá ser usada. É simples.

Isso não lembra o famoso poema de Cervantes, citado no título? Riscando os cavalos! Tinindo as esporas! Través das coxilhas! Saí de meus pagos em louca arrancada! - Para quê? - Para nada!

Na verdade, este poema não é de Cervantes, é de Ascenso Ferreira. Mas se até a discussão está toda errada, por que o poema tinha de ser o certo?

TODOS O KEREM

O presidente prometeu um ministro "terrivelmente evangélico" no STF, depois prometeu alguém que tomasse Tubaína com ele. Acertou: Kassio Nunes talvez nunca tenha tomado Tubaína, mas vai tomar. E, se precisar, vai misturar com Diet Dolly e Licor de Ovos. Vejamos as características de Sua Excelência: liberou aquele famoso cardápio de lagostas e vinhos premiados, o que o torna credor de alguma simpatia no Supremo; não concorda com o cumprimento da pena após decisão em segunda instância, o que lhe traz a simpatia do PT, de boa parte dos parlamentares, daquele senador que gosta tanto de dinheiro que mantém com ele relações profundas; sua esposa já foi funcionária de senadores do PT; diz ter simpatias pelo chavismo.

Talvez até possa cumprir a ordem de Bolsonaro, de comprar arroz na Venezuela. Só é criticado pelos lavajatistas e pela ala mais radical do bolsonarismo - mas os filhos do presidente iriam brigar com quem se opõe à prisão em segunda instância? Bolsonaro acertou em cheio: Kassio é um retrato do Brasil de hoje.

O RIGOR IMPLAACÁVEL DA LEI

Tão logo acharam aquele rolo de cédulas no cofrinho do senador, o país se alvoroçou: o ministro Barroso decidiu afastá-lo do mandato, mesmo sabendo só o esconderijo do dinheiro, sem investigar sua origem; falou-se em reunir o Comitê de Ética do Senado. Na prática, o afastamento do mandato pelo STF ficou pra lá, a Comissão de Ética não se moveu, o senador pediu licença por 121 dias. Este colunista até achou que Sua Excelência iria mesmo precisar de algum tempo de recuperação para sentar-se de novo na cadeira, mas a licença era só para dar posse ao suplente, por coincidência seu filho. Graças ao paipai, tem bom salário, nomeações à vontade - coisa fina.

FAMÍLIA ACIMA DE TUDO

Não é só o senador Chicofrinho Rodrigues que mistura cargo com família. O suplente de Alcolumbre, presidente do Senado, é o irmão José Samuel. O senador Ciro Nogueira tem a mãe, Eliane, na suplência. O senador Eduardo Braga, a esposa, Sandra. O Senado aprovou emenda constitucional que proíbe parentes na suplência. Mas sabe como é, né? O rigor implacável da lei não é para os amigos. A emenda está parada há uns sete anos na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Para que mexer no que agrada a todos?

FATO FAKE

O ministro Ricardo Salles e o general Luiz Ramos fizeram as pazes. Mas não é para levar a sério. Um cairá fora. O general tem apoio do Centrão, mas o ministro Salles é apoiado pelo olavismo e pelos filhos do presidente.

PROBLEMA 1 - Goiânia

O ex-governador Maguito Vilela, MDB, candidato a prefeito de Goiânia, com boas chances, tem quadro sério de coronavírus, com pulmões atingidos. Foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

PROBLEMA 2 - Jayme Lerner

Ex-prefeito de Curitiba, com administração internacionalmente elogiada, ex-governador cujo trabalho se transformou em lenda, Jayme Lerner está no hospital, recuperando-se de cirurgia de apendicite realizada no domingo, 25. A cirurgia foi bem sucedida, mas Lerner, 83 anos, só descansa quando está internado. Atualmente, dedica-se à campanha de seu amigo e assessor Gerson Guelmann, que colaborou em suas principais obras, e que pela primeira vez disputa uma eleição. A propósito, dá vontade de ser curitibano para votar em Guelmann, por ele mesmo e em homenagem a Jayme Lerner.
Herculano
28/10/2020 04:48
QUANDO O SUPREMO SAI DO SEU QUADRADO, VIRA BANCADA, COMO A DO BOI OU A DA BALA, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Com mais de 150 mil mortos, depois de três ministros da Saúde, da cloroquina, da gripezinha e de outras tolices do curandeirismo político, o Brasil não precisa que o Supremo Tribunal Federal entre numa guerra da vacina.

Países andam para trás. Passado mais de um século da Revolta da Vacina, o Brasil regrediu. Em 1904 o presidente Rodrigues Alves foi um campeão do progresso, inflexível na manutenção da ordem. Ao seu lado estava o médico Oswaldo Cruz, enfrentando políticos, jornalistas e militares mais interessados num golpe de Estado do que na saúde pública.

O presidente Jair Bolsonaro decidiu fazer da pandemia um instrumento de sua propaganda. Salvo poucos parlamentares excêntricos, alguns dos quais partiram para outra melhor, o Congresso manteve-se longe dos debates pueris. Pelo andar da carruagem, Bolsonaro está chamando o Supremo Tribunal Federal para a rinha: "Entendo que isso [não] é uma questão de Justiça, é uma questão de saúde acima de tudo. Não pode um juiz decidir se você vai ou não tomar a vacina. Isso não existe. Nós queremos é buscar a solução para o caso".

O capitão tem direito às suas opiniões, mas o fato é que as atribuições do Judiciário estão definidas na Constituição e compete ao Supremo Tribunal Federal interpretá-la. Bolsonaro tem uma relação agreste com a corte e em maio passado ouviu-se o seu brado de "vou intervir". Viu que não tinha mandato nem cacife para isso.

Pode-se discutir se o presidente Luiz Fux fez bem ao dizer que a obrigatoriedade da vacina acabaria chegando ao seu tribunal. O Supremo não está aí para avisar que vai decidir um litígio. Ele simplesmente decide.

A corte não é um assembleia para debate político nem uma consultoria (apesar de alguns de seus ministros gostarem do papel de consultores). É uma corte onde os 11 ministros votam.

O quadrado constitucional do Supremo é específico. Seu poder emana de sua independência e essa independência emana do distanciamento. Quando sai do quadrado, vira bancada, como a do boi ou a da bala. Os 11 ministros podem decidir, à luz do direito, se uma vacina pode ser ou não obrigatória. Numa dimensão, quem não se vacina pode contrair febre amarela, sarampo ou Covid. Noutra, socialmente relevante, pode propagá-la. Onde acaba o direito de não se vacinar e começa a prerrogativa de contagiar?

A criação de um fla-flu com Bolsonaro de um lado e o Judiciário de outro pode atender aos interesses do capitão, mas é uma inconveniência constitucional.

Quando o Supremo decidiu que os governadores tinham autoridade para criar regras de isolamento social, ajudou a salvar milhares de vidas.

Vale lembrar que, à época, um dos paladinos da liberdade era o ministro médico Osmar Terra. Ele achava que a pandemia mataria menos gente que a gripe sazonal.

Tudo indica que a obrigatoriedade da vacinação irá ao plenário do Supremo. Os ministros deverão decidir e argumentar com base no direito e na Constituição. Quanto menos bate-bocas fora do quadrado, melhor para todo mundo. Um dia a corte se reúne, cada ministro vota, a televisão mostra, e o caso está decidido.

Se Bolsonaro quiser criar uma crise, deverá buscá-la em outro lugar. Com ministros sem modos que insultam colegas, não lhe será difícil.
Herculano
27/10/2020 19:28
DOIS RETRATOS - Só DESTA TERÇA-FEIRA - DO GOVERNO KLEBER, EM GASPAR,O QUE PRECISA CONTINUAR SEGUNDO A PROPAGANDA DA REELEIÇÃO

1. Ele aboliu os pontos facultativos quando assumiu em 2017. Fez bem. Eu elogiei por isso. Os trabalhadores comuns que sustentam o serviço público não possuem esta moleza.

2. Mas, ele deixou o dia 28 de Outubro, o Dia do Servidor. Vai lá.

3. Contudo este ano, estranhamente, ele cortou este ponto facultativo e na hora mais errada possível. Tinha o tempo todo do mundo para fazer isso. Mas, só hoje, às 16h30min, quando o Diário Oficial dos Municípios, aquele que se esconde na internet e não tem hora para sair, apareceu no mundo digital é que ficou confirmado de que o "feriado" desta quarta-feira para os servidores públicos de Gaspar estava capado pelo decreto do prefeito.

4. Eu sou contra o ponto facultativo no serviço público e ponto final. Contudo, avalio como uma estupidez sem tamanho o que o prefeito fez com os servidores.

5. Não pode a sua turma largar um buxixo na segunda-feira e oficializar pela publicidade legal às vésperas do feriado. Por que? Havia servidor que fez planos para várias atividades, trabalho e lazer. E só fez isso, porque desde o início deste ano, sabia, naquilo que o próprio prefeito Kleber decretou, de que nesta quarta-feira seria ponto facultativo. Meu Deus, quem são os "çabios" assessoram esta gente ou estariam eles dando uma "lição" pois sabem que os servidores estão de "ovo" virando contra o governo?

6. E para encerrar o dia. Início da tarde desta terça-feira, um solarão daqueles, temperatura beirando os 35 graus, a Ditran tocada pela poderosa secretaria de Fazenda e Gestão Administrativa do prefeito de fato e presidente do MDB de Gaspar, Carlos Roberto Pereira, a mesma que não tem pessoal para mitigar o trânsito caótico do horário, resolveu dar uma colaborada para torná-lo ainda mais caótico no horário de pico.

7. O que fez? Interditar a velha ponte Hercílio Deecke que liga a Margem Esquerda com o Centro, para que um malabarista da bola passasse por ela fazendo embaixadinhas. Ina-cre-di-tá-vel. Nem eu acreditei quando enviaram o vídeo de tal barbaridade. Por isso, ele faz sucesso nas redes sociais. Realmente, nada disso pode parar. Acorda, Gaspar!
Herculano
27/10/2020 18:54
da série: depois da máfia de toga, teremos a máfia da polícia? O segundo impeachment contra o governador afastado Carlos Moisés da Silva, PSL, tecnicamente pode estar também fazendo água. E mesmo assim, como a CPI é um julgamento político, sem a participação de técnicos, Carlos Moisés ficará dependentes de aparelhos

PF INOCENTA MOISÉS NO CASO DOS RESPIRADORES, por Cláudio Prisco Paraíso

A Polícia Federal em Brasília concluiu relatório sobre a compra dos respiradores e inocenta Carlos Moisés. "Inexistência de indícios de crime por parte do governador".

Agora, o ministro do STJ deve abrir prazo para que a Procuradoria-Geral da República se manifeste.

Por óbvio, o encaminhamento da PF deve refletir-se diretamente sobre o segundo processo de impeachment que tramita na Assembleia Legislativa no qual se pede a cassação de Moisés da Silva justamente pela compra dos 200 respiradores por R$ 33 milhões. O pagamento foi antecipado, sem garantias e os equipamentos nunca chegaram.

Agora à tarde, aliás, a Alesc definiu os cinco deputados que vão compor o novo Tribunal Especial: Valdir Cobalchini (MDB), Fabiano da Luz (PT), José Milton Scheffer (PP), Marcos Vieira (PSDB) e Laércio Schuster (PSB).
Messias Colsonaro
27/10/2020 17:24
Seu Herculano

Em pleno dia de trabalho, prefeito Kleber determina o fechamento da Ponte Hercílio Deeck para um carinha atravessar a ponte fazendo embaixadinha.
E os trabalhadores parados no trânsito com esse calor encostando nos 40 graus. Parabéns Prefa.
joão
27/10/2020 16:28
Prefeito publicara cancelamento ponto facultativo previsto desde janeiro somente apos 16:30 da vespera,
Miguel José Teixeira
27/10/2020 13:59
Senhores,

"Infelizmente, o poder inebria, corrompe e destrói! E se não há mais escravos discordantes leais a cochichar: "Lembra-te que és mortal", a estabilidade política do império está sob risco."

"Memento mori"

Por OTÁVIO SANTANA DO RÊGO BARROS
General de Divisão do Exército Brasileiro. Doutor em ciências militares, foi o porta-voz da Presidência da República, nomeado pelo governo Jair Bolsonaro.
Hoje, no Correio Braziliense

Legiões acampadas. Entusiasmo nas centúrias extasiadas pela vitória. Estandartes tomados aos inimigos são alçados ao vento, troféus das épicas conquistas. O general romano atravessa o lendário rio Rubicão. Aproxima-se calmamente das portas da Cidade Eterna. Vai ao encontro dos aplausos da plebe rude e ignara, e do reconhecimento dos nobres no Senado. Faz-se acompanhar apenas de uma pequena guarda e de escravos cuja missão é sussurrar incessantemente aos seus ouvidos vitoriosos: "Memento Mori!" ?" lembra-te que és mortal!

O escravo que se coloca ao lado do galardoado chefe, o faz recordar-se de sua natureza humana. A ovação de autoridades, de gente crédula e de muitos aduladores, poderá toldar-lhe o senso de realidade. Infelizmente, nos deparamos hoje com posturas que ofendem àqueles costumes romanos. Os líderes atuais, após alcançarem suas vitórias nos coliseus eleitorais, são tragados pelos comentários babosos dos que o cercam ou pelas demonstrações alucinadas de seguidores de ocasião.

É doloroso perceber que os projetos apresentados nas campanhas eleitorais, com vistas a convencer-nos a depositar nosso voto nas urnas eletrônicas, são meras peças publicitárias, talhadas para aquele momento. Valem tanto quanto uma nota de sete reais.

Tão logo o mandato se inicia, aqueles planos são paulatinamente esquecidos diante das dificuldades políticas por implementá-los ou mesmo por outros mesquinhos interesses. Os assessores leais ?" escravos modernos ?" que sussurram os conselhos de humildade e bom senso aos eleitos chegam a ficar roucos.

Alguns deixam de ser respeitados. Outros, abandonados ao longo do caminho, feridos pelas intrigas palacianas. O restante, por sobrevivência, assume uma confortável mudez. São esses, seguidores subservientes que não praticam, por interesses pessoais, a discordância leal.

Entendam a discordância leal, um conceito vigente em forças armadas profissionais, como a ação verbal bem pensada e bem-intencionada, às vezes contrária aos pensamentos em voga, para ajudar um líder a cumprir sua missão com sucesso.

A autoridade muito rapidamente incorpora a crença de ter sido alçada ao olimpo por decisão divina, razão pela qual não precisa e não quer escutar as vaias. Não aceita ser contradita. Basta-se a si mesmo. Sua audição seletiva acolhe apenas as palmas. A soberba lhe cai como veste. Vê-se sempre como o vencedor na batalha de Zama, nunca como o derrotado na batalha de Canas.

Infelizmente, o poder inebria, corrompe e destrói! E se não há mais escravos discordantes leais a cochichar: "Lembra-te que és mortal", a estabilidade política do império está sob risco.

As demais instituições dessa república ?" parte da tríade do poder ?" precisarão, então, blindar-se contra os atos indecorosos, desalinhados dos interesses da sociedade, que advirão como decisões do "imperador imortal". Deverão ser firmes, não recuar diante de pressões. A imprensa, sempre ela, deverá fortalecer-se na ética para o cumprimento de seu papel de informar, esclarecendo à população os pontos de fragilidade e os de potencialidade nos atos do César.

A população, como árbitro supremo da atividade política, será obrigada a demarcar um rio Rubicão cuja ilegal transposição por um governante piromaníaco será rigorosamente punida pela sociedade. Por fim, assumindo o papel de escravo romano, ela deverá sussurrar aos ouvidos dos políticos que lhes mereceram seu voto: ?" "Lembra-te da próxima eleição!"

Paz e bem!
Claudio
27/10/2020 13:19
Servidor tem seu dia cancelado pelo prefeito Kleber

só MDB para tirar direito dos servidores

vamos ver dia 15 kleber o que vai acontecer do seu salario não tirou nada né?
Herculano
27/10/2020 12:31
AUMENTOU O CONTÁGIO PELA COVID-19?

MAS ESTÁ TODO MUNDO SEM MÁSCARAS PELAS RUAS DA CIDADE, INCLUSIVE NOS AMBIENTES DAS REPARTIÇõES PÚBLICAS QUE LIDAM COM A SAÚDE EM GASPAR.

ESTE ESPAÇO NÃO PERMITE FOTOS, MAS AS TENHO AQUI COMO PROVA DO QUE ESCREVO.

OUTRA. ESTE AUMENTO DE CONTAMINAÇÃO PELA COVID É RESULTADO DO FERIADÃO DE 12 DE OUTUBRO.

VIRÁ OUTRO: O DE DOIS DE NOVEMBRO, O DOS MORTOS
Miguel José Teixeira
27/10/2020 12:08
Senhores,

Manu, ela não!

"Paraná Pesquisas: 48% dos entrevistados não sabem em quem votar em Porto Alegre" (iG).

+ em: https://ultimosegundo.ig.com.br/colunas/esplanada/2020-10-26/parana-pesquisas-48-dos-entrevistados-nao-sabem-em-quem-votar-em-porto-alegre.html

Mas bah, tchê! Não vão chocar ovo de cobra!
Herculano
27/10/2020 11:48
O TRABALHO É ESCONDER E NÃO DE ESCLARECER

Na imprensa, gente ligada ao partido e à defesa dos envolvidos na apreensão de 190 quilos de maconha quer agora esconder o fato, como se isso fosse possível.

Na imprensa formal até pode conseguir isso parcialmente. Entretanto nas redes sociais e principalmente nos aplicativos de mensagens, o fato já se tornou nacional.

Quem mesmo cuida da comunicação dos políticos?
Herculano
27/10/2020 11:43
ALIÁS

Gasparense assiste as tevês privadas no sinal aberto e públicas, no sinal fechado, de Blumenau.

E nelas está o desfile de candidatos a vereadores de lá. Impressionante a bagaça. Quase todos representam alguma coisa, menos a cidade. Temia por esta opinião, a Polícia ontem a noite retirou a minha dúvida.

Espero que os 190 quilos de maconha não estivesse com a candidata a vereadora para a compra de votos. Hoje em dia, tudo é possível!
Herculano
27/10/2020 11:31
POLÍTICO E PARTIDO POLÍTICO VIVEM EM OUTRO PLANETA

Uma candidata a vereadora em Blumenau pelo PL foi pega com outros num mocó em Blumenau. Estavam com 190 quilos de maconha. Uau!

Na declaração de receitas ou de patrimônio na Justiça Eleitoral, esse ativo (ou psico-ativo) não estava

Segundo leio aqui no portal do Cruzeiro do Vale, "O Partido Liberal (PL) de Santa Catarina já está a par da situação. Durante a manhã, afirmou que vai analisar o caso com cautela".

Inacreditável!

Se está a par, não tem nada que analisar, tem que agir.

Devia agir cautelarmente e não com cautela.

Há um fato. Está a par. Há um resultado: ou se esclarece e mostra que foi pego por uma trama diabólica dos adversários - e dá nome a eles -, ou então, diz que a candidata está fora da competição, do partido e que condena o que ela fez, lamenta que ela tenha manchado a candidatura dela e dos seus companheiros, dá tchau e benção e o jogo segue.

Mas, não, o partido está analisando o caso. Enquanto isso, os outros se deleitando. Cada coisa!
Miguel José Teixeira
27/10/2020 11:26
Senhores,

O novo normal

"Candidata a vereadora de Blumenau é presa com mais de 190 kg de maconha" (Cruzeiro do Vale).

Uau! Se a moda pega!

Em vez de distribuir "santinho" a inovadora distribui "baseadinho". . .

Pepeu Gomes já cantarolava:

"Você pode fumar baseado
baseado em que você pode fazer quase tudo
Contanto que você possua
mas não seja possuído". . .

Ouça em:

https://www.letras.mus.br/pepeu-gomes/588288/
Herculano
27/10/2020 11:03
UM MIMO

Ano de Campanha Eleitoral é mesmo diferente.

Enquanto os servidores públicos municipais de Gaspar reclamam de que possivelmente não vão poder folgar amanhã para comemorar o seu Dia, com saudades das churrascadas de antigamente promovidas pelo Sindicato, eles receberam dois mimos compensatórios do prefeito Kleber Wan Dall, MDB, e que está em reeleição.

1. Aumento real de 1% em pleno ano de crise de pandemia. Nos outros anos, onde a economia ia muito bem, tiveram a inflação seca como reajuste, ou seja, o mínimo da lei.

2. E o dinheiro deste mês já está na conta de todos os servidores. Dois dias antes do previsto.

3. Só para lembrar, o salário do prefeito de Gaspar é um dos mais altos de Santa Catarina: R$27.356,69

Acorda, Gaspar!
Miguel José Teixeira
27/10/2020 07:52
Senhores,

Enquanto isso, no país do carnaval

É ala ideológica.
É ala militar.
É ala negacionista.
É ala disso.
É ala daquilo.

O pentiunvirato bolsonaro mais parece uma escola de samba. Tem alas para abrigar à todos.

E nós, burros-de-cargas, à empurrar os carros alegóricos!
Mario
27/10/2020 07:50
Prefeito cancela dia do servidor e de queima com servidores. Até mesmo os comissionados que são pagos para aplaudir as decisões do prefeito estão revoltados com o chefe.
Em cima da hora prefeito manda os diretores avisar que foi cancelado o dia do servidor, algo que já estava em decreto desde o começo do ano.
É assim, os servidores que fazem o município funcionar não tem reconhecimento do chefe do executivo.
Quer fazer média com a população mas esquece que os servidores também tem família e e votos.
É prefeito, tens mesmo que temer.
Herculano
27/10/2020 06:21
da série: depois da despropositada proposta para atender o poder de plantão, veio a reação...

"DESPROPORCIONAL A REAÇÃO DE TOGADOS", DIZ BARROS SOBRE NOVA CONSTITUIÇÃO

Conteúdo de O Antagonista. Ricardo Barros (PP-PR) rebateu as críticas de juízes à sua ideia de fazer uma nova Constituição.

"Disse em seminário da ABDCONST que, 'eu, pessoalmente, defendo um plebiscito para uma nova constituinte que escreva muitas vezes a palavra deveres'. Desproporcional a reação de togados. Um dia pela democracia é o nome do evento. Propus um plebiscito", postou.

Mais cedo, o líder do governo disse que era preciso uma nova Constituição não apenas para facilitar a governabilidade.

"Os juízes, promotores, fiscais da Receita, agentes do TCU, da CGU, provocam enormes danos com acusações infundadas e nada respondem por isso, nunca respondem por nada", afirmou.

VOLTO

Se a afirmação do deputado é verdadeira, ele é um dos culpados do que aponta como dificuldade.

E por que?

Está nas mãos dos deputados e dos senadores emendar e regulamentar a Constituição de 1988.

Por que não fazem isso? Aliás, pelo populismo e corporativismo, fizeram várias modificações na Constituição pelas PECs para dar mais direitos e espetar mais obrigações e pesados impostos a quem lhes escolheu e os sustenta nas mordomias e privilégios.

Wake up, Brazil!
Herculano
27/10/2020 06:12
MILITARES CAEM NA ARMADILHA. BEM FEITO, por Helena Chagas, em Os Divergentes

O prazo de validade de Ricardo Salles no governo já venceu há muito tempo. Ainda que saibamos que o descalabro na política ambiental tem a digital explícita de Jair Bolsonaro, uma simples troca na pasta do Meio Ambiente já teria, há meses, melhorado o ambiente internacional a a imagem do Brasil nesse assunto. Mas Salles, espertamente, se abraçou ao bolsonarismo ideológico, e agora sua saída - ou não - virou uma batalha importante na guerra entre essa ala e os militares. Até memo os filhos presidenciais pegaram em armas em sua defesa neste fim de semana.

Do outro lado, os militares, sobretudo no Alto Comando do Exército, estão furiosos - e não só com o fato de Salles ter chamado o general Luiz Eduardo Ramos de Maria Fofoca. Além das trombadas do ministro do Meio Ambiente com o vice Hamilton Mourão, não estão gostando da forma como outro general, Eduardo Pazuello, foi tratado pelo chefe do episódio da vacina "chinesa" contra o coronavírus. Sem contar no vazamento gratuito de notícias de que o próprio Mourão será rifado da chapa presidencial de 2022.

Há algo de podre no reino de Bolsonaro, que depois do acordo com o Centrão está se sentindo muito seguro para cutucar e desautorizar seus generais - aqueles mesmos que, lá trás, dizia-se que iriam "tutelá-lo". Assim como, justiça seja feita, o presidente vem fazendo com os próprios ideológicos em sua estratégia de se recompor com o establishment político e o próprio STF.

Talvez Bolsonaro tenha percebido que nem ideológicos e nem militares têm para onde ir sem ele. Uns, porque não vão encontrar, nem em 2022 nem nunca, um candidato mais à direita do que ele para apoiar. Outros, porque entraram numa canoa furada e agora não têm como sair. Ao passar por cima de valores como a lealdade ao Estado - e não a governos - os militares que correram para apoiar Bolsonaro e ocupar, aos milhares, os cargos da administração, talvez não tenham percebido a armadilha em que caíram. Ou talvez os espaços a preencher na volta ao poder tenham falado mais alto.

Agora, divididos e enfraquecidos, os militares percebem que sua imagem se colou a de um governo que contraria tudo aquilo que prometeu no quesito austeridade e combate à corrupção. O inevitável desgaste das Forças Armadas já se manifesta nas pesquisas. Bem feito.
Herculano
27/10/2020 05:54
IDEIA DE TIRIRICA

De Guilherme Fiuza no twitter, sobre a proposta do líder do governo de Jair Messias Bolsonaro, sem partido, na Câmara, o médico Ricardo de Barros, PP-PR, para se fazer uma nova Constituição Federal.

O Brasil tá com a vida ganha, não tem porra nenhuma pra fazer amanhã e resolveu discutir uma Constituição nova. É molezinha, basta ficar só + 1 ano parado com o peito aberto passando o bisturi de mão em mão - e qdo chegar na emenda do Tiririca não ousem chamar isso aqui de circo.
Herculano
27/10/2020 05:47
COMEÇARÁ DIFERENTE ATÉ NO RECADO

Da governadora catarinense em exercício Daniela Cristina Reinehr, no twitter:

Não haverá solenidade nesta terça-feira. Amanhã eu assumo como governadora de #SantaCatarina. O meu primeiro ato no cargo será em uma reunião com o colegiado, logo cedo, às 9h30. Em seguida, haverá uma coletiva de imprensa. Comigo é assim: sem cerimônia, mas com muito trabalho.
Herculano
27/10/2020 05:43
EMPRESA DE COMPLIANCE GERENCIA 'FUNDÃO' DO PSL, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O presidente nacional do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), já transferiu quase R$18 milhões (exatos R$17.998,500) do Fundo eleitoral para candidaturas municipais de São Paulo. Só a candidata à prefeitura paulistana Joice Hasselmann recebeu R$5,65 milhões, que não foram liberados antes porque ela se demorou a enviar o recibo, exigência da Alvarez & Marsal, empresa norte-americana de compliance contratada pelo PSL, com atuação no partido Republicanos, dos Estados Unidos.

MUITAS REGRAS E COTAS

Bivar explicou ser preciso equalizar as múltiplas regras e cotas (gênero, raça etc.) de acessos aos recursos, daí a necessidade de compliance.

NÃO FOI BEM ASSIM

Joice se queixou em entrevista que os candidatos do PSL em São Paulo haviam recebido, em média, R$2,5 mil e ela R$2 milhões

SEM RECIBO, NADA FEITO

Ele diz que o "compliance officer" só libera recursos do Fundo mediante recibo. "Enquanto isso, recursos são empenhados, mas não remetidos".

MAIS QUE SUFICIENTE

Para ser eleito, Jair Bolsonaro gastou R$ 2,8 milhões dos R$4,3 milhões arrecadados, metade do dinheiro já transferido à Joice Hasselmann.

MARINHO OFERECE OUTRA FACE E GUEDES BATE DE NOVO

Apesar dos gestos de concórdia do ministro Rogério Marinho, o czar da Economia, Paulo Guedes, continua adotando uma atitude hostil em relação ao titular do Desenvolvimento Regional. Foi de Marinho, por exemplo, a iniciativa de bancar o nome de Vitor Eduardo de Almeida Saback, chefe da assessoria parlamentar do Ministério da Economia, para uma ambicionada diretoria da Agência Nacional de Águas (ANA).

VITOR FAZIA O PLENÁRIO

O novo diretor da ANA foi premiado por sua dedicação às causas de Paulo Guedes no Congresso. Ele fazia o corpo-a-corpo, no plenário.

MARINHO FORA DO SESC

Em "retribuição", o ministro Paulo Guedes retirou a chancela de Rogério Marinho para compor o conselho fiscal do Sesc.

COMPLEMENTAÇÃO SALARIAL

A indicação para compor conselhos, como do Sesc, são utilizados para complementar os salários mensais de autoridades do Executivo.

SEM COMUNICAÇÃO

O Itamaraty confirmou que não foi sido notificado pelo Ministério Público do Trabalho sobre as denúncias de agressões da embaixadora das Filipinas contra uma empregada doméstica que trouxe de Manila.

MULTAS PRó-AMAZôNIA

Segundo a AGU, as 72 ações judiciais da Força-Tarefa em Defesa da Amazônia contra desmatadores já totalizam mais de R$ 2,2 bilhões em multas cobradas. O grupo foi criado pelo governo em setembro de 2019.

PARA QUEM PRECISA

Apenas ontem, o governo pagou R$420,2 milhões da segunda parcela do Auxílio Emergencial. Foram contemplados 1,6 milhão de beneficiários do Bolsa Família. No total, 16 milhões receberão o auxílio este mês.

MÁSCARA NÃO É POLÊMICA

Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda (26) informa que apenas 3% da população disse "não utilizar máscaras em locais públicos"; enquanto 75,7% "sempre" usam a proteção e 21,3% "algumas vezes".

ALIANÇA POLÍTICA

Humberto Costa (PE) é o único senador do PT que assina a proposta de emenda à Constituição do tucano Izalci Lucas (DF), que propõe mandato de 8 anos para ministros de tribunais superiores (e STF) e listas tríplices.

GRÁTIS E CENTRAL

A Secretaria de Ciência e Tecnologia e o Metrô do DF inauguram nesta terça-feira (27) o "Wifi Social", que fornece internet grátis para cidadãos de Brasília, na estação central do metrô, na Rodoviária do Plano Piloto.

2020 NÃO É 2016

Segundo o Target Early, que faz levantamentos em tempo real sobre a eleição norte-americana, mais de 55,5 milhões já votaram. Desses, 49,4% são democratas, 40,8% republicanos e 9,9% não têm filiação.

DIFERENTE, MAS PARECIDO

Presidente dos EUA, o republicano Donald Trump tem atualmente cerca de 30% de chances de ser reeleito, segundo as maiores casas de apostas. A uma semana da eleição de 2016, ele tinha cerca de 16%.

PENSANDO BEM...

...quem lacra, só lucra em cima do presidente.
Herculano
27/10/2020 05:36
ELEIÇÃO PARA CONSELHEIRO DO CNJ ADOTA NEPOTISMO QUE O órGÃO COMBATIA, por Frederico Vasconcelos, no jornal Folha de S. Paulo

Desabafo de um magistrado, ao saber que a Câmara Federal deverá eleger o advogado Mário Henrique Aguiar Goulart Ribeiro Nunes Maia, filho do ministro do STJ Napoleão Nunes Maia, para o cargo de conselheiro do Conselho Nacional de Justiça:

É uma vergonha! O órgão que empunhou a bandeira contra o nepotismo agora o acolhe!

A eleição será realizada em sessão virtual extraordinária, nesta terça-feira (27). Nos últimos dias, Mário Henrique foi citado na imprensa como o candidato escolhido.

Não é a primeira vez que o Poder Legislativo prefere um advogado filho de magistrado para compor o colegiado do órgão de controle externo do Judiciário.

Em 2012, a Câmara dos Deputados indicou o advogado Emmanoel Campelo de Souza Pereira para o cargo de conselheiro. Em 2014, o plenário do Senado aprovou sua recondução para um segundo mandato.

Ele é filho do atual conselheiro do CNJ Emmanoel Pereira, ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo TST.

Erick Pereira, outro filho do ministro, disputou, sem sucesso, uma vaga no CNJ como representante do Senado.

Ao privilegiar parentes de magistrados, o Congresso Nacional também frustra a expectativa inicial de que as vagas da Câmara e do Senado fossem ocupadas por cidadãos sem vinculação com a toga, uma forma de reduzir o corporativismo da instituição.

Esse aspecto é abordado pela advogada Luciana Zaffalon em artigo na CartaCapital, sob o título "A cidadania na composição do Conselho Nacional de Justiça". (*)

Eis alguns trechos:

A controvérsia quanto à criação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), nos moldes da Emenda Constitucional 45/2004, chegou ao STF pela ADI 3367/DF proposta pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB). Embora tenha sido julgada improcedente pelo plenário do STF, a solução dada a respeito da composição do órgão não foi unânime entre os ministros, especialmente quanto às indicações do Congresso Nacional, ou seja, as vagas da cidadania.

A dúvida dos ministros, com relação às vagas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, residia na possibilidade de ingerência no Poder Judiciário em razão da participação no CNJ dos indicados pelo Congresso Nacional, com quebra do princípio da separação de poderes.

Em que pese a minoria do Plenário do STF ter indicado grande preocupação com o desenho institucional do órgão, quanto às indicações da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, a maioria tinha a expectativa de que a presença da cidadania em um espaço de controle asseguraria um funcionamento equilibrado ao recém-criado CNJ.

Para esse grupo de ministros a presença de cidadãos indicados pelo Poder Legislativo poderia romper o corporativismo que, segundo o diagnóstico desses mesmos ministros, foi capaz de manter o isolamento do Poder Judiciário por muitas gerações.

(...)

Passados 15 anos, apenas nove cidadãos foram indicados pelo Legislativo para compor o CNJ, o que se deve em grande medida à recondução da maioria dos conselheiros que em regra acabam por atuar quatro anos no órgão de controle. A sistemática adotada só aumentou a importância das escolhas feitas pelo Congresso Nacional, principalmente porque nas vagas dos juízes é rara a recondução.

(...)

Dos nove conselheiros da cidadania, apenas uma mulher já ocupou essa posição. Dentre eles, dois eram servidores do próprio Legislativo e um deles filho de ministro do Poder Judiciário.

(...)

A baixa regulamentação do tema no Congresso Nacional faz com que os processos de escolha dos conselheiros da cidadania sejam opacos e basicamente resolvidos internamente por indicações de liderança de partidos políticos e bancadas.

*Luciana Zaffalon é advogada, mestre e doutora em Administração Pública e Governo pela FGV-SP, pesquisadora convidada da The New School e Coordenadora da Plataforma Justa.org.br.
Miguel José Teixeira
26/10/2020 18:20
Senhores,

Bolsonaro: "Não é mais fácil e até mais barato investir na cura do que na vacina?"

Pois é. . .o atabalhoado capitão zero-zero mudou o antigo adágio:

"É melhor prevenir do que remediar"

Curar com cloroquina? Com ozônio no fiofó? Cadê a base científica?

O mundo todo investiu na prevenção: a vacina.

Novamente a Pátria "Amigos acima de tudo/Parentes acima de todos" tenta caminhar na contra-mão da civilização.

Não é à toa que passou 7 mandatos na Câmara dos Deputados tentando ingressar no baixo clero!
Herculano
26/10/2020 17:57
INQUÉRITOS DO STF PODEM AJUDAR A COMBAATER "MILÍCIAS DIGITAIS", DIZ MORAES

Conteúdo de O Antagonista. Alexandre de Moraes disse nesta segunda (30) que investigações que correm no STF podem auxiliar no combate de "milícias digitais" na campanha eleitoral deste ano.

"A boa notícia (...) é que, em virtude do aumento do nível de agressividade dessas milícias digitais, as investigações realizadas pela Polícia Federal, pelo próprio Ministério Público, nos inquéritos no Supremo Tribunal Federal, possibilitaram o conhecimento do mecanismo de atuação desse núcleo de produção, de divulgação", declarou o ministro durante um seminário on-line.

Para Moraes, isso vai facilitar que a Justiça Eleitoral identifique, "se houver necessidade", "aqueles que, utilizando as redes, se aproveitaram de recursos não declarados, aqueles que se aproveitaram de mecanismos de milícias digitais para eleger seus representantes".

O ministro é relator de dois inquéritos que tratam do assunto no Supremo - o que apura "fake news" e ataques contra o STF e o que investiga atos antidemocráticos ocorridos no primeiro semestre.

O primeiro deles já serviu para o próprio Moraes censurar O Antagonista e a Crusoé.
Herculano
26/10/2020 15:39
da série: os políticos fizeram você de burro de carga, tiraram os seus pesados impostos do que é essencial para a sua vida encheram os cofres dos partidos com os bilionários fundos partidário e eleitoral, e na hora da distribuição, só os privilegiados de sempre repartiram a fortuna.

ELEIÇÃO VIROU UM BUFÊ QUE SERVE MAIS DO MESMO, por Josias de Souza, no UOL

Eleição é como loteria, só que sem um prêmio no final. O voto, na maioria das vezes, é um equívoco renovado a cada dois anos - ora em pleitos gerais, ora em disputas municipais. O eleitor é um cidadão condenado a optar entre o lamentável e o impensável. Tudo continua praticamente igual. A diferença é que a fuzarca passou a ser financiada pelo contribuinte.

O dinheiro sai de dois fundos custeados pelo déficit público: o eleitoral e o partidário. A três semanas do primeiro turno, a Justiça Eleitoral levou à vitrine a escrituração parcial dos partidos. Disputam a sorte nas urnas algo como 550 mil candidatos a vereador e a prefeito. O grosso da verba, informa a Folha, foi para a campanha de 0,8% do total de candidatos.

Até aqui, os partidos distribuíram R$ 807 milhões a algo como 50 mil candidatos. Desse total, R$ 646 milhões - 80% do cascalho - escorreram para a caixa registradora dos comitês de cerca de 4.600 candidatos. Num processo que conspira contra a renovação, os oligarcas que mandam nos partidos privilegiam a mesma corriola de sempre. A maioria dos novatos recebe pouco ou nenhum dinheiro.

Em condições normais, não fica bem maldizer os políticos e usar um timbre de seda para falar dos eleitores. Mas eleição é como bufê. O sujeito não pode preparar uma iguaria. Paga adiantado e tem que escolher entre os pratos que estão no balcão - mais do mesmo.

O despautério acontece porque a lei que criou em 2017 o fundo eleitoral não definiu como a verba do Tesouro Nacional seria distribuída pelos partidos. Na prática, instituiu-se uma versão marota de financiamento público das eleições com voto em lista. Nesse modelo, o eleitor perde o direito de escolher o candidato em que vai votar.
Miguel José Teixeira
26/10/2020 14:12
Senhores,

Mixórdia de alta periculosidade

"Um estudo mostra que as milícias do Rio de Janeiro mantêm parcerias com polícias, facções criminosas e igrejas evangélicas pentecostais, além de tentarem se infiltrar em prefeituras e Câmaras de vereadores."

Leiam + em:

https://www.oantagonista.com/brasil/milicias-estariam-lavando-dinheiro-em-igrejas-evangelicas-diz-estudo/
Herculano
26/10/2020 11:39
da série: a mesma moeda, e duas faces em diferentes. É sempre assim no mundo político de interesses geopolíticos, religiosos ou ideológicos

De Guga Chacra, no twitter:

Erdogan ataca Macron por suas falas sobre o radicalismo islâmico e pede boicote a produtos franceses. Mas segue calado sobre os muçulmanos colocados em campos de concentração na China, de quem é aliado
Herculano
26/10/2020 11:35
da série: o comando torto da economia ainda vai afundar o governo Bolsonaro. As eleições municipais impedem o necessário, urgente e mínimo saco de maldades para corrigir o rumo do barco diante da falta de reformas estruturais e desequilíbrio fiscal provocado pelas medidas emergenciais para conter os estragos da pandemia

A 11ª ALTA NA PREVISÃO DA INFLAÇÃO

Conteúdo de O Antagonista. O mercado financeiro aumentou, pela 11ª semana consecutiva, a previsão de alta da inflação no Brasil neste ano.

Segundo o Boletim Focus divulgado há pouco pelo Banco Central, analistas dos bancos subiram a estimativa do IPCA de 2020 de 2,65% para 2,99%.

A previsão para o PIB deste ano teve uma melhora: pela primeira vez desde maio, o mercado passou a estimar uma queda menor do que 5%. A previsão agora é de 4,81%.
Herculano
26/10/2020 11:17
MATURIDADE DO JUDICIÁRIO EVITA TOMADA DO PODER, por Cláudio Prisco Paraíso

O que se presenciou no histórico julgamento de sexta-feira, na Assembleia Legislativa, foi uma aula de postura e compostura dada pelos magistrados que integraram o Tribunal Especial do impeachment.

Eles foram ao Legislativo, ambiente ao qual não estão acostumados e se impuseram. Pela via dos votos bem embasados, bem fundamentados e à luz da lei e da Constituição.

Observaram com rigor estes componentes indispensáveis. Sim, o processo de impeachment é político, mas tal instrumento jurídico não pode ser banalizado. Não se pode achar normal que o eleito que venha a não dispor de apoio legislativo tenha que ser cassado. Isso ameaça o processo democrático, pois pode alcançar desde o presidente até o prefeito do menor município do país. Chefes do Executivo não podem ser simplesmente sacados de seus cargos. Isso gera instabilidade e fere o princípio do voto popular.

ENQUADRAMENTO

Os próprios deputados são submetidos ao escrutínio do eleitorado. Os magistrados, que não são submetidos ao crivo das urnas, enquadraram, literalmente, os parlamentares. Cinco dos seis votos proferidos pelos desembargadores mostraram compromisso com a verdade e observância à legislação, coisa que a maioria esmagadora dos deputados de Santa Catarina hoje ignora.

DIVERGÊNCIA

Causou estranheza um dos votos proveniente da magistratura. Não porque ele não acolheu a denúncia. E sim porque não se tratava de tema controverso, controvertido, que pudesse justificar a sustentação apresentada pelo juiz. Até porque, a manifestação dos outros quatro desembargadores (o presidente votou só para desempatar o julgamento de Daniela Reinehr), não deixou dúvidas que a Alesc estava exorbitando ao querer afastar, numa tacada, o governador e a vice.

SEDE DE PODER

Os juízes deixaram muito claro que o Legislativo estava querendo tomar o poder de assalto. O que não ocorreu graças à honorabilidade dos magistrados e com a pequena ajuda do deputado Sargento Lima, que só acatou a denúncia contra Moisés da Silva, deixando a vice-governadora de fora.

CALENDÁRIO

Ela assumirá o governo na terça-feira também porque o presidente da Assembleia não tem a menor condição política e pessoal de assumir o comando de Santa Catarina. Primeiro, pelas duas denúncias que pesam contra ele no âmbito da Operação Alcatraz, tendo sido indiciado pela Polícia Federal; e segundo porque ele arquitetou e pilotou toda essa operação para defenestrar, sem justa causa, o governo eleito.

SONHO E PESADELO

Portanto, dos males, o menor com a investidura de Daniela Reinehr na condição de governadora interina de Santa Catarina. Resumo da ópera: o presidente da Alesc acordou governador e foi dormir, sábado de madrugada, na mesma condição de duplamente denunciado pelo MPF. Por cinco crimes, com destaque para peculato, corrupção, organização criminosa e fraude em licitação.

FRASE

"Conto com a Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas do Estado, Servidores do Executivo, com as entidades de classe, com o setor produtivo, com a Assembleia Legislativa e com o povo catarinense." Daniela Reinehr
Herculano
26/10/2020 08:59
DANIELA TERÁ LIBERDADE PARA GOVERNAR, por Roberto Azevedo, no Making of

Daniela Reinehr e Carlos Moisés começaram uma transição no sábado (24), onde o governador afastado pelo tribunal especial de julgamento deu sinal verde para a vice operar na interinidade à frente da administração estadual que poderá chegar aos 180 dias.

Nem seria necessário o gesto, pois quem conhece Daniela sabe que enfrenta os problemas como acompanhou todas as fases do processo aberto pela Assembleia cara a cara com os parlamentares e não foi diferente durante as mais de 16 horas de duração da sessão do Tribunal Especial de Julgamento.

No sábado (24) mesmo, a governadora em exercício já se reuniu com boa parte do secretariado e integrantes de outros órgãos, das 50 estruturas que compõem o governo catarinense, e, pontualmente, deverá fazer modificações, embora nem Moisés acredite que seus assessores sigam a deliberação de entregar coletivamente os cargos, uma espécie de pacto que anunciaram antes do tribunal especial.

No domingo (25), a líder do governo na Assembleia, deputada Paulinha da Silva (PDT), entregou o cargo a Daniela, para que a primeira mulher eleita pelo voto direto a administrar o Estado possa montar a base no Legislativo.

Só DEPOIS

Daniela não avisou ainda se aceita a oferta de Paulinha, mas precisará com urgência promover uma composição com o Legislativo, mesmo que, em um primeiro momento, seja na base do voto de confiança depois de escapar da batalha do impeachment.

À governadora em exercício serve um velho conselho, de políticos experientes: não se impressione ou se iluda com sorrisos fáceis e afagos no ego, pois quem apunhala uma vez e não perdeu as mãos e a língua, deve ter um estoque de facas em casa e argumentos guardados na cabeça.

UM MOISÉS POLÍTICO

Durou 12 minutos a coletiva que o governador Carlos Moisés fez no sábado (24), 15 horas depois do desembargador Ricardo Roesler anunciar o resultado do tribunal especial e o afastamento dele do cargo por seis votos a quatro. Moisés estava bem barbeado, alinhadíssimo, não aparentava abatimento, quando disse que acompanhou o resultado do que ocorria na Assembleia ao lado da família e de amigos, depois de uma sexta em que cumpriu agenda em Florianópolis e Laguna. Moisés, que terá os vencimentos reduzidos em um terço, pretende continuar morando na Casa d'Agronômica e afirma que, longe das atividades de gestão, se dedicará a estreitar os contatos políticos com deputados. Certamente, agora, admite o erro do distanciamento social do parlamento que exerceu muito antes da pandemia.

TESE

Assim como seu advogado Marcos Fey Probst, que chegou a dizer que pedirá que a nova fase do processo de impeachment deveria marcar o julgamento, pois não há provas para produzir, Moisés mantém o norte da tese de que não justa causa, crime de responsabilidade, nos processos que responde.

Lembra da manifestação de dois magistrados, os desembargadores Carlos Alberto Civinski e Sérgio Rizelo, que ao se referirem ao protagonismo da Procuradoria Geral do Estado na equiparação de salários com os procuradores da Assembleia, disseram que ou o governador cumpria e, de acordo com a denúncia de Ralf Zimmer Junior, cometeu crime de responsabilidade ou desobedecia em ocorreria no mesmo delito administrativo.

REAGIU

O deputado Maurício Eskudlark (PL) não gostou da nota da coluna, no acompanhamento do tribunal especial, e contrapôs a afirmação de que defende um reajuste aos delegados, motivo do rompimento com Carlos Moisés, de quem foi líder na Assembleia.

De acordo com Eskudlark, o conteúdo da nota é "um grande equívoco ou uma maldade", e acrescenta que só citou o fato por existir no processo (nos autos), e conclui: "sobre a equiparação e reajustes dos delegados (de Polícia) recorreram (ao se referir à Procuradoria Geral do Estado, ou seja, ao governo de Moisés), deles (procuradores do Estado) pagam administrativamente".

A PERSONALIDADE DO SARGENTO

Deputado estadual estreante, o deputado Sargento (Carlos Henrique de) Lima, do PSL, pode até ter sido influenciado pelo clã Bolsonaro para poupar a vice-governadora Daniela Reinehr, mas o fez com personalidade diante de um cenário dominado pela articulação pesada do presidente da Assembleia, deputado Julio Garcia, do PSD. Sargento Lima não é Sargento Garcia, personagem dos quadrinhos que combatia um herói mascarado no México contra os espanhóis. Hoje, a maioria usa máscara, exceto no plenário do parlamento, em que o adereço sumiu dos rostos a grande maioria dos deputados. Mas Lima tem razão, faltam zorros à sua volta. O deputado atiçou é claro os revoltosos de outros nichos políticos, quando disse o nome de Jair Bolsonaro e sentenciou que, embora não conhecesse bem Daniela, sabia que ela boa pessoa porque "é de direita".

"LIGA PARA O JÚLIO"

Não faltou empenho entre os deputados alinhados com o presidente da Assembleia em pleno Tribunal Especial de Julgamento, fora os demais que agiam pelo WhatsApp para que Sargento Lima mudasse seu voto, o que favoreceria a ascensão de Julio Garcia à interinidade no governo.

Os pedidos eram feitos em voz alta, qualquer um em plenário e ali próximo conseguia ouvir, sem qualquer pudor, ação desesperada que não deu em nada e atrapalhou a trama.

ESSÊNCIA MANTIDA

O robusto e bem conduzido relatório produzido pelo deputado Kennedy Nunes (PSD) favorável ao prosseguimento do processo de impeachment contra Moisés e Daniela foi embaçado pela revelação do conteúdo de um grupo de WhatsApp, que seria composto pela família do parlamentar. O discurso "Máfia de Toga" cai no dia do dia para quem conhece o comportamento de Kennedy, sempre disposto a uma polêmica ou a uma ironia em plenário, algo que beira ao insulto e à ofensa na maioria das vezes. O questionamento ético da cópia sem autorização é válido, só que não apaga a impressão de o quanto o deputado fez jogo de cena nos últimos dias diante dos magistrados que o cercavam.

CHUVAS DE NOTAS

O que mais apareceu na caixa de correspondência dos jornalistas nos últimos três dias foram notas oficiais, algumas questionando o resultado do tribunal, como a dos presidentes da Facisc, Jonny Zulauf, e da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, ou da Assembleia contra a "violação" do sigilo do grupo apimentado do deputado Kennedy Nunes, que conseguiu, ao mesmo tempo, manter a autenticidade e abrir uma crise entre Legislativo e Judiciário. TJ e AMC também se manifestaram sobre o lamentável ocorrido.

Há ainda o grupo de notas oficiais que contestam outras notas oficiais, inaugurada pelo deputado Marcos Vieira (PSDB) contra Zulauf, e as mais amenas, como a de agradecimento da vice-governadora. A conclusão é a de que quem não conseguiu o intento no impeachment resolveu bater boca contra a sociedade e instituições.
Herculano
26/10/2020 08:44
NA GUERRA DA VACINA E DO GENERAL MARIA FOFOCA, BOMBA ECONôMICA ESTÁ ARMADA, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

O custo da comida ainda não incomoda porque ainda se pagam auxílios, mas se a carestia continuar e o povo perder esse dinheirinho, haverá problemas.

A diversão está garantida nessas próximas semanas em que o pavio da bomba econômica continuará queimando, sem que o país em geral se importe muito. A diversão maior, no sentido de desvio de atenção, virá da guerra da vacina que ainda nem existe, das decisões que o Supremo deve tomar sobre a obrigação de tomá-la e da aprovação da "vacina chinesa paulista" pela Anvisa e pelo governo.

Enquanto isso, o centrão e alas do governo se ocupam de disputar cadeiras ministeriais. Jair Bolsonaro trata de sua preocupação maior, livrar filhos da cadeia. Parlamentares articulam a eleição dos novos comandos do Congresso.

Até fins de novembro, as eleições nos EUA e nas cidades brasileiras vão dizer qual o valor de mercado eleitoral de extremistas e lunáticos em geral.

Eventual derrota de Donald Trump e de candidatos bolsonaristas nas cidades maiores pode aumentar o passivo político de Bolsonaro, embora esse débito talvez não seja cobrado tão cedo.

O risco maior para o presidente é a política econômica, ora em estado de animação suspensa.

Parte do centrão e gente do governo disputam a cadeira do general Luiz Ramos, ministro da Secretaria de Governo. Com o general Braga Netto, ministro da Casa Civil, Ramos levou Bolsonaro a criar uma coalizão bastante pelo menos para evitar um impeachment.

Foi chamado na sexta-feira de Maria Fofoca pelo ministro do Mau Ambiente, Ricardo Salles, desafeto dos militares.

Não importa muito a rixa que detonou o mexerico vulgaríssimo, portanto condizente com este governo. Interessa que isso explicitou movimentos para decapitar Ramos. Outra disputa de boquinha-mor é a do Ministério do Desenvolvimento, que Bolsonaro estuda recriar. Enquanto o país morre, queima e se endivida, é disso que tratam no Planalto.

A revista Época revelou que Bolsonaro recorre à Polícia Federal, a seus espiões e a outros recursos do governo para cuidar de rolo de filho. É disso, talvez um crime de responsabilidade, que trata o presidente.

Não se liga muito para os sinais de infecção na economia. Desde fins de agosto, as taxas de juros subiram degraus e lá no alto ficaram. O dólar não baixa da casa perigosa dos R$ 5,60, dado o rebu incompetente de um governo endividado.

A combinação de desvalorização da moeda e de auxílio emergencial levou os preços dos alimentos às maiores altas em mais de década (como em 2008, 2013 e 2016).

O custo da comida ainda não incomoda de modo generalizado, como de costume, porque ainda se pagam auxílios. Se a carestia continuar e o povo perder esse dinheirinho, haverá problemas.

Juros de longo prazo e dólar foram às alturas em grande parte porque o país não tem Orçamento para 2021, porque pode ser que tenha até dois (um outro "emergencial") e porque os donos do dinheiro temem furos no teto de gastos. Bolsonaro e a elite política empurraram a discussão dessa crise para depois de novembro.

As soluções para o impasse orçamentário não são politicamente boas. Bolsonaro pode decidir estourar o orçamento, o que vai dar em besteira feia. Pode ignorar o auxílio aos pobres, o que vai dar em fome feia. Pode arrochar outrem a fim de financiar alguma renda básica. Terá de enfrentar reformas, como a politicamente divisiva mudança tributária, sem o que o país vai ficar mais encalacrado (não se trata de dizer que vai ficar melhor ou pior para esta ou aquela gente, mas ficará encalacrado).

Mesmo que não se tomem as piores decisões, a retomada da economia ainda será incerta. Mas a gente se diverte com outros horrores.
Herculano
26/10/2020 08:40
da série: como no caso de Sérgio Moro e dos ministros de Saúde defenestrados no caso da Covid-19, os Bolsonaros não deixam a área econômica deslanchar. É visível. Pior de que esta seria à mágica da reeleição

"BAIXO VRESCIMENTO, BAIXO INVESTIMENTO E BAIXA PRODUTIVIDADE"

Conteúdo de O Antagonista. O economista-chefe do Goldman Sachs para América Latina, Alberto Ramos, disse para o Estadão que o crescimento brasileiro não se sustenta:

"Primeiro, estamos falando de um repique inicial depois de bater no fundo. Por outro lado, tivemos um trampolim fiscal que elevou o repique. Chega um ponto em que essa energia acaba e os números começam a ser mais moderados. O que a gente sabe sobre a trajetória da economia brasileira nos últimos anos é que é de baixo crescimento, baixo investimento e baixa produtividade. Essa realidade me parece que não mudou. Vai chegar um ponto em que vai convergir para a realidade de crescimento do país, que é relativamente baixo. Do ponto de vista fiscal, a gente não faz o que quer, mas sim o que pode."

Ele disse também:

"Os riscos de um downgrade do rating do Brasil estão maiores porque os rastros de endividamento público pioraram bastante. E, se as reformas não avançam, começam a aparecer dúvidas quanto à solvência fiscal de médio e longo prazos. Essa inquietação com a solvência fiscal mina o crescimento porque leva os juros de longo prazo a taxas mais altas e os indicadores de confiança se deterioram."
Herculano
26/10/2020 08:34
da série: quando a saúde e a vida valem pouco e o terraplanismo é um ato de fé

ANTIBOLSONARISTAS ACEITAM A VACINA CHINESA

Conteúdo de O Antagonista. Para os que consideram Jair Bolsonaro ruim ou péssimo, tanto faz a origem da vacina contra a Covid-19: basta que ela funcione.

Segundo pesquisa da UnB, apenas 18% dos que rejeitam o governo responderam que há pouca ou nenhuma chance de tomarem a vacina chinesa.

O percentual é praticamente o mesmo daqueles que não tomariam a vacina americana (15,9%), a vacina de Oxford (16,3%) ou a vacina russa (19,2%).
Herculano
26/10/2020 08:22
BRASIL VIVE EPIDEMIA DE ATAQUE VIRTUAL, por Ronaldo Lemos, advogado, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, no jornal Folha de S. Paulo.

Uma das razões para isso é o aumento no uso de redes sociais durante a pandemia

A crise da Covid-19 apressou por necessidade processos de transformação digital e fez crescer também um outro problema. Há uma verdadeira epidemia de ataques virtuais acontecendo, incluindo plataformas como Whatsapp e Instagram.

Uma das razões para isso é o aumento no uso das plataformas digitais. Durante a pandemia o Whatsapp teve um aumento de uso de 40%, de acordo com dados da consultoria Kantar. Em alguns mercados, como a Espanha, o uso aumentou 76%.

Entre usuários de 18 a 34 anos, houve também aumento de 40% no uso do Facebook e do Instagram.

Com mais tempo online em casa e sem as proteções que em geral as redes corporativas possuem para quem trabalha em escritório, a "superfície" de ataque aumentou consideravelmente. Por conta disso, é muito provável que você tenha algum conhecido ou familiar que teve sua conta de Whatsapp hackeada nos últimos dias.

A forma como esse ataque acontece é variada. Um dos métodos se aproveita de uma falha no Whatsapp Web, enviando um falso contato para a o usuário. Para resolver esse tipo de ataque a providência é simples: atualize seu aplicativo do Whatsapp imediatamente.

Outro tipo de ataque usa a chamada "engenharia social", isto é, a famosa falha humana. A partir de uma conta de Whatsapp ou Facebook já hackeada ou por meio de mensagens de SMS enviadas para o número da pessoa, o atacante se coloca como um amigo precisando de ajuda. Ele diz estar tendo dificuldade para receber um código no seu celular, e pede ajuda para você mandar o código para ele.

A partir daí, ele pede para o Whatsapp enviar um código de verificação para a vítima, que achando que está falando com uma pessoa em quem confia, acaba encaminhando o código. Ao fazer isso, o atacante usa o código para ter acesso à conta da vítima.

A partir daí, passa a analisar os contatos mais frequentes daquela conta e a enviar mensagem com golpes pedindo dinheiro ou tentando angariar mais contas hackeadas. É um método bastante rudimentar de ataque, mas que tem sido eficaz.

Outro ataque parecido tem acontecido no Instagram, tendo por alvo contas verificadas (aquele selinho azul). Várias celebridades no Brasil foram vítimas desse golpe nas últimas semanas.

O atacante usa uma conta verificada hackeada para mudar o nome dela para "Suporte do Instagram". A partir daí, manda mensagem para outras contas, verificadas ou não, dizendo que está fazendo um processo de oferta ou renovação do selo azul, mandando um link com informações que o usuário precisa preencher. Como o hacker tem selo azul, acaba convencendo as pessoas a mandá-lo. Usa então essas informações para assumir a conta da vítima.

As lições desses casos são úteis. Primeiro, sempre acione o segundo fator de autenticação em todas suas contas. Se tiver um terceiro fator (como o número PIN no Whatsapp), acione também. Além disso, vale lembrar que, na internet, não existe ainda nenhum sistema de verificação de identidade massivo. Por isso, não dá para confiar em praticamente nada.

Mesmo quando alguém te escrever com um selo azul ou conta verificada, desconfie.

READER
Já era
não se preocupar com cibersegurança

Já é
Lei Geral de Proteção de Dados que estabelece obrigações de segurança da informação

Já vem
epidemia de ataques e necessidade de indivíduos e empresas estarem preparados
Herculano
26/10/2020 08:15
BRASIL CRIA 2 REGRAS TRIBUTÁRIAS POR DIA HÁ 32 ANOS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nesta segunda-feira, nos jornais brasileiros

A reforma tributária se torna mais necessária a cada dia, para destravar o crescimento econômico brasileiro. Levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) mostra que os legisladores brasileiros tiveram a capacidade de editar 419.387 normas tributárias desde a promulgação da Constituição. Segundo o IBPT, são 2,17 regras criadas todo dia útil desde 1988. Sempre para atrapalhar.

BUROCRACIA BILIONÁRIA

As milhares de regras levam as empresas a gastar R$ 162 bilhões por ano apenas para acompanhar as mudanças na legislação, diz o IBPT.

SEM DÚVIDA

Relator da reforma, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) vê o sistema tributário é "um dos pontos de maior contribuição para o alto custo do país".

VALIA PARA ANTES

Coordenador do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral disse que as propostas "são ultrapassadas" e não consideram todos os efeitos da pandemia.

BUROCRACIA QUILOMÉTRICA

Cada empresa deve monitorar atentamente 4.377 regras se não quiser ter problemas. Impressas em papel A4, são 6,4 quilômetros de normas.

BRASIL IMPORTARÁ 'VACINA DESENVOLVIDA PELO BUTANTÃ'

A autorização da Anvisa para o governo de São Paulo importar 6 milhões de doses de vacinas do laboratório chinês Sinovac provocou estranheza no Palácio do Planalto. Afinal, o governador João Doria tem repetido à exaustão o que a vacina é "desenvolvida em parceria com o Instituto Butantã". A importação autorizada na sexta (23) confirma quem de fato desenvolve o imunizante, mas o Butantã continua sendo a principal referência brasileira no desenvolvimento de vacinas e outros fármacos.

CARÁTER 'ESPECIAL'

As autoridades paulistas se apressaram em divulgar que a importação da vacina será realizada "em caráter especial".

RóTULO BRASILEIRO

Até agora, a participação efetiva do Butantã foi materializada com a divulgação da embalagem da vacina com a denominação "Coronavac".

EU COMPRO, VOCÊ PAGA

Bolsonaro acha que a grita de Doria objetiva apenas encontrar quem pague a vacina encomendada pelo seu governo ao laboratório Sinovac.

JULGAMENTO INóCUO

O ministro Ricardo Lewandowski quer urgência no julgamento do STF sobre a tola ação do PDT que pretende tornar a vacina obrigatória, mesmo sabendo que não haverá vacinas para todos. Poderia aproveitar e ordenar, por sentença, que as vacinas se materializem no Brasil.

HOLOFOTE NÃO ESQUENTA

O café anda tão frio, na Câmara dos Deputados, que o presidente Rodrigo Maia teve que apelar para palpites na "polêmica" sobre a vacina entre o presidente Bolsonaro e o governador João Doria.

CRAQUE NA ASSESSORIA

O embaixador Carlos Alberto França, que se despede do Cerimonial, é o novo chefe da Assessoria Especial do Planalto. Precisa manter o preparo físico: terá de acompanhar despachos, levantar dados, preparar e-mails, estudos, tratar da agenda e acompanhar as viagens do presidente.

AULAS NO BOTECO

Um cursinho para concursos e vestibulares de Maceió expôs o ridículo da proibição de funcionamento de escolas, enquanto botecos e restaurantes estão liberados: dá suas aulas em um bar da cidade.

LUZES DA INDIFERENÇA

A Câmara gostou da moleza de "apoiar" causas apenas iluminando suas dependências. A mais nova será trocar rosa do câncer de mama pelo verde do nanismo. Agir, que é bom, aprovando projetos, quase nada.

PEC DA SINALIZAÇÃO

A PEC 77, de Izalci Lucas (PSDB-DF), foi apresentada em 2019 por Angelo Coronel (PSD-BA) e retira do presidente o poder de indicar todos os ministros do STF. Três seriam "eleitos" pelo Senado, três pela Câmara e cinco pelo presidente. E limita a escolha a ministros de outros tribunais.

POSSE VIRTUAL

Após ser aprovado no plenário do Senado por 57 votos a 10, em sessão semipresencial, Kassio Nunes Marques tomará posse como Supremo Tribunal Federal (STF), em cerimônia virtual, semana que vem, dia 5.

RETOMADA

Associação de lojistas de shopping (Alshop) prevê a contratação de ao menos 82 mil empregados temporários para as vendas de fim de ano. A expectativa é de efetivação de cerca de 20% para continuar em 2021.

PENSANDO BEM...

...no Congresso, quando o café esfria, não tem incêndio que esquente.
Herculano
26/10/2020 08:07
REVOLUÇÃO RUSSA É MAIS BEM COMPREENDIDA NUMA CHAVE TRÁGICA, por Luiz Felipe Pondé, filósofo e ensaísta, no jornal Folha de S. Paulo

A liberdade é um recurso bruto: o conflito de valores e atitudes é seu destino

Nos Estados Unidos, a esquerda se chama liberal, com razão. A esquerda que sobrou é filha do liberalismo de John Locke (século 17) a John Stuart Mill (século 19). Um pressuposto básico do pensamento liberal desde Locke é a exclusão da violência como instrumento político legítimo.

A deslegitimação da violência como instrumento político é um fator essencial. Assim como a legitimidade da guerra como continuação natural da política por outros meios, como afirmou Carl von Clausewitz (1780-1831) no seu clássico "Sobre a Guerra", caiu em desgraça, a violência revolucionária teve o mesmo fim.

Restou à política os espaços institucionais e o mercado, que também têm se transformado em poder representativo da República, ainda que indireto, como a mídia o é há muito tempo. Daí o vínculo entre lugar de fala, marketing e cotas.

Mas talvez não tenha sido apenas a política como violência que fosse a justificativa para que os russos realizassem a revolução bolchevista.

A hipótese de Orlando Figes sobre a Revolução Russa em seu "A Tragédia de um Povo: A Revolução Russa (1891 - 1924)" (ed. Dom Quixote) - autor conhecido entre nós pelas suas obras "Uma História Cultural da Rússia" e "Sussurros" (sobre o stalinismo) - é mais bem compreendida numa chave trágica. O que isso quer dizer?

Isso quer dizer que a revolução aconteceu por inúmeras razões que escapam ao controle humano quando vistas numa longa duração entre 1825 e 1924. Como se o descontrole de um número gigantesco de variáveis desenhasse a própria noção de destino trágico traçado por forças que nos escapam do ponto de vista da razão.

A revolução começou em fevereiro de 1917, quando começa a queda do regime czarista, com protestos contra a falta de pão, massacres de gente aleatória, motins no Exército, casais transando nas ruas e sem nenhuma liderança objetiva única. Nem os bolcheviques acreditavam na revolução naquele momento.

Isso não quer dizer que, olhando pontualmente certos momentos na cadeia infinita de fatos, não percebamos a incompetência do Estado czarista no seu vai e vem diante da modernização europeia e a resistência a ela por parte de alguns setores da inteligência russa.

A vastidão infinita da Rússia e seus Estados satélites, a Primeira Guerra Mundial, a precariedade técnica e burocrática, a ignorância e a miséria profundas e a inapetência do "governo provisional" pré-bolchevique são causas identificáveis, mas incontroláveis quando postas lado a lado.

A interpretação forte dessa hipótese nos leva à suposição de que uma revolução dessa magnitude só acontece como tragédia.

Ninguém - nem mesmo Kerenski, Lênin, Trótski ou Stálin, seus protagonistas conhecidos - foi, de fato, senhor do processo. A contingência foi a senhora da história. E quando a contingência é a senhora da casa, estamos na casa da tragédia.

A Revolução Russa, cozida profundamente sob o impacto do racionalismo hegeliano, acabou por se provar anti-hegeliana e antimarxista: não há agente histórico racional capaz de conduzir nenhum processo histórico dessa magnitude.

O liberalismo como tradição exclui qualquer opção violenta e pretende conter toda ação política e social dentro de uma racionalidade institucional. Entretanto, como bem viu Isaiah Berlin (século 20), muito influenciado pela inteligência russa do 19, a liberdade é um recurso bruto: o conflito de valores e atitudes é seu destino. Daí ser ele denominado por John Gray, já no século 21, como o liberal trágico por excelência.

A liberdade como dado bruto representa a cegueira final dos processos históricos. Isso não implica recusa da liberdade, mas sim percepção de que ela, assim como sua mais nova ferramenta, as redes sociais, é da ordem da fissura do átomo e da energia nuclear.

Tolstói, no epílogo da segunda parte do seu "Guerra e Paz", desenhou a melhor teoria da história para esse quadro: a história é cega e resultado de infinitas ações que escapam ao nosso controle cognitivo e a nossa vontade.

Nunca sabemos para onde vamos. Somos agentes da contingência, e não de um processo histórico racional.

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