Uma nova companhia nas casas - Jornal Cruzeiro do Vale

Uma nova companhia nas casas

18/09/2015
Uma nova companhia nas casas

Não são apenas cães e gatos que ocupam os lugares de animais domésticos nos lares da região. Uma personagem que ganha cada vez mais espaço nas residências é a calopsita. Desde que quis mostrar ao neto como é ter um animal de estimação, o aposentado Arlindo Dallarosa se envolveu cada vez com a ave, que tem origem australiana.

Natural de Gaspar, mas morando há muitos anos no bairro Itoupava Seca, em Blumenau, Arlindo se envolveu cada vez mais com as calopsitas e hoje já cria 11 casais da ave no terreno de sua casa. ?Adaptei o quarto de empregada, que tem um bom espaço, e coloquei gaiolas individuais. Elas são muito inteligentes, cada uma tem uma personalidade e em geral se adaptam muito facilmente aos novos ambientes?, opina.

Segundo Arlindo, as calopsitas costumam ficar dependentes dos donos, pedindo atenção pela manhã ao acordar e seguindo os donos pela casa, quando mantidas soltas, lembrando até um cachorro. ?O normal é comprar uma gaiola com porta maior na frente, mas não deixá-la presa o dia todo. Só é preciso ter cuidado, porque se ela voar para o alto a chance de se perder e acabar não voltando é enorme?, explica.

Um dos pontos fortes da ave é a interação com os donos. ?A partir dos três ou quatro meses, com um bom convívio, os machos já costumam começar a conversar ou assoviar alguma coisa que o dono ensine?, conta. Sobre os principais cuidados, a receita principal é cuidar com a alimentação, evitar comidas que possam fazer mal, como folhagens tóxicas, e se basear no mix para calopsitas vendido em aviários. ?Em geral ela é muito fácil de manter, só exige atenção e companhia para interagir?, destaca Arlindo, que posa com as aves nas redes sociais.

Conhecer o animal é fundamental

Especializado em aves e animais silvestres, o médico-veterinário Igor Magno, o Dr. Selvagem (foto), dá algumas dicas básicas para quem pensa em ter uma calopsita, outra ave ou até mesmo um animal exótico, bastante procurados atualmente. ?O mais importante é você pesquisar sobre o animal, filtrar as informações que estão na internet, saber o que é verdade e o que não é e conversar com profissionais para saber se aquela espécie combina com você e vai se adaptar à sua realidade?, ressalta.

Um dos principais veterinários do Sul do Brasil no ramo de animais selvagens, Igor faz ações voluntárias de resgates de animais juntamente com a Polícia Ambiental. Ele destaca que se a escolha não for por calopsita, mas sim, por animal silvestre, é necessário consultar órgãos como o Ibama para não adquirir um animal ilegalmente. ?Se isso acontecer, não há como legalizar o animal depois?, ressalta.

 

Edição 1716