A praticamente um mês do primeiro turno das eleições gerais de 2014, o debate entre os candidatos começa a esquentar. No entanto, alguns assuntos como as grandes reformas - política, tributária e da previdência - permanecem praticamente à margem da agenda de entrevistas e cobranças aos principais candidatos, sobretudo na corrida presidencial. São assuntos até aqui superados, por exemplo, por alianças partidárias e política econômica.
Motivados também por isso, entidades, sindicatos, ONGs e movimentos sociais colocam na rua um ?plebiscito popular?, uma espécie de consulta popular que busca apoio da população à convocação de uma Constituinte, tema que é defendido com veemência pelas entidades e pelas lideranças. A ideia, segundo os organizadores, é que essa Constituinte, de forma exclusiva e soberana, possa alterar a legislação e a Constituição para definir novos parâmetros a assuntos considerados prioritários por eles, como o financiamento de campanha e a reeleição.
Em um momento decisivo da campanha em todas as disputas, onde os candidatos buscam tirar da cartola propostas e argumentos para se sobressair ante o concorrente nas pesquisas e na intenção de voto dos eleitores, eis nestas grandes reformas, e também em temas polêmicos como as garantias do movimento LGBT, oportunidades para os candidatos se diferenciarem no imaginário do eleitorado e, ao mesmo tempo, fortalecerem a luta pelo avanço nestas questões. Dessa forma a população poderá ter nestas eleições algo mais do que a simples busca do poder.
Edição 1620
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