Mais um caso de violência sexual infantil assustou os moradores de Ilhota e Gaspar neste final de semana. Uma menina de apenas sete anos de idade foi violentada por um vizinho, portador do vírus HIV.
Por sorte, e devido à agilidade da criança e da polícia, este estuprador foi detido e retirado das ruas. Porém, muitos outros continuam agindo escondidos e silenciando mulheres e crianças vítimas deste terrível ato que é a violência sexual.
As marcas deixadas nas vítimas de abuso vão muito além dos problemas físicos. Os traumas emocionais e psicológicos muitas vezes impedem estas crianças e mulheres de terem uma vida sexual saudável quando adultas. Meninos violentados quando criança têm grande chance de se tornarem abusadores, caso não passem por tratamentos adequados. Além disso, em muitos casos o estuprador é soropositivo e a vítima é contaminada pela doença, tendo que conviver com a AIDS até o resto de sua vida.
É preciso investir, com urgência, em políticas públicas que impeçam estes casos de violência sexual. Políticas que invistam na estrutura das famílias, pois muitas vezes o abuso acontece dentro da própria casa. Políticas que retirem as crianças das ruas, que promovam a segurança e punam, com severidade, os responsáveis por tais atos. Já passou da hora de as autoridades olharem com atenção para este assunto, afinal, até quando crianças e mulheres precisarão andar com medo pelas ruas, e muitas vezes até dentro de suas próprias casas?
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