Crescemos ouvindo que o Brasil precisa respirar novos ares na política e que é preciso abrir espaço para as novas ideias, novos partidos, novas ideologias. Nos anos 80, precisávamos acabar com a Ditadura. Nos anos 90, os monstros eram Collor e a inflação. No começo dos anos 2000, o problema era o Lula e o PT. Agora, o problema é o negacionismo científico e o aparelhamento das instituições.
A nova política continua dando mostras de que continua com as velhas práticas. Mesmo aqueles políticos mais jovens reproduzem o sistema em candidaturas, no governo e nas relações promíscuas com base na corrupção e nos interesses privados contra o bem público.
Nessa semana, duas operações chamaram a atenção em Gaspar. A primeira foi liderada pela Polícia Civil e buscava evidências para uma suspeita de fraude na transferência de veículos. A segunda foi comandada pela Polícia Federal e envolveu 50 policiais e investigava corrupção na liberação de licenças ambientais.
Tais situações só ocorrem porque o que precisa mudar é o nível de conhecimento que o eleitor tem sobre política e sobre os candidatos. O sistema está impregnado de corrupção e a nova política não parece querer livrar-se dela.
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