O grande fato da semana no Vale do Itajaí foi a assinatura da ordem de serviço para o início da duplicação da BR-470. O clamor pela obra ecoa há várias décadas em toda a região e resistiu ao atraso no desenvolvimento que a limitação da rodovia provocou e, sobretudo, às vidas que se perderam nos graves acidentes que se sucederam ao longo de todos esses anos.
A perspectiva de ter máquinas roncando na rodovia nos próximos dias é um forte sinal de esperança. Esperança de que a obra ande na velocidade necessária, de que a expansão econômica possa ser alavancada após a duplicação, de que nossos jovens poderão se deslocar pela região sem que o risco de perder a vida seja tão latente a cada curva.
A esperança, no entanto, não pode nos cegar para a razão. Pela complexidade envolvida, esta talvez seja a obra em que a comunidade e as lideranças que estiveram em evidência nesta quinta-feira, com o reconhecido esforço para a assinatura da ordem de serviço, mais precisem se unir para fiscalizar e acompanhar passo a passo.
Os motoristas precisam ter em mente que os trabalhos vão sim provocar impacto e congestionamentos na rodovia, mas o sentimento que deve imperar é o de interesse coletivo e o de que este é um transtorno necessário para uma importante melhoria. Entretanto, a burocracia, apontada como vilã em outras obras que param e voltam ou se arrastam por motivos mil, desta vez não pode encontrar espaço para atravancar a duplicação da BR-470. O envolvimento coletivo precisa ser mais forte do que as adversidades que possam surgir. A população do Vale do Itajaí já esperou demais por esta conquista.
Edição 1507
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