O IBGE divulgou, no final de dezembro, mais uma etapa do Censo 2010, com relação aos aglomerados subnormais, que são locais de concentração de moradias em condições precárias, e Gaspar despontou como a cidade catarinense com maior percentual de moradores vivendo nestas localidades. Mais de 10% da população gasparense reside nos cinco aglomerados identificados pelo IBGE na cidade.
Os índices colocam Gaspar no topo de uma lista negativa, que revela a fragilidade e mostra a falta de infraestrutura da cidade, e o problema não é de agora. As ocupações irregulares iniciaram há décadas e vêm aumentando com a chegada de imigrantes, que vêm para a cidade à procura de emprego, e com o consequente aumento da pobreza.
É preciso parar e avaliar a situação, afinal, são milhares de pessoas que estão vivendo em condições subnormais e que merecem uma vida melhor, com moradia digna, saúde, educação, água tratada, saneamento básico e outros serviços públicos essenciais à sobrevivência humana.
O que se espera é que o discurso da secretária de Planejamento e Desenvolvimento, Patrícia Scheidt, seja colocado em prática e que os dados revelados pelo Censo realmente sirvam para que a cidade consiga recursos federais para investir na qualidade de vida de sua população. Alcançar a redução destes índices não é tarefa imediata, demanda tempo e investimentos e cabe aos gestores municipais este entendimento, de que é preciso investir hoje, para colher os frutos amanhã.
Edição 1355
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