Os quase três meses que a comissão de servidores da Câmara de Vereadores de Gaspar consumiu buscando informações sobre a real necessidade de realização de um concurso público para ampliar o número de profissionais não foi suficiente para sacramentar uma decisão sobre a adequação da estrutura de pessoal da casa de leis. No momento em que o assunto chega ao momento de definição, com a necessidade de criação de uma lei para levar adiante a criação dos cargos, o tema ganha repercussão com o impasse envolvendo uma possibilidade de contratação também de comissionados.
Sabe-se que os vereadores, sobretudo em cidades de pequeno e médio porte, têm importância vital no cotidiano da comunidade. É, muitas vezes, sobre eles que recaem as principais demandas sociais e reivindicações sobre o que está próximo da população no dia a dia. No entanto, essa notoriedade não pode servir de pretexto para incorrer no mesmo erro de estruturas administrativas maiores, como secretárias, ministérios e companhias estatais, inchando a máquina e provocando custos acima que prejudiquem o bom uso dos recursos públicos - que, é bom que se frise, pertencem a todos.
Do mesmo modo que foi necessário levantar dados e fazer estudos para sustentar a realização de um concurso público, é importante que eventuais vereadores que defendam o aumento do time de servidores apresentem números e dados concretos atestando a iminente necessidade de contratação destes comissionados. Informações deste tipo certamente são fundamentais para dimensionar o quanto a cidade perde e o quanto ganha com mais ou menos assessores e, ao mesmo tempo, dificulta a utilização de novas contratações como mera manobra política ou instrumento de poder.
Edição 1619
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