Ainda em clima de ressaca pós-eleitoral, tanto para os que comemoraram quanto para os que lamentaram, o Congresso retornou à ativa nesta semana e, de início, já precisou se articular para derrubar um decreto da Presidência que buscava criar Conselhos Populares para discutir políticas públicas de esfera federal. Com receio de que os conselhos pudessem diminuir a representatividade e também a influência dos parlamentares, os congressistas conseguiram derrubar o decreto e vetar a criação dos conselhos.
Por aqui, a principal pergunta que o eleitor se faz é se, no segundo mandato, o governo Dilma Rousseff irá dar mais celeridade a programas e obras de infraestrutura que têm relação direta com o desenvolvimento da cidade e da região. Os dois exemplos mais concretos são a Ponte do Vale e a duplicação da BR-470. Uma com duas paralisações e a outra com um ritmo que ainda deixa a desejar, essas duas ações são responsáveis por conferir um ar de desconfiança a parte da comunidade, que torce por dias melhores no segundo mandato da presidente.
Sem a figura da ex-senadora Ideli Salvatti como primeira interlocutora junto à cúpula presidencial, as lideranças locais do PT precisarão criar novos canais de comunicação, sobretudo com os novos ministros que vierem a assumir, e também recorrer ao apoio do deputado federal Décio Lima. Se essas estratégias serão suficientes para alavancar os projetos em andamento e, eventualmente, até conquistar novos investimentos para a região, só o tempo poderá dizer.
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