A gestão das cidades de todo o país é marcada por promessas que nutrem nos cidadãos brasileiros esperanças de uma vida melhor, porém, quase nunca saem do papel. Em Gaspar a situação não é diferente. Promessas e mais promessas chegam aos ouvidos da população, através da mídia ou mesmo através dos gestores municipais, porém ficam sempre no imaginário, no sonho, como objetivos a serem alcançados.
Há dois anos Gaspar discutia medidas para melhorar a segurança pública na cidade. Centenas de pessoas foram até a Câmara de Vereadores discutir com autoridades municipais e estaduais as medidas a serem tomadas em curto prazo. Instalação de videomonitoramento na área central, construção da nova delegacia e aumento do efetivo policial foram as propostas apresentadas e prometidas para todos.
Porém, dois anos depois, nada, absolutamente nada, saiu do papel, e a cidade beira ao caos com os índices de criminalidade saltando aos olhos de todo o Vale.
E as promessas não param por aí, há um ano, exatamente, a cabeceira da Ponte Hercílio Deeke começou a ceder. A promessa foi de uma obra de reparo completa, mas até agora nada. A burocracia dos processos licitatórios é que emperra a recuperação da única ligação entre as duas margens do Rio Itajaí-Açu da cidade. Sem reparos, a cabeceira não pára de ceder e a situação é a revelada pelas lentes de nossa equipe de reportagem na matéria da página 4 desta edição. Um caos.
A pergunta que fica é: até quando a população gasparense, e todos os moradores das demais cidades brasileiras que vivem o mesmo problema, vai aceitar calada as promessas que nunca chegam a ser cumpridas? Parafraseando o colunista Herculano Domício: Acorda Gaspar, está em tempo de sair da inércia e agir, cobrar, fiscalizar, e fazer acontecer.
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