Exatamente um ano se passou desde a solenidade que marcou a assinatura da ordem de serviço que permitia o início das obras de duplicação nos lotes 3 e 4 da BR-470, entre Gaspar e Indaial. O palco no Ginásio João dos Santos foi desmontado no mesmo dia. As autoridades voaram no mesmo dia de volta para Brasília. E a esperança de ver as obras de duplicação deslancharem durou o mesmo tempo de uma explosão de fogos de artifício.
O primeiro obstáculo foi a licença ambiental para o início da obra. Em seguida surgiu a demora na contratação de uma empresa para a captura animal nas margens da rodovia. Superadas as primeiras barreiras - após meses de espera, é bom que se diga -, a dificuldade passou a ser a remoção da rede de gás natural. E assim mais de meio ano de trabalho acabou sendo protelado, a ponto de o cenário na altura da entrada do bairro Belchior Central, onde as obras iniciaram há quase um ano, não diferir tanto assim do período anterior à assinatura da ordem de serviço.
O discurso das autoridades é de que as dificuldades iniciais já estavam previstas e não vão interferir no cronograma das obras, com conclusão prevista para quatro anos a partir da assinatura da ordem de serviço. As últimas declarações também dão conta de que entre setembro e outubro o ritmo nos dois primeiros lotes chegue ao nível de operação idealizado pelo Dnit e pela empresa responsável. À comunidade e à imprensa, cabe torcer e pressionar para que essas previsões sejam cumpridas. Moradores de Gaspar e do Vale do Itajaí torcem para que as obras de duplicação avancem no mesmo ritmo da escalada de mortes registradas na rodovia.
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