Escola Ferandino Dagnoni promove projeto de Educação Especial - Jornal Cruzeiro do Vale

Escola Ferandino Dagnoni promove projeto de Educação Especial

05/06/2020
Escola Ferandino Dagnoni promove projeto de Educação Especial

Missão dada e cumprida com êxito! A Escola Ferandino Dagnoni, localizada no bairro Gasparinho, mantém a qualidade de seus trabalhos durante o isolamento social. Exemplo disso é o ‘Projeto Saúde’, dedicado aos estudantes público-alvo da educação especial, matriculados na instituição pública de ensino. Com carinho e dedicação, a diretoria da unidade, juntamente com as professora especializadas Josiani Calefi, Josiane Berner e Vanderléia Aguiar, está levando conteúdos muito importantes aos seus alunos.

Simara Nicoletti Maraschi, diretora da escola, conta como a ideia surgiu e parabeniza o empenho de todas as pessoas envolvidas na iniciativa. “Tudo começou devido à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que traz para nós os temas contemporâneos transversais. E, um deles, é Saúde. Na primeira reunião do ano, em 3 de fevereiro, todos os funcionários estavam juntos e decidiram por abordá-lo”. O encontro foi inspirador e rendeu uma ação bastante positiva à comunidade.

Com a pandemia do novo coronavírus, o projeto precisou passar por uma reestruturação, já que se tornou o foco da saúde mundial. “Tivemos que repensar nossas abordagens, de acordo com as necessidades, potencial e realidade das famílias de cada aluno nosso. Focamos em fazer com que eles, que têm mais dificuldades, entendessem esse vírus”. Diante disso, as profissionais envolvidas trabalharam a prevenção, os sintomas e aprimoramento da leitura e escuta, além de envolver os responsáveis das crianças no processo de conscientização.

Os conteúdos propostos, ministrados em aulas não-presenciais, foram desenvolvidos em etapas, a contar do dia 6 de abril até 29 de maio. Em cada semana, os estudantes recebiam atividades interativas. Para encerrar com chave de ouro, as professoras envolvidas no projeto foram até os seus pequenos para entregar um kit com toalhinha, sabonete, frasco de álcool gel, máscara descartável, um livro e uma atividade. A visita foi realizada com todos os cuidados possíveis.

Feliz com o resultado e já desenvolvendo novas iniciativas em parceira com suas colegas de trabalho e coordenação da escola, Josiani é enfática sobre a experiência: “O projeto foi bem significativo. Casou com a nossa proposta, dentro do que devemos trabalhar com os alunos. Atendeu todas as nossas expectativas. Tivemos um retorno bem positivo dos estudantes e suas respectivas famílias”.

Famílias aprovam a experiência

Quem acompanhou de perto a interação entre professoras e alunos foram os pais e responsáveis pelas crianças. Conforme relata Andressa Michele Amorim Zaguini, mãe de Luiz Alberto, as atividades contribuíram no desenvolvimento cognitivo e motricidade do menino de 8 anos. “A professora enviou vários vídeos e explicações a respeito do coronavírus. Então foram feitos desenhos e trabalhos com massinha de modelar. Estou contente em ver meu filho se desenvolvendo bem e percebo que ele tem muito interesse em realizar todas as tarefas propostas pela professora”.

Terezinha Pereira de Oliveira Sansão é mãe da pequena Millena, de 8 anos. De acordo com ela, a experiência reforçou a importância das professoras. “Paciência, dedicação... essas mulheres são essenciais na vida da minha filha. O trabalho delas é essencial no seu aprendizado. Inclusive, quando descobri que a Millena tinha autismo, foi a escola que me deu todo apoio e orientou. Em nenhum momento me senti desamparada”.

Para María Rosângela Moura Honório, mãe do Victor Ruan, de 7 anos, a experiência tem a aproximado do filho. “Nesse período, estou descobrindo coisas nele e em mim. Tudo pra ele tem que ser perfeito. O projeto tem ajudado bastante. Por exemplo, ele não queria passar álcool gel nas mãozinhas, nem usar máscara. Mas daí lembrei-o que a professora tinha pedido e então passou a aceitar. Tudo isso, porque ela ensina da melhor forma possível”, destaca.

Os alunos

Atualmente, 11 alunos especiais são atendidos pela Escola Ferandino Dagnoni. Eles têm entre 7 e 14 anos. Dois deles possuem deficiência intelectual (leve à moderada); dois são deficientes auditivos; sete são autistas (seis casos leves e um caso severo). Todos frequentam a sala de recurso multifuncional, contra turno, como complemento à escolarização. O objetivo é diminuir as barreiras da exclusão no ensino regular e na sociedade. Antes da pandemia, os atendimentos ocorriam individualmente ou em pequenos grupos.

Novo projeto

Intitulado ‘Corpo e Movimento’, o novo projeto da escola para os alunos especiais tem três objetivos principais: ampliar o repertório de brincadeiras das crianças, desenvolver a consciência corporal e explicar a motricidade (fina e ampla).

 

Edição 1954

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