O centro das atenções. Assim que será tratado o bairro do Maracanã e os bairros adjacentes com a Copa do Mundo de 2014 que será realizada no Brasil. O estádio Mario Filho, popularmente conhecido como Maracanã, localizado no bairro de mesmo nome, será palco de jogos importantes e da final do campeonato. Com o fechamento do estádio para reformas o bairro perdeu seu principal chamariz: os eventos no Maracanã. Para moradores do entorno do estádio, a reabertura não trará melhorias para a região.
Inaugurado em 16 de junho de 1950, o estádio do Maracanã foi construído para sediar a Copa do Mundo do mesmo ano. Seu primeiro jogo foi um amistoso entre as seleções do Rio e de São Paulo, em 17 de junho de 1950. Em 2007, depois de uma reforma que custou R$ 196 milhões, o Maracanã reabriu para os jogos Pan-Americanos. Em 2010, o estádio foi fechado novamente para mais uma reforma, dessa vez para a Copa do Mundo de 2014. O orçamento da reforma está em cerca de R$ 1 bilhão.
Mesmo com todo esse dinheiro gasto na reforma do estádio, os moradores não veem grandes investimentos para a melhoria na região. O trânsito preocupa e revolta. Moradora da Tijuca, Lídia Curvello credita esses problemas ao ?descaso, falta de planejamento, e incompetência administrativa dos governantes?. Segundo ela, ?pode-se escolher qualquer um (ou os três juntos) desses velhos motivos conhecidos para explicar a falta de obras que venham a sanar os problemas de tráfego na região?. Opinião endossada por Júlio Soares, morador do bairro do Maracanã há mais de oito anos, que diz não ver obras para desafogar o trânsito no bairro, e completa: ?além da falta de investimentos na região, a cada dia fico preso em novos congestionamentos, em pontos onde no passado o trânsito era livre?.
Segundo o subprefeito da Grande Tijuca, Luiz Gustavo Trotta, as intervenções na cidade já eram parte do programa da prefeitura e do governo do estado, e afirma: ?O entorno do Maracanã e a Praça da Bandeira serão alvo dessas intervenções?.
Um dos principais problemas do país, a falta de segurança, também é visto com preocupação pelos moradores do entorno do Maracanã ouvidos pelo Notícias da Vila. De acordo com autoridades cariocas, a insegurança tem diminuído na região, com a pacificação de comunidades próximas. E o plano é fazer uma espécie de cinturão de segurança com as pacificações em torno do estádio. Mas os moradores não acreditam numa melhora quando o Maracanã reabrir. Para Lídia Curvello, não haverá qualquer melhora nos bairros do entorno: ?Acredito que isso pode acontecer apenas durante a Copa das Confederações (2013) e Copa do Mundo (2014), Olimpíadas (2016) e ponto?.
O subprefeito, no entanto, afirma que já estão em prática ações para melhorar a segurança na área: ?Cito como exemplo a Vila Olímpica Artur da Távola, antigo Jardim Zoológico, área antes degradada e que, reinaugurada, contempla projetos esportivos e culturais também. A UPP SOCIAL é uma realidade. Haja vista as ações globais, os mutirões de limpeza, os mutirões de legalização para o comércio local e demais ações?.
Apesar do ceticismo dos moradores da região, em um ponto eles são unânimes: haverá uma grande valorização no preço dos imóveis. E, de acordo com os entrevistados, os preços inflacionados já podem ser vistos nas locações e vendas de moradias. Para Júlio Soares, o aumento dos preços é natural, uma vez que os grandes eventos voltarão a acontecer no estádio. De acordo com o subprefeito, ?a valorização imobiliária na área da Grande Tijuca já é uma realidade proporcionada pelos projetos do governo: UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), UOP (Unidade de Ordem Pública) e revitalização de áreas degradadas?. Para Júlio Soares, a torcida não é apenas pela conquista do hexacampeonato da seleção, mas também pela melhoria da cidade como um todo. O Maracanã tem previsão de reabertura para fevereiro de 2013.
Texto: Assessoria de Imprensa
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