O número de atendimentos realizados pelo Samu de Gaspar nas duas primeiras semanas de atuação surpreendeu a equipe da Secretaria Municipal de Saúde. Ao todo, 47 pessoas foram socorridas entre os dias 14 e 28 de fevereiro.
A expectativa do secretário Francisco Hostins Junior era de que a média de atendimentos nesse período não passasse de 30. ?Ficamos satisfeitos por saber que o serviço do Samu tem sido importante para a população e tem ajudado a salvar vidas?, destaca o secretário.
Dos 47 casos atendidos, 35% foram traumas e 65% casos clínicos, como o de seu Clarete Schwarts. O morador da rua Nelson Casas, no Gaspar Mirim, teve um mau súbito e a família precisou chamar o Samu para socorrê-lo. ?Ele teve uma queda de pressão e quase desmaiou. Ficamos assustados pois ele faz radioterapia, mas o Samu chegou rápido em nossa casa e fez os primeiros socorros. Ele nem precisou ir para o Hospital. Achamos um ótimo atendimento. Nossa cidade precisava deste serviço?, conta Ana de Lurdes, esposa de Clarete.
Bombeiros
O início das atividades do Samu reduziu consideravelmente os atendimentos da equipe do Corpo de Bombeiros da cidade, que até então se dividia entre os atendimentos de acidentes, incêndios e casos clínicos. O tenente Alcione Amilton de Fragas, comandante do Corpo de Bombeiros, relata que em fevereiro de 2010 os bombeiros registraram 155 ocorrências, enquanto que em fevereiro de 2011 o número caiu para 121. ?Isso que o Samu começou a operar na metade do mês, mas já sentimos o resultado?, lembra. Os números de casos clínicos também reduziram se comparados de entre os meses de janeiro de fevereiro. No primeiro mês do ano os bombeiros atenderam 46 casos clínicos, enquanto em fevereiro foram apenas 20.
Segundo o tenente Fragas, os bombeiros atendiam os casos clínicos porque a cidade não tinha Samu, mas agora os casos são repassados direto para o órgão, que possui profissionais mais capacitados para atender casos de mal súbito. ?Nossa equipe tem agora mais tempo para se focar em atender os casos de acidentes e incêndios. Ano passado atendemos 685 casos clínicos, se durante estes atendimentos ocorresse algum acidente ou incêndio não teríamos como atender, agora temos?, explica Fragas.
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