Enquanto em todo o país a crise financeira tem aumentado as taxas de desemprego, em Gaspar a situação parece ser diferente. Apesar das dificuldades geradas pela crise, a oferta de emprego ainda supera as demissões na cidade, que no mês de março registrou 1.089 admissões contra 1.064 demissões, somando um saldo positivo de 25 vagas, que representam 0,14%.
Os dados foram levantados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged, do Ministério do Trabalho Emprego, e revelam que apenas neste primeiro trimestre de 2009 Gaspar teve um saldo positivo de 462 vagas de emprego na cidade. Ao todo no trimestre foram 3.512 admissões contra 3.050 demissões.
Para o contador e secretário de Indústria, Comércio e Turismo de Gaspar, Rodrigo Fontes Schramm, os dados são positivos. "Temos acompanhado estes dados mensalmente. Percebemos uma queda na oferta de empregos em janeiro e fevereiro e agora registramos este aumento e ficamos satisfeitos em ver esta melhora na oferta de emprego, principalmente na área textil e da construção civil", destaca.
Em Santa Catarina o saldo de novas vagas de emprego formal no mês de março é de 293. O resultado é considerado o pior no estado desde março de 2006.
Desemprego no país
A Pesquisa de Emprego e Desemprego divulgada nesta quarta-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, Dieese, aponta que a taxa de desocupação nas seis regiões metropolitanas do país pesquisadas passou de 13,9% em fevereiro para 15,1% em março - o maior índice para o mês desde o início da série histórica do indicador, em 1985.
Desde que começou a crise financeira mundial, houve, nas regiões metropolitanas do Brasil, um saldo negativo de quase 167 mil postos formais de trabalho, enquanto nas regiões não-metropolitanas a perda foi de 525 mil empregos de carteira assinada.
O estado que mais perdeu foi o Amazonas, com contração de 6% dos postos de trabalho; seguido pelo interior de Minas, interior de São Paulo e interior do Pará, com quedas de 5,3%, 5,1% e 5% respectivamente. Por setores econômicos, agricultura, indústria de calçados, metal-mecânica, de material de transportes e extrativista foram as que mais fecharam postos. Serviços e comércio desaceleraram, mas ainda contratam.
Emprego no país
A pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, Dieese aponta que, por faixa etária, até 24 anos, houve desaceleração na criação de vagas no mercado de trabalho, porém, o saldo de empregos nesta faixa etária ainda é positivo; a partir dos 25 anos, entretanto, houve fechamento de postos de trabalho em todas as faixas.
A criação de postos para os mais escolarizados despencou, mas ainda há mais contratações que demissões; já para as faixas do ensino médio incompleto para baixo, houve fechamento de vagas. Os mais afetados foram os que têm escolaridade do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental.
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