Barranco do rio cede e ameaça casa na margem esquerda - Jornal Cruzeiro do Vale

Barranco do rio cede e ameaça casa na margem esquerda

16/09/2011

img6497MD.jpg

img6477MD.jpg

img6466MD.jpg

img6456MD.jpg

O caminhão, parado próximo à garagem, era carregado com todos os móveis e outros pertences que a família tinha na casa localizada às margens do rio, na rua Pedro Simon. A cada dia que passa, um pouco mais de terra cai e faz com que o barranco do rio fique mais próximo da residência.

Com a enchente deste ano, um grande volume de barro cedeu, deixando a casa sob ameaça. ?Estou indignada. Meus sobrinhos moram na casa e já faz dois anos que pedimos para que a prefeitura coloque pedras para que não desbarranque mais?, protestou Idalina Simon da Costa, 62 anos.

José Roberto Martins, 52 anos, morador da casa, declarou que já havia alertado o prefeito Celso Zuchi e a coordenadora da Defesa Civil Mari Inez Testoni Theiss de que a casa precisava de proteção. A casa em que morava em 2008 foi interditada pela Defesa Civil devido à tragédia, então se mudaram para a casa vizinha, que pertence à irmã de sua esposa ?Gostaria de ajuda da prefeitura. Já fizemos um orçamento e seria preciso R$150 mil para cada casa. Agora vamos tirar tudo, até o telhado, só vamos deixar a parte de madeira para não fazer peso sobre o barranco?, contou.

Sua mulher, Rosane Simon Martins, 49, acredita que se a prefeitura tivesse tomado alguma atitude anteriormente, o barranco não teria cedido mais um pouco. Os móveis foram levados para a empresa em que ela trabalha para que, caso a residência venha a cair, não sejam perdidos. ?Só vão arrumar isso quando estiver na estrada.Já nos disseram que nossa casa estaria em uma área da marinha, mas se este fosse caso, não teríamos a escritura e nem pagaríamos impostos?, indignou-se. Na casa, moram quatro pessoas, Rosane, o marido, um de seus filhos e um irmão dela. Até que a situação seja resolvida, irão morar na casa de parentes.

O que diz a Defesa Civil

De acordo com a coordenadora da Defesa Civil, Mari Inez Testoni Theiss, o órgão não recupera nenhuma residência particular, então a contenção da encosta teria que ser feita pela própria família. ?O custo é muito alto e não há garantia de resultados, pois pode haver deslizamentos. Apenas recuperamos parte de um terreno particular na Pedro Simon porque o deslizamento chegou até a via e não podemos deixar as pessoas sem acesso?.

Mari Inez sugere que a família faça um cadastramento para ganhar uma área segura da Defesa Civil, coisa que, segundo a coordenadora, não é inicialmente a intenção da família, que pretendia continuar morando no local.

Edição 1327

Comentários

Rodrigo Althoff
19/09/2011 15:28
"Zé", vc deve estar sendo cobrado para apresentar resultados.
Onde foi esta reunião?? Prometer refazer as casas? Alguma caiu no rio naquela época??

Enquanto secretário (6 meses) conseguimos recuperar 3 pontos na Margem do rio, nenhuma veio a cair no rio e isto lhe incomoda.

Agora se vc tem medo de fazer para as famílias que precisam. Cria coragem e faz, ou pede para sair.

Com certeza, é muito bom ter eleições agora em 2012.
Com certeza, alguns "Zé's" perderam a teta.
Vivêncio
19/09/2011 15:00
Completando o comentário do Odir, existiu a DRAGAGEM do rio no início dos anos 90. O rio foi alargado de um ponto de Blumenau até na região da Serraria Werner, na época as famílias ribeirinhas foram indenizadas, conforme o avanço da obra, mas infelizmente a empresa faliu e o projeto ''afundou''

18/09/2011 23:27
Quem deveria responder isto é o vereador Rodrigo Althoff , pois foi ele que fez reunião em 2008 após a catastrofe, prometendo que iria fazer a reconstrução das casas na margem do rio.
Sr. Rodrigo nós da Margem Esquerda não esquecemos em 2012 tem eleições. Nos aguarde.
Odir Barni
16/09/2011 21:05
Antes que alguém pense que estou botando o nariz onde não deveria, quero apenas lembrar de um fato polêmico que ocorreu após as cheias de 1983. No comando do DNOS, o engenheiro Paulo Bayer que respondia pela instituição disse: temos dois caminhos para evitar que as cheias se tornem mais perigosas.1º- abrir um canal extravasador, entre Blumenau e Navegantes; quandos as águas atingirem um nível preocupante sequiria por este canal; 2º - este mais polêmica - alargar a calha do Rio Itajaí Açú; afundar o canal não traria nenhum resultado positivo, pois o nível do mar não permitiria o escoamento sem atingir a população. O assunto foi encerrado e nunca mais se falou nisto. Hoje vejo com preocupação toda a margem esquerda sendo destruída, estrads e casas sendo tomadas pelo rio que não tem consciência, quem pode resolver são os homens que se esquivam quando os assuntos são polêmicos. Quando recursos perdidos, ações concretas nenhuma. Quem viverá por mais tempo, vai chegar a conclusão que o eng. Paulo Bayer estava certo, foi contestado por falar a verdade. Espero que no meio de tantos técnicos, diretores e autoridades constituídas, tenha alguém com coragem de apontar soluções, doa a quem doer, sem ferir os direitos do cidadão. As promessas ultrapassaram os níveis das águas. Chega!!!
Maria José
16/09/2011 17:33
É uma vergonha a declaração da coordenadora da Defesa Civil. Na época de eleição vão em tudo quanto é canto buscar votos. Na hora em que o cidadão, que paga seus impostos, precisa de ajuda aí é problema dele, é questão particular. Acorda Gaspar, 2011 tem eleição.

Deixe seu comentário


Seu e-mail não será divulgado.

Seu telefone não será divulgado.