CAPS oferece auxílio para várias doenças - Jornal Cruzeiro do Vale

CAPS oferece auxílio para várias doenças

09/10/2011

Há pouco mais de um ano, Vanilda Müller, 51, tomou coragem para seguir em frente com a sua vida e resolveu lutar contra a síndrome do pânico e a depressão que a atormentavam. ?Quando fui para o CAPS, estava no fundo do poço. Estava há três meses só dentro de casa, tinha medo de tudo, até de ir a rua para fechar o portão?, relatou. Neste período que vêm se tratando no Centro de Atenção Psicossocial, sua vida passou por uma transformação completa. Seu tratamento envolve medicação, acompanhamento de psicologia e participação em oficinas terapêuticas. Foi através desses recursos que a mulher conseguiu vencer seus medos e voltar ao convívio social.

Ela conta que foi no momento em que sua mãe sofreu um acidente que ela percebeu a fragilidade da vida e resolveu ir em busca de um tratamento no CAPS. Hoje ela vê a grande mudança que aconteceu em sua vida familiar, na volta do convívio com amigos e até mesmo no jeito que se veste e conversa com as pessoas. ?Naquele lugar souberam me reeducar e me ouvir. Tive a oportunidade de tomar o curso de minha vida novamente?.

A proposta do CAPS, de acordo com o enfermeiro e coordenador Leonardo Silveira Alves, é de que a pessoa possa ser tratada sem deixar o convívio social. ?Há ainda alguns poucos casos que precisam de internação momentânea, mas o CAPS tem esta ideia anti-manicômio, para que a as pessoas não sejam retiradas da sociedade?, explicou. Ele conta que existem três modalidades de CAPS, que vão do 1 ao 3. O de Gaspar é classificado como 1, pois aqui há também o tratamento de dependência química, tanto para álcool e tabaco quanto para drogas mais pesadas.

Entre as doenças mais tratadas no local, de acordo com Leonardo, estão ansiedade, pânico, depressões mais severas, esquizofrenia e transtorno de personalidade. O trabalho realizado na instituição não é apenas médico, como conta o coordenador, ele engloba outras ações como as oficinas terapêuticas e os grupos de psicoterapia. Participar de todas estas atividades, no entanto, é uma escolha do paciente. ?Nem todos aderem às oficinas terapêuticas, porém podemos ver uma grande melhora naqueles que participam delas. Estas oficinas têm grande influência no tratamento e fazem as pessoas se sentirem úteis, sentirem-se parte de um grupo?, comenta.

Dia da Saúde Mental será comemorado na praça

Para comemorar o Dia Mundial da Saúde Mental, o Centro de Atenção Psicossocial irá fazer uma ação na Praça Getúlio Vargas no dia 10, segunda-feira. Das 8h até às 11h30 haverá funcionários  e alunos do CAPS no local. Durante este horário, os trabalhos elaborados pelos alunos das oficinas terapêuticas ficarão expostos e poderão ser apreciados por toda a população. ?São trabalhos manuais e de artesanato, como toalhas, enfeites para porta, guirlandas e enfeites de Natal, tudo produzido durante as oficinas. Se os pacientes tiverem a intenção, também poderão vender os seus trabalhos?, conta a assistente social Eloir Rodrigues. Além disso, alguns pacientes que tiverem oficina terapêutica na segunda-feira de manhã irão realizar as atividades na praça.

Haverá ainda folders e banner explicando os trabalhos desenvolvidos pelo CAPS e que são acessíveis a toda a população e profissionais, que darão orientações a quem se interessar e quiser saber mais sobre o tratamento e atividades realizadas com os pacientes do centro.


Edição 1332

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