Chuva de meia hora provoca muitos estragos no Belchior - Jornal Cruzeiro do Vale

Chuva de meia hora provoca muitos estragos no Belchior

29/03/2011

 

belchiorabre2MD.jpg Muitos moradores do Belchior começaram esta terça-feira, 29 de março, com pás e mangueiras nas mãos. A chuva de cerca de trinta minutos que caiu no final da tarde de segunda-feira foi suficiente para alagar ruas, transbordar rios e até destruir uma ponte.
O CDI que atende 130 crianças do bairro foi invadido pelas águas, que vieram dos ralos, dos vasos sanitários e até das pias. As aulas precisaram ser suspensas e as professoras chegaram ao local de trabalho e tiveram que arregaçar as calças e as mangas para colocar o educandário em ordem. ?Alagamento deste jeito, só vimos em 2008. Parece que os bueiros não dão mais conta da água?, afirma a diretora Elaine F. de Borba.
Bem perto do CDI, em frente à Igreja Sagrado Coração de Jesus, um rio se formou na estrada e deixou muito barro para ser retirado na manhã desta terça. Segundo o padre Marcio Fernandes, a água veio com força total do morro e formou um rio na estrada que dá acesso à gruta da igreja. ?A água até destruiu o portão, de tanta força, e ao chegar aqui embaixo não tinha para onde escoar?, relata.
Toda a cena foi presenciada pela atendente da floricultura que fica em frente à igreja. Cristiane Gesser ficou assustada com a chuva. ?De repente ficou tudo preto e parecia que ia acabar o mundo. Foi muita água?, conta.
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belchiortrabalhoMD.jpg Para ajudar a comunidade a limpar a sujeira deixada pelas águas, a equipe da Prefeitura se deslocou para o Belchior na manhã desta terça com máquinas e caminhões. Em frente ao Barulho Auto Center o lodo chegou a alcançar 30 centímetros e precisou ser retirado com uma maquina.
A equipe da Defesa Civil também se dirigiu ao local para averiguar a situação da comunidade e o superintendente do Belchior, Rui Deschamps, acompanha os trabalhos de perto.
Na rua Celso Theiss uma ponte que dava acesso ao clube de bocha foi derrubada pelas águas, que transbordaram o ribeirão Belchior. Bertino Fabiano Theiss, responsável pelo local, conta que nem em 2008 a ponte foi destruída. ?Não sabemos o que fazer, vamos precisar de ajuda para reconstruir esta ponte?, comenta o responsável. No dia 30 de abril um grande jantar dançante está programado para acontecer no clube, que está completamente sem acesso. belchiorponteMD.jpg
belchiorpedrasMD.jpg No morro da Fumaça, além dos trechos em que já tinha deslizamento de terra, a chuva do final da tarde desta segunda-feira também trouxe muitas pedras para o meio da pista. Bem em frente ao Moto Clube o acesso de carros pequenos está bastante dificultoso, com pedras grandes por todo lado.

 

Comentários

Victor Caglioni
30/03/2011 20:17
Só para que fique esclarecido um ponto, no que diz respeito a minha argumentação.
Ao mencionar o Japão, o fiz como exemplo de solidariedade, de reconstrução, e reorganização social, uma ves que a séculos o país enfrenta desastres naturais, e de alguma forma vem se precavendo dos mesmos. Não evitando-os, obviamente, isso é algo impossível. Além de ter participado de guerras, invasões chinesas e tudo mais. Nesses termos.
Não se trata de uma comparação entre nossa realidade e a deles, e sim, como tom de "esperança" que na dificuldade é possível encontrar grandes conquistas, seja pela prevenção, seja pela estrutura, que esta sendo danificada constantemente, pela força da natureza.Poderia ter usado a Islandia, ou a Nova Zelandia como exemplo.Enfim.
A atitude dos empresários é um bom sinal de que é possível, caminhar, não se trata de uma crítica direta a administração enquanto pessoas, e sim a falta de presença do Estado (estado no sentido de esfera pública) e isso inclui anos de atrasos nas prevençÕes e na criação de estrutura, que é característica de quase todos os países e regiões em desenvolvimento, uns mais outros menos...
Josiandro
30/03/2011 17:15
Boa tarde, no vale da fumaça não possui ''MOTO CLUBE'' e sim a SEDE DO BELCHIOR JEEP CLUBE.
Onde os helicópteros pousaram pra pegar as pessoas em 2008.

www.belchiorjeepclube.com.br/inicio
Marcos Augusto
30/03/2011 17:00
Sr. Michel Aldo Schlemberger, concordo plenamente que contra a natureza nao há o que fazer, mas isto nao é argumento para que nao se faça nada, por acaso o sr. já acompanhou as mudanças em nosso municipio de Gaspar como: saneamento, tubos , aterros, e outros a cidade crescer mas estas que mencionei acima, ficaram paradas no tempo, nao houve manutencao ,up-grades, nada!.
nao dá pra comparar Gaspar com Japão!
se vier um tsunami naquela escala com certeza nao estariamos escrevendo neste jornal, seria uma tragedia enorme!

ainda sim! responsabilizo as autoridades politicas , pois eles estao pagos para administrarem os problemas , inclusive amenizar problemas como catrastofes naturais " nao disse impedir" , apenas amenizar, creio que niguem em sã consiencia ficaria feliz em acordar com sua casa cheia d'agua.

continuemos a lutar pelos nossos direitos , e o mais Deixa com Deus que é criador do ceu e da terra!

abraço a todos !!!!
Michel Aldo Schlemberger
29/03/2011 16:28
Sr. Marcos e no Japão falta o que? Contra a natureza nao força que o vença. Claro um bom planejamento ajuda
Victor Caglioni
29/03/2011 13:56
Gaspar, Belchior e o repensar do mundo.

O sociólogo inglês Antony Giddens levantou a hipótese no final do século passado, de uma teoria chamada de Terceira Via, que embora muito mais complexa, é possível sintetizá-la como, a massiva participação das Organizações Não Governamentais e na sociedade civil, na resolução dos problemas sociais, frente a um estado legislador e regulador da economia. Essa linha de pensamento foi fruto, de anos de medidas liberais, propostas por Margareth Thatcher na Inglaterra e Ronald Reagan nos E.U.A. No Brasil F.H.C é um de seus seguidores mais reconhecidos.
Bom, passados às experiências neoliberais, o mundo acorda para uma nova perspectiva, em que a livre iniciativa por si só, já se mostra ineficaz na resolução dos nossos problemas. Fica claro, novamente que é preciso atenção do Estado, não só de forma ?regulatória? como era proposto. Mas é preciso dos serviços de proteção por parte do Estado, afinal ele foi criado para isso, e somente ele é capaz de amenizar as distorções de um sistema que, ao contrário do que previa o economista Adams Smith, (A riqueza das Nações), há três séculos atrás, não é mais previsto na produção material para o bem estar social do humano, e sim na mais valia não aquela que é combustível para o reinvestimento que se referia o polemico Karl Marx, mas sim de uma economia especulativa (juros, sistema financeiro,etc...) que não gera produção.
Visto esses fatores, é interessante a iniciativa dos empresários do Belchior, em se reunirem e reconhecerem o potencial (a mina de Ouro, a que se refere Marli Schmitt) em busca de soluções, e tentar dialogar com o Estado, reconhecendo que também é preciso de uma iniciativa coletiva da população, e que estão dispostos a investir, naquilo que é gerador de riqueza e bem estar, turismo. De fato, nenhum processo benéfico à humanidade deixou de passar pela iniciativa popular, nisso Giddens permanece certeiro. E visto as chuvas recentes terem novamente causado danos a região, cabe cada dia mais que se repense, as alternativas para o desenvolvimento da região, por que a natureza tão bela e forte, apesar de causar algumas dores de cabeça extras, também pode ser a via que falta para a criação de um lugar mais justo e desenvolvido. Para isso é inevitável a participação do Estado (prefeitura, estado e federação) atrelado à iniciativa privada e popular, está última me parece que já está tentando andar com as próprias pernas.
É louvável essa iniciativa, visto que a falta do Estado, ainda é realidade, talvez seja a partir dessa iniciativa, a oportunidade de um reconstruir, de um recriar sob os desafios sociais e naturais. Agora chegamos perto do que o economista inglês Jhon M. Keynes fazia-se propor à dois séculos atrás, teórico em que se se baseou o economista e sociólogo Guido Mantega (Ministro da Fazenda), para o traçar da economia brasileira nos últimos anos.(faz-se ressalvas ao que se refere a política de juros).
Resta a nós fazer essa aproximação entre a realidade e a teoria (mesmo que não estuda por todos, conhecida pela prática), que ainda é pouco visível em nossos bairros. Ponto aos que assim apóiam a iniciativa dos belchiorenses e que cada um de nós gasparenses, lembremos da historia de reconstrução contínua que o Japão passa e passou ao longo de sua existência, provando que na dificuldade, podemos encontrar nossas maiores conquistas. Se a democracia pode ser entendida como ?uma guerra civilizada?, façamos cada vez menos guerra e mais ?civilizada? e isso passa em conversar, apoiar e executar o bem estar coletivo, que como os noruegueses e suecos em sua social democracia de fato, já provaram, trás retornos financeiros muito além do esperado.

PS: correlação entre a Matéria - Empresários do Belchior se unem para executar obras 28/03/2011, e - Chuva de meia hora provoca muitos estragos no Belchior 29/03/2011.(caso houver espaço para tal e assim quiserem, fica interessante a publicação em forma de artigo também).
Abraço a todos.
Marcos Augusto
29/03/2011 13:11
Falta infraestrutura e qualificacao por parte do municipio, a populacao cresce e a infra fica defasada, sem acompanhamento fica dificil o municipio resolver tantos problemas, isso é resultado do aculmulo de obras nao realizadas.
ou seja o dinheiro mal aplicado!

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