A coleta do lixo orgânico vai ficar mais cara a partir de fevereiro do ano que vem. O reajuste de 38% está estabelecido no Decreto 3.679, assinado pelo prefeito Pedro Celso Zuchi nesta segunda-feira, 23.
No documento, o Samae reajusta a tarifa de R$ 0,63 para R$0,87 a passada de cada caminhão para a coleta. Segundo Irodete Barbieri da Silva, diretora geral do Samae, o reajuste se fez necessário devido ao déficit que acontece entre a arrecadação e o valor pago pelo Samae para a empresa responsável pelo serviço. "O último reajuste na taxa de coleta ocorreu em 2007, fazendo com que o valor arrecadado ficasse ainda mais defasado", justifica a técnica do Samae.
O reajuste já havia sido anunciado pelo diretor presidente do Samusa, Lovídio Bertoldi, em entrevista concedida ao Jornal Cruzeiro do Vale em outubro deste ano. Na época, Lovídio afirmou que o serviço estava sendo operado com um déficit de R$50 mil por mês, pediu à comunidade que reduzisse a produção do lixo para que o reajuste pudesse ser menor e alertou que a nova tarifa teria um acréscimo de 30 a 40%.
Lovídio foi procurado pela equipe de reportagem para falar sobre o assunto, mas estava viajando e o telefone celular estava desligado.
Polêmica
A coleta do lixo orgânico em Gaspar vem gerando polêmica desde meados de junho deste ano, quando o Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina recomendou a anulação do edital para contratação de empresa especializada para a execução da coleta, transporte, tratamento e destinação final do lixo orgânico de Gaspar. O edital foi aberto em fevereiro deste ano e pretendia contratar nova empresa para prestar o serviço, até então executado pela empresa Recicle, de Brusque.
Após publicar vários Decretos Emergenciais, o Samae contratou nova empresa para fazer o serviço e desde setembro deste ano a coleta é realizada pela empresa Say Muller, em caráter emergencial, até que o edital oficial seja publicado e nova empresa seja contratada. O objetivo do Samae era economizar, pois a antiga empresa pedia um reajuste muito alto, segundo a direção da autarquia.
Apesar da mudança, a produção de lixo na cidade se manteve muito alta e o Samae registrou pouca economia, fato que levou a autarquia a aplicar o reajuste de 38% para acabar com o déficit operacional do serviço de coleta de lixo orgânico na cidade.
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).