Cuidado com a gula! - Jornal Cruzeiro do Vale

Cuidado com a gula!

21/01/2017
Cuidado com a gula!

Por Geraldo Genovez

Chocolates, balas e biscoitos. Cachorro-quente, pizza e hambúrguer. Seja lá qual for a iguaria, para algumas pessoas, comidas de aparência saborosa se tornam um alvo a ser atacado. E só existe um culpado para essa reação espontânea de atacar um prato de comida mesmo sem fome: a gula!

Conhecida por ser um dos sete pecados capitais, no dicionário, sua palavra significa ´vício de comer e beber em excesso; atração irresistível por gulodice´. Na próxima quinta-feira, dia 26 de janeiro, celebra-se o Dia da Gula. E, apesar de parecer uma data qualquer, ela remete a um assunto importante e que deve ser discutido: o distúrbio alimentar.

De acordo com a nutricionista Jennifer Bernardo, a gula é um sinônimo de compulsão. “Ela pode acontecer em estágios mais leves, como uma simples vontade de comer um doce após uma refeição ou aquela vontade de comer um pouquinho mais no buffet; e na forma mais avançada, como o transtorno compulsivo alimentar, caracterizado por episódios recorrentes de ingestão de grande quantidade de alimento, dentro de um curto período, acompanhado da sensação de perda de controle e de sentimentos de culpa, vergonha, tristeza e angústia”, explica.

Segundo a profissional, é possível identificar os sintomas da gula e, ainda, enganá-la. “Nosso organismo dá sinais quando realmente estamos com fome. O estômago roncando é uma informação clara de que precisamos nos alimentar. Porém, a sensação de saciedade leva, em média, 20 minutos para ser assimilada pelo nosso sistema nervoso central. Então, comer devagar e mastigar corretamente são formas eficazes de perceber com brevidade que já nos alimentamos o suficiente”.

Todo cuidado serve para precaver algo. No caso da gula, a cautela é ainda mais importante, já que ela pode afetar a nossa saúde. “Devemos nos preocupar quando houver ganho de peso excessivo, obesidade, diabetes, ansiedade, problemas cardiovasculares, hipertensão, ou ainda problemas psicológicos”, revela a nutricionista.

Além disso, fazer o acompanhamento multidisciplinar especializado com psiquiatra, psicólogo e nutricionista é indicado caso o paciente encontre com algum problema mais sério de saúde”.


Dicas para amenizar a gula


Cada metabolismo é único. Portanto, para tratar um distúrbio alimentar, é preciso de uma orientação profissional e individual. Mas, existem maneiras práticas e que auxiliam as pessoas a deixarem de ser gulosas. A nutricionista Jennifer Bernardo pontuou seis atitudes fundamentais nesse processo.

Não fique muito tempo sem comer. Realize todas as refeições, ou seja: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e janta. Isso ajuda muito no controle da fome e da glicemia, importantes no tratamento da gula.

Faça refeições com maior conteúdo de fibras, que além de melhorar o intestino, prolongam a saciedade. Exemplos: frutas com casca, grãos, saladas, alimentos integrais. O abacate tem um alto poder de saciedade.

Evite alimentos ricos em açúcares, pois provocam picos de insulina.

Tenha um sono tranquilo e sem interrupções. Dormir bem contribui muito para que o nosso organismo se comporte durante o dia.

Procure diminuir o estresse. Ele altera nossos hormônios, que estão intimamente ligados a nossa vontade de comer e ansiedade.

Faça uma atividade física. Ela te ajudará com a manutenção de peso, liberando hormônios que farão você se sentir bem e, consequentemente, reduzir a fome.

 

Edição 1784

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