Desabrigados assinam contrato para moradias - Jornal Cruzeiro do Vale

Desabrigados assinam contrato para moradias

10/11/2009

mg0003MD.jpgA alegria tomou conta de Inês Zaghini, 63 anos, na tarde de ontem, segunda-feira. A gasparense, que atualmente vive de aluguel em uma pequena casa no bairro Gasparinho, foi uma das 30 famílias que assinaram o contrato para construção de residências em um dos terrenos adquiridos pelo governo para as pessoas atingidas pela catástrofe de novembro do ano passado.

A solenidade foi realizada no auditório da Prefeitura e, para Inês, este é um momento marcante. "Desde janeiro eu estou correndo atrás disso e estou muito feliz que agora terei minha própria casa. O dinheiro do aluguel servirá pra me ajudar a pagar outras contas", comemora a moradora. A primeira gasparense a assinar o contrato foi Terezinha Aparecida Machado Pereira.

As 30 casas serão construídas em um terreno de 40 mil metros quadrados no bairro Gaspar Mirim, na rua Fernando Krauss. Os recursos para construção são disponibilizados pelo Ministério da Integração Nacional, através da Companhia Habitacional do Estado de Santa Catarina, Cohab O local ainda possui espaço para a construção de outras 49 residências, que deverão ser edificadas em breve.

Os imóveis seguirão o estilo "chalé" e terão 36 metros quadrados, contando com dois quartos, um banheiro, uma sala e uma cozinha. As obras deverão ter início assim que os trabalhos de infraestrutura forem concluídos e de acordo com a presidente da Cohab de Santa Catarina, Maria Darci Motta, as primeiras casas poderão ser entregues ainda este ano.

A presidente reconheceu que o tempo de espera para que as residências fossem entregues foi longo, mas ressaltou que é hora de esquecer o passado e pensar no futuro. "Tivemos que fazer projetos e levantamentos e hoje estamos aqui para repassar essas casas para vocês", disse aos representantes das famílias beneficiadas.

De acordo com o diretor de Habitação, Eriberto Geraldo Kuntz, estão sendo construídas, pelo instituto Ressoar, mais seis casas. Neste caso em especial as casas são construções isoladas para moradores que tiveram perda total do imóvel, mas possuíam um outro terreno em área fora de risco.

Os valores utilizados para compra dos terrenos foram disponibilizados pela Defesa Civil do Estado através das contribuições em dinheiro doadas pelos brasileiros e são utilizados como forma de diminuir o déficit habitacional de Gaspar, que atualmente é de 2.727 famílias, sendo 657 vítimas da catástrofe de 2008.

 

Terrenos

Outro terreno também foi adquirido para receber moradias. O espaço está localizado na BR-470, massa falida da Sulfabril, e possui 90 mil metros quadrados. O investimento da aquisição foi de R$ 1 milhão, sem nenhuma infraestrutura. O terreno no Gaspar Mirim foi adquirido por R$ 1,3 milhão.

Comentários

Paulo Zimmermann
12/11/2009 08:40
Pequenas mesmo as casas. E o pior que muitas dessas famílias são grandes, com mais de três filhos. Como podem viver adequadamente num espaço tão reduzido? Os engenheiros que fizeram o projeto com certeza moram em casas três vezes maiores.
Rafael Morgado
11/11/2009 08:18
Mas que palhaçada, 36 m² ?? Isso é mais do que ridículo, é uma grande sacanagem. Afinal serão quartos ou armários embutidos? Com essa metragem as peças da "casa" serão minúsculas. Eles acham que o povo é galinha pra viver em engradados de granja. Absurdo!

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