Frederico Campos da Silva, 24 anos, doa sangue uma vez por ano desde 2006, quando precisou ser voluntário para completar horas extracurriculares exigidas pela faculdade. Assim como o analista de planejamento, Andréia Aparecida Pereira, 37 anos, nunca precisou de doações de sangue, mas também dá a sua contribuição para ajudar o próximo. ?A necessidade dos hospitais é muito grande, principalmente no final do ano, quando aumenta a irresponsabilidade no trânsito?, comenta. Andréia doa sangue há três anos, mas não pôde durante este ano porque foi submetida a uma cirurgia em dezembro. ?Costumo doar a cada seis meses.?
Aproveitando um pedido da namorada para ajudar o sogro que foi operado, Frederico convenceu um amigo a doar sangue também. ?A maioria das pessoas têm medo de passar mal ou de doer. Eu digo que é rápido e não dói.? Andreia também já espalhou a ideia e em sua família já convenceu o marido e irmãos a se tornarem doadores. ?Pode acontecer com amigos. Se a gente precisar também, já está lá?, explica.
Data
Na próxima sexta-feira, 25, comemora-se o dia do Doador de Sangue. Segundo o Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (HEMOSC), se cada pessoa saudável doasse sangue espontaneamente pelo menos duas vezes ao ano, como Andreia, os hemocentros teriam material suficiente para atender toda população.
Como fazer para doar:
Podem doar sangue pessoas entre 18 e 67 anos. Adolescentes a partir de 16 também, desde que estejam na presença de pais ou responsáveis e com autorização formal deles. Interessados não podem ter feridas ou machucados pelo corpo, pesar menos de 50 kg (com desconto da roupa). Além disso, também é necessário apresentar documento de identidade com foto, emitido por órgão oficial - RG, carteira de trabalho, de motorista, etc.
O hemocentro de Blumenau necessita da doação de todos os tipos de sangue, principalmente O Negativo, bastante utilizado em emergências por ser doador universal. Segundo o Hemosc, há dificuldade em repor o estoque porque apenas 9% da população possui este tipo sanguíneo.
De acordo com a assistente de captação dos doadores, Crislaine Ebel, o sangue é um elemento insubstituível e nem sempre o corpo consegue produzir a quantidade necessária. ?Não se pode colocar outras substâncias no lugar, como medicamentos ou soro. Quando estamos debilitados, o organismo não repõe com a mesma velocidade?, explica.
O Hemosc recebe o sangue dos doadores, coleta, separa os componentes (hemácias, plaquetas e plasma) e distribui o material entre os hospitais - mais de 30 no Vale do Itajaí. Mais informações sobre doação de sangue podem ser obtidas no telefone (47) 3222-9800 ou no site www.hemosc.org.br.
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