Por Fernanda Pereira
José, Delci, Clédio, Grazieli, Leonardo, Osmar, Cintia, Fabio, William, Nilso, Jonas, Ivo, Emerson, Alvacir, Maike, Nilton, Edacir, Josicler, Renata, Bruna, Danielly, Gustavo, Paula, Regis, Albertina, Zeno, Daniel e Rogério. O que todas estas pessoas têm em comum? Todos iniciaram uma viagem e não conseguiram chegar ao destino final. O trajeto, e suas vidas, foram interrompidos pela BR-470.
A lista de vítimas fatais do trecho entre Gaspar e Ilhota da rodovia mais perigosa do Vale aumenta a cada dia. José Walter, 42 anos, foi a mais recente vítima. Morreu ao ser atropelado por um caminhão em frente ao campo do Floresta, na tarde deste sábado, 24. Delci dos Santos, 20 anos, e Clédio Carpejani Pires, 31, morreram na tarde de sexta-feira, 23, após o carro onde estavam colidir contra um caminhão, em frente ao Posto Colonial.
Os acidentes deste final de semana causaram comoção nos moradores da região e aumentaram ainda mais as estatísticas fatais. Somente neste ano, 29 pessoas morreram no trecho entre Gaspar e Ilhota da BR-470. Todos os nomes listados acima e ainda um andarilho, que morreu como indigente após ser atropelado no dia 26 de junho. Seu nome não consta na lista, pois não foi identificado pela Polícia Rodoviária Federal. Para os órgãos de trânsito, os números não passam de estatísticas.
Para os familiares são vidas que se foram e deixam muitas saudades.
Duplicação
As estimativas da Polícia Rodoviária Federal apontam para um trânsito de cerca de 15 mil veículos por dia na BR-470 entre Gaspar e Ilhota. Apesar da imprudência de muitos motoristas, muitos dos acidentes fatais registrados em Gaspar e Ilhota foram causados pelo perigo da rodovia federal, que há anos espera por obras de duplicação.
De acordo com a assessoria de imprensa do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre, Dnit, o projeto básico das obras de duplicação da BR-470 está em elaboração e os estudos ambientais estão em análise pelo Ibama para a emissão da Licença Ambiental Prévia. Com a emissão da Licença Prévia e a conclusão do projeto básico, o DNIT inicia a fase de elaboração do edital de licitação para realizar a concorrência pública. Ainda não há prazos para o início das obras.
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