O empresário José Moacir Zuchi e seu gerente, Pablo Roberto Dalsóchio, foram liberados no último sávado, 23, após pagamento de fiança determinada por decisão judicial.
Os gasparenses haviam sido presos na manhã de sexta-feira, após serem flagrados com uma carga desviada de fios de algodão, que estava armazenada na empresa de Moacir, situada no bairro Bateias.
Em sua decisão, o juiz substituto da Comarca de Gaspar, Sandro Pierri, expõe que não há necessidade da prisão preventiva dos acusados pois ambos não apresentam perigo para a sociedade, além de serem réus primários, sendo que assim não haveria indícios de que iriam cometer crimes quando libertos. O juiz ainda destacou que ambos possuem residência fixa na Comarca de Gaspar, e que não há nada nos autos que o faça concluir que os acusados irão fazer desaparecer elementos probatórios, aliciar vítimas ou obstruir provas.
Com o despacho judicial, a dupla foi liberada após pagamento da fiança estabelecida pelo juiz - dez salários mínimos para Pablo Roberto Dalsóchio e 25 salários mínimos para José Moacir Zuchi. A equipe de reportagem entrou em contato com Marciano Pereira, advogado do empresário, que declarou não ter interesse em falar com a imprensa. A liberdade provisória foi concedida à pedido do advogado de Pablo, Jorge Martins.
Entenda o caso
Uma carga de duas toneladas de fio de algodão para a produção de malha foi desviada por um dos motoristas da transportados MANN, de Joinville. O rastreador do caminhão, a confissão do motorista, a investigação da Polícia Civil de Gaspar e Joinville, além de uma denúncia anônima, levaram até a empresa de José Moacir Zuchi, localizada no bairro Bateias.
Edição 1312
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No final da manhã desta sexta-feira, 22, foram presos dois homens acusados de receptação de fio para malha roubado. Devido à investigação e denúncias, a Polícia Civil chegou ao nome de dois suspeitos: Moacir Zuchi e Pablo Dalçóquio.
Além deles, mais um homem, Maurício Lipinski, foi detido por ter realizado o desvio do fio.
Maurício trabalhava para a Transportadora MANN, de Joinville, e trouxe a carga de fios para realizar seis entregas no Vale do Itajaí, sendo que a última delas acabou por ser desviada.
Ela deveria ser entregue na Malharia Muriely, empresa que também é sediada em Gaspar. Em vez disto, o motorista teria desviado a mercadoria para outra malharia, do bairro Bateias.
Sentindo falta da carga encomendada, o proprietário da Malharia Muriely entrou em contato com a transportadora, reclamando que as duas toneladas de fio que deveriam ter sido entregues no dia 14 de julho não haviam aparecido.
O gerente operacional da transportadora, João Kammer, localizou o lugar em que o caminhão havia parado para fazer a descarga através do rastreador do veículo e então pressionou o funcionário até que ele confessasse o destino da mercadoria. O motorista afirmou ter descarregado a mercadoria no bairro Bateias por R$10 mil para um malheiro. Estima-se que o valor da carga chegue a R$21 mil.
Cerca de 100 rolos de malha já haviam sido tecidos quando a polícia chegou ao local indicado pelo motorista em depoimento à Polícia Civil de Joinville e por uma denúncia anônima. A informação do local era a mesma, deacordo com o delegado daquela comarca, Marcel de Oliveira.
Na malharia do Bateias foram encontrados fios com características semelhantes a que havia sido desviada e ainda conferiu a numeração das caixas com aquelas que haviam desaparecido. Então foi feito o flagrante e o proprietário da empresa, Moacir Zuchi, e o encarregado de logística, Pablo Dalçóquio foram conduzidos à Delegacia e posteriormente ao Presídio de Blumenau.
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