Empresários definem destino do lixo industrial - Jornal Cruzeiro do Vale

Empresários definem destino do lixo industrial

10/11/2009

d80053MD.jpgUma comissão que reúne malheiros, confeccionistas, e faccionistas foi formada na última sexta-feira, 6, para discutir o destino final para o lixo industrial produzido na cidade, que desde o último dia 19 de outubro deixou de ser recolhido pela empresa responsável pela coleta do lixo orgânico.

A comissão esteve reunida na noite de ontem, segunda-feira, para analisar algumas propostas do que pode ser feito com o lixo industrial que não é reaproveitável, porém até o fechamento desta edição a reunião ainda não havia sido encerrada.

Para o empresário Nelson Kistner, da Parolli Confecções, o principal desafio da comissão é encontrar uma proposta emergencial para o serviço. "Não podemos deixar esta situação virar calamidade pública por falta de opção sobre o que fazer com este lixo que não é reaproveitável. Espero que nesta reunião possamos chegar pelo menos a uma solução emergencial", destaca o empresário, que integra a comissão.

Lovídio Bertoldi, diretor do Samae, órgão responsável pela coleta do lixo, explica que o problema não atinge só Gaspar. "Temos representantes de Guabiruba participando de nossas discussões, pois eles enfrentam o mesmo problema. O lixo industrial é responsabilidade dos empresários. Muitos já dão um destino certo ao seu lixo, porém muitos estavam acostumados a despejá-lo junto ao lixo orgânico, o que é proibido por lei", explica.

 Reajuste

Segundo Lovídio, não há um cálculo de quanto lixo industrial é produzido na cidade, porém, desde que a empresa contratada pelo Samae deixou de coletá-lo, já foi registrada uma redução de cinco toneladas por dia na coleta do lixo orgânico. "Esta redução acarretará na redução do lixo produzido na cidade, que ainda está alto. Em outubro produzimos 1146 toneladas, precisamos chegar a 800, no máximo 900 toneladas por mês. Para isso vamos orientar os comerciantes, para que façam uma melhor separação do lixo orgânico e reciclável e também vamos promover campanhas de conscientização junto com a comunidade", revela Lovídio.

Apesar da redução provocada pelo fim da coleta do lixo industrial, em entrevista à Rádio Sentinela do Vale Lovídio foi enfático ao afirmar que haverá um reajuste de 30 a 40% no valor da tarifa cobrada ao consumidor.

Despesas

O Samae pagou R$215 mil pela coleta, transporte e destino final do lixo orgânico produzido em Gaspar no mês de outubro. Para a antiga empresa a autarquia pagava R$187.500, porém, segundo Lovídio, com a mudança no sistema de cobrança, que passou a ser por pesagem, se tivesse mantido contrato com a antiga empresa o Samae pagaria pelo serviço de outubro um total de R$270 mil. A nova empresa, que assumiu a coleta em setembro, fará o serviço pelo período de seis meses, tempo estipulado pelo Decreto Emergencial. Após este período um Edital de Licitação fará a contratação oficial da nova empresa que executará o serviço na cidade.

ENTENDA O CASO

A coleta do lixo em Gaspar vem sendo discutida desde o início do ano, quando o contrato do Samae com a antiga empresa venceu. O edital elaborado para a contratação de uma nova empresa apresentou algumas irregularidades e foi cancelado por determinação do Ministério Público.

Enquanto um novo edital não é aprovado, a antiga empresa estava fazendo a coleta através de um Decreto de Emergência, porém, segundo Lovídio Bertoldi, diretor do Samae, o decreto venceu no mês de agosto e para reassiná-lo a empresa pedia um valor muito além do que era pago até ano passado. "Se fossemos continuar com a atual empresa teríamos que aumentar a taxa de lixo em 107% para poder pagar o que a empresa estava pedindo", justificou Lovídio em entrevista concedida ao Cruzeiro do Vale no mês de setembro, quando a nova empresa, contratada através de Decreto Emergencial, começou a operar na cidade.

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