Há três anos, Maria Bastiana de Jesus sofreu um acidente que lhe causou problemas no sistema respiratório. Com um buraco no pescoço, Bastiana precisa tampá-lo para falar e precisa de um aparelho para limpar o pulmão. Entretanto, a aposentada não tem como ligar a máquina porque não há luz onde mora. Desde o começo deste mês, a aposentada reside no loteamento construído às margens da BR-470 para as vítimas da catástrofe de 2008.
A Celesc e o Samae já fizeram as ligações de luz e água, respectivamente, na última segunda-feira, 12, mas as casas ainda não estão abastecidas. Além dos problemas para armazenar alimentos, fazer necessidades fisiológicas, lavar roupas e a iluminação, por exemplo, a falta de eletricidade obriga Bastiana a se locomover até o bairro Santa Terezinha, onde mora a filha. ?Não aguento ir todo dia pra lá?, disse a aposentada, com dificuldades.
Segundo a moradora, os funcionários da Celesc pedem uma declaração da Prefeitura para fazer a instalação e colocar os relógios. O mesmo vale para o Samae liberar o abastecimento de água. ?Os beneficiados não foram autorizados a morar lá. Ainda não há sistemas de drenagem e esgoto. Ligar a água sem essa infraestrutura vai causar alagamentos e mau cheiro. Ninguém vai aguentar! Se ligarmos a energia agora, as pessoas se sentirão estimuladas a ir para as casas?, explicou o diretor de habitação da Prefeitura de Gaspar, Heriberto Geraldo Kuntz. Orçado em R$ 2 milhões, o projeto de infraestrutura aguarda análise da Caixa Econômica Federal para que o Ministério da Integração Nacional libere os recursos para a instalação dos sistemas de drenagem e esgoto.
Edição 1352
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