O pedido para que a Prefeitura de Gaspar enviasse o Plano Municipal de Habitação ao Ministério Público ainda não foi atendido e a história das três famílias que residem na escola desativada Intendente José Spengler, na rua Itajaí, parece estar longe de ter um desfecho.
Conforme informações do Juizado da Infância e da Juventude, o documento solicitado é necessário para que a Promotoria possa analisar as propostas do município no que diz respeito ao futuro das famílias e, assim, deliberar sobre o caso.
Atualmente, existem três processos sobre a causa, que começou em 2005, quando as três famílias foram abrigadas provisoriamente pela Prefeitura na escola desativada por residirem em um local de risco, próximo a um barranco.
Na época, o Juizado havia decidido pela relocação das famílias, fato que foi suspenso devido a um agravo de instrumento solicitado pela Prefeitura, que optou por estabelecer os moradores na escola desativada como residência provisória, ficando responsável pelo fornecimento de água e energia elétrica do local.
Pouco tempo depois, uma assistente social visitou a área para verificar a existência de riscos de maus tratos ou abandono para as cerca de 13 crianças que moram junto com as famílias. Nenhuma irregularidade foi encontrada, porém, a situação agravou-se no último mês quando o fornecimento de eletricidade e água do local foi cortado pelas autarquias responsáveis pelo serviço. Desde então, as famílias convivem sem as condições básicas à saúde, como banho, alimentação adequada, entre outros.
A secretária de Desenvolvimento Social, Márcia Pontes, foi procurada pela equipe de reportagem do jornal Cruzeiro do Vale durante toda a quinta-feira, mas não pôde esclarecer o caso pois esteve em reunião na Prefeitura durante todo o dia.
Agora, os moradores aguardam por uma decisão para saber qual será o futuro do caso. "Falaram que nessa segunda-feira iriam nos dar uma resposta. Pelo que ouvi dizer, acho que vão alugar duas casas para nossas famílias", conta Servinski, um dos moradores do local. Ele acrescenta que não tem condições de pagar um aluguel pois se inscreveu no programa para adquirir um apartamento no residencial Capitão Lamarca, comercializado para as famílias de baixa renda do município.
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