Os engenheiros da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica, ABMS, apresentaram novo relatório sobre as condições do solo na localidade do Alto Baú, em Ilhota. O relatório foi entregue à equipe da Defesa Civil de Ilhota no dia 23 de dezembro e aponta locais onde o acesso para os trabalhos de reconstrução e retorno das famílias já estão liberados.
O laudo teve como objetivo avaliar os riscos geológico e geotécnicos das áreas no entorno das construções existentes no Alto Baú. Segundo Paulo Drun, responsável pela Defesa Civil de Ilhota, com o parecer favorável dos engenheiros, a equipe da Prefeitura poderá começar a liberar os acessos destruídos e, assim que a Celesc religar a energia elétrica, os moradores poderão começar a voltar para suas casas. "Acreditamos que até o final de janeiro algumas famílias já possam estar de volta em seus lares", projeta Paulo.
A equipe da ABMS atua de forma voluntária na localidade do Baú desde o início de dezembro e, segundo Paulo Drun, os engenheiros darão continuidade aos trabalhos de pesquisa até que toda a região seja liberada para o retorno das famílias.
Retorno
O retorno parcial dos moradores na região analisada pelos engenheiros depende de diversos fatores. Segundo o laudo da equipe técnica, nesta região parcialmente liberada existe a necessidade de algumas obras de recuperação de infra-estrutura de estradas, pontes e sistema de drenagem. A adequação de drenagem pluvial em cristais de talude, fechamento das trincas de taludes e a estabilização das margens dos cursos d´água também são obras necessárias, que deverão ser realizadas pela equipe da Secretaria de Obras do prefeito reeleito, Ademar Felisky.
Segundo o laudo técnico, o retorno das famílias continua proibido nas residências localizadas na várzea do rio e encostas próximas, onde são necessários vários reparos antes da liberação do acesso para a comunidade.
A equipe da ABMS alerta que todas as análises feitas pela sua equipe de engenheiros servem como orientação à equipe da Defesa Civil de Ilhota, e estão baseadas em uma análise realizada nos dias 20 e 22 de dezembro, ou seja, 30 dias após as catástrofes, devendo ser mantido o estado de alerta em caso de novas ocorrências de chuvas intensas.
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