Famílias retiradas de área de risco são alojadas em casas alugadas - Jornal Cruzeiro do Vale

Famílias retiradas de área de risco são alojadas em casas alugadas

22/09/2011

fotogaspardestaquefamiliassaindoMD.jpgEm cima do caminhão parado às margens da rodovia Jorge Lacerda não se viam apenas móveis, mas também madeira e telhas. A casa de dona Neusa Dolerme Marian, 49 anos, estava em eminente risco, o que fez a senhora e seu marido decidirem desmontar a residência para reaproveitar parte dela.

Dona Neusa representa apenas uma das cerca de sete famílias que foram retiradas do barranco do rio devido a deslizamentos que estavam ocorrendo às margens da rodovia, em frente ao supermercado Archer, bairro Figueira. As famílias receberam ordens da Defesa Civil para deixar o local na última sexta-feira, 23, e depois da mudança estão morando em casas alugadas, no bairro Bela Vista.

De acordo com Mari Inez Testoni Theiss, coordenadora da Defesa Civil, as casas ameaçadas são todas de propriedade de Volnir da Silva Marian. Ele e sua esposa, Neusa, continuam morando na última das casas ameaçadas, que passará por uma avaliação da Defesa Civil para saber se eles podem permanecer no local ou terão que se mudar para outra.

A preocupação dos moradores na sexta-feira era encontrar um lugar para ficar, já que todos os habitantes daquele trecho eram parentes, e por isso não poderiam contar com ajuda de familiares. ?Meus parentes moram todos aqui. Vamos ter que sair do lugar em que moramos para depender de amigos? Não é bem assim. E como é que ficamos nós? Como ficam as crianças??, indagou Vanessa Figueiredo Santos, de 28 anos. Ela morava cinco casas depois da de Neusa e também precisou retirar os seus pertences do local. Mari Inez conta que as famílias retiradas do local, com exceção da família de Neusa, moravam todas de aluguel. ?A assistente social encontrou outro lugar para morarem e agora eles estão também pagando aluguel em quitinetes no bairro Bela Vista?.

Interditadas

De acordo com a coordenadora da Defesa Civil, algumas das casas já começaram a ser desmontadas por Volnir, que tem a intenção de reaproveitar a madeira. Quanto às outras casas, a situação ainda será averiguada pela Defesa Civil para ver quais terão de ser desmanchadas. Ela conta que os moradores já tinham conhecimento de que estavam habitando uma área de risco, pois durante a catástrofe de 2008 o órgão já havia pedido para que saíssem do local. Apesar da apreensão que os moradores tinham em deixar o local na sexta-feira, principalmente temendo que as mudanças pudessem se misturar, a ação conseguiu retirar as famílias do local. ?Não podíamos esperar. As pessoas iriam perder os seus pertences e suas vidas. Tudo sinaliza que o barranco vai ceder ainda mais?, declarou Mari Inez durante a tarefa.

Edição 1329

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