Festival Escolar de Dança - Cobertura completa - Jornal Cruzeiro do Vale

A terceira noite do 17º Festival Escolar de Dança ? FED - levou ao palco do Ginásio João dos Santos, nesta quinta-feira (30) três categorias. As apresentações reuniram a categoria G com o ?solo?, a categoria E com alunos até 15 anos e a categoria I na classificação ?livre?.  A noite desta quinta-feira também brindou os espectadores Grupo Recriarte e Cia de Dança Thais Berendt Rosa da cidade de Balneário de Camboriú.  O FED reúne este ano, aproximadamente 950 bailarinos profissionais e amadores distribuídos em onze categorias. Nesta sexta-feira (30) os vencedores das categorias competitivas farão a reapresentação das coreografias.

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Bailarinos encantam o público da 17ª edição do FED

Por Júlia Schäfer Dourado

A visão de cima do palco, o nervosismo, o frio na barriga, a concentração para que nada saia errado e a automática checagem da coreografia na mente. Estas são apenas algumas das sensações que tomaram conta dos bailarinos que subiram ao palco do Festival Escolar de Dança nos três dias do evento. Mais uma edição do festival foi sucesso e reuniu grande público no Ginásio João dos Santos. A noite desta sexta-feira, 30, também é de apresentações, porém desta vez apenas campeões sobem ao palco para mostrar o porquê de terem alcançado a primeira colocação.

A 17ª edição do FED reuniu cerca de mil bailarinos que representaram 22 instituições educacionais do município. As 75 coreografias inscritas foram avaliadas por um júri formado por cinco pessoas especializadas na área de dança, sendo que dois dos jurados eram coreógrafos da renomada Escola do Teatro Bolshoi no Brasil.

Durante o festival houve, além das apresentações locais, a participação de grupos de dança de outras cidades que foram convidados para fazer a abertura das noites. No primeiro dia, os grupos de dança do Departamento de Cultura de Gaspar foram os responsáveis por encantar o público com as suas coreografias. Já no segundo dia de competições, os responsáveis em fazer uma bela abertura foram o Grupo Folclórico da 3ª Idade de Gaspar e o Grupo Folclórico Polonês Piaskowa. A Cia de Dança Thais Berendt Rosa e o Grupo Recriarte abriram a noite desta quinta-feira, aquecendo os presentes com suas apresentações que seriam seguidas por mais coreografias de escolas gasparenses.  Na noite de hoje, a última do festival, as primeiras coreografias serão executadas pelo Grupo de Dança Kaiorra. ?Trazemos esses grupos, que geralmente são de academias, para motivar ainda mais o gosto pela dança e para mostrar todas as variedades possíveis?, explica o diretor do Departamento de Cultura, José Gabriel Correa.

Não foram apenas os alunos de escolas estaduais, municipais e particulares que subiram ao palco para encantar o público. Inscritos em sua própria categoria, a K, pais, professores, direção e funcionários das escolas mostraram que também sabem fazer da dança um espetáculo.

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Ansiedade toma conta dos estudantes

?Já estou bastante nervosa, ansiosa, com frio na barriga?. Ainda estavam marcando palco e luz durante o ensaio geral do Festival de Dança de Gaspar e o nervosismo já tomava conta de Christiane Correa de Borba, 13 anos. Contando a edição atual do festival, esta é a quarta vez em que ela faz parte do corpo de bailarinas de um grupo, neste ano, da Escola Dolores Krauss. Ela conta que sempre gostou de dançar, pois é um exercício alegre, em que consegue se soltar bastante e aproveitar o momento.

A preparação para o momento de subir no palco é feita desde o início do ano, de acordo com a professora Franciele Lenzi. ?Sempre há o nervosismo, mas os alunos têm muita vontade de ensaiar e apresentar o que aprenderam durante o ano?. A coreógrafa conta que cerca da metade de seus alunos não fazem parte das categorias competitivas, mas o volume de participação é o mesmo, e o nervosismo para a hora da apresentação, também. Francieli também começou sua vida de bailarina dançando no Festival Escolar de Dança de Gaspar, quando tinha ainda 12 anos. A dança então tornou-se sua paixão e depois, a profissão escolhida para toda a vida.

Desde pequena Natália Stanke Fortes passa por estes momentos de ansiedade antes de subir ao palco. O grupo do qual a menina de 14 anos faz parte se apresentou na noite de quinta-feira, 28, uma coreografia de Jazz representando o Colégio Madre Francisca Lampel. ?As escolas passam o ano inteiro ensaiando só para se apresentar no festival. Acho que é o maior acontecimento de dança que há em Gaspar?, relatou. Ela contou que sua parte favorita do festival é assistir as apresentações dos grupos convidados, principalmente os folclóricos, pois considera espetáculos diferentes e mais profissionais.

Pais e professores também sobem aos palcos

Os corpos vestidos com figurinos giram, saltam e mostram o que trouxeram de melhor para a competição da categoria K do Festival Escolar de Dança. Embora seja um festival escolar, os grupos desta categoria não são formados exatamente por escolares, mas sim por pais, professores, diretores e funcionários dos educandários. A categoria destinada apenas para a participação destas pessoas contou com dois grupos inscritos no festival, um da Escola Belchior e outro do Colégio Universitário.

Integrante do grupo da primeira escola, Daine G. Lucinda Theiss, 34 anos, se apresentou pela segunda vez no festival. ?É muito bom ter este entrosamento, pois acabamos conhecendo quem são os pais, professores e outros funcionários da escola em que nossos filhos estudam. Durante o horário normal, nós só levamos e buscamos as crianças e assim acabamos nem sabendo quem são os pais dos amiguinhos ou quem dá aula para as crianças?, comentou. Além disso, ela considera que os ensaios semanais de uma hora e meia são uma quebra na rotina, além de serem atividades que acabam com o sedentarismo e uma oportunidade de criar laços de amizade. Daiane já consegue ver mudanças no seu corpo, diz ter percebido que seus limites aumentaram e também que todas as integrantes do grupo melhoraram a questão de ritmo.

Já Rafaela Simionato, 36 anos, sentiu o nervosismo do palco pela primeira vez neste ano. ?Ano passado minha filha entrou no Colégio Universitário e também no grupo de dança. Desde então ela sempre me perguntava por que eu não participava também. Já tinha visto apresentações do grupo, mas como sou muito envergonhada, dizia que não iria participar?, contou. Desta vez, Rafaela resolveu enfrentar os ensaios e também o palco. Ela percebeu que a filha, que também é muito tímida, conseguia subir ao palco, então tomou coragem. Com as aulas de dança que acontecem uma vez por semana, afirma ter perdido bastante sua timidez e ter ficado um pouco mais solta. Além da dança, ela também faz musculação. ?Mas a dança é mais gostoso, mais divertido?, define. Ela ainda destaca a criação de um grupo de amigas, que sempre se encontra mesmo fora das aulas.

Para a professora do grupo de mães, funcionárias e professoras do Colégio Universitário, Luciane da Cruz Souza Gamba, um dos pontos positivos de as mães participarem destes grupos é incentivar os filhos a fazer o mesmo. ?Como é o caso de uma menina que estava há dois anos fora dos palcos e voltou este ano, quando a mãe começou a fazer dança?, exemplificou. Além disso, ela destaca que, para a maior parte do grupo, esta é a única atividade física feita durante a semana. A coreógrafa preparou uma apresentação diferente para esta edição do festival : um musical de oito minutos baseado no musical da Brodway, Mama Mia.

Oportunidade de negócios para costureiras

De junho a dezembro a rotina da costureira Zenaide Zimmermann, 52 anos, é um tanto diferente da maior parte das costureiras de Gaspar. Neste período, ela produz apenas figurinos, que mais tarde tornarão mais bonitos os espetáculos de dança. De junho a setembro, dedica-se ao Festival Escolar de Dança de Gaspar, e no restante do ano costura para bailarinas de Blumenau.

Nesta edição do festival, Zenaide costurou as roupas de dez coreografias, sendo que cada figurino é feito sob medida para que sirva perfeitamente em cada bailarina. Já faz cerca de 14 anos que ela costura figurinos, e comentou que os coreógrafos pedem muito brilho e tules para dar volume, principalmente em roupas de balé. ?O prazer é maior que o trabalho. A melhor parte de trabalhar com figurinos é ver as crianças felizes dançando. Sempre vou assistir as apresentações dos grupos?, contou.

Francisca Otília de Souza, 58 anos, mais conhecida como Kika, além de costurar, também cria os figurinos, desenhando-os após ter conversas com os coreógrafos. ?Tudo é visto com antecedência, em junho já estão trazendo os tecidos. Claro que quando está mais perto do festival é mais corrido, pois fazemos provas, correções e ajustes?, relatou. Ela contou que os pedidos para as roupas são vários, cores, brilhos, bordados, mas a maioria escolhe um contraste entre cores para ficar mais bonito no palco.

O processo de criação das roupas para as coreografias se inicia com a explicação da professora. É sobre esta explicação que ela cria os desenhos que logo se transformarão em figurinos. Ela conta que cada figurino tem um tema e deste tema se cria um personagem. É para este personagem, que será incorporado pelo grupo ao subir ao palco, que a roupa é criada.

Edição 1330

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Segunda noite do Festival de Dança de Gaspar lotou o João dos Santos

A noite de quarta-feira foi cheia de belas coreografias apresentadas por alunos, pais, professores e funcionários. Além disso, o Grupo de Danças Folclóricas da 3ª Idade de Gaspar e o Grupo Folclórico Polonês Piaskowa, de Indaial, abriram a noite com apresentações encantadoras. A quarta-feira foi dia de subirem ao palco os participantes das categorias D (8 a 10 anos), F (Ensino Médio), H (Duo ou trio), J (Danças populares) e K (Direção, professores, funcionários, pais e comunidade). Mais fotos das apresentações, podem ser vistas aqui (LINK)

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FED atrai grande público ao Ginásio João dos Santos

A primeira noite do Festival Escolar de Dança foi um sucesso. Mais uma vez o público prestigiou em peso a apresentação de grupos das escolas e CDIs do município, além de poder prestigiar a abertura feita pelos grupos de dança do Departamento de Cultura de Gaspar.

O Ginásio João dos Santos se encheu de cores de figurinos das pequenas crianças que fizeram uma mostra do que aprenderam nas aulas de dança. Nesta primeira noite não houve competições. Apresentaram-se as categorias A (até 5 anos), B (de 5 a 6 anos) e C (6 a 8 anos).

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