Greve termina mas deixa prejuízos - Jornal Cruzeiro do Vale

Greve termina mas deixa prejuízos

02/10/2009

6MD.jpgVidros quebrados, motores estragados e despesas com combustível. O prejuízo acumulado com a greve do transporte coletivo alcançou a marca de quase R$ 140 mil para a empresa Auto Viação do Vale, que durante os 18 dias de paralisação ficou sem a arrecadação das passagens pagas pelos usuários do serviço na cidade.
Apenas para fazer a manutenção dos veículos que foram depredados durante o período, a empresa terá de investir R$ 22 mil. O valor será aplicado na reposição de para-brisas e outros vidros, além do conserto de motores que ficaram danificados. "Alguém colocou areia no motor de um dos ônibus e teremos de desmontar, lavar, trocar o óleo e fazer os reparos necessários", explica o chefe de Manutenção da empresa, Bruno Nunes Correa.
Já com relação à perda na arrecadação, a Auto Viação do Vale contabiliza um prejuízo de aproximadamente R$ 100 mil. Cerca de R$ 17 mil também foram gastos com combustível. Além das consequências financeiras, Bruno destaca que houve um rompimento no vínculo com os usuários e reconhece que a confiança da comunidade terá de ser reconquistada.
Mesmo com os números desfavoráveis aos caixas da empresa, Bruno destaca que o reajuste da passagem deve ficar para o mês de dezembro, conforme programado, e que a alteração não deverá ser acrescida com o ônus da greve.

Desfecho
Dezoito dias após o início da greve dos motoristas, a mobilização sindical que paralisou o serviço de transporte coletivo chegou ao fim. Representantes do Sindicato dos Empregados nas Empresas Permissionárias do Transporte Coletivo Urbano de Blumenau, Sindetranscol, e da empresa Auto Viação do Vale chegaram a um acordo após uma audiência realizada na tarde da última terça-feira, 29 de setembro, na sede do Tribunal Regional do Trabalho, em Florianópolis.
Após diversas propostas e negociações, os motoristas conquistaram algumas de suas principais reivindicações: o reajuste salarial de 5,83% retroativo a maio e o auxílio alimentação no valor de R$ 150, que passa a ser pago a partir deste mês. Os motoristas também terão a garantia do emprego por 60 dias e o sistema de banco de horas dará lugar ao pagamento de horas extras. Os 18 dias parados serão descontados da folha de pagamento em três parcelas.
A assembleia que votou pela aprovação da proposta contou com a participação de 35 motoristas e as discussões demoraram quase duas horas.

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