Definida como sendo um distúrbio na coagulação do sangue, a Hemofilia é uma alteração genética e hereditária transmitida pelos pais aos filhos. Os portadores da doença tendem a, quando machucados, sangrarem mais do que o normal, o que resulta na demora da cicatrização dos ferimentos.
Este é o caso de Lucas Rozentalski do Paraízo. O jovem de 17 anos foi diagnosticado com a doença aos seis meses de idade. Desde então, sempre que se machuca fica com hematomas pelo corpo e precisa de cuidados especiais para sua recuperação. A doença não impede que os portadores tenham uma vida como a de outra pessoa, porém, cuidados nunca são demais. ?Como a doença foi detectada quando eu ainda era pequeno, nunca pude praticar esportes em que eu pudesse cair justamente pela facilidade em me machucar?, relata o jovem.
O tratamento da doença é feito com a reposição do fator deficiente pela veia. Porém, para que o tratamento seja completo, o paciente deve fazer exames regulares. ?Não preciso tomar um remédio específico. Porém, quando me machuco e alguma parte do meu corpo incha, causando hemorragia, faço a aplicação de um medicamento derivado de sangue, que é importado e doado aos necessitados justamente pelo fato de o país não o fabricar?, declara o morador de Blumenau.
Especialista fala sobre as formas de tratamento da doença
A hemofilia é causada por mudança no material genético no cromossomo e o gene causador da doença está localizado no cromossomo X. Existem dois tipos de hemofilia: o tipo A, que ocorre pela deficiência do fator VIII e o tipo B, que ocorre pela deficiência do fator IX. Em ambos os tipos, os sangramentos são iguais. O que muda é a sua gravidade, que depende da quantidade de fatores presentes no plasma. Os principais sintomas da doença são os sangramentos. Geralmente, eles são internos, ou seja, dentro do corpo. Eles podem também ser externos, provocados por algum machucado, aparecendo manchas roxas e podem surgir após um trauma ou sem nenhuma razão aparente. Segundo o hematologista Alysson Rafael Fabris, que atende no Hemocentro de Blumenau, a doença pode ser classificada em três tipos: leve, moderada e severa.
?Se a pessoa está classificada na severa, as simples atividades normais da vida diária podem produzir hemorragias?, alerta o médico.
O tratamento para a doença é feito com a reposição, pela veia, do fator deficiente. Porém, para que o tratamento seja completo, o paciente deve fazer exames regulares e não utilizar medicamentos que não sejam recomendados pelos médicos.
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